Solos e Nutrição de Plantas

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    Movimentação e disponibilidade de boro para p feijoeiro cultivado em colunas de solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-05-03) Faria, Leonardo Campos; Lima, Paulo César de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783693J7; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/2332733641240725; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Carneiro, José Eustáquio de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783648T9
    O boro se apresenta, em geral deficiente na maioria dos solos brasileiros, comprometendo o potencial produtivo das culturas em geral e das espécies dicotiledôneas em particular, as quais são mais exigentes nesse elemento. Nos solos tropicais, em geral, a matéria orgânica constitui a principal fonte de B, sendo aqueles com baixo teor de matéria orgânica, mais propensos à deficiência desse elemento. A análise da disponibilidade de B em solos é fundamental para que se busque a correção de deficiências, o que, juntamente com o aporte adequado dos outros nutrientes, possibilita ganhos de produtividade. Essa disponibilidade de B está diretamente relacionada à sua adsorção ao solo que, por sua vez, controla a concentração de B na solução do solo. Essa adsorção alterará o que está disponível, na solução do solo, para absorção pela planta, sendo importante tanto na correção de deficiências quanto na prevenção de toxidez. Esse equilíbrio entre o B adsorvido e o B em solução no solo deve ser considerado ao se buscar o suprimento do nutriente para as plantas, de modo a se garantir boa produtividade com preservação da qualidade do sistema solo-água-planta. Vale ressaltar que o B na faixa de pH natural da maioria dos solos, se encontra na sua forma indissociada, uma das razões para a grande mobilidade que este elemento apresenta ao longo do perfil dos solos, podendo sofrer lixiviaçào, em especial nos solos arenosos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a resposta do feijoeiro (Phaseolus vulgarís L. cv. Majestoso) à disponibilidade de B em dois solos de diferentes classes texturais, fertilizados com duas fontes de B em doses crescentes, sem e com adição de matéria orgânica, e estudar a movimentação do B no solo, relacionando as doses às concentrações de B, em diferentes profundidades. O experimento foi conduzido em esquema fatorial (2 x 2 x 2 x 5) com 2 tipos de solo (arenoso e argiloso); sem e com adição de resíduo orgânico; 2 fontes de B (ácido bórico e ulexita); e 5 doses de B (0,0, 0,5, 1,5,3,0 e 6,0 mgldm3). O delineamento foi em blocos casualizados com três repetições. A unidade experimental foi constituída de amostra de solo em tubo de PVC de 15 cm de diâmetro e 42 cm de altura, contendo duas plantas de feijão. No estádio de florescimento (R6), foi retirada uma amostra de tecido foliar para análise da composição mineral. A análise de B foi feita após digestão, por via seca, da amostra vegetal, fazendo-se a dosagem, no extrato, por colorimetria com azometina-H. A partir do florescimento foi realizada a contagem do número de flores por planta. Todas as plantas foram colhidas na maturação fisiológica dos grãos (R9) e levadas à estufa de circulação forçada de ar. Após secagem a 65 °C até atingir peso constante, foi determinado a massa de matéria seca. Antes do corte das p!antas, as vagens foram colhidas, anotando-se o número de vagens por planta. Ao fim do experimento foi coletada uma amostra de solo a cada profundidade (2-7, 7-12, 12-22, 22-42 cm), sendo determinado o teor de B disponível para avaliar a sua movimentação no solo. Houve aumento do teor de B na folha com o aumento das doses aplicadas (respostas linear e quadrática), independente da classe de solo, da fonte utilizada, e da adição ou não de resíduo orgânico. Esses resultados coincidiram com o aumento dos teores de B disponível recuperados pelos dois extratores (HCl 50 mmol/L e CaCl2 5 mmol/L fervente). A magnitude dos valores dos coeficientes de correlação linear simples entre o conteúdo de B na folha e teor de B recuperado pelos extratores corroboram com a observação dos sintomas de toxidez observados nas plantas nas maiores doses aplicadas. Em geral, com o aumento das doses de B adicionadas ao solo, houve aumento nos teores de B disponível (CaCl2 5 mmoI/L fervente) encontrados nas diferentes profundidades (anéis), o que indica mobilidade do elemento ao longo do perfil do solo. Esses teores de B foram menores para o solo argiloso devido a maior interação deste elemento com as cargas da superfície da fração argila.
