Solos e Nutrição de Plantas

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    Classificação supervisionada de pedopaisagens do domínio dos mares de morros utilizando Redes Neurais Artificiais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-03) Carvalho Junior, Waldir de; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/7992394393174495
    O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de compreender a organização dos solos de paisagens dos mares de morros, reconhecer seus padrões e subsidiar seu mapeamento. A área de estudo situa-se na Região Noroeste fluminense, englobada pela folha topográfica Varre Sai do IBGE, que abrange parte dos municípios de Natividade, Porciúncula e Varre Sai. Para isso foram avaliadas as feições geomorfométricas que definem um padrão geomórfico das paisagens, sendo composta por altimetria, altimetria relativa, aspecto, curvatura, curvatura plana, perfil de curvatura, declividade, sentido do escoamento, escoamento acumulado e distância euclidiana da drenagem, sendo todas estas feições obtidas por técnicas de geoprocessamento. Todos os atributos foram obtidos a partir do modelo digital de elevação e, em razão disso, os dados primários de elevação foram os mais precisos possíveis. Através destes atributos geomorfométricos elaborou-se um padrão geomorfométrico das paisagens definidas e foram conduzidas classificações supervisionadas, utilizando-se redes neurais artificiais e o algoritmo de máxima verossimilhança, para fins de comparação. Os resultados mostraram ser possível a utilização de redes neurais artificiais para a classificação de paisagens de áreas montanhosas sob dissecação homogênea, com uma exatidão global de 70%, um pouco acima daquela obtida pelo algoritmo de máxima verossimilhança, que obteve uma exatidão global de aproximadamente 66%. Este estudo mostrou que a utilização de técnicas de geoprocessamento para gerar os atributos geomorfométricos, aliados a classificadores supervisionados, pode subsidiar o delineamento dos levantamentos de solos, tornando-os mais rápidos, menos dependentes da experiência do mapeador e menos onerosos, diminuindo a subjetividade dos mesmos. Constitui-se de uma abordagem nova no Brasil, que deve ser estendida para outras áreas com informações mais precisas de altimetria, para testar a sua eficácia.
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    Distribuição espacial de atributos físico-químicos, mineralógicos e micromorfológicos de Latossolos, visando o mapeamento de áreas produtivas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-24) Viana, João Herbert Moreira; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/5963012432691034
    Neste trabalho foram estudados aspectos relacionados à gênese e mineralogia de um Latossolo Vermelho-Amarelo da região de Sete Lagoas, MG, cultivado sob plantio direto e irrigado por pivô central, assim como foi executado um levantamento detalhado de solos, visando avaliar o presente modelo de gênese e as possíveis implicações na produtividade dos cultivos realizados no local. Foram também avaliados a distribuição da resistência do solo, a partir de dados georreferenciados colhidos por um penetrômetro com aquisição automática de dados; a distribuição espacial dos principais atributos químicos usados para avaliação de fertilidade; a relação entre a produtividade do milho e o status nutricional do solo; e as características micromorfológicas, avaliadas em comparação a uma área equivalente próxima, em reserva sob cerrado. A mineralogia da fração argila do horizonte B w indicou a presença de caulinita e gibbsita dominando esta fração e, em menor proporção, os óxidos de ferro. Foram identificados nódulos ricos em ferro contendo magnetita muito alterada, em processo de transformação para hematita, e grãos de quartzo com inclusões de minerais magnéticos. A espectroscopia Mössbauer e o refinamento estrutural Rietveld, dos dados de DRX, indicaram a coexistência de magnetita, em estádio avançado de oxidação, e de hematita somorficamente substituída por Al. As análises mineralógicas indicaram que o modelo de gênese deste solo deve incluir a possibilidade de contribuições de materiais alóctones ao Grupo Bambuí. O mapeamento detalhado classificou o solo como Latossolo Vermelho-Amarelo, com uma inclusão de Latossolo Amarelo representando 21% da área. Os valores de resistência do solo obtidos se encontram abaixo dos considerados limitantes na maior parte da área. Os dados indicam a existência de bolsões de maior resistência sem a formação de uma camada contínua do tipo "pé de grade". A área em estudo apresenta fertilidade de média a alta em sua camada superficial, apresentando concentração de nutrientes nos primeiros centímetros da superfície. Foi observada grande variabilidade horizontal, mostrada pelos mapas interpolados e pelo coeficiente de variação dos dados. Os resultados indicaram que, para esta área, não houve relação aparente entre a produtividade e as análises químicas dos principais nutrientes e matéria orgânica, em razão dos níveis elevados de fertilidade já atingidos pelo sistema de manejo, indicando que a produtividade deve estar sendo determinada principalmente por outros fatores, como regime hídrico do solo. Os resultados mostraram que o solo em estudo apresenta características micromorfológicas típicas de sua classe, como elevada porosidade e estrutura microgranular fortemente desenvolvida. Os dados mostraram que a camada localizada entre 20 e 25 cm de profundidade, na área sob pivô, apresentou redução na porosidade observada e no comprimento de poros, em relação à área sob cerrado; essas alterações são atribuídas aos efeitos do uso agrícola.
