Solos e Nutrição de Plantas

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    Classificação supervisionada de pedopaisagens do domínio dos mares de morros utilizando Redes Neurais Artificiais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-03) Carvalho Junior, Waldir de; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/7992394393174495
    O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de compreender a organização dos solos de paisagens dos mares de morros, reconhecer seus padrões e subsidiar seu mapeamento. A área de estudo situa-se na Região Noroeste fluminense, englobada pela folha topográfica Varre Sai do IBGE, que abrange parte dos municípios de Natividade, Porciúncula e Varre Sai. Para isso foram avaliadas as feições geomorfométricas que definem um padrão geomórfico das paisagens, sendo composta por altimetria, altimetria relativa, aspecto, curvatura, curvatura plana, perfil de curvatura, declividade, sentido do escoamento, escoamento acumulado e distância euclidiana da drenagem, sendo todas estas feições obtidas por técnicas de geoprocessamento. Todos os atributos foram obtidos a partir do modelo digital de elevação e, em razão disso, os dados primários de elevação foram os mais precisos possíveis. Através destes atributos geomorfométricos elaborou-se um padrão geomorfométrico das paisagens definidas e foram conduzidas classificações supervisionadas, utilizando-se redes neurais artificiais e o algoritmo de máxima verossimilhança, para fins de comparação. Os resultados mostraram ser possível a utilização de redes neurais artificiais para a classificação de paisagens de áreas montanhosas sob dissecação homogênea, com uma exatidão global de 70%, um pouco acima daquela obtida pelo algoritmo de máxima verossimilhança, que obteve uma exatidão global de aproximadamente 66%. Este estudo mostrou que a utilização de técnicas de geoprocessamento para gerar os atributos geomorfométricos, aliados a classificadores supervisionados, pode subsidiar o delineamento dos levantamentos de solos, tornando-os mais rápidos, menos dependentes da experiência do mapeador e menos onerosos, diminuindo a subjetividade dos mesmos. Constitui-se de uma abordagem nova no Brasil, que deve ser estendida para outras áreas com informações mais precisas de altimetria, para testar a sua eficácia.
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    Efeitos da compactação sobre características físicas, químicas e microbiológicas de dois Latossolos e no crescimento de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-03) Silva, Sérgio Ricardo; Barros, Nairam Félix de; http://lattes.cnpq.br/8067599760812752
    Durante a retirada de madeira de povoamentos florestais o tráfego de máquinas tem incrementado a compactação do solo, que altera propriedades físicas, químicas e microbiológicas do solo, prejudicando o crescimento de raízes e a produtividade do eucalipto. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da compactação sobre propriedades físicas, químicas e microbiológicas do solo, e crescimento do eucalipto; bem como a influência da intensidade de trânsito e carga de madeira de um forwarder sobre a compactação do solo. Para isso, foram desenvolvidos seis experimentos: quatro sob condições de laboratório e casa de vegetação e dois em condições de campo. No laboratório foram estudados os efeitos da compactação sobre propriedades físicas do solo, fluxo difusivo de nutrientes, atividade microbiana, mineralização de carbono e nitrogênio, e crescimento de raízes e do eucalipto. Os ensaios de campo avaliaram a compactação do solo e o crescimento de árvores de acordo com o número de passadas e a carga de madeira de um forwarder. Em laboratório a compactação aumentou a densidade do solo, microporosidade, resistência à penetração, retenção de água a 0,01 e 1,5 MPa; fluxo difusivo de K, Zn, Cu, Fe e Mn (em geral); N-NH 4+ , N-NO 3- (no LVA), mineralização de N (no LA); e reduziu a porosidade total, macroporosidade, condutividade hidráulica, fluxo difusivo de P (no LVA), N-NO 3- (no LA), C-CO 2 (no LVA), C MIC (no LA); matéria seca de raízes e total; densidade radicular e conteúdo de nutrientes na planta. Verificou-se que o solo caulinítico (LA) foi mais sensível à compactação do que o solo oxídico-gibbsítico (LVA). O trânsito do forwarder aumentou a densidade, microporosidade e a resistência do solo à penetração; reduziu a estabilidade de agregados em água, porosidade total, macroporosidade e a infiltração de água no solo. A compactação ocasionada pelo forwarder não alterou a produção de matéria seca de tronco e altura das plantas até 406 dias de idade. A maior parte dos efeitos da compactação foi manifestada por apenas duas ou quatro passadas do forwarder. Conclui-se que as modificações promovidas pela compactação na estrutura do solo, ocasionaram alterações nas propriedade físicas, químicas e microbiológicas, afetando os processos de transporte de água e nutrientes no solo, a ciclagem de C e N e o crescimento e nutrição do eucalipto, sendo a umidade do solo e a intensidade de trânsito os principais fatores que ampliaram esses efeitos.