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    Alterações eletroquímicas e sua relação com a produção de gás metano em solos alagados por barragens
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-05-30) Sousa, Daniel Vieira de; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781671U3; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://lattes.cnpq.br/2542929944445782; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Borges Júnior, Meubles; http://lattes.cnpq.br/6602399563731624
    As emissões de gases do efeito estufa (GEE) têm aumentado vertiginosamente desde eras geológicos até os dias atuais. Atualmente a utilização de combustíveis fósseis, e alterações no uso da Terra, são as maiores responsáveis pelas grandes emissões destes gases para a atmosfera. O carbono contido no solo representa mais de três vezes o carbono contido em toda a biomassa terrestre e cerca de duas vezes o carbono contido na atmosfera, sendo, dessa forma, uma potencial fonte emissora de CO2 e CH4. Os processos biogeoquímicos que ocorrem em solos e ou sedimentos para emissão de gases como o dióxido de carbono e metano, são controlados por processos como a redução de compostos minerais, principalmente óxidos, amorfos e mal cristalizados em ambientes anaeróbios. Estes processos levam a formação de um habitat propício para o crescimento populacional de bactérias metanogênicas, com a conseqüente produção de gases do efeito estufa. Atualmente há diversos trabalhos que defendem que barragem de usinas hidroelétricas oferece uma grande contribuição na emissão de gases do efeito estufa. Nesta pesquisa objetivou-se estudar quais as características do exercem mais influencia para a produção de gases do efeito estufa em solos alagados em lagos de hidroelétricas. O capítulo I é dedicado a revisão de literatura, onde são abordados temas que se julgam relevantes. No capítulo II se objetivou estudar a dinâmica eletroquímica de solos da zona da mata mineira passíveis de serem submetidos a alagamento devido a construção de hidroelétricas. Como resultado obteve-se que quanto maior for a atividade de Fe, maior será o potencial de redução do solo, o que leva ao estabelecimento de habitats, apropriados para o estabelecimento de populações de bactérias metanogênicas. Os teores de Fe, CO e N, são os que mais exercem influencia no processo de oxiredução de solos alagados. O capítulo III teve por objetivo estudar dinâmica e reatividade do carbono orgânico do solo (COS), bem como dedicado a estimar a produção de CH4 em solos alagados por lagos de usinas hidroelétricas, com o intuito de identificar quais características exerce mais influência na produção de metano, provinda do eventual alagamento dos solos. Como resultados foram obtidos que a reatividade do COS recebe influencia da textura do solo, sendo que quanto mais fina a textura maior a presença de frações livres. O N total se mostra um importante fator a ser analisado devido sua relação com a degradação de compostos orgânicos e atividade microbiana.
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    Pedogênese e distribuição espacial dos solos da bacia hidrográfica do rio Alegre ES
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-22) Pacheco, Anderson Almeida; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://lattes.cnpq.br/8256689484263496; Andrade, Felipe Vaz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761472U5; Passos, Renato Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256
    A área de estudo localiza-se ao sul do Estado do Espírito Santo. Corresponde à bacia hidrográfica do rio Alegre, município de Alegre, afluente do rio Itapemirim. A bacia do rio Alegre encontra-se quase que totalmente inserida no amplo domínio dos Mares de Morros Florestados (mata atlântica). Foram selecionados e coletados 14 perfis representativos de solos, distribuídos em três topossequências e amostras extras: Topossequência 1 (T1) compreendeu dois Latossolos Amarelos (P1 e P2), um Pseudogleissolo (P3) e um Gleissolo Háplico (P4); a Topossequência 2 (T2) foi composta por um Latossolo Amarelo (P5) e um Cambissolo Háplico (P6); e a topossequência 3 (T3) por um Latossolo Amarelo (P7), um Pseudogleissolo (P8) e um Gleissolo Háplico (P9). Coletou-se dois perfis de Cambissolos Háplicos (P10 e P11), um Cambissolo Húmico (P12), um Argissolo Vermelho (P13) e um Neossolo Flúvico (P14) para representar o ambiente destas classes. Foi executado mapeamento semi-detalhado dos solos da bacia hidrográfica do rio Alegre, na escala de 1:50.000, utilizando o método do caminhamento livre. A área é tipicamente de pequenas e médias propriedades rurais. Excetuando as áreas ocupadas com pastagens e com os fragmentos florestais, a diversificação de culturas já se faz notar: reflorestamento com eucalipto (Eucalyptus spp); cultivo de pupunha (Euterpe edulis); café (Coffea arabica L.) é cultivado como cultura solteira, ou às vezes, cultivado com culturas como milho (Zea mays), feijão (Phaseolus vulgaris L.) e banana (Musa