Solos e Nutrição de Plantas

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/175

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 75
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Mineralogia e mapeamento de solos desenvolvidos de rochas pelíticas em Curvelo – MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-27) Costa, Maria das Graças Alves; Ker, João Carlos; http://lattes.cnpq.br/7077198204375282
    As informações referentes à espacialização e características físicas, químicas, mineralógicas e morfológicas dos solos no país ainda têm por base aquelas contidas em levantamentos pedológicos de pequena escala, em nível exploratório ou de reconhecimento. Estes levantamentos compreendem a identificação, descrição e delineamento, em um mapa dos diferentes tipos de solos existentes em uma determinada área, por meio das unidades de mapeamento que possibilitam um poder preditivo a respeito da aptidão agrícola e qualidade dos mesmos. Levantamentos em escalas maiores, ou seja, com informações mais detalhadas a respeito dos solos são necessárias para a classificação destes em níveis categóricos mais baixos, sobretudo a partir da mineralogia. O objetivo deste trabalho foi mapear, caracterizar e avaliar as possíveis diferenciações entre os solos originados de rochas pelíticas em Curvelo – Minas Gerais. Para tanto, foram realizadas análises físicas e químicas de rotina, digestão total e sulfúrica e análises mineralógicas. Foram analisadas por difratometria de raios X, amostras de argila natural, desferrificada e concentradas de óxidos de ferro. Além disso, foram realizadas análises termogravimétricas, extrações com ditionito-citrato-bicarbonato e com oxalato de amônio em amostras de argila, estimativa do índice de cristalinidade das caulinitas (IC), quantificação de substituição isomórfica de Fe por Al (SI) em goethitas e hematitas. Os principais resultados encontrados foram: (a) Os solos estudados são ácidos, álicos e distróficos; (b) os elevados teores de silte colaboram para a aceleração de processos erosivos (c) a quantificação por termogravimetria apresentou predomínio da caulinita na fração argila de todos os solos e maior expressividade da gibbsita nos Latossolos Vermelhos; (d) as caulinitas apresentaram índices de cristalinidade variados sendo maiores nos Cambissolos; (e) os valores de SI em goethitas foram elevados e superiores aos da hematita (f) os teores de Fe e Al extraídos por DCB e oxalato, e suas relações, confirmaram o predomínio na fração argila de argilominerais silicatados e óxidos de ferro cristalinos; g) os minerais de maior ocorrência na fração argila são: caulinita, ilita, gibbsita e vermiculita com hidróxi entrecamadas nos Cambissolos, Neossolo Flúvico e Latossolos foram identificados os mesmos minerais mas, com presença mais expressiva de gibbsita nesta última classe. A fração silte de ambas as classes revelou a presença principalmente de mica e principalmente quartzo na fração areia, confirmando a baixa reserva de nutrientes nas frações mais grosseiras destes solos; (h) a distribuição das unidades de mapeamento dos solos foi: 11,09 % de Cambissolo Háplico Tb Distrófico, 21,01 % de Latossolo Vermelho Distrófico, e 17,4 % Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Propagação in vitro de orquídeas sem a utilização de câmara de fluxo laminar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-22) Rodrigues, Donizetti Tomaz; Novais, Roberto Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/4103022759238316
    Há uma grande demanda por técnicas de laboratório mais simples e de menor custo e por procedimentos mais acessíveis a orquidófilos que não têm o embasamento teórico necessário à utilização de métodos usuais de produção seminífera e clonal de orquídeas in vitro. Neste trabalho, três experimentos foram conduzidos com os objetivos de avaliar a desinfestação química com hipoclorito de sódio (NaClO) de sementes e de tecidos de orquídeas para a produção de mudas in vitro, e testar a utilização de seringa descartável para o cultivo de tecidos, de modo a dispensar, em todos os casos, o uso de câmara de fluxo laminar. No primeiro experimento, sementes de Cattleya intermedia foram tratadas com seis concentrações de NaClO, variando de 1,2 a 4.800 mg L-1 de NaClO e semeadas utilizando-se dois métodos de cultivo: inoculação de sementes em frascos via seringa descartável, através de um furo em tampa de frascos de vidro, ou, abrindo-se o frasco, retirando-se a tampa, e colocando as sementes sobre o meio. Em ambos os métodos, as sementes foram inoculadas via 2 mL de suspensão semente-NaClO. Estes métodos foram comparados com o tradicional (controle), conduzido em câmara de fluxo laminar; com as sementes previamente desinfestadas com NaClO na concentração de 2.400 mg L -1 , corresponde a 100 mL L -1 de água sanitária comercial (ASC), e enxaguadas em H 2 O, mas sem a aplicação de NaClO aos meios nos frascos com as sementes. No segundo experimento, estudou-se a eficiência