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    Distribuição de arsênio e oxidação de materiais sulfetados de áreas de mineração de ouro no Estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-07) Santana Filho, Salomão; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://lattes.cnpq.br/7942059669663657
    O presente trabalho buscou avaliar a distribuição de arsênio em solos e sedimentos, bem como a potencialidade de geração de águas ácidas e a mobilidade do arsênio em amostras de materiais sulfetados de áreas de mineração de ouro localizadas em Riacho dos Machados, Santa Bárbara e Paracatu, no Estado de Minas Gerais. Foram coletadas amostras de estéril, rejeito e minério e também amostras de solos e sedimentos a montante, dentro e a jusante das áreas mineradas. As amostras de perfís de solos e sedimentos foram previamente preparadas e caracterizadas quanto a granulometria, densidade de partículas, teor de matéria orgânica, pH, As parcial, As total e análises seqüenciais, determinando-se as frações de As solúvel, trocável, ligado a óxidos de Al, ligado a óxidos de Fe amorfos, ligado a carbonatos, ligado a matéria orgânica, ligado a óxidos de Fe cristalinos e fração residual. As amostras de materiais sulfetados foram, também, previamente preparadas e caracterizadas quanto à granulometria, densidade de partículas, determinação do potencial de neutralização, potencial de acidificação, balanço ácido-base, teores de As e S e relação As/S. Nessas amostras, também foram realizados testes de lixiviação, sendo coletado o lixiviado a cada semana por um período de 70 dias. Nas soluções lixiviadas foram determinados os teores de As, S e Fe e pH. Os resultados obtidos nas análises de solos permitem concluir que todas as áreas estudadas apresentam teores elevados de As. De modo geral, as camadas superficiais de solo tendem a apresentar teores mais elevados de As, o que foi atribuído à ciclagem biogeoquímica e à deposição de particulados ricos em As. Não obstante, em todas as camadas dos solos estudados as frações solúvel e trocável exibiram valores abaixo do limite de detecção por Espectrofotometria de Emissão Atômica com Plasma Induzido (ICP-OES) e a fração residual apresentou valor muito elevado, confirmando, assim, a baixa disponibilidade do As para o ambiente. De maneira geral, os sedimentos coletados a jusante e dentro das áreas mineradas apresentaram maiores valores de As em relação às amostras coletadas a montante. Também, com relação a sedimentos, verificou-se o mesmo comportamento das amostras de solos, ou seja, de maneira geral a disponibilidade do As para o ambiente é baixa, apesar dos altos teores de As total. As análises de materiais sulfetados também revelaram teores elevados de As. A determinação do balanço ácido- base permitiu separar grupos de amostras com maior potencialidade de geração de águas ácidas. De acordo com os resultados dos testes de lixiviação e outras características dos materiais sulfetados, conclui-se que a tendência de geração de drenagem ácida e liberação de As para o ambiente foi maior nas amostras provenientes de Riacho dos Machados, seguidas pelas de Paracatu e, por último, pelas de Santa Bárbara. Apesar de as regiões serem naturalmente anômalas com respeito aos teores de As em solos e sedimentos, conclui-se que a atividade minerária apresenta potencialidade de dispersão do As no ambiente. O conhecimento das características dos materiais sulfetados e da sua dinâmica em relação à geração de drenagem ácida e liberação de As constitui importante ferramenta para minimizar os impactos ambientais ocasionados.