spp.), principalmente. As classes de relevo predominante na bacia hidrográfica do rio Alegre são ondulado e forte ondulado, podendo se considerar também o montanhoso. A bacia conta com uma área de aproximadamente 20518,77 ha, e devido à predominância de relevos mais acidentados, a área vem sendo usada pela agricultura familiar. No levantamento de solo realizado, a classe predominante é o Latossolo Vermelho-Amarelo (LVAd), correspondendo a mais de 80% da área. Sendo que no total da unidade de mapeamento LVAd existem as inclusões de Argissolo Vermelho-Amarelo, Latossolo Amarelo, Cambissolo Háplico e afloramentos de rocha. A segunda unidade de mapeamento de maior espressividade são os Cambissolos Háplicos (CXbd) com um pouco mais de 13% da área. Na unidade de mapeamento dos Cambissolos Háplicos (CXbd1) se encontra inclusões de Latossolo Vermelho-Amarelo e de Cambissolo Húmico. Os Gleissolos Háplicos com unidade de mapeamento GXbd, se encontra espacializado na área da bacia do rio Alegre, nas áreas de relevo plano. Nesta unidade de mapeamento encontra-se a inclusão do Pseudogleissolo, classe que ainda não definida no Sistema Brasileiro de Classificação de Solo (Embrapa, 2006). Essa classe se encontra em posição na paisagem em relevo suave ondulado, sempre na seqüência de um Gleissolo. O Pseudogleissolo possui todas as características de um Gleissolo, mas seu regime de umidade constante não existe mais, sendo assim, não se enquadrando na classe dos Gleissolos. Os teores das frações granulométricas variaram de muito argiloso a franco arenosa, ou seja, teores de argila de 200 a 700 g kg-1, uma vez que o material granito-gnaisse apresenta granulação fina a média, justificando os teores mais elevados de argila. Os solos estudados são distróficos (V < 50%), com valores de soma de bases (Valor S), em geral, menor que 0,5 cmolc dm-3 e baixa capacidade de troca de cátions (CTC), em geral inferior a 7,0 cmolc dm-3. Valores estes que refletem o alto grau de intemperismo e lixiviação sofridos. Os teores de Al3+ são considerados altos, mas não o suficiente para caracterizá-los como álicos ou alumínicos. Os valores das relações moleculares Ki e Kr variaram, respectivamente, de 0,69 a 1,48 e de 0,62 a 1,43 para os horizontes subsuperficiais e 0,86 a 1,39 e de 0,71 a 1,34 para os horizontes superficiais do solos estudados. Esses valores indicam a alto grau de intemperismo sofrido por esses materiais, característica essa observada em todos os solos estudados. Observou-se uma tendência de valores maiores da relação Feo/Fed no horizonte superficial que nos subsuperficiais dos perfis que predominaram formas de ferro cristalino, ou seja, o P1, P2, P5, P6 e P7, evidenciando o efeito da matéria orgânica na inibição da cristalinidade dos óxidos de ferro. Essa tendência deixa de ser observada nos perfis com maiores teores de ferro amorfo, recuperados pelo oxalato de amônio. Os difratogramas apresentam picos em 0,718, 0,446, 0,358, 0,238 nm, indicando a presença da caulinita, argilomineral que prevalece na fração argila desses solos. A presença de gibbsita, identificada pelos picos do DRX 0,485 e 0,437 nm, na maioria dos solos caracteriza-os como intensamente intemperizados. A remoção de sílica e de bases pela percolação de grande quantidade de água, num período mais úmido, resultou numa solução de solo, com uma concentração iônica tal que a gibbsita seria o argilomineral mais estável. Os valores obtidos a partir do índice de cristalinidade de Hughes & Brown (1979) para as caulinitas dos solos estudados encontraram-se variando entre 9,65 e 23,16 nos Latossolos; 11,86 a 22,52 nos Pseudogleissolos e Gleissolos e 16,08 a 48,25 nos Cambissolos Háplicos. As maiores variações nas características micromorfológicas foram encontradas no grau de desenvolvimento da pedalidade e nas feições micropedológicas. O Latossolo Vermelho-Amarelo (P1) apresentou plasma constituído por material isotrópico típico. No horizonte A foram observados raras zonas anisotrópicas com fraca pedalidade, e microestrutura composta de blocos subangulares a forte média granular. Encontraram-se muitas feições micropedológicas como canais e microgalerias, atualmente preenchidas com matriz mineral, pelotas fecais termíticas com tamanho variando de 10 a 50 μm e pelotas excrementais indiscriminadas de microartrópodes. Esta feição é condizente com a descrição da estrutura a campo e parece ser um fato comum em muitos Latossolos Vermelho Amarelo desenvolvidos sobre rochas cristalinas em locais dos mares de morros do Brasil sudeste. Em todos os solos analisados os teores de caulinita foram superiores aos de gibbsita, com exceção do P10, um Cambissolo Háplico. Mesmo assim estes teores de gibbsita são considerados elevados, uma vez que a área de estudo se se caracteriza como intensamente intemperizada. A remoção da sílica e de bases pela percolação de grandes quantidades de água, em períodos mais úmidos, resultou numa solução de solo, com uma concentração iônica tal que a gibbsita serio o argilo mineral mais estável.
