Solos e Nutrição de Plantas

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    Geoprocessamento aplicado ao monitoramento ambiental da Antártica Marítima: solos, geomorfologia e cobertura vegetal da Península Keller
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-03-29) Francelino, Márcio Rocha; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/1335748426615308
    Este trabalho teve como objetivo elaborar uma base cartográfica em escala adequada, constituída de mapas ambientais temáticos da Península Keller, bem como propor indicadores para o monitoramento ambiental permanente da Área Antártica Especialmente Gerenciada da Baía do Almirantado, Ilha Rei George, Antártica. Pouco se conhece sobre as inter-relações das unidades geoambientais e suas influências nos ecossistemas da Antártica Marítima, o que torna necessário estudo mais detalhado dos ambientes terrestres a fim de subsidiar as atividades de avaliação de impacto e monitoramento ambiental. Foram realizados intensos trabalhos de campo durante as Operações Antártica XXI e XXII (verões de 2002/2003 e 2003/2004), como parte do Projeto Criossolos Austrais: solos criogênicos da Antártica - distribuição, ciclagem biogeoquímica, seqüestro de carbono e retenção de metais pesados - CRIOSSOLOS. Na primeira etapa obtivemos as fotografias aéreas utilizando suporte desenvolvido especificamente para este fim, o que permitiu, através da fotoanálise, a confecção dos mapas de solos, geomorfologia, cobertura vegetal e drenagem, além do melhor detalhamento do mapa geológico já existente. Os pontos de controle obtidos com o uso de receptor DGPS serviram de base para a elaboração do modelo digital do terreno da península, auxiliando na confecção do mosaico e na interpretação das feições do relevo de Keller. As unidades geomorfológicas são predominantemente de natureza deposicional e refletem ação de erosão periglacial, sendo os processos de solifluxão sua característica mais marcante. Foi verificada estreita relação entre as geoformas e a presença de cobertura vegetal, como reflexo do aporte nutricional oriundo das atividades ornitogênicas, que possuem clara preferência pelas feições mais estáveis. Esta associação condiciona a formação de condições pedogenéticas favoráveis. A cobertura vegetal, constituída principalmente de líquens e briófitas, apresentou distribuição estreitamente relacionada com o relevo e solos, constituindo-se em importantes indicadores de alterações ambientais. Análises de metais pesados nos materiais vegetais indicaram diferentes fontes conforme o tipo de cobertura vegetal ou solo. Os Leptossolos e Criossolos são os solos predominantes na Península Keller, sendo caracterizados pela pouca profundidade e presença de permafrost descontínuo. Foi verificado, no entanto, que o sistema da FAO, utilizado para classificar os solos criogênicos da área de estudo, se apresentou limitante pela obrigatoriedade da presença do permafrost, por ser este atributo descontínuo na Península Keller. Além disso, o sistema da FAO não considera a contribuição ornitogênica, de grande destaque na área, nem mesmo em segundo nível categórico.
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    Solos da Baía do Almirantado, Antártica Marítima: mineralogia, gênese, classificação e biogeoquímica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-10) Simas, Felipe Nogueira Bello; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Melo, Vander de Freitas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784446E6; Viana, João Herbert Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784619U7
    A maioria dos estudos pedológicos na Antártica foram realizados na porção oriental do continente, onde as constantes temperaturas negativas restringem a presença de água no estado líquido. Nestes desertos gelados , a formação dos solos se dá através de processos de intemperismo físico, com elevado acúmulo de sais solúveis nos solos. Por outro lado, na região da Antártica Marítima, temperaturas mais elevadas e maiores precipitações permitem uma maior participação de processo químicos e biológicos na formação dos solos e ecossistemas terrestres. O presente trabalho objetivou a caracterização química, física, mineralógica e micromorfológica dos principais solos da Baía do Almirantado, Ilha Rei George. Foram descritos e amostrados mais de 60 perfis. Os solos foram submetidos a análises químicas e físicas de rotina e estudados a partir de extrações químicas seqüenciais, difração de raios-X (DRX), microscopia eletrônica de varredura e de transmissão e microanálises. Avaliou-se o estoque de C orgânico e a distribuição das frações húmicas nos solos assim como a bioacumulação de metais pesados e outros elementos pela vegetação antártica. Os solos estudados caracterizam-se pela presença de permafrost (camada de solo permanentemente congelada), sendo classificados como Cryosols ou Gelisols pelos sistemas de classificação da FAO (WRB) e Soil Taxonomy, respectivamente. De maneira geral os solos apresentam maior desenvolvimento do que aqueles descritos para porções mais frias e secas da Antártica. São solos com desenvolvimento incipiente, com intensa ação do intemperismo físico e características químicas estreitamente relacionadas ao material de origem. Foram identificados os seguintes tipos de solos na Baía do Almirantado: a) solos derivados de basaltos e andesitos; b) solos tiomórficos formados a partir de andesitos priritzados; c) solos ornitogênicos (formados sob influência de dejetos de aves). A fração argila dos solos basálticos/ andesíticos é composta principalmente por esmectita interstratificada com esmectica com hidroxi-Al entre camadas. Nos solos tiomórficos, caulinita, clorita e um mineral interstratificado illita-esmectita foram detectados. Nestes solos, a oxidação de sulfetos promove intensa acidificação, com formação de jarosita e minerais amorfos de Fe. Fosfatos cristalinos de Al e Fe constituem grande parte da fração argila de solos ornitogênicos. Fosfatos amorfos contendo Al, Si e Fe controlam as características químicas nestes ambientes. Do ponto de vista micromorfológico, os solos apresentam feições típicas de solos criogênicos, nos quais os ciclos de congelamento e descongelamento favorecem a formação de estruturas granulares altamente estáveis. Análises microquímicas permitiram o detalhamento dos processos de oxidação de sulfetos e de fosfatização. Ao contrário dos solos da Antártica continental, o intemperismo químico é ativo nos solos da Baía do Almirantado, especialmente nos pedoambientes onde ocorre a oxidação de sulfetos ou intensa atividade de aves. Nestas últimas há o desenvolvimento de extensas coberturas vegetais com ocorrência das duas únicas plantas superiores que ocorrem na Antártica (Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae) e Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophillaceae)). Os teores de C orgânico nos solos são mais elevados, com formação de espessos horizontesl híticos. Solos mais desenvolvidos apresentam maior participação das frações ácido fúlvico e húmico. Os níveis de metais pesados em todas as espécies vegetais estudadas foram muito baixos.