de concentrações de NaClO, variando de 1.200 a 6.000 mg L -1 (50 a 250 mL L -1 de ASC) aplicadas nos meios de cultura, na ausência ou presença de carvão ativado, em comparação à utilização de câmara de fluxo laminar sem a aplicação, neste caso, de NaClO nos meios, com os tecidos (explantes). Foram utilizados explantes de duas espécies de orquídeas: Arundina bambusifolia e Epidendrum ibaguenses. No terceiro experimento, estudou-se a utilização de seringa descartável, em substituição à câmara de fluxo laminar, utilizando três meios (MS1/2, GB5 e VW) e duas concentrações de três reguladores de crescimento (TDZ, ANA e BAP), para a obtenção de mudas de Phalaenopis spp. e de um híbrido de Dendrobium nobile, via cultura de tecidos. Como tratamento controle, utlizou-se o meio MS1/2 com 1,0 mg L -1 de TDZ em tubos de ensaio, com os explantes cultivados em condições normais, utilizando-se de câmara de fluxo. Não houve contaminação dos meios de cultura inoculados com a suspensão semente – NaClO. A presença do NaClO nas menores concentrações promoveu maior taxa de germinação e crescimento das plantas, em relação à sua não utilização (tratamento controle). A câmara de fluxo laminar mostrou-se desnecessária em relação à desinfestação feita com NaClO no meio de cultura. A aplicação de NaClO sobre o meio de cultura inoculado com os tecidos das plantas promoveu eficiente controle da contaminação. As maiores concentrações de NaClO causaram redução no crescimento das plantas. O uso de carvão ativado promoveu melhores resultados em termos de produção de plantas mas, por outro lado, a contaminação foi maior em sua presença. A utilização de seringa descartável mostrou-se viável para a propagação vegetativa das plantas. Embora, com alguns efeitos médios significativos, a diferença entre meios de cultura, reguladores de crescimento e suas concentrações apresentaram tendência geral para a similaridade dos dados de crescimento das plantas, evidenciando a possível simplificação dos procedimentos de desinfestação e cultivo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Crescimento e composição mineral de mudas de três espécies arbóreas nativas em resposta a macronutrientes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-05) Oliveira, Fernanda Ataide de; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; http://lattes.cnpq.br/8924295917311081; Fernandes, Luiz Arnaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797463J9; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    O bioma da Mata Atlântica tem sofrido um processo contínuo de devastação, com grandes consequências ecológicas e ambientais, e a principal forma de recomposição florestal é o plantio de mudas. A produção de mudas de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica, na Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional tem o objetivo de reflorestar a mata ciliar do lago de Itaipu, e constituir o Corredor Biológico que interligará grandes áreas de mata protegida no Brasil, Paraguai e Argentina. Este empreendimento é considerado pela UNESCO um dos maiores projetos de conservação ambiental do mundo e inclui o Parque Estadual do Morro do Diabo, no extremo oeste de São Paulo; o Parque Nacional de Iguaçu, entre Paraná e Mato Grosso do Sul; as faixas verdes em torno do reservatório da usina de Itaipu; o Parque Nacional do Iguaçu e o de Iguazú, na Argentina; e o Parque Estadual do Turvo, no Rio Grande do Sul. Na produção de mudas, os hortos da empresa utilizam substrato comercial e tubete de 115 cm3 de capacidade. Os experimentos conduzidos em casa de vegetação do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa objetivaram avaliar os efeitos de doses dos macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S). sobre o crescimento de Cedrella fissilis Vellozo (Cedro), Peltophorum dubium (Spreng.) Taub (Canafístula) e Tabebuia serratifolia (Vahl) Níchols. (lpê-amarelo), produzidas em tubete e substrato. As plântulas após aproximadamente 90 dias de emergência receberam cinco doses de cada macronutriente via aplicação em cobertura. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, sendo três espécies, cinco doses, seis nutrientes, com cinco repetições com quatro plantas cada, totalizando 90 tratamentos e 1800 plantas. Após 140 dias, foi avaliado para cada espécie o número de folhas, hastes, diâmetro do colo e altura, e determinado a matéria seca total e subdividida em folha, caule, parte aérea (MSPA), de raízes, a relação da massa seca da parte aérea com a raiz. Foram avaliados ainda os teores de N, P, K. Ca. Mg e S nas folhas e raízes. O aumento das doses de N proporcionou o crescimento significativo para as três espécies avaliadas. O aumento das doses de Mg influenciou as características de crescimento significativamente nas plantas de canafístula e Ipê-amarelo. O aumento das doses de S favoreceu os incrementos nas características de crescimento das plantas de Ipê-amarelo, para a produção máxima foram da ordem de 200 mg