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    Território, conhecimento local e uso do solo na comunidade quilombola de Malhada Grande Norte de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-28) Matuk, Fernanda Ayaviri; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; http://lattes.cnpq.br/7242410413258739; Coelho, France Maria Gontijo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784228E8
    O contexto socioambiental e científico tem enfatizado a importância da realização de estudos interdisciplinates e etnocientíficos, visando a análise integrada da realidade. Nesse sentido, a associação de uma abordagem territorial com a Etnopedologia permite uma ampla visão sobre o uso do solo, o saber local e as demandas locais, constituindo-se como importante ferramenta para a atuação junto a comunidades rurais, que deve ser explorada. Este trabalho investigou o saber local sobre os solos e o uso do solo de uma comunidade integrante do Quilombo Gurutuba, localizada em Malhada Grande (Catuti Norte de MG). Os principais objetivos do trabalho, voltados para a compreensão do uso e ocupação do solo, foram: relacionar o saber local sobre geoambientes e solos ao saber científico; avaliar a aptidão agrícola dos solos coletados e analisá-la em relação ao uso do solo praticado; relacionar as mudanças no uso do solo com as transformações ocorridas na territorialidade local. A metodologia consistiu em: levantamento do histórico de uso do solo e do saber local sobre geoambientes e solos, turnês-guiadas, entrevistas semi-estruturadas, coleta e tradagem dos solos identificados, bem como descrição e análise química e física dos solos coletados. Também foram realizados o Mapeamento participativo dos geoambientes e do uso do solo, a avaliação e mapeamento da aptidão agrícola dos solos e a articulação entre saber local (emicista) e científico (eticista). Na estratificação ambiental local foram identificados três macroambientes, Alto, Alta e Baixa, que correspondem, respectivamente, ao topo, à encosta e à planície de inundação. Esses foram subdivididos em geoambientes, distintos em função de um sistema local de classificação dos solos, baseado principalmente na cor, textura e consistência do solo. Esses ambientes foram interpretados pedogeomorfologicamente originando uma chave de identificação pedogeoambiental, na qual foram identificadas as seguintes classes: Altos com Terra vermelha/ Topos aplainados com Latossolo Amarelo distrófico argissólico e Argissolo Vermelho-Amarelo; Baixios do Alto com Barro branco duro/ Depressões de topo com Plintossolo Argilúvico; Furados com Barro branco mais duro/ Depressão endorréica com Plintossolo Argilúvico eutrófico abrúptico e Planossolo Háplico; Altas com Terra branca/ Encostas pedimentadas com Neossolo Quartzarênico órtico típico; Baixios da Alta com Barro branco/ Depressões da encosta com Plitossolo Argilúvico; Capões com Terra branca mais cultura/ Cordões arenosos com Neossolo Regolítico; Vargens com Barro escuro duro/ Planícies fluviais parcialmente inundáveis com Planossolos Háplico eutrófico solódico e Plintossolo Háplico; Vazantes com Terra Preta/ Planície fluvial inundável com Plintossolo Háplico eutrófico típico; Neossolo Flúvico e Gleissolo Háplico. Os solos analisados foram, em sua maioria, eutróficos, exceto o Latossolo e o Neossolo Quartzarênico. A geologia Coberturas Detrícicas refletiu-se na fração granulométrica dos solos, com predomínio de areia fina e areia grossa e da textura areiafranca ou média. O clima da região, que confere menor intemperismo químico, favorece a conservação de Ca2+ e Mg2+ no complexo de troca, presença de argila de alta atividade (Planossolo e Plintossolo) e altos valores de relação silte/argila. Os principais elementos que orientam o uso e ocupação do solo são: sazonalidade climática; oferta de água, terra, mão de obra e renda e distância do geoambiente da moradia. O uso do solo se concentra na encosta, com quintais agroflorestais, cultivos anuais e pastagem; uma vez que no topo a escassez de água limita o uso a pastagem e a planície de inundação pode ser usada somente na seca. Os principais fatores de limitação à aptidão agrícola das terras foram restrição hídrica e deficiência de oxigênio. A maioria dos solos apresentou aptidão para pastagem, sendo o Plintossolo da Vazante o único com aptidão para lavoura. O uso do solo, no geral, segue os critérios considerados pelo sistema de avaliação da aptidão, mas é definido em função da oferta de recursos e da necessidade de produzir e obter o autoconsumo. O conhecimento local, estruturado a partir da experiência agrícola, apresentou-se muito vasto e possui grande correspondência com o científico. A pressão antrópica sobre os solos não se deve à falta de conhecimento. Ela tem sido provocada e enfatizada pela escassez de terra e adoção de atividades voltadas para o mercado. A reestruturação da territorialidade da comunidade decorreu da expropriação de terra, da modernização, da intensificação da escassez de água e da degradação do solo e da vegetação. A redefinição do uso e ocupação do solo, referente às atividades produtivas, à produtividade, ao uso comunal dos recursos, etc., foi essencial para a permanência da comunidade no território.