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    Densidade, Porosidade, Resistência à Penetração e Retenção de Água em Resposta ao Arranjo e Morfometria de Partículas da Fração Areia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-04) Dalla Riva, Rogério Dias; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/2895114890782275
    Este trabalho teve por objetivo caracterizar a morfometria de areias reconstituídas (fração areia sem a presença de agentes cimentantes) e esferas de vidro, pela utilização dos índices morfométricos arredondamento, alongamento, diâmetro de Feret e compacidade, e analisar a sua correlação com a porosidade total, resistência à penetração e curvas de retenção pelo ajuste de curvas de regressão. Outro propósito desse estudo foi avaliar a elevação da densidade em sistemas binários e ternários de esferas de vidro e sistemas binários de areias reconstituídas sujeitos à ação vibratória controlada, em função da porcentagem das classes envolvidas e das relações entre os seus diâmetros médios. Para isso, foram coletadas 14 amostras de solo/sedimento em diferentes localidades dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e adquiridas esferas de vidro para simulação de empacotamentos binários e ternários. As amostras de solo/sedimento foram submetidas a pré-tratamentos para obtenção da fração areia limpa e posterior peneiramento para separação em 21 classes entre os diâmetros de 2,000 e 0,053 mm. Foram avaliadas a densidade aparente, densidade de partículas, porosidade total, resistência à penetração e curvas de retenção de água das amostras de areias reconstituídas, e a análise morfométrica das esferas de vidro e das amostras de areias reconstituídas com base nos índices arredondamento, alongamento, diâmetro de Feret e compacidade. Para a aquisição das imagens foram utilizados scanner para as frações maiores que 0,250 mm e câmara digital acoplada a microscópio com objetiva 4x para as frações menores que 0,250 mm. Foram obtidas cerca de 2.000 imagens e analisadas 145.000 partículas, aproximadamente. Utilizou- se o programa Adobe® Photoshop® CS para o processamento das imagens e os programas QUANTIPORO e Microsoft® Office Excel 2003 para a geração dos índices morfométricos. A porosidade total foi explicada pelos índices arredondamento, diâmetro de Feret e compacidade. Contudo, o R2 manteve-se baixo, refletindo a variabilidade morfométrica existente, devido à dureza e ausência de clivagem do quartzo. A resistência à penetração e a microporosidade apresentaram ajuste de regressão com o diâmetro de Feret, não sendo explicados pelos demais índices. Os modelos matemáticos propostos para o ajuste das curvas de retenção apresentaram-se satisfatórios para as amostras analisadas. A elevação da densidade em sistemas binários e ternários apresentou alta dependência da relação entre os diâmetros médios das classes envolvidas e da proporção de material "fino" existente.
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    Solos Criogênicos e Ornitogênicos da área de entorno da Ponta Llano, Antártica Marítima
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-11-07) Michel, Roberto Ferreira Machado; Dias, Luiz Eduardo; http://lattes.cnpq.br/9952967245812027
    As áreas de nidificação de aves na Antártica Marítima são ecossistemas bastante peculiares que ocorrem ao longo da costa em diversas ilhas do arquipélago das Shetlands do Sul. Na área de entorno da estação de campo Americana Pieter J. Lenie, localizada na Ilha Rei George, Antártica Marítima, a natureza do material orgânico, da vegetação, das diferentes classes de solos e os processos pedogenéticos atuantes em solos sob a influencia de aves em ecossistemas costeiros na ilha Rei George, foram estudados. O estudo foi realizado como parte do Projeto Criossolos Austrais: solos criogênicos da Antártica - distribuição, ciclagem biogeoquímica, seqüestro de carbono e retenção de metais pesados – CRIOSSOLOS; servindo de subsídio para o monitoramento ambiental dos ecossistemas costeiros da Baia do Almirantado. Os trabalhos foram conduzidos nos laboratórios do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa, a partir das amostras coletadas durante as XXI e XXII Operações Antárticas Brasileiras. Os solos apresentaram grande variabilidade nas propriedades físico-químicas em função da grande variação e mistura de materiais de origem, e dos diferentes graus de influencia ornitogènica. A geomorfologia é composta principalmente de morainas suavizadas pelo tempo e vastos terraços marinhos, e a paisagem apresenta- se altamente alterada pela intensa nidificação após a última glaciação. A cobertura vegetal, constituída principalmente de líquens e briófitas, apresentaram distribuição estreitamente relacionada com o relevo, solos e aporte nutricional oriundo das atividades