Solos e Nutrição de Plantas

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    Nutrição e produção do eucalipto e frações da matéria orgânica do solo influenciadas por fontes e doses de nitrogênio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-30) Jesus, Guilherme Luiz de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/6029448906403032; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    As plantações comerciais de eucalipto no Brasil geralmente ocupam solos de baixa fertilidade natural e a fertilização é necessária para que se obtenham elevadas produtividades. Apesar da grande quantidade de nitrogênio (N) acumulado em plantios de alta produtividade dessa essência, o aumento em volume e biomassa em resposta à aplicação de N não tem sido freqüente e nem de elevada magnitude, o que tem sido atribuído à mineralização do N da matéria orgânica do solo. No entanto, observações recentes mostraram respostas contrastantes do eucalipto à aplicação de N. Numa situação, a resposta ao sulfato de amônio poderia ser atribuída ao enxofre, fato suportado pela maior resposta do eucalipto ao superfosfato simples em comparação com o superfosfato triplo. Contudo, no mesmo sítio florestal, a resposta permaneceu quando da aplicação de N na forma amoniacal e na forma nítrica. Poderia ser esta resposta um efeito indireto pela disponibilização de outros nutrientes conseqüente da mineralização da matéria orgânica? Este trabalho consistiu de dois experimentos, em que o objetivo geral foi avaliar o efeito do nitrogênio no crescimento e nutrição do eucalipto. O primeiro experimento, instalado no campo, no município de Itamarandiba-MG, em delineamento experimental em blocos ao acaso com três repetições, consistiu da aplicação de doses e fontes de N em plantio de eucalipto. Para verificar o efeito dos tratamentos sobre o crescimento e acúmulo de N nas plantas fez-se o inventário florestal, quando as plantas tinham 30 meses de idade, abatendo-se árvores com DAP médio e separando-as em lenho, casca, galhos e folhas para determinação da produção de matéria seca, dos teores e conteúdos de nutrientes das plantas. Amostras de solo e de serapilheira foram coletadas aleatoriamente para análises químicas de fertilidade. O teor de carbono (C) e nitrogênio (N) total da matéria orgânica particulada (MOP) e matéria orgânica associada à fração mineral (MOAM) foram determinados por espectrometria de massa de razão isotópica, após separação física. O segundo experimento foi conduzido em casa de vegetação, com os tratamentos em esquema fatorial 2 x 4 x 4, sendo: dois tipos de solo; quatro doses de N e quatro doses de S, em blocos casualizados com três repetições. Para adição de N utilizou-se 15NH4 15NO3 com 60 % em átomos de 15N. O solo de cada tratamento foi acomodado em recipiente de 3,6 L de capacidade, onde foram plantadas duas mudas de clone de eucalipto, com 45 dias de idade. Realizaram-se quatro coletas de folhas por vaso em tempos distintos, submetendo-as à análise de espectrometria de massa de razão isotópica de fluxo contínuo para obtenção da porcentagem de átomos de 15N em excesso. Com isso calculou-se a contribuição do fertilizante aplicado para o N acumulado na planta ao longo do tempo. Ao final do período experimental (80 dias) determinaram-se a altura e diâmetro de coleto das plantas, a matéria seca vegetal e o teor de nutrientes das plantas. As análises estatísticas consistiram de análise de variância e regressão. A aplicação de adubos nitrogenados promoveu aumento no crescimento, no campo e em casa de vegetação, principalmente, nesta condição, no solo com menor teor de matéria orgânica. Não foram detectadas alterações nos teores de C e N da matéria orgânica com a adubação nitrogenada. No entanto, houve aumento da absorção de Ca, Mg e S. A taxa de recuperação aparente de N no campo foi maior na dose de 120 kg ha-1 de N, atingindo 34,4 %. A contribuição do 15N derivado do fertilizante atingiu 30 % três semanas após aplicação, decrescendo ao longo do tempo.
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    Gênese, classificação e mapeamento de solos desenvolvidos de rochas pelíticas em áreas cultivadas com eucalipto em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-22) Pereira, Thiago Torres Costa; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://lattes.cnpq.br/8278516582581479; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Chagas, César da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785135D2
    Em virtude da demanda por áreas cultiváveis tornar-se muito grande nos últimos anos, áreas ocupadas por solos até então tidos como marginais ao aproveitamento agrícola estão sendo reavaliadas e estudadas visando seu aproveitamento com plantios florestais, a exemplo dos Cambissolos desenvolvidos de rochas pelíticas do Grupo Bambuí. Em razão da expressividade destes solos, normalmente associados a Latossolos, selecionou-se as áreas das Fazendas Olhos d`Água e Cachoeira, pertencentes à empresa V&M Florestal (Curvelo - MG), cujos principais objetivos foram: estudar as características físicas, químicas e mineralógicas dos solos; compreender os processos pedogenéticos atuantes; mostrar a distribuição espacial dos solos por meio de mapeamento semi- detalhado na escala 1:20.000. As amostras de solos (LVA, LV e CX) foram submetidas às análises físicas e químicas de rotina, retenção de água, digestão total e sulfúrica, e análises mineralógicas. De acordo com os resultados, constatou-se que os CX das Fazendas Olhos d Água e Cachoeira apresentaram teores médios de silte de 40 e 54 %, respectivamente, com textura variando de argilo-siltosa a franco-argilo-siltosa. São ácidos, distróficos e álicos. Podem apresentar linhas de pedra em diferentes profundidades e estão normalmente associados a topografias mais movimentadas. Algumas características observadas nos CX, como direção horizontalizada do material de origem, elevados teores de silte e de densidade do solo, predomínio de caulinita e ilita na fração argila, consistência dura ou muito dura quando secos, e estrutura em blocos subangulares fracamente desenvolvida, estimulam a formação de selamento superficial e erosão laminar acentuada, contribuindo para a queda de qualidade dos sítios florestais nas áreas de ocorrência destes solos. A menor capacidade de retenção de água pelos materiais dos horizontes A e Bi dos CX, associada à baixa condutividade hidráulica, à pouca espessura do solum e maior dificuldade de infiltração de água em razão da topografia e do selamento superficial, parece ser indicativo de menor capacidade de recarga hídrica nas áreas onde ocorrem (CX), podendo contribuir para a depreciação na qualidade dos sítios florestais. Resultados de Ki em torno de 2,0 para os CX indicam menor pedogênese e maior proporção de caulinita e ilita na fração argila