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    Propriedades físicas e intervalo hídrico ótimo de um Latossolo Amarelo coeso sob diferentes usos no ecossistema tabuleiro costeiro.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-12-10) Dias, Camila Brasil; Souza, Luciano da Silva; http://lattes.cnpq.br/5332437579093392; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; http://lattes.cnpq.br/4870875421234902; Oliveira, Teógenes Senna de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788532T0; Hamakawa, Paulo José
    O objetivo deste trabalho foi avaliar alguns atributos físicos e determinar o intervalo hídrico ótimo de um Latossolo Amarelo Distrófico coeso dos Tabuleiros Costeiros do Recôncavo da Bahia submetido a diferentes usos e manejo do solo. Foram coletadas 40 amostras de solo com estrutura indeformada, nos horizontes A/Ap e AB coeso em cada um dos três usos do solo: mata nativa (Mata Atlântica), pastagem degradada de Brachiaria decumbens e cana-de-açúcar (após 3 anos de subsolagem), localizadas no Campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em Cruz das Almas- BA. Avaliaram-se a porosidade, a densidade do solo, a curva de retenção de água do solo, a resistência à penetração em função do potencial matricial da água no solo e o intervalo hídrico ótimo. Os resultados indicaram que a resistência do solo à penetração foi influênciada positivamente pela densidade e negativamente pela umidade do solo, com maior magnitude no horizonte AB, e principalmente, no solo sob pastagem. A porosidade total e a macroporosidade da mata foram semelhantes a da cana (subsolagem), mas diferem da pastagem. Considerando a mata como referência, pode-se inferir que o manejo da pastagem diminuiu a porosidade total e a macroporosidade, enquanto no caso da cana isso não aconteceu, ou seja, o manejo utilizado no cultivo da cana (subsolagem) além de tornar os horizontes Ap e AB mais parecidos fisicamente, fez com que os valores se aproximassem aos do solo sob mata. A retenção de água no solo sob mata e sob cana- de-açúcar foi maior no horizonte AB, um pouco mais argiloso que o horizonte A, entretanto, no solo sob pastagem ocorreu o inverso. O intervalo hídrico ótimo no horizonte A da mata e Ap na cana-de-açúcar foram semelhantes, e ambos maiores que na pastagem.Já no horizonte AB, o IHO para a cana-de-açúcar foi maior que para a mata, e esta maior que para a pastagem. Os horizontes A/Ap apresentaram maiores valores de densidade crítica em relação ao horizonte AB para todos os usos avaliados. O uso que mais apresentou valores de densidade do solo maiores que a densidade crítica foi a pastagem. Em solos coesos o controle da qualidade física é dependente da conservação da água ao longo do perfil, e a redução da RP por métodos que incrementem a macroporosidade via redução da Ds é uma alternativa para manter a RP em níveis não impeditivos às plantas.
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    Pedoambientes e aspectos hidrológicos como base para gestão territorial do município de Xapuri, Acre
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-24) Abud, éllen Albuquerque; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/7122335241132037; Amaral, Eufran Ferreira do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728462H3; Araújo, édson Alves de; http://lattes.cnpq.br/8065197935054536; Bardales, Nilson Gomes; http://lattes.cnpq.br/4235213417465849
    O município de Xapuri, criado em 22 de março de 1904, apresenta uma superfície de 5.346 km2 e localiza-se na regional do Alto Acre e é considerado o berço da luta ambiental da Amazônia em razão dos conflitos e exploração da terra liderados pelo sindicalista Francisco Alves Mendes Filho conhecido internacionalmente como Chico Mendes. Atualmente, o município tem enfrentado um grande desafio na busca de alternativas de uso da terra que possibilitem alcançar o desenvolvimento sustentável nas áreas desmatadas e valorização do uso múltiplo da floresta, pelo reconhecimento das potencialidades e vulnerabilidades ambientais e com a incorporação efetiva da sabedoria local. Diante disso, se faz necessário o conhecimento dos aspectos sócioambientais, de modo a caracterizar o uso atual das terras do município, além de conhecer melhor seus recursos naturais em escala compatível com os materiais cartográficos existentes, equipe de trabalho que possibilite estratificar o ambiente e realizar um planejamento de uso e ocupação das terras mais realísticos para a região. Objetivou-se propor cenários de uso racional e sustentável da terra com base nas relações de uso atual com o conhecimento dos recursos naturais, principalmente características pedológicas e hidrográficas de modo a distinguir os pedoambientes, para se constituir uma base de planejamento para o município. Para tanto, realizou-se o levantamento de reconhecimento de solos e a partir dessas informações elaboraram-se o mapa de geologia e relevo, além do uso da terra com imagens SRTM e LANDSAT com vista a estratificação dos pedoambientes. Para assim relacionar os pedoambientes com as classes de uso da terra e obter o zoneamento adequado do uso da terra e o zoneamanto pedo-hidrográfico, em escala de 1:100.000. Assim, pode-se dividir o município em quatro pedoambientes. Onde se observou o predomínio dos Argissolos, com influência marcante do material de origem e migração de argila, e Latossolos não tão intemperizados. A adequação do uso apresentou predominância da classe: ausência de impacto significativo (39%), em decorrência da grande área de floresta preservada (77%). Mas apresentou fora da área preservada intensidade de uso com baixo a alto impacto. De acordo com o zoneamento pedo-hidrográfico foi possível visualizar o município num contexto de gestão territorial integrada e através desta análise constatar considerável alteração nas Áreas de Preservação Permanentes.