dm-3 de N, 240 mg dm-3 de Mg e 100 mg de de S. Em relação a dose zero, o N na máxima dose aplicada (200 mg dm-3), para as plantas de Cedro, Canafístula e Ipê-amarelo, proporcionou um incremento de 6,4, 20,5 e 20,8 % na MSPAA respectivamente; 0 Mg na dose máxima avaliada (24O mg dm-3), para as mudas de Canafístula e Ipê-amarelo proporcionou um incremento de 7,7 e 8,3 % na MSPA, respectivamente e o S para as mudas de Ipê-amarelo, na dose máxima avaliada (100 mg dm-3 ), proporcionou um incremento de 5.5 % na MSPA. Os teores críticos de N nos tecidos foliares nas plantas de Cedro, Canafístula e Ipé-amarelo, foram de 23,07, 20,61 e 22,68 g kg-1, e nas raízes 10,83, 9,8 e 14,19 g kg-1, respectivamente. Os teores críticos de Mg nos tecidos foliares nas plantas de Canafístula e Ipê-amarelo, foram de 0.96 e I,76 g kg-1, e nas raízes 0,57 e l,l9 g kg-1, respectivamente. Os teores críticos de S nas plantas de Ipê-amarelo, nos tecidos foliares, foram de 0,49 g kg-1 e 0.52 g kg-1 nas raízes. Os demais nutrientes não apresentaram as doses recomendadas para a produção máxima, justificado, provavelmente pela presença destes nutrientes no substrato, próximo ou acima do nível crítico. Em geral a resposta de crescimento significativo com o aumento da disponibilidade de N, possivelmente está ligada as condições favoráveis de lixiviação na produção de espécies florestais produzidas cm tubetes. Para o favorecimento do equilíbrio e disponibilidade de nutrientes no substrato comercial utilizado, é recomendado o uso de adubação complementar em substrato de Mg, para a Canafístula e Ipê-amarelo, de S para o Ipê-amarelo e de N para as três espécies.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Movimentação de cátions e ânions em colunas de solo influenciada pela calagem e cobertura vegetal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-19) Ribeiro, Bruno Neves; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; http://lattes.cnpq.br/0175074968688542; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3
    O efeito do calcário pode limitar-se à região de sua aplicação devido à baixa mobilidade dos produtos da sua dissolução no solo. Esta mobilidade pode ser facilitada por ácidos orgânicos de baixa massa molecular, que são liberados durante a mineralização dos resíduos vegetais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição de resíduos vegetais de três espécies forrageiras na mobilidade dos produtos da dissolução do calcário aplicado na superfície. Foram montadas colunas de solo em tubos de PVC de 20 cm de altura, nas quais foram cultivadas Brachiaria decumbens cv. Australiano, Melinis minultiflora (capim gordura) e Stylosanthes guianensis var. vulgaris cv. Mineirão. Após 90 dias de crescimento, aplicou-se calcário (CaCO3 + MgCO3 p.a. com relação molar Ca:Mg de 3:1) na superfície do solo de acordo com os seguintes tratamentos: T1 - plantas vivas, ou seja em atividade, T2 - plantas cortadas e o material da parte aérea seco e moído (< 1 mm) aplicado na superfície do solo, T3 - plantas cortadas mantendo-se apenas as raízes no solo, T4 - aplicação do material da parte aérea e T5- sem aplicação do material vegetal, ambos, em colunas de solo não cultivadas. Incluiu-se ainda colunas sem aplicação de calcário e material vegetal como tratamento testemunha (T6). Foram realizadas percolações com água equivalente a um volume de poros do solo determinando-se as concentrações de Ca, Mg, K, ânions inorgânicos (Cl-, CO3 2-, F-, NO3- e SO4 2-,) e ácidos orgânicos (acético, butírico, cítrico, malônico, oxálico e tartárico) nas soluções lixiviadas. Ao final do experimento as colunas de solo foram separadas em seguimentos de 0 a 2,5, 2,5 a 5, 5 a 10, 10 a 15, 15 a 20 cm nos quais determinaramx se os teores de Ca2+, Mg2+ e K. Constatou-se que ocorreu maior solubilização do calcário no solo em que se mantiveram as plantas vivas. Houve distribuição do Ca até 10 cm de profundidade, independente da aplicação ou não dos materiais vegetais. A aplicação de calcário independente da aplicação do material vegetal promoveu maior movimentação do K. A aplicação do calcário e do material vegetal da parte aérea das forrageiras favoreceu maior lixiviação de Ca, Mg e K e do ácido acético. Termos de indexação: calagem superficial, resíduos vegetais, mobilidade de íons, ácidos orgânicos de baixo peso molecular, forrageiras tropicais.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Influência do cultivo da leguminosa Arachis pintoi nas frações orgânicas do carbono e nitrogênio do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-19) Toledo, Amanda Santana; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; http://lattes.cnpq.br/6760640254868079; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723069A2