ornitogênicas. Os solos neste ecossistema são rasos, arenosos, em sua maioria ácidos, ricos em nutrientes com destaque para P e Ca 2+ . Em virtude do clima severo, a decomposição da matéria orgânica é lenta, ocorrendo grande acumulo e migração de substâncias húmicas no solo. Estas pos sua vez passam a desempenhar um importante papel na retenção da água de degelo e complexação de metais. A área em estudo mostra elevada variedade pedogenética evidenciando, porém o predomínio de tipos de terreno derivados de intemperísmo físico recente. Há ocorrência de Fluvissolos Gélicos, Criossolos Ornitogênicos Túrbicos, Criossolos Ornitogênicos Gleicos. , entre outros solos afetados por permafrost. A fosfatização se faz representativa como processo pedogenético diretamente atuante, o tamanho da população de P. adélia e o tempo de colonização, após a última glaciação garantiram a fertiização com posterior fosfatização de extensas áreas no entorno da Ponta Llano. Observou-se o predomínio de material fíbrico no material orgânico dos solos analisados, no extrato alcalino ocorreu predomínio das frações menos humificadas, com maior mobilidade. Estas características conferem baixa estabilidade destes compostos, preservados apenas pelas condições edafo climáticas locais. Os valores de carbono imobilizados nos arredores da Ponta Llano, apesar de elevados, representam um estoque total modesto, entretanto o sistema parece apresentar um balanço positivo, com seqüestro contínuo para o solo, principal compartimento de seqüestro de carbono orgânico nos ecossistemas terrestres. Os solos estudados não são passíveis de classificação no atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999). Isto se dá pela inexistência de formalização para solos afetados por permafrost em nível categórico elevado, e pela inexistência de conceituação em níveis mais baixos. Em reposta a demanda crescente de pesquisadores das mais diferentes áreas na Antártica e a expansão da pedologia periglacial brasileira, é oportuno a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo a inclusão no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos de uma nova classe que abranja os solos afetados por permafrost. A área apresenta-se preservada, pouco afetada pela atividade humana, podendo ser considerada um ponto estratégico para o monitoramento dos impactos locais e globais sobre a flora e fauna.
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    Estoque de carbono e indicadores da qualidade de solo de tabuleiro sob pastagem no sul da Bahia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-10-14) Costa, Oldair Vinhas; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/0146226390364619
    O presente trabalho foi realizado na Estação Experimental de Zootecnia do Extremo Sul (ESSUL - CEPLAC), localizada no município de Itabela - Bahia, e teve por objetivos avaliar os possíveis níveis de alteração em ambientes de pasto degradado e pasto produtivo com diferentes idades de uso, em comparação a ambiente mata natural, utilizando indicadores de qualidade do solo, bem como, avaliar a quantidade de carbono estocada nestas áreas. Para tal, foram selecionadas áreas com remanescentes de Mata Atlântica, pastos produtivos com diferentes idades de uso (2, 9 e 18 anos) e pasto mal manejado com 18 anos, situadas em relevo plano e na mesma classe de solo (Argissolo Amarelo). Nestes locais, foram alocadas três parcelas, para coletas de amostras de solo e posterior análises químicas, físicas e biológicas. Além disso, buscou-se estimar e mensurar, através de métodos indiretos e diretos, os teores de biomassa produzidos e estocados nos diferentes compartimentos do solo e da planta. Com os dados obtidos foi possível observar que, para a situação avaliada, todos os indicadores de qualidade utilizados foram eficientes em caracterizar os ambientes de mata nativa e de pastagens, mas nem todos foram capazes de distinguí-los, sendo que, alguns deles se mostraram mais eficientes que outros nesta tarefa. A partir da análise das diversas características foi possível dividir, os cinco ambientes estratificados à priori em apenas três: mata, pastagem produtiva e pastagem degradada. Além disso, observou-se que, em geral, as váreas de mata possuem uma quantidade de C três vezes maior que áreas de pastagens bem manejadas, podendo chegar a uma quantidade superior a quatro vezes àquela produzida em áreas de pasto degradado. A maior parte do C estocado na mata encontra- se na biomassa da parte aérea, enquanto que nas pastagens a maior proporção de C foi encontrada no compartimento solo. Sendo assim, a substituição da mata nativa por áreas de pastagens, ainda que bem manejadas, provocou, nas áreas da estação experimental, uma perda de 156,27 tC ha -1 , sendo esta perda ainda maior em pastos considerados degradados (172,95 tC ha -1 ).