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    Critérios de seleção da população no estabelecimento de valores de referência para a diagnose nutricional do eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-28) ávila, Vinícius Tavares de; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/1461845143351787; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8
    A cultura do eucalipto apresenta grande importância no cenário nacional e mundial por se mostrar uma fonte de energia e de matéria prima para vários usos industriais, além de material para o uso civil e agrícola. O bom desempenho do setor florestal deve-se, em grande parte, à melhoria das técnicas que contribuam para o aumento da produtividade. Neste sentido, o manejo nutricional das plantas pode basear-se em algumas ferramentas como o DRIS (Diagnosisand Recommendation Integrated System), método proposto por Beaufils (1973), que consiste em um método de análise bivariado. Por este método são calculados índices que expressam o balanço relativo dos nutrientes em uma planta, a partir da comparação de relações duais na amostra com valores-padrão ou normas, como objetivo de classificar os nutrientes quanto a ordem de limitação ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Para gerar essas normas, Beaufils (1973) recomenda a utilização de populações de plantas que reflitam a variabilidade dos nutrientes, concluindo pela indicação da população de média produtividade. Porém, outros autores preconizam a necessidade de se gerar normas específicas que levem em consideração os fatores locais que interferem nos processos biogeoquímicos envolvidos no desenvolvimento vegetal. Outro método consagrado é o proposto por Kenworthy (1961), no qual se avalia o balanço dos nutrientes de forma individual além de incorporar a variabilidade do teor na população de referência. Trabalhos mostram que a melhoria da adequação da diagnose nutricional se dá com a utilização de normas específicas para uma região, com relação ao uso de normas gerais, definidas a partir de um banco de dados em que se abrangem diferentes condições de clima, época de amostragem, parte da planta amostrada, sistema de manejo do solo e variedade, entre outros. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do uso de diferentes critérios para a seleção da população de referência utilizada na geração das normas sobre o grau de universalidade das normas gerais e específicas geradas. Os resultados mostram que o critério de seleção das populações de referência para o estabelecimento de normas DRIS não afetou a universalidade das mesmas.
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    Recomendação de fertilizantes para violeta africana de acordo com o requerimento e suprimento nutricional
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-11-07) Matta, Patrícia Morais da; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://lattes.cnpq.br/3728972313927971; Barbosa, José Geraldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783055P7; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8
    A adubação é o maior gargalo para a produção de violetas, visto que não há recomendações específicas para as mesmas. Assim, foi desenvolvido um método para recomendação de adubação baseado na demanda e requerimento da planta e suprimento do substrato. No método do suprimento nutricional os princípios gerais das leis de adubação são satisfeitos. Os objetivos deste trabalho foram: determinar a demanda e a taxa de recuperação de macro e micronutrientes pela violeta africana; estimar as taxas de recuperação de macro e micronutrientes pelos extratores de formas disponíveis e determinar a dose que supra os requerimentos de violeta africana durante todo o ciclo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na UFV. O arranjo experimental utilizado foi um fatorial (2×6×4)+1, duas variedades de violeta, Kalisa e Fiesta, cultivadas com seis doses (0, 20, 40, 60, 120 e 200 mg/dm3/aplicação) de adubo fluido, sendo cada aplicação de 100 mL a cada 7 d por unidade experimental (composta por um prato com 3 vasos de 0,4 dm³ de substrato e uma planta cada), e 4 épocas de colheita (35, 70, 105 e 140 d após o início da aplicação das doses de adubo), totalizando 48 tratamentos, mais o tempo zero correspondente a amostragem feita nas mudas no dia em que chegaram ao departamento. Em cada colheita foi coletada também uma amostra do substrato de cada unidade experimental, para análise química. A parte vegetal (folha, meristema e inflorescência) foi seca em estufa de circulação forçada a 70 °C, pesada, moída e calcinada (0,1 g) em mufla a 475 °C. Posteriormente foi adicionado 10 mL de HCl 0,1 mol/L e o extrato foi filtrado, acrescentando 10 mL de água deionizada (volume final 20 mL). Em seguida os teores de S, Ca, Mg, B, Mo, Zn, Fe, Mn e Cu, foram analisados por espectrofotômetria de emissão ótica em plasma induzido (ICP-OES), de P por colorimetria, de K por fotômetria de chama e de N pelo método Kjeldahl (Jackson, 1979; Bremner, 1979). A partir do teor do nutriente i (tNui) e da produção de matéria seca de cada órgão vegetal (mMSO) da planta, foi obtido o conteúdo do nutriente por órgão vegetal (cNuov = tNui×mMSO) e, pelo somatório, o conteúdo total do nutriente na planta (cNuit = cNu Inflorescência + cNu Folha + cNu Meristema). O requerimento do nutriente pela planta é obtido pela divisão da demanda nutricional pela taxa de recuperação do nutriente pela planta. A taxa de