    As leguminosas têm grande importância para os sistemas agrícolas devido à capacidade de fixação biológica de nitrogênio (FBN). São utilizadas como adubo verde, em consorciação com pastagens e com cultivos anuais ou perenes, onde contribuem para cobertura do solo. O N é exigido em grandes quantidades pelas plantas por ser constituinte de vários compostos estruturais e atuar em diversos processos metabólicos nas plantas. No solo cerca de 95 % do N encontra-se em forma orgânica com diferente grau de estabilidade, o que nem sempre possibilita uma adequada disponibilidade para as plantas. A maior estabilidade dos compostos orgânicos nitrogenados deve-se a reação da lignina com moléculas protéicas, a adsorção a minerais de argila, a formação de complexos com cátions polivalentes e a proteção física devido a poros do solo com diferentes tamanhos. Estudos têm demonstrado que o N desempenha um papel importante na formação de compostos orgânicos mais estáveis no solo (humificação). O Arachis pintoi e A. repens são leguminosas da seção Caulorrhizae com potencial para consorciação com gramíneas forrageiras e culturas perenes. Estas leguminosas são de alta produtividade, bom valor nutritivo, compatibilidade com gramíneas, persistência, grande capacidade de cobertura do solo. O CENARGEN/EMBRAPA reúne mais de 150 ecótipos desta espécie. Vinte oito destes ecótipos estão sendo avaliados desde 2004, quanto à adaptação às condições edafo-climáticas da zona da Mata de Minas Gerais. Utilizando-se amostras de solo desta área experimental avaliou-se o efeito de ecótipos A. pintoi de alta, média e baixa produtividade sobre a estabilidade da matéria orgânica do solo e na distribuição das formas orgânicas do N. O experimento para avaliar a adaptação edafo-climática dos 28 ecótipos de Arachis foi implantado na Fazenda Experimental de Coimbra, do DFT em fevereiro de 2004. As unidades experimentais foram parcelas de 2,5 x 4 m dispostas em um delineamento de blocos casualizados com três repetições. O plantio foi feito com mudas espaçadas de 50 cm, adubadas com 50 kg ha-1 P2O5 aplicados na cova. Em novembro de 2006 foram coletadas amostras de solo nas profundides de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30. Nas parcelas cultivadas com Arachis e em área próxima ao experimento (solo controle). Para este estudo foram utilizadas amostras das parcelas de 11 ecótipos, sendo quatro com alta, quatro com média e três com baixa produtividade. Foram utilizadas subamostras com granulometria menor que 0,149 mm para determinação das frações orgânicas de N. Em subamostras com granulometria inferior a 0,2 mm foram determinados o C orgânico total, o C e N oxidado (Nox) com K2Cr2O7 em solução com 0,1; 0,5; 1; 1,5; 3,0; 6,0 e 9,0 mol L-1 de H2SO4. Determinou-se a abundância natural de 13C (δ13C) no material vegetal dos 11 ecótipos e no solo. A disponiblidade do N foi avaliada por meio do N absorvido por 130 plantas de painço (Panicum milaceum L.) cultivadas em 100 g de solo, em casa de vegetação, em três ciclos sucessivos de 21 dias de crescimento. De maneira geral, o cultivo com a leguminosa promoveram alterações na MOS. Após dois anos de cultivo com as leguminosas ocorreu aumento nos teores de matéria orgânica e Ntotal do solo, sobretudo nas camadas subsuperficiais (10 a 30 cm). Com base na variação do δ13C nesta camada, cerca de 3 a 4 % do C na MOS são provenientes dos ecótipos de A. pintoi. Não ocorreram alterações significativas na distribuição das diferentes frações de N orgânico obtidas por hidrólise ácida. Houve aumento nos teores de N associado a compostos orgânicos mais lábeis.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Química, Física e Mineralogia de Solos Utilizados na Agricultura Familiar e na Fabricação de Cerâmica Artesanal em Itaobim, Médio Jequitinhonha, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-01-28) Simões, Diana Ferreira de Freitas; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://lattes.cnpq.br/4680121486632993; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Viana, João Herbert Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784619U7
    Localizado no nordeste do Estado de Minas Gerais, o Médio Jequitinhonha ocupa cerca de 18 mil km², correspondendo a cerca de 25 % da área total do Vale do Jequitinhonha. Apresenta quadro natural com distintas características de clima, relevo, geologia, solos e uso da terra. O suporte básico da economia regional são as atividades de agricultura familiar, pecuária extensiva e artesanato de cerâmica. A agricultura familiar concentra-se principalmente nos Cambissolos Háplicos de rampas de colúvio e Neossolos Flúvicos localizados nas várzeas dos rios Jequitinhonha, Araçuaí e alguns de seus afluentes. Nas áreas dos Cambissolos Háplicos de rampas de colúvio, encontram-se microrrelevos de murundus, também utilizados para a agricultura familiar, porém poucos caracterizados. Ainda que as produtividades das culturas sejam baixas, os agricultores consideram-nas satisfatórias, sugerindo fertilidade natural mais elevada dos solos. Além destes solos, Planossolos e Gleissolos ( barreiros ), dependendo do horizonte, são usados para a fabricação de peças de cerâmica artesanal. Assim, os