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    Solos e geomorfologia da borda leste da Península Warszawa, Ilha Rei George, Antártica Marítima
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-25) Bremer, Ulisses Franz; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721756H5; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6
    No leste da península Warszawa, na ilha Rei George, pingüins da espécie Pygoscelis antarctica podem ser encontrados nidificando sobre costões rochosos, morainas baixas junto ao litoral, e terraços marinhos de segundo nível ou superiores. Deste modo, solos ornitogênicos derivados da atividade desses pingüins são em geral rasos, apresentando profundidade de fosfatização bem inferior aos solos ornitogênicos de pingüineiras de P. adeliae, que ocupam setores mais elevados da Área Antártica Especialmente Protegida Costa Ocidental da Baía do Almirantado (AAEP 128). Trabalhos de campo e de laboratório com solos ornitogênicos, entre a ponta Sphinx, na baía do Almirantado, e a ponta Telefon, no estreito Bransfield, permitiram diferenciá-los dos demais ecossistemas ornitogênicos da AAEP 128. O mosaico de aerofotos de pequeno formato tomadas em 2004 e a interpretação de uma imagem do satélite Quickbird, de 2006, permitiram a diferenciação e classificação geomorfológica da área de estudo. Estes produtos também possibilitaram delimitar as principais comunidades vegetais e estabelecer algumas relações geoecológicas, através da modelagem da radiação solar pela extensão Solar Analyst do programa ArcView 3.2a. As análises químicas de amostras de solo coletadas em perfis abertos no extremo sul da AAEP 128 apresentam valores de P extremamente elevados. Os teores de fósforo disponível extraíveis pelo extrator de Melich, atingem valores mais altos que os encontrados por Schaefer et al. (2004) em solos entre a ponta Thomas e a geleira Ecology, próximo da estação Arctowski, e por Michel et al. (2006), entre a geleira Ecology e a ponta Sphinx, próximo da estação Copacabana. Destacam-se os perfis P2 e P3, da ponta Telefon, com valores de 20054,5 mg dm-3 e 8667,9 mg dm-3 de P, respectivamente. Esses valores denotam a importante reatividade de soluções de lixiviados fosfáticos de guano em interação com substratos rochosos, quando estes se encontram crioturbados e, portanto, intensamente fraturados, e suscetíveis de percolarem soluções per descendum. Assim, tem-se a combinação do habitat de nidificação com a pouca profundidade dos solos permitindo que a matéria orgânica se acumule mesmo que parte do material retorne ao mar por canais de escoamento superficial. Estes solos ornitogênicos de P. antarctica também demonstram valores muito elevados de Na trocável, fato que aponta para a influência marinha, ficando o solo exposto aos sprays salinos provenientes da arrebentação ou trazidos pelo vento. Nas pontas Uchatka e Demay, junto à angra Paradise, os sítios de nidificação antigos demonstram teores de P muito inferiores aos teores das pingüineiras atuais e, ainda que anômalos em relação a solos não ornitogênicos, mantêm a tendência de solos mais rasos, com exceção do perfil D5, o mais profundo e desenvolvido dentre todos. Os teores de P aí se comparam aos de solos de locais colonizados por P. adeliae. Nos solos das áreas de Arctowski e Copacabana, a acidificação promovida pelo intemperismo e pela cobertura vegetal das angiospermas Deschampsia antarctica e Colobanthus quitensis, muitas vezes associadas a briófitas, é capaz de promover abaixamento do pH (4,76-5,23) e forte solubilização de formas de Al para solução. A maior comunidade florística no leste da península Warszawa é a de liquens, sendo que úsneas do gênero Neuropogon ocupam 7,7% da área estudada. As áreas vegetadas predominam em locais onde os valores médios da radiação global são superiores à média geral. Apesar da importância desta flora, 88,1% da área do sul da AAEP128 caracteriza-se pela ausência ou escassez de cobertura vegetal. Isto se dá em razão do curto período de exposição dos terrenos que até recentemente estavam cobertos de gelo; em razão da concentração de animais em poucos pontos junto ao litoral; e, conseqüentemente, do pouco desenvolvimento dos solos.