recuperação pelo extrator foi calculada de duas formas, com o objetivo de estimar a quantidade real de nutrientes presentes no substrato, já que os extratores não são capazes de extrair 100 % dos nutrientes disponibilizados, para isso foi dividido as quantidades encontradas no substrato por cada uma das taxas de recuperação do extrator calculadas. Já a taxa de recuperação pela planta foi calculada por sete equações diferentes, onde o numerador era sempre [100 (d̂ Nuij d̂ Nui0) ]; em que dNuij= Demanda do nutriente i pelas plantas fertilizadas com a dose j, em mg/pl e dNui0= Demanda nutriente i absorvido pelas plantas na dose 0, em mg/pl; e os denominadores foram: qNuiDj = Quantidade do nutriente i disponibilizado pela aplicação da dose j, em mg/vaso ; q̂ NuiDjS = Quantidade do nutriente i disponibilizado pela aplicação da dose j, e pela quantidade do nutriente i disponibilizado pelo substrato, em mg/vaso. q̂ NuiSij = Quantidade do nutriente i disponibilizado pelo substrato na dose j, em mg/vaso. q̂ NuiSc = Quantidades do nutriente i disponibilizado pelo substrato, corrigidas pela taxa de recuperação pelo extrator do nutriente i na dose j, em mg/vaso . q̂ NuiDjSc,= Quantidade do nutriente i disponibilizado pela aplicação da dose j, em mg/vaso e pela quantidade disponibilizada pelo substrato, por vaso, corrigidas pela taxa de recuperação pelo extrator do nutriente i na dose j, em mg/vaso. q̂ NuiSm, = Quantidade do nutriente i disponibilizado pelo substrato corrigido pela taxa de recuperação média pelo extrator do nutriente i na dose j, em mg/vaso . q̂ NuiDjSm = Quantidade do nutriente i disponibilizado pela aplicação da dose j, em mg/vaso, e pela quantidade do nutriente i disponibilizado pelo substrato corrigido pela taxa de recuperação média pelo extrator do nutriente i na dose j. A equação que representa melhor as taxas de recuperação pela planta é aquela cujo denominador é: q̂ NuiDjSm , devido aos valores intemediários de taxas de recuperação que apresenta, o que gera um requerimento que supre as necessidades da planta e é economicamente viável. As maiores taxas de recuperação pelo extrator foram para K; A variedade Fiesta apresentou maior conteúdo de macro e micronutrientes, em relação a variedade Kaliza exceto para Fe; As duas variedades não apresentaram diferenças significativas em relação ao acúmulo de massa de matéria seca; As maiores taxas de recuperação pela planta foram para K, N e Mo; A dose 120 mg/dm³/aplicação proporcionou maior acúmulo de matéria seca, com altas taxas de recuperação, sendo a dose recomendada para ambas variedades.
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    Ecotoxicidade de arsênio em solos e sua relação com o valor de prevenção
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-26) Moraes, Mateus Lanna Borges de; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://lattes.cnpq.br/7472209077416208; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Ciminelli, Virgínia Sampaio Teixeira; http://lattes.cnpq.br/3590884268165249
    Embora o conceito de áreas contaminadas não seja novidade, no Brasil o gerenciamento de áreas contaminadas é relativamente recente. Entre as ferramentas utilizadas no gerenciamento de áreas contaminadas estão os valores orientadores, adotados para subsidiar decisões, não só visando a proteção da qualidade dos solos e das águas subterrâneas, como também o controle da poluição. Em Minas Gerais, segundo a Deliberação Normativa COPAM Nº 166, de 29/06/2011, em consonância com a Resolução do CONAMA N° 420 de 28/12/2009, os valores orientadores são concentrações de substâncias químicas que fornecem orientação sobre a qualidade e as alterações do solo e da água subterrânea . São considerados três valores, denominados: 1) Valor de Referência de Qualidade (VRQ) que é determinado a partir do background natural dos solos de uma região; 2) Valor de Prevenção (VP) que é a concentração de determinada substância no solo acima da qual podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e da água subterrânea e 3) Valor de Investigação (VI) que é a concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana. Os VP vigentes foram obtidos por meio de revisão da literatura nacional, considerando-se que o VP seria igual a menor concentração que causa alguma fitotoxicidade, bem como as concentrações máximas permitidas para aplicação de lodo em solos agrícolas (CETESB, 2001). As fontes consultadas, no entanto, remetem a trabalho realizado no Japão ( Heavy Metals in soils of Japan de Kitagishi, 1981), para estabelecer o limite máximo permitido para As em solos de várzea como sendo 15 mg kg-1 (VP vigente para As). O risco ecotoxicológico calculado para organismos do solo não foi considerado, pois esta informação não estava disponível na literatura nacional. Visando a definição do risco ecotoxicológico do elemento Arsênio (As) para organismos do solo em MG foram testados, conforme as normas para ensaios de toxidez aguda para plantas superiores ISO 11.269-2:2005, seis solos divididos em dois grupos: 1) Baixo background de As: um LATOSSOLO VERMELHO distroférrico (LVdf); um LATOSSOLO AMARELO distrófico (LAd) e um CAMBISSOLO HÁPLICO Tb distrófico (CXbd), onde foram testados os efeitos de doses crescentes de As (0, 15, 150, 1500 e 3000 mg kg-1); 2) Elevado background de As: dois NEOSSOLO LITÓLICO distrófico, do município de Paracatu, MG, com teor de As maior que 2000 mg kg-1 (Formação Paracatu) (RLd -A e RLd -B); e um NEOSSOLO LITÓLICO