objetivos deste trabalho foram: caracterizar física, química e mineralogicamente Neossolos Flúvicos, Cambissolos e Cambissolos com murundus, ambos Háplicos, utilizados na agricultura familiar ao longo de duas topossequências, e caracterizar solos hidromórficos utilizados para a fabricação de cerâmica artesanal na comunidade de Pasmado, município de Itaobim, MG. Para as caracterizações físicas, químicas e mineralógicas, foram selecionados e coletados nove perfis, distribuídos nas topossequências 1 (T1), composta por dois Cambissolos Háplicos (P1 e P2), um Cambissolo com murundu (P3) associado ao perfil P2 e dois Neossolos Flúvicos (P4 e P5), e na topossequência 2 (T2), compreendendo um Cambissolo Háplico (P6), seu Cambissolo com murundu (P7) e um Neossolo Flúvico (P8) utilizados para a agricultura familiar. Também foi coletado perfil de Cambissolo Háplico (P9) que serviu de amostra extra de referência para esta classe. Foram ainda coletados três perfis de barreiros usados para a fabricação de cerâmica artesanal. Foram realizadas as seguintes análises: granulometria, curva de retenção de água e limites de consistência para os solos utilizados na cerâmica; químicas de rotina e teores totais de Ca, Mg, K, P, Co, Cu, Zn e Ni na TFSA e nas frações areia e silte, extrações de Fe por ditionito-citrato-bicarbonato (DCB) e oxalato amônio e análises mineralógicas por meio da difratometria de raios-X nas frações argila, silte e areia. Foram ainda realizadas entrevistas semiestruturadas com os artesãos e elaboração do fluxograma de fabricação da cerâmica até sua comercialização. Os Cambissolos Háplicos e Neossolos Flúvicos apresentam textura média e, ou argilosa, com valores mais elevados de argila no horizonte B dos Cambissolos. Os solos apresentaram-se fracamente ácidos, eutróficos e distróficos, sugerindo que existe diferenciação nas produtividades alcançadas, mesmo que os teores de cálcio, magnésio e potássio tenham sido considerados de médios a bons nos horizontes superficiais. Além disso, os teores totais e trocáveis das frações areia e silte, juntamente com a fração argila, parecem importantes fontes de nutrientes para as plantas. Os Cambissolos Háplicos fase murundus apresentaram maiores teores de silte e argila, Ca2+, P e carbono orgânico (CO), indicando que a atividade das térmitas, provavelmente no passado, foi importante para sua maior fertilidade em relação aos Cambissolos Háplicos aos quais estão associados. A mineralogia da fração argila dos Neossolos Flúvicos e Cambissolos é constituída basicamente de caulinita e ilita, e as frações areia e silte por mica, plagioclásios cálcicos e sódicos e feldspatos potássicos. A análise química total das frações TFSA, areia e silte confirmaram maiores teores de potássio nestessolos. Os horizontes selecionados pelos ceramistas para a fabricação de cerâmica artesanal apresentaram os maiores teores de argila e silte, índice de plasticidade (IP) e índice de atividade coloidal (Ia), importantes para a qualidade final da cerâmica. As pequenas quantidades de areia fina parecem não ser suficientes para promover efeito não plástico no Gleissolo estudado, confirmando seu uso restrito para a confecção de algumas peças artesanais. Com o aumento da temperatura na massa cerâmica, houve redução da relação Feo/Fed, o que leva a questionar se isto pode influenciar na qualidade do produto final da cerâmica, principalmente em termos de resistência ao rompimento. A camada superficial, por ser mais arenosa, e subsuperficial, pela sua dureza, são descartadas, mesmo que em alguns casos esta última possa ser aproveitada para a fabricação de peças artesanais (horizonte C). O uso do horizonte C dos Planossolos estudados como matéria-prima ( barro ) para o uso em cerâmica é de extrema relevância para a comunidade, pois estes solos ocupam pequena extensão geográfica nas várzeas do rio Jequitinhonha, podendo serem considerados como um recurso finito para o desenvolvimento dessa atividade. As análises mineralógicas desses solos indicam presença de quartzo, feldspatos, plagioclásios e micas nas frações areia e silte, e caulinita e ilita na fração argila. As etapas pertinentes ao processo de confecção da cerâmica artesanal contam com participação masculina nas etapas iniciais de coleta, transporte do barro e formação da pasta, cabendo às mulheres, mesmo que não exclusivamente, a modelagem das peças até a arte final. A atividade ceramista é desenvolvida em todos os meses do ano, realizada por homens, mulheres e crianças, todos vendendo sua própria produção. Além de aposentadorias e programas sociais como o bolsa escola, a atividade ceramista constitui importante complemento da renda familiar, sendo mesmo, em alguns casos, a única fonte de renda na comunidade de Pasmado.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Uso de redes neurais artificiais no mapeamento de solos na Bacia do Rio Turvo Sujo - Viçosa MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-03-09) Melo, Leonardo Vaz de; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; http://lattes.cnpq.br/8375624046930533; Vieira, Carlos Antonio Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728250D0; Chagas, César da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785135D2; Moreau, Maurício Santana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701947P5