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    Caracterização da intensidade de degradação do solo e da cobertura vegetal de uma área no Médio Rio Doce, utilizando imagem IKONOS II
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-21) Valente, Elton Luiz; Dias, Luiz Eduardo; http://lattes.cnpq.br/2589985494956186
    A partir de uma imagem de satélite IKONOS II, de uma área no Médio Rio Doce, localizada entre os municípios de Governador Valadares e Tumiritinga, com 56,73 km 2 , foi realizada uma identificação da intensidade de degradação do solo e da cobertura vegetal. A análise da imagem foi realizada pelo sistema de fotointerpretação cujos resultados foram processados em softwares de SIG ArcInfo e ArcView (ESRI, 1996). Paralelamente foram empregados dados históricos da área e dados do meio físico contidos nos mapas de solos e mapas planialtimétricos, dos quais foram obtidas informações sobre hidrografia; relevo e rede viária. De forma complementar, foram efetuadas visitas ao campo para coleta de informações, compondo uma fonte primária de dados. Como resultados, foram obtidos os mapas de Geoformas, Cobertura Vegetal e Geoambientes e Degradação. Para obtenção do mapa de Geoambientes e Degradação foram identificadas as intensidades de degradação do solo e vegetação, tendo como referência as características presentes e pretéritas da área considerada. Foram efetuadas observações de campo sobre os processos e intensidades de degradação desses ambientes. Para tanto, foram elaboradas tabelas que correlacionam a intensidade de degradação com os indicadores presentes no solo e na vegetação da área estudada. Foram identificadas quatro classes de degradação (cd): cd 1 - muito baixa ou leve, que corresponde a 7,5% da área; cd 2 - baixa ou moderada, observada em 7,2% da área; cd 3 - alta ou forte - presente em 47,5% da área e cd 4 - muito alta ou muito forte - cuja ocorrência foi identificada em 37,8% da área.
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    Caracterização e gênese de solos em ambientes de Cordilheira e Campo de inundação periódica da sub-região do Pantanal de Poconé, Mato Grosso
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-10) Sousa, Juberto Babilônia de; Muggler, Cristine Carole; http://lattes.cnpq.br/0985085839069147
    O presente estudo foi conduzido na sub-região do Pantanal de Poconé, estado de Mato Grosso. Foram estudados dois solos, sendo um Luvissolo Hipocrômico Órtico planossólico e um Gleissolo Háplico Tb Distrófico argissólico, representativos de ambientes distintos do Pantanal Mato- grossense, Cordilheira e Campo de inundação periódica, respectivamente. Objetivou-se compreender a gênese dos solos, a partir da caracterização e estudo de suas propriedades morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas. Os resultados mostraram que a diferença de umidade entre os solos está relacionada a pequena diferença de cota dos ambientes e refletiu-se nas propriedades dos solos. Entre as características morfológicas, é evidente o maior efeito de hidromorfismo no solo do ambiente Campo de inundação periódica. Para as características físicas, os resultados mostraram que os dois solos apresentam grande variação textural, desde texturas franco-argilo- arenosas até muito argilosas. As variações texturais ressaltam as descontinuidades litológicas nos perfis dos solos. Tais variações litológicas refletiram-se significativamente nas características físicas e químicasapresentadas nos solos. Os solos apresentaram valores de acidez média e teores de alumínio trocáveis bastante elevados. A ocorrência de variações nos teores de bases trocáveis é explicada pela variabilidade do material de origem e ao hidromorfismo na remoção e na acumulação de bases. Os teores de sódio são mais elevados no solo do ambiente Cordilheira, em