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    Gênese, morfologia e classificação de solos do Baixo Vale do rio Iaco, Acre, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-28) Bardales, Nilson Gomes; Lani, João Luiz; http://lattes.cnpq.br/4235213417465849
    A região do vale do baixo rio Iaco, na Amazônia Ocidental, desde a década de 70, a partir dos levantamentos exploratórios do projeto RADAMBRASIL, vem despertando interesse de vários pesquisadores. A causa é que a mesma apresenta características peculiares que a diferencia das demais regiões da Amazônia brasileira, principalmente pela ocorrência da gipsita (CaSO 4 .2H 2 O) e solos com argila de atividade alta (Ta), além da presença de Vertissolos que não haviam sido descritos pelos levantamentos ocorridos. Para realização deste estudo, a região do baixo vale do rio Iaco foi percorrida intensamente por rios, estradas e ramais. Nesses locais, os solos estão sob Floresta Aberta de bambu e palmeira. Apresentam características hídricas pouco comuns para a Amazônia, que é a seca dos rios no “verão” e o transbordamento excessivo dos mesmos no “inverno”. Descreveu-se 14 perfis próximo a sede do município de Sena Madureira e estudou-se suas características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas com o objetivo de compreender a gênese desses solos. Foi realizado um estudo de caso da gipsita que se encontra na forma de veios em um Vertissolo Hipocrômico. Este perfil foi descrito e coletada amostras de solo acima do veio (10 em 10 cm) – 5 camadas e abaixo do veio (10 em 10 cm) – 5 camadas, com o intuito de estudar a sua mineralogia. Uma das questões foi a de entender a presença da gipsita, nos solos da Amazônia Ocidental. Estes solos, com argila de alta atividade (Ta), na região do baixo vale do rio Iaco, apresentam alta fertilidade natural. Predominam os Luvissolos (21%), seguido pelos Vertissolos (15%), entretanto, ambos apresentam limitações físicas. O primeiro apesar do grande potencial agrícola, apresenta argilas ativas o que dificulta o seu manejo. Supõe-se que a presença da gipsita nos sedimentos do Acre deva a um clima árido em um passado recente e sua permanência em veios ocorra principalmente pela formação de um pedoclima seco, pela presença de argilas ativas que imprimem ao solo uma baixa permeabilidade.
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    Indicadores pedoambientais do planalto de Viçosa como auxilio à educação ambiental
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-28) Teixeira, Maria Ilmalucia; Lani, João Luiz; http://lattes.cnpq.br/5663673914255187
    O presente estudo foi conduzido no Planalto de Viçosa, MG, e objetivou identificar os indicadores pedoambientais do Planalto de Viçosa, e serem utilizados como ferramentas auxiliares na educação ambiental; organizar os principais indicadores ambientais que facilitem a identificação de cada ambiente e as principais características dos mesmos e; identificar a percepção ambiental dos educadores do ensino fundamental do Planalto de Viçosa e subsidiar elaboração futura de material didático, de fácil compreensão para serem utilizados na construção do conhecimento. Para a referida pesquisa foram selecionados 21 educadores, integrantes, em sua maioria, do Projeto Veredas e de uma instituição particular de ensino; sendo 7 com atuação no meio rural e 14 no meio urbano. Destes 7 de escola particular foi aplicado um questionário contendo 34 questões divididas em diferentes tópicos: 1 – Desenvolvimento do Planalto de Viçosa; 2 – Solos; 3 – Cor dos solos; 4 – Vegetação; 5 – Hidrologia; 6 – Solos hidromórficos; 7 – Uso e ocupação dos solos. Embora haja muita informação sobre os temas abordados, referentes aos indicadores pedoambientais do Planalto de Viçosa, essas informações não tem chegado até os educadores de forma eficiente. Uma maior divulgação das informações técnicas, decodificadas para uma linguagem mais didática deve ser objetivando maior socialização e compreensão destas informações. O baixo nível de conhecimento e rendimento dos docentes a respeito dos assuntos abordados está relacionado à falta de capacitação continuada e cursos específicos na área. Isso revela a necessidade de preparar um material didático, com base técnica de cunho regional. A partir das informações de apenas sete docentes de cada segmento, não se obteve diferenças estatística entre os segmentos de ensino em nenhuma das 34 questões formuladas e nem em relação aos sete assuntos tratados. Futuros estudos deverão ser conduzidos com maior número de entrevistados e sob nova modelagem para obtenção de dados mais conclusivos.