    As ocupações humanas apresentam um histórico de ausência de planejamento e falta de organização que tem, muitas das vezes, comprometido a qualidade de vida da população e a qualidade ambiental. Observa-se que a perda do solo é um dos grandes problemas ambientais associado ao uso e ocupação de novas áreas, que além de afetar a flora e fauna nativas, pode comprometer seriamente a vazão dos cursos d água e, portanto, a qualidade de vida das pessoas. Nesse contexto, em qualquer processo de planejamento, a disponibilidade e o domínio da informação acerca do recurso solo, em especial, de suas limitações e potencialidades são dados importantes. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivos: i) avaliar a eficiência de duas diferentes metodologias de mapeamento dos solos: automatizada, via Redes Neurais Artificiais (RNA s) e a tradicional, efetuada com auxílio de pedólogos; ii) estimar o estoque de carbono dos solos da Bacia do Rio Turvo Sujo, localizada na Zona da Mata mineira. A metodologia utilizada consistiu da execução da modelagem da distribuição de solos na área da bacia, utilizando-se dados existentes e novos, Sistema de Informações Geográficas (SIG s), RNA s e checagens de campo. Os dados existentes foram obtidos em teses e documentos que continham informações de perfis de solos presentes na área. Os novos dados foram coletados em campo, em perfis modais, para pontos específicos da bacia, em função da ausência de dados anteriores. Nas coletas de campo, o perfil foi descrito e amostras foram coletadas de cada horizonte. Foram levantados também alguns pontos de observação de algumas classes de solo. No trabalho com SIG foi gerado um modelo digital de elevação (MDE) e, a partir dele, os mapas de declividade, radiação, face de exposição solar, distância horizontal, distância vertical e curvatura. Combinando-se a curvatura, a declividade e a distância vertical à drenagem produziu-se um mapa de unidades da paisagem na região: topo, terraço, encostas côncavas e encostas convexas. Além destes dados de entrada, foram usadas três bandas de uma imagem ASTER (do ano de 2001) e o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). Dois mapas de solos foram então produzidos: um efetuado juntamente com pedólogos e centrado unicamente nos dados de campo e de laboratório, e o outro, que fez uso das ferramentas de SIG e RNA s. A avaliação da adequabilidade dos mapas de solos produzidos foi efetuada a partir do índice Kappa. No mapa convencional foram estabelecidas cinco classes de solo e, no produzido via RNA, sete classes. Os resultados indicaram maior acerto do mapa produzido via RNA (Kappa = 66,6%), em comparação com aquele gerado pela forma tradicional (Kappa = 42,6%). O estoque de carbono no solo estimado até um metro de profundidade com base nos dados dos perfis da bacia do Rio Turvo Sujo foi em torno de 4.900.000 toneladas, considerando a profundidade de 1 metro. As relações entre a ocorrência dos solos e os atributos do relevo derivados do MDE foram determinantes para o delineamento de unidades de mapeamento de solos na região estudada, o que por certo, garantiu um melhor desempenho do mapa digital produzido. Embora a extrapolação para outras regiões deva ser tomada com ressalvas, os resultados obtidos indicam que as RNA s foram capazes de mapear de forma automatizada e adequada os solos da Bacia do Rio Turvo Sujo, com resultados mais detalhados do que o procedimento tradicional. Na classificação convencional, é difícil a perfeita integração de um grande número de informações de diferentes origens e, sob esse aspecto, as RNA s acabam auxiliando na obtenção de um produto final de melhor qualidade. Obviamente que esse procedimento informático não será capaz de substituir as mãos e a mente humana nos procedimentos de levantamento e classificação de solos, mas deve ser tomado como uma ferramenta para a obtenção de resultados cada vez mais próximos da realidade.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Caracterização física, química, mineralógica e micromorfológica dos solos da serra Sul, Floresta Nacional de Carajás, Pará
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-09-24) Ribeiro, Acauã Santos de Saboya; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/1347121951303097; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Ferreira Júnior, Walnir Gomes; http://lattes.cnpq.br/1523746320398382