especial nos horizontes mais inferiores. Os teores de carbono orgânico nos dois solos são baixos a muito baixos, o que está relacionado à variação de água disponível durante o ano e às altas temperaturas. Formas de ferro livre ocorrem em maiores teores no solo do ambiente Cordilheira, enquanto o solo do ambiente Campo de inundação periódica apresenta maiores teores de formas de ferro amorfas ou de baixa cristalinidade. Nas extrações de alumínio, observou-se a presença deste elemento nas formas de polímeros ou de baixa cristalinidade. A mineralogia da fração argila dos dois solos mostrou-se bastante semelhante, constituindo uma variabilidade de minerais, dentre os quais destacam-se a caulinita (Ct) e minerais 2:1, como a ilita (Il), vermiculita com hidróxi entre camadas (VHE) e, possivelmente, a esmectita (Es) no solo do ambiente Cordilheira; há ainda a ocorrência do quartzo (Qz). Os óxidos de ferro predominantes nos dois solos foram a hematita (Hm), goethita (GT) e lepidocrocita (Lp). No fracionamento do carbono orgânico em frações humina (FH), ácidos húmicos (FAH) e ácido fúlvico (FAF), destacou-se a fração humina, sendo que, em geral, a proporção apresentada nos dois solos foi FH > FAH > FAF.
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    Pedogênese e geoambientes na Serra Verde, parte da Mantiqueira mineira: atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-28) Simas, Felipe Nogueira Bello; Schaefer, Carlos Ernesto G. R.; http://lattes.cnpq.br/5666955641822847
    A região Sul mineira guarda, em serras elevadas de difícil acesso, remanescentes relativamente conservados de Mata Atlântica associados à inúmeras nascentes e cursos d’água. Passados mais de quinze anos desde a criação da APA Mantiqueira ainda não existe uma gestão ambiental efetiva na região, que vem sofrendo crescente pressão antrópica. Estudos ambientais multidisciplinares são necessários para subsidiar o planejamento e tomadas de decisão. Este trabalho teve como objetivo geral estratificar em Unidades Geoambientais o meio físico de parte da Mantiqueira mineira, conhecido por Serra Verde, no entorno da Mitra do Bispo, município de Bocaina de Minas, e estudar os atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos dos principais solos da região. O mapeamento geoambiental foi realizado através da interpretação de ortofotos da CEMIG em escala 1:10 000, carta do IBGE (1:50 000) e checagem de campo, com digitalização por meio dos programas ArcInfo/ArcView. Para o estudo pedológico, foram abertos quatro perfis de solo compondo uma toposeqüência típica das áreas granítico/gnáissicas dos altos da Mantiqueira. A análise do meio físico permitiu a distinção e mapeamento, em escala 1:17.000, de 9 Unidades Geoambientais, com vbase principalmente nos aspectos fito-geomorfológicos. Destacam-se as unidades Topos aplainados e cristas com candeia, Complexo rupestre de altitude, Encostas e grotas florestadas, Turfeiras de altitude, Vales com araucárias, e Patamares com floresta primária. Os solos são predominantemente gibbsíticos, distróficos e com elevada saturação por alumínio. O elevado acúmulo de matéria orgânica, textura arenosa e alta umidade favorecem a ocorrência de podzolização, com identificação de um Espodossolo. Atuam processos intensos de hidrólise e dissolução de minerais, com presença de formas poliméricas de Al adsorvidas e ligadas à matéria orgânica nos solos de menor maturidade pedogenética. A presença de gibbsita é atribuída à condições pretéritas de formação de profundo saprolito, favorecida pela intensa rede de falhas e fraturas, típicas desta zona da Mantiqueira. Com base nos cálculos de estoque de carbono, conclui-se que os solos da Mantiqueira representam importante compartimento de carbono seqüestrado protegido, com valores superiores a 700 t ha -1 .