distrófico proveniente de Santa Bárbara, MG (RLd -SB) (Formação Bandada de Ferro; BIF Supergrupo Rio das Velhas) (teor de As = 28 mg kg-1). No primeiro grupo também foi avaliado o efeito do tempo de incubação (24h e 6 semanas) de uma fonte solúvel de As sobre a toxidez para soja (Glicyne max) e sorgo (Sorghum bicolor), a capacidade máxima de adsorção de arsênio (CMA-As) determinada por meio de isotermas de Langmuir e a adsorção deste elemento no solo. A avaliação da adsorção foi realizada por meio de extração sequencial proposta por Wenzel, 2001. Também foi realizado um teste preliminar de toxidez de As para minhocas terrestres (Eisenia andrei). A dose de As que causou redução de 50% do crescimento (EC50) das plântulas de soja e sorgo mostrou-se dependente da capacidade máxima de adsorção de Arsênio (CMA-As), a qual é dependente do teor e do tipo de argila de cada solo. A EC50 variou de 120 a 2500 mg kg-1, sendo o solo LAd, com a menor CMA-As, incubado por 24 h, a condição mais restritiva e o solo LVdf, com a maior CMA-As, incubado por seis semanas, a condição menos restritiva. As formas mais lábeis, consideradas biodisponíveis, do As adicionado foram significativamente diminuídas com o passar do tempo. Em contrapartida, as formas menos lábeis aumentaram com o tempo de incubação. Os solos com elevado background apresentaram a maior parte do As apenas em formas menos lábeis e, como consequência não mostraram toxidez aguda às plantas de soja e sorgo cuja biomassa não diferiu significativamente do controle. Diante destes resultados, são discutidos valores de prevenção (VP) para As, segundo metodologia Holandesa de Avaliação de Risco Preliminar, condizentes com a realidade das condições ambientais do Estado de Minas Gerais. Os valores obtidos, variaram desde 20 mg kg-1, para a condição mais restritiva, até 258 mg kg-1, para o solo com maior capacidade de adsorção de As. Verificou-se, também, que este valor tende a ser ainda maior para o caso de contaminação natural ou geogênica, muito comum no Estado de Minas Gerais, em relação ao valor vigente na legislação estadual que é igual a 15 mg kg-1.
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    Lixiviação de nitrato e volatização de amônia em um Latossolo cultivado com café sob diferentes fontes de nitrogênio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-30) Souza, José Adinan; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; http://lattes.cnpq.br/6886638851222346; Martinez, Mauro Aparecido; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781072U1; Libardi, Paulo Leonel; http://lattes.cnpq.br/9364892468589146
    Dentre os diversos produtos existentes para reduzir as perdas de fertilizantes nitrogenados destaca se o uso do inibidor de urease (NBPT). Existem na literatura inúmeros trabalhos que confirmam a eficiência deste inibidor, principalmente para as culturas do milho, cana e arroz. No entanto, estudos que verifiquem os riscos de contaminação do lençol freático promovido pelas perdas por lixiviação de NO3- são raros, principalmente para a cultura do cafeeiro sob elevadas doses de N. Diante disso desenvolveu se este estudo, cujo objetivo foi avaliar as perdas de N por lixiviação de NO3- e volatilização de NH3. O experimento foi montado em uma lavoura comercial de café de sequeiro. Adotou se um delineamento em blocos ao acaso, em um fatorial de (3 x 2) + 1, com 4 repetições, sendo três doses de nitrogênio: 200, 400 e 600 kg ha-1, duas formas de ureia: comum e a com inibidor de uréase, um tratamento adicional sem aplicação nitrogenada. Para se obter o fluxo de solução no solo foram instalados três tensiômetros em cada parcela, nas profundidades de 0,90; 1,00 e 1,10 m acoplados ao manômetro de mercúrio. Foram instalados ainda, em cada parcela, um extrator de solução do solo na profundidade de 1 m, para se determinar a concentração de NO3- na solução no solo. Para se quantificar as perdas por volatilização de NH3 foram instalados coletores de NH3, do tipo semi aberto. Registrou se um total de 1172 mm de precipitação, durante o experimento, destes 620 mm foram percolados, correspondente a 52,90 %. Não se observou diferença estatística entre os tratamentos, para a drenagem interna. Os valores relativos de perdas por volatilização de amônia não sofreram influência da dose, em média a ureia com NBPT apresentou perdas de 3,51 % e a ureia comum de 11,21 %. Pode - se concluir que a ureia com NBPT foi estatisticamente mais eficiente em reduzir as perdas por volatilização. Quando se analisa as perdas por lixiviação, pode se observar que esta sofre forte influência dos fatores climáticos, como a precipitação, principalmente na distribuição temporal das chuvas. Os resultados permitem concluir que as perdas por lixiviação sofreram influência da dose do fertilizante aplicado. Ficou demonstrado que a ureia tratada com inibidor de urease apresenta maior risco de contaminação do lençol freático com NO3-. Pode se concluir que o uso de ureia tratada com inibidor de uréase é uma boa alternativa para se reduzir as perdas por volatilização, porém o uso em doses acima de 200 kg ha-1, pode representar risco considerável de contaminação do lençol freático com NO3-, comparado ao risco proporcionado pelo uso de ureia comum. Além de configurar perdas significativas de fertilizantes. Conclui se ainda que o uso de elevadas doses de N não acarretou em incrementos de produtividade, nem promoveu aumento no teor de nutrientes nas folhas das plantas