    A serra Sul, localizada no Sudeste do Estado do Pará, representa o mais extenso platô de canga na paisagem da serra dos Carajás, abrigando diversos ecossitemas desenvolvidos sobre formações ferríferas com elevado grau de conservação. Apesar da grande importância geológica e econômica da região (maiores jazidas de minério de ferro do mundo) e de outros minérios de importância econômica, são ainda escassos os estudos pedológicos nesta área. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar os solos dos principais geoambientes que compõem a paisagem da serra Sul, quanto aos seus aspectos morfológicos, físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos, procurando entender os principais fatores e processos pedogenéticos atuantes nestas condições singulares deste ambiente amazônico. Para tanto, foram coletadas e analisadas amostras de 13 (treze) perfis de solo, representativos dos diferentes geoambientes encontrados. Na serra Sul, predominam os Plintossolos Pétricos, ora com horizonte endurecido contínuo (litoplíntico) ora com horizonte endurecido fragmentado (concrecionário), existindo um forte controle dos solos sobre as diferentes fitofisionomias presentes nas áreas de canga, evidenciando uma relação direta entre a profundidade do solo e o porte da vegetação. São ainda observados Latossolos Vermelhos nas encostas e grotas florestadas e Organossolos Háplicos nas depressões e patamares campestres mal drenados. No geral, os solos são ácidos, distróficos, com P disponível muito baixo e teores elevados de Al3+ no complexo de troca. Foram observados teores elevados de P disponível nos solos coletados proximo às cavernas, nas áreas brejosas e nos montículos dos termiteiros, evidênciando a relação entre a fauna e o enriquecimento nutricional dos solos, conforme constatado pelas quantidades expressivas de fezes e guano de morceno observados nestes ambientes. Os teores de COT elevados em todos os solos estudados indicam condições favoráveis à incorporação dos resíduos vegetais à matéria orgânica do solo. Ao lado dos teores bastante elevados de óxido de ferro obtidos pelo ataque sulfúrico e pelo DCB, os solos da serra Sul diferenciam-se pela intensa cor vermelha e expressiva ocorrência de maghemita, que, ao lado de hematita e goethita, constituem os minerais dominantes na fração argila. Os resultados das microanálises ilustram os elevados teores de Fe2O3 (> 80%) e teores muito baixos de SiO2 e dos macronutrientes Ca2+, K+, Mg2+, Na+, características atribuídas à riqueza em óxidos de Fe do material de origem (Jaspelito), a pobreza em minerais primários ricos em bases e ao intenso intemperismo destes solos. Pelos resultados das análises conclui-se que o material de origem rico em ferro e o pedoclima são os principais fatores que controlam a diversidade de características observadas nestes solos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Composição mineral do meio de cultura para crescimento in vitro de Cattleya walkeriana
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-28) Santos, André Ferreira; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://lattes.cnpq.br/2389979829865887; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8; Cambraia, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783868U6
    A família orquidácea possui cerca de 30.000 espécies espalhadas por quase todo o globo terrestre. Dentre as orquídeas, o grupo das catléias tem grande importância no mercado mundial de flores. Uma das principais formas de produção dessas plantas é o semeio assimbiótico in vitro. Muitos têm sido os meios de cultura utilizados para o semeio e crescimento de orquídeas; no entanto, esses meios parecem não suprir totalmente as exigências nutricionais das plantas. Há, portanto, grande interesse em se desenvolverem novos meios de cultura com composição nutricional que supra adequadamente, durante o período de cultivo, a demanda da cultura, promovendo produção de tecidos e resposta morfogênica deseja. O que constituiu o objetivo deste trabalho. Para ajustar as concentrações dos nutrientes do meio de cultura adequado para o crescimento de plântulas de catléia foram considerados os teores de referência em seus tecidos, a produção de matéria seca, o volume de meio de cultura por frasco e as taxas de recuperação dos nutrientes por essa cultura. Este meio foi denominado de meio Suprimento (S). Para a comparação desse meio de cultura com outros, protocormos de Cattleya walkeriana foram cultivados, durante 51, 94, 139 e 190 d, nos meios MS, B5, B&G (3 g L-1 do fertilizante B&G Orchidées®), Peters (3 g L-1 do fertilizante Peters® 10-30-20) e S, sendo testadas diferentes concentrações dos sais deste último (0,55; 0,73; 1,00 e 1,45 vez a concentração dos sais). O meio S, proposto neste trabalho, ofereceu a melhor condição de suprimento nutricional para a produção de plântulas de Cattleya walkeriana quando comparado com os demais meios. A concentração que proporcionou a máxima produção de plântulas completas foi de 1,125 vez a concentração original de sais do meio S. Os meios contendo maiores concentrações de N e menores de P levaram ao aumento na relação entre os teores de N e P (TN/TP) nos tecidos da cultura, a qual apresentou elevada correlação positiva com a relação entre a produção de matéria seca de calo e total. Alta relação TN/TP induziu a redução na produção de raízes. A relação entre a produção de raízes e folhas aumentou quando a concentração dos nutrientes no meio foi reduzida, seja pelo consumo da cultura ou pela redução na concentração dos sais no meio S.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Adsorção de arsênio: seleção de classes de solos mineiros indicadas para utilização como barreira geoquímica na imobilização deste elemento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-27) Almeida, Cecília Calhau; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/0501171317757667; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864