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    Dispersantes químicos na análise granulométrica de latossolos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-11-28) Mauri, Jocimar; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4736674H7; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7; Donagemma, Guilherme Kangussú; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761607E3
    O resultado mais acurado da análise textural é dependente da completa dispersão da amostra de solo e da manutenção da estabilidade da fase dispersa. Pode considerar que o pH elevado da solução é determinante na dispersão de solos com cargas dependentes de pH. Nas mesmas condições de pH e pressão osmótica, quanto maior o raio iônico hidratado do íon, mais efetiva será a dispersão de argilas, por incrementar a dupla camada difusa. Por último, a remoção de agentes cimentantes também incrementa a dispersão da amostra de solo. Em decorrência dessas afirmativa, foram testados compostos de Na+ e Li+ como dispersantes químicos alternativos, frente à solução de NaOH 0,01 mol L-1, com objetivo de lograr dispersão mais efetiva de forma a minimizar a presença de pseudocomponentes, fundamentalmente pseudo-silte, na análise granulométrica de Latossolos. O trabalho foi realizado utilizando amostras de oito Latossolos do Estado de Minas Gerais, selecionados por apresentarem diferentes materiais de origem e teores de óxidos de ferro. Os tratamentos foram dispostos segundo um delineamento em blocos casualizados, correspondendo a um arranjo fatorial 8 x 2 x 7, com três repetições. Os fatores em estudo foram as amostras dos oito Latossolos, retiradas nos horizontes A e B e sete dispersantes. O NaOH foi utilizado como dispersante de referência, testando-se, adicionalmente soluções de LiOH, NaClO, [NaClO + NaOH], [HCl + NaOH], (NaPO3)n e [(NaPO3)n + NaOH]. A dispersão mecânica foi realizada utilizando-se agitador rotatório tipo Wagner, regulado para 50 rotações por minuto, durante 16 horas. Os dispersantes alternativos foram comparados com NaOH por meio de teste de Dunnett. Utilizando a maior proporção de argila para identificar a efetividade dos dispersantes, nenhum deles igualou-se ao NaOH. Utilizando o sinal > para indicar maior efetividade, a seqüência determinada foi: NaOH > [(NaPO3)n + NaOH] > [HCl + NaOH] > [NaClO + NaOH] > LiOH > (NaPO3)n > NaClO. Dentre os dispersantes alternativos, destacou-se a solução de [(NaPO3)n+NaOH], com resultados próximos aos do dispersante de referência, evidenciando a importância da elevação do pH até valores próximos de 12. A efetividade das outras soluções sódicas com pH elevado, [NaClO+NaOH] e [HCl+NaOH], foi reduzida pela elevação da pressão osmótica da solução, dificultando a dispersão da amostra de solo. O LiOH foi inferior ao dispersante de referência. Essa resposta é justificada pela tendência desse cátion alcalino, de formar ligações covalentes que bloqueiam cargas elétricas negativas do complexo de troca das argila, com diminuição da densidade de carga superficial. O (NaPO3)n e NaClO foram os dispersantes menos efetivos, pelo menor pH das suas soluções. Pode concluir-se que a solução de NaOH é a mais efetiva para dispersar amostras de solos com argilas que apresentam capacidade de troca catiônica dependente do pH, ao favorecer o incremento de cargas negativas, a repulsão entre partículas e consequentemente a dispersão da amostra de solo, com valores relativamente baixos da pressão osmótica da suspensão.
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    Valores de referência de qualidade para metais pesados em solos no Estado do Espírito Santo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-08) Paye, Henrique de Sá; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/5692181977444636; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Costa, Aureliano Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788668Z1
    O desenvolvimento equilibrado e sustentável requer controle eficiente dos efeitos ambientais dos processos produtivos. Para isso, os órgãos de monitoramento ambiental necessitam de indicadores capazes de servir como referência para a avaliação continuada dos impactos ambientais causados pelas atividades antrópicas. Dessa forma, é evidente a necessidade de estabelecer valores orientadores que permitam identificar áreas poluídas ou contaminadas e, concomitantemente, avaliar o potencial de risco ao meio ambiente e à saúde humana. O conhecimento dos teores naturais de uma determinada substância é o mais simples e direto método para o estabelecimento de valores orientadores. Dessa forma, a adoção de valores de referência de qualidade (VRQ) se impõe no contexto como uma excelente ferramenta para identificar áreas contaminadas e contaminantes de interesse, em locais específicos, de modo a fornecer uma orientação quantitativa em estudos de avaliação de risco, e na tomada de decisão nas questões de prevenção, remediação, reciclagem e disposição de resíduos em solos. Nesse sentido, o presente estudo tratou de caracterizar geoquimicamente 56 amostras representativas de solo, nas bacias hidrográficas Riacho, Reis Magos e Santa Maria da Vitória no Estado do Espírito Santo, com a finalidade de obter os teores naturais de metais pesados e investigar os principais fatores envolvidos na distribuição desses elementos nos solos. A partir dessas informações, foram estabelecidos os valores de referência de qualidade (VRQ) utilizando-se para isso, técnicas de análise univariada e multivariada. Para tanto, foram determinados os teores totais de As, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Pb, Ti, V e Zn, por ataque ácido, com digestão em forno microondas, conforme o protocolo analítico SW-846 3052 da Environmental Protection Agency (U.S.EPA). A dosagem dos elementos foi obtida por espectrofotometria de emissão óptica com plasma induzido (ICP OES). Os teores médios encontrados para a maioria dos metais pesados estudados foram, em geral, inferiores aos reportados na literatura internacional. Os teores de cádmio ficaram abaixo do limite de detecção (LD) do método para todas as amostras. A partir das correlações de Pearson e da análise de componentes principais (ACP) foi possível selecionar os atributos dos solos (Fe, areia silte+argila e carbono orgânico) que melhor se correlacionaram com os teores de metais pesados e verificar a importância dessas variáveis nos resultados. A análise de agrupamento hierárquico (AAH) possibilitou a formação de grupos e indicou que a distribuição de metais pesados nos solos do ES pode ser explicada principalmente pelo tipo de relevo (geomorfologia) e pela geologia. A análise discriminante (AD) possibilitou avaliar o grau de acerto na distribuição das amostras entre os grupos, e também permitiu alocar novas amostras nos grupos previamente formados, a partir das funções de classificação. Os VRQ foram obtidos a partir do percentil 75 e 90 da distribuição de freqüência dos resultados analíticos se encontram próximos ou abaixo daqueles obtidos para o Estado de São Paulo e para solos brasileiros. Os valores correspondentes aos percentis 75 e 90 obtidos para o conjunto de 56 amostras de solo podem ser considerados os VRQ´s ou backgroud. Os VRQ obtidos para solos do Espírito Santo a partir do percentil 75 e 90 para os seguintes metais pesados em mg kg-1 são: As (< 12,83 14,28), Cd ( < 0,13), Co (10,21 14,56), Cr (54,13 68,81), Cu (5,91 10,78), Mn (137,80 253,01), Mo (1,74 3,36), Ni (9,17 17,22), Pb (< 4,54 8,92), Ti (8775,97 10188,89), V (109,96 129,35) e Zn (29,87 49,32). A adoção de VRQ´s obtidos para grupos de solos tem a vantagem de representar convenientemente as situações anômalas. Obviamente, esses valores tornam menos complexa e laboriosa a gestão das áreas contaminadas ou suspeitas de contaminação. Portanto, sugere-se que os maiores e menores valores dos percentis 75 e 90 obtidos para os diferentes grupos sejam considerados a flutuação do background ou a faixa de Valores de Referência de Qualidade para metais pesados nos solos das Bacias Hidrográficas do Riacho, Reis Magos e Santa Maria da Vitória no Estado do Espírito Santo.
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    Doses de Cd, Pb, Cu, Zn e Ni em latossolos: efeitos no solo e em plantas de alface e feijão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-03-30) Pereira, Juliana Maria Nogueira; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761486U1; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Nascimento, Clístenes Williams Araújo do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766893P6; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4
    Objetivando estudar as absorções de cádmio, chumbo, cobre, zinco e níquel e suas respectivas distribuições em plantas de alface e feijão, foram conduzidos dois experimentos em casa de vegetação com variedades comerciais de alface (Regina de Verão) e feijão (Carnaval). As plantas foram cultivadas em doses crescentes de cádmio (0, 1, 2, 4, 8 e 16 mg/dm3), chumbo (0, 23, 46, 92, 184 e 368 mg/dm3), cobre (0, 8, 16, 32, 64 e 128 mg/dm3), zinco (0, 23, 46, 92, 184 e 368 mg/dm3) e níquel (0, 4, 8, 16, 32 e 64 mg/dm3), em vaso contendo 3 dm3 de amostras de três Latossolos Vermelho-amarelo, com textura argilosa (LVATG), média (LVAJP) e arenosa (LVATM). Foi feita a correção de acidez dos solos (CaCO3:MgCO3, na proporção 4:1), para alcançar a saturação por bases de 60%, e, de acordo com a recomendação para as culturas, a fertilização básica com macro e micronutrientes. As plantas de alface foram coletadas 50 dias após a transferência das mudas para os vasos com os tratamentos. Para o feijão, duas plantas foram colhidas aproximadamente 50 dias após a semeadura (estádio R5) e as duas plantas restantes foram colhidas na maturação fisiológica dos grãos (estádio R9). Amostras de solo foram coletadas para análise após a coleta do material vegetal. Para cada experimento foi utilizado o delineamento em blocos casualizados com três repetições. Os tratamentos foram distribuídos segundo uma matriz baconiana originada do esquema fatorial [1x3x(26)], sendo 1 espécie vegetal, 3 solos e 26 tratamentos. Foram determinados os teores de Cd, Pb, Cu, Zn e Ni na parte aérea (PA) da alface e nas raízes, caule, folhas e grãos do feijão. Foram calculados os conteúdos desses metais nas partes das plantas. Os teores desses metais, no solo, foram determinados após extração com Mehlich-3 (M-3). Houve aumento dos teores dos metais na PA das plantas de alface, sendo que, de modo geral, esses teores na matéria seca (MS) ficaram acima do limite considerado tóxico para a cultura. Os teores dos metais calculados para a matéria seca da alface ficaram acima dos limites permitidos pela legislação para consumo humano. A produção de matéria seca (MS) da parte aérea de alface não foi afetada pelas doses dos metais Cd, Pb, Cu e Ni adicionadas aos solos (apenas para o Zn houve decréscimo). No feijão os teores de Cd, Pb, Cu, Zn e Ni em todas as partes da planta aumentaram em função das doses adicionadas. Esses teores ficaram, de modo geral bem acima do limite considerado tóxico para a cultura. Os teores nos grãos ficaram acima do permitido pela legislação para consumo humano (exceção para o Cu). De modo geral, a produção de MS do feijão não foi afetada pela presença dos metais. As correlações significativas e altamente positivas observadas na relação entre os conteúdos e os teores de Cd, Pb, Cu, Zn e Ni nas folhas do feijão e as quantidades desses elementos extraídas do solo pelo extrator M-3, indicam eficiência do extrator para avaliar a disponibilidade desses metais para essa cultura. Para a alface, as correlações entre conteúdos e teores dos elementos nas folhas e quantidades extraídas do solo pelo extrator M-3 foram altamente significativas apenas para Cd e Ni. Para o Cu essas correlações, apesar de significativas, ficaram abaixo de 50%. A correlação entre o Zn extraído do solo e o seu conteúdo na parte aérea da alface não foi significativa, já a correlação entre o extraído do solo e o seu teor na PA aérea foi altamente significativa. Para o Pb, apesar da correlação alta e positiva entre a quantidade extraída do solo e o seu conteúdo e teor na PA da alface, o coeficiente de determinação da equação de regressão linear ajustada foi inferior a 50%.
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    Determinação dos teores naturais de metais pesados em solos do estado de Minas Gerais como subsídio ao estabelecimento dos valores de referência de qualidade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-04-27) Caires, Sandro Marcelo de; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742755P2; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Carvalho Júnior, Waldir de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700936P6; Burak, Diego Lang; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706238E8
    Diante do contexto de preservação dos recursos naturais para promover o desenvolvimento sustentável, este trabalho teve como objetivo principal determinar os teores naturais de metais pesados como subsídio para a produção dos valores de referência de qualidade dos solos do Estado de Minas Gerais. Foram coletadas amostras de solos distribuídas por todo o território em locais de mínima intervenção antrópica aparente e com vestígios de mata nativa ou secundária. As amostras de solos foram preparadas para compor a TFSA com o máximo cuidado para evitar contaminação. Subamostras foram submetidas a análises químicas e físicas de rotina. Foram testados diferentes métodos analíticos com o objetivo de avaliar o melhor procedimento para determinar dos teores de metais pesados nos solos. Os metais pesados utilizados neste estudo foram: As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Mn, Ni, Pb e Zn, bem como os elementos Al e Fe. Os métodos utilizados foram o EPA 3051a, EPA 3052 e o método da água régia. Os metais pesados dos extratos produzidos foram dosados em ICP-OES. Os resultados obtidos foram comparados entre si pelo teste t de Student. O método escolhido foi o EPA 3051a por garantir as melhores recuperações dos metais pesados da amostra de solo padrão utilizada para a calibração dos métodos e as melhores recuperações de As nos solos estudados. Realizada as análises, foi montado um banco de geodados com variáveis qualitativas referentes às classes de solos e tipos de materiais de origem, e quantitativas compondo os resultados das análises químicas e físicas e os teores de metais pesados obtidos pelo método EPA 3051a. Os teores dos metais pesados para as Classes de Argissolos, Cambissolos e Latossolos foram comparadas entre si pelo teste t de Student, encontrando diferenças (p < 0,01) entre teores de um mesmo elemento em razão das classes de solo. Com o objetivo de subtrair os valores anômalos, foi utilizado o percentil 75 para estabelecer os valores de referência de qualidade dos teores de metais pesados nas classes de solos estudadas. Utilizando técnicas de estatística multivariada, cada classe de solo em razão dos seus respectivos materiais de origem foi analisada, buscando evidencias das particularidades do solo em razão do material de origem, relacionando os metais pesados como indicadores desta diferença. Isto foi alcançado para Argissolo e Cambissolo. Por fim, foi montado um modelo matemático utilizando os atributos significativos dos solos em estudo para estratificá-los em grupos. Tais grupos servem para subsidiar a tomada de decisão da existência de contaminação de metais pesados de origem antrópica numa amostra de solo que não pertença ao grupo de amostras até então estudadas, e, no caso da não existência de contaminação, aloca-lá num determinado grupo de amostras de solo pertencentes ao banco de geodados até então organizado. Os teores naturais obtidos, correspondentes ao percentil 75, para os metais pesados As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Mn, Ni, Pb e Zn, em mg kg-1, para os Argissolos foram: (= 49,31), (= 265,50), (= 0,70), (= 10,99), (= 67,14), (= 1,42), (= 384,21), (= 25,07), (= 3,26), (= 1,35); para os Cambissolos foram: (= 0,001), (= 332,43), (= 1,05), (= 18,28), (= 77,81), (= 4,17), (= 528,02), (= 27,47), (= 15,38), (= 0,42) e para os Latossolos foram: (= 14,01), (= 267,64), (= 0,40 ); (= 28,29), (= 197,26), (= 83,38), (= 345,76), (= 53,48), (= 1,43), (= 37,42). Acredita-se que com os valores supracitados represente a realidade natural das respectivas classes de solos e, que os mesmos, possibilitem um monitoramento dos solos do Estado de Minas Gerais para uma melhor gestão ambiental de sua qualidade.
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    Gênese e geoquímica de solos em ambiente cárstico no cerrado da região de Planaltina de Goiás
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-13) Lynch, Leila de Souza; Martins, éder de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784196P4; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772076E0; Moreau, Ana Maria Souza dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723538D4; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6
    O presente trabalho teve por objetivo investigar a origem de solos desenvolvidos em uma topossequência inserida em um ambiente cárstico no Cerrado, em especial de um Latossolo Vermelho desenvolvido sobre o calcário, frente às hipóteses de autoctonia e aloctonia de solos desenvolvidos sobre rochas carbonáticas. O contexto geomorfológico pode ser definido como uma depressão cárstica intraplanáltica, formada sobre unidade pelito-carbonatada relacionada ao Grupo Paranoá. A topossequência compreende um pequeno remanescente da superfície de aplainamento Sul-Americana, na forma de chapada embutida na depressão. A descrição morfológica dos solos, a caracterização química e mineralógica dos solos e potenciais materiais de origem, assim como a análise do contexto em que a topossequência está inserida, serviram de base para este estudo. As análises químicas compreenderam análises de dissolução seletiva, como ataque sulfúrico e extrações com citrato-ditionito e oxalato ácido de amônio, e também foi realizada a análise total, na qual foi determinada a composição de elementos maiores e um grande número de elementos-traço, para as amostras de solos e seus potenciais materiais de origem. Adicionalmente, foi analisada a distribuição de Elementos Terras Raras (ETRs) e feito um estudo da sistemática isotópica Sm-Nd e razões 87Sr/86Sr nas amostras de solos, saprolitos e rochas, com o intuito de melhor discriminar a contribuição dos diferentes materiais de origem presentes na área, aos solos da topossequência. As concentrações de ETRs das amostras foram normalizadas para o PAAS. Aos dados originados da sistemática isotópica Sm-Nd, e da determinação das razões 87Sr/86Sr, foi aplicada a abordagem de modelos de mistura. Foram construídos modelos de misturas binárias, baseados nas razões isotópicas determinadas (87Sr/86Sr, 143Nd/144Nd e 147Sm/144Nd) e nas concentrações de Sm e Nd. A descrição dos perfis de solos, aliada à caracterização química e mineralógica, evidenciam que o material pelítico relacionado ao Grupo Paranoá aflora ainda na vertente da chapada, exercendo influência sobre os solos da topossequência. Este material se situa imediatamente abaixo da cobertura detrítico-laterítica e é a causa do aumento em profundidade da razão Ct/(Ct+Gb) nos perfis situados no terço-superior e médio da vertente, além de explicar o fato de a maior parte dos solos analisados serem mais cauliníticos. Estas análises também indicaram a ausência de carbonatos nos solos situados sobre o calcário. Há evidências químicas e morfológicas da ocorrência de distintos ciclos de deposição de materiais e de pedogênese na topossequência estudada. Estas evidências indicam que a maior parte destes solos tem origem a partir de depósitos coluviais de materiais pré-intemperizados, especialmente os solos desenvolvidos sobre o calcário. Os padrões de distribuição de Elementos Terras Raras (ETRs) dos solos demonstram uma gradação entre o padrão apresentado pelo material de cobertura e o padrão do saprolito de rocha metapelítica. Os padrões de distribuição de ETRs nos calcários calcítico e dolomítico são distintos das demais amostras, além dos teores de ETRs serem extremamente baixos, não podendo responder pelos teores encontrados nos solos. As análises da distribuição de ETRs, das razões isotópicas e a construção de alguns modelos de misturas, especialmente aquele baseado nas concentrações de Sm e Nd das amostras, permitiram definir como materiais de origem dos solos da topossequência: 1) o material relacionado à cobertura detrítico-laterítica, e 2) o saprolito das rochas metapelíticas do Grupo Paranoá. Evidenciaram, ainda, que o calcário não contribui para as fases minerais dos solos, sendo este um componente que exerce influência somente sobre suas fases solúveis, devido à sua elevada taxa de dissolução, afetando características como a soma de bases e o pH. Concluiu-se que os solos, em sua maior parte, são desenvolvidos a partir de depósitos pré-intemperizados, originados dos dois materiais mencionados acima. Conseqüentemente, o Latossolo Vermelho sobre o calcário apresenta uma origem para-autóctone, uma vez que se desenvolveu a partir de materiais pré-intemperizados, transportados a curta distância. Constatou-se que as razões isotópicas, nos estudos com perfis de intemperismo, são mais adequadas como traçadores das fases minerais mais solúveis, podendo servir como uma ferramenta para estimar a taxa de dissolução relativa dos minerais. Já a análise da distribuição de ETRs se mostrou bastante útil ao estabelecimento de relações entre os solos e os potenciais materiais de origem, tanto pela análise do padrão de distribuição de toda a série, como pela construção de modelos de mistura baseados em suas concentrações. Foi proposto um modelo para a evolução da topossequência estudada, compreendendo quatro fases distintas. A fase inicial corresponderia a um ambiente lacustre, formado sobre a unidade pelito-carbonatada do Grupo Paranoá. Com o avanço do ciclo cárstico, teria ocorrido a regressão dos lagos e formação das lentes de calcário calcítico e, em seguida, de eventuais depósitos argilosos silicáticos sobre o calcário. A terceira etapa compreenderia a erosão das partes mais altas da paisagem, correspondendo às cotas de ocorrência da cobertura detríticolaterítica, com deposição dos colúvios sobre as lentes de calcário e depósitos lacustres argilosos. A última etapa corresponderia a uma segunda fase de erosão, esta correspondendo às cotas de afloramento das rochas metapelíticas do Grupo Paranoá, expostas pelo ciclo de erosão anterior, com a deposição destes colúvios sobre os anteriormente depositados. O LVd situado no topo da chapada, o LVAd no terço superior e o Plintossolo Pétrico Concrecionário seriam os únicos perfis não desenvolvidos destes depósitos. Para os demais perfis estudados, é acreditada uma origem para-autóctone.