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    Solos, manejo e seus aspectos hidrológicos na bacia hidrográfica do Araújos, Viçosa – MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-12) Gomes, Marcos Antônio; Ker, João Carlos; http://lattes.cnpq.br/4746294114730004
    Este trabalho teve como objetivo estudar a influência das características físicas, químicas e mineralógicas de três solos (Latossolo Vermelho-Amarelo - LVA, Latossolo Vermelho - LV e Argissolo Vermelho - PV) e seus respectivos materiais de origem, além das práticas de manejo e conservação de solo e água no comportamento hidrológico da microbacia experimental do Córrego dos Araújos, afluente do ribeirão São Bartolomeu, Viçosa - Minas Gerais. Os solos foram coletados sob duas condições de uso (LVA sob floresta nativa, LV e PV sob pastagem). A precipitação pluviométrica e a vazão do curso d'água na microbacia dos Araújos tem sido monitorada desde 2001, quando no final do citado ano foram implantadas técnicas de conservação de solo e água tais como: cordões em contorno, caixas de captação em áreas torrenciais e margens de estradas, reflorestamentos e paliçadas dentro de voçorocas. Em complemento ao estudo hidrológico, foi instalado um sistema de determinação de escoamento superficial e infiltração de água em cada classe de solo e seu respectivo uso. Para análise da qualidade da água e da oscilação do lençol freático foi perfurado um poço piezométrico próximo a cada uma das 3 nascentes e um poço próximo de um pequeno terraço existente em uma das cabeceiras. O LVA e o LV apresentaram maiores teores de argila em comparação ao PV. Essas características não mostraram correlação com os resultados de densidade e porosidade do solo, onde o LVA e o LV, indicaram menor densidade e maior porosidade em relação ao PV. Os resultados de retenção de água no solo nas profundidades de 0-10, 20-30 e 40-60 cm sob as tensões de -6 a -10 KPa e a condutividade hidráulica indicam uma relação com os teores de argila, onde, no LVA e LV a retenção de água foi maior do que no PV. A condutividade hidráulica na profundidade de 0-10 cm foi maior para o LVA sob floresta e LV sob pastagem. Nas profundidades de 20-30, 35-55 e 75- 100 cm o LVA apresentou resultados de condutividade hidráulica menores do que o PV e semelhante em relação ao LV. Tanto os solos desenvolvidos de gnaisse (LVA e LV) quanto o solo (PV) desenvolvido de diabásio, que ocorrem na forma de dique intrusivo no gnaisse, foram caracterizados como distróficos. A mineralogia da fração argila revelou principalmente minerais de caulinita e gibbsita. Os teores de ácido húmico, fúlvico e humina foram maiores no LVA e menores no PV, já o LV apresentou teores intermediários, a ocorrência desses ácidos pode influenciar nas características físicas dos solos por translocação ou perda de argila dos horizontes mais superficiais para horizontes mais profundos do solo. Dos elementos analisados nas amostras de água 50% apresentaram teores acima do permitido pelo CONAMA para as águas de classe 1. As taxas de infiltração, em 69,2% das precipitações pluviométricas registradas e analisadas, foram maiores no PV em relação aos Latossolos, indicando a influência da retenção de água nos solos e da condutividade hidráulica. O LVA sob florestas, para determinadas intensidades de precipitação pluviométrica, indicou maiores taxas de escoamento superficial quando comparado com os solos sob pastagem. A oscilação do lençol freático durante o ano de 2004, em resposta as precipitações, foi mais sensível na área do PV. O manejo da vegetação freatófita ou ribeirinha, mostrou-se como uma boa alternativa de aumento de vazão nos cursos d'água durante o período de estiagem, mas somente quando todas as outras alternativas de manejo aplicadas não surtirem resultados positivos na vazão do manancial. O resultado de aumento na vazão mínima dos cursos d'água na microbacia dos Araújos no período de 2002 a 2004 foi de 135%, indicando a eficácia das técnicas de conservação e manejo de solo e água na revitalização, conservação e produção de água em quantidade e qualidade.
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    A acidez potencial do solo não é determinada a pH 7,0
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-20) Silva, Marcelo Zózimo da; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/2812702090482742
    A acidez potencial é caracterizada pela acidez trocável e, sobretudo, pela acidez não-trocável, que corresponde àquela acidez neutralizada até um determinado valor de pH. O hidrogênio ligado de forma covalente aos colóides do solo é o principal componente desta acidez. A acidez potencial caracteriza o poder-tampão de acidez do solo, e sua estimativa acurada é fundamental para se estimar a capacidade de troca catiônica a pH 7,0 (CTC) e, por conseguinte, a saturação por bases (V). Estimativa confiável, tanto da CTC como de V, cresce de importância à medida que se emprega o critério de elevação da saturação por bases para o cálculo da necessidade de calagem. A acidez potencial pode ser determinada por meio da incubação do solo com CaCO 3 , pela extração com solução de acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 e por meio do equilíbrio entre o solo e a solução tamponada SMP. Considerando que nessas determinações, além do H hidrolisável, contribui, ainda, para a acidez a hidrólise do Al 3+ , tais medidas são expressas por H+Al. A determinação por meio do método SMP foi adaptada à rotina de determinação do pH do solo em CaCl 2 . Ele fundamenta-se na correlação linear entre ln (H+Al) extraído pelo acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 e o pH da suspensão de equilíbrio solo- solução SMP (pH SMP ). Dessa forma, estabelecem-se equações de regressão de abrangência regional para estimar o H+Al a partir do pH SMP ; atualmente, estão em uso no Brasil 15 equações. Essa diversidade de equações contribui para a incerteza na estimativa do H+Al, visto que os laboratórios estendem seus serviços além dos limites regionais de abrangência das equações. No entanto, há de se considerar que as características dos solos são mais relevantes do que o caráter regional. Além disso, o método em uso foi ajustado para a rotina de determinação do pH em CaCl 2. Assim, para a sua adoção por laboratórios que determinam o pH em H 2 O, há necessidade de inclusão de mais uma rotina. Objetivou-se com este trabalho: a) ajustar o método SMP aos procedimentos dos laboratórios que adotam rotina para determinação do pH em H 2 O e b) identificar um modelo matemático e ajustar uma equação de regressão de aplicação geral para estimar a acidez potencial por meio do método SMP. Na pesquisa foram utilizados 99 solos, de diferentes regiões do Brasil, com ampla variação nos teores de H+Al, matéria orgânica, valores de P remanescente e teor de argila. Em um primeiro ensaio, trabalhando com seis solos, avaliou-se o ajuste do método SMP à rotina de determinação do pH em H 2 O, testando-se alterações na concentração do CaCl 2 na solução SMP. Em outro ensaio, com 13 solos, determinou-se a acidez a partir da incubação do solo com CaCO 3 estabelecendo as curvas de incubação, definidas por equações de regressão linear. A partir destas, estimou-se a acidez potencial para pH 7,0; 6,5; 6,0; 5,9; 5,8; 5,7; e 5,5. Para os 99 solos determinou-se o H+Al em acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 e o pH SMP de acordo com o procedimento ajustado no primeiro ensaio. Constatou-se que o procedimento SMP utilizado para a rotina de pH CaCl 2 ajustou-se sem alterações à rotina de pH H 2 O. O H+Al determinado em acetato de cálcio 0,5 mol L -1 pH 7,0 diferiu estatisticamente da acidez estimada para o pH 7,0 pelas curvas de incubação. As determinações em acetato foram equivalentes à acidez estimada para o pH 5,7 pelas curvas de incubação. Adotou-se a acidez para pH 6,0 estimado pelas curvas de incubação como referência para correção das determinações em acetato de Ca pH 7,0 e para estabelecer o ajuste da equação de regressão com o pH SMP. Ajustaram-se as regressões para estimar um fator F de correção da determinação em acetato de cálcio, a partir dos teores de matéria orgânica e, ou, P remanescente. Foram ajustadas as regressões: ln (H+Al) = 8,93 - 1,255pH SMP, R 2 = 0,842 e ln (H+Al) = 6,18 + 0,142 MO - 0,859pH SMP R 2 = 0,936, nas quais todos os coeficientes foram significativos (p < 0,05). A equação que inclui a matéria orgânica mostrou-se, potencialmente adequada para uso generalizado.