    A água é considerada um recurso natural de importância estratégica para o homem no futuro. Reconhece-se que a manutenção da qualidade das reservas naturais de água e seu fornecimento, de maneira segura, para o desenvolvimento das atividades humanas é o grande desafio da humanidade nos próximos anos. Um dos problemas que se somam à escassez de água em certas regiões é a contaminação de corpos d’água, o que tem comprometido o fornecimento de água potável em vários locais do mundo. Dentre os possíveis contaminantes, o arsênio (As) é um dos mais problemáticos, sendo considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o segundo mais importante em matéria de saúde pública global, atrás, somente, da contaminação microbiológica da água. O potencial toxicológico do As é conhecido há centenas de anos, mas somente nas últimas décadas, após a melhoria na capacidade de detecção analítica de elementos em solução, foi que a relação entre concentrações muito baixas de As e alguns tipos de câncer pôde ser melhor evidenciada. Sabe-se que, mesmo em concentrações da ordem de alguns μg/L, a ingestão de As afeta seriamente a saúde quando associada a períodos prolongados de exposição. A ocorrência do As em águas superficiais e subterrâneas depende da fonte desse elemento, da quantidade disponível e do ambiente geoquímico local. A mobilidade do As no ambiente depende, grande parte, das características do ambiente geoquímico, principalmente, das condições de pH e potencial redox (Eh), e dos equilíbrios de adsorção e dessorção, estes, controlados pelas matrizes mineral e orgânica dos solos. Em Minas Gerais predominam solos mais intemperizados do tipo Latossolos e Argissolos, que tem em sua constituição mineralógica predominantemente caulinita e óxidos de Fe e Al, esses últimos tidos na literatura como bons adsorvedores de arsênio. Para o estudo, foram coletadas amostras dos horizontes A e B de perfis representativos das classes dominantes de solos do Estado de Minas Gerais, preferencialmente, nas profundidades de 0 a 20 e de 50 a 70 cm, e caracterizados física, química e mineralogicamente de forma a correlacionar essas propriedades com a capacidade de adsorção de arsênio nesses solos. O experimento de adsorção foi conduzido utilizando soluções de NaNO3 0,001 mol/L contendo Na2HAsO4.7H2O nas doses: 0; 0,08; 0,16; 0,24; 0,40,0,56; 0,72; 0,88; 1,12; 1,36 e 1,60 mmol/L de As(V), com pH ajustado para 5,5 e o ajuste dos dados ás isotermas de Langmuir e Freundlich, sendo que os maiores coeficientes de correlação foram obtidos no primeiro modelo. No processo de adsorção de arsênio, uma das características que mais interferem na capacidade do solo em atuar como superfície adsorvente para este elemento é a textura do solo, em função do aumento ou diminuição de sua superfície específica. Em relação aos Latossolos, os Argissolos, de um modo geral, apresentaram granulometria mais grosseira e mineralogia mais caulinítica e/ou micácea do que os Latossolos. Os menores teores de argila e maiores teores de matéria orgânica conferem menor capacidade máxima de adsorção de arsênio (CMAAs) em relação ao horizonte subsuperficial desses mesmos solos. Os Latossolos, dentre as classes de solos estudadas, foram os que apresentaram maior CMAAs, seguido dos Argissolos, Cambissolos e, por último, o Neossolo Quartzarênico. A maior CMAAs foi do horizonte Bw de amostra de Latossolo Vermelho Distrófico (3,6 mg/g de As). Teores elevados de argila interferiram de forma marcante na CMAAs, além da mineralogia das amostras, sendo, de modo geral, evidenciada a presença de picos indicativos de goethita e hematita nos difratogramas representativos da fração argila dos solos que apresentaram maior CMAAs, bem como teores elevados de gibbsita obtidos por meio de Análise Termogravimétrica. É possível afirmar que, apesar de mineralogicamente os horizontes A e Bw não diferirem, fatores como: menor teor de C orgânico, a profundidade e estrutura farão com que o horizonte diagnóstico subsuperficial atue mais satisfatoriamente como barreira geoquímica na imobilização de As. Para tanto, o monitoramento é necessário, bem como novos estudos envolvendo o comportamento do arsênio no solo e que possam complementar os resultados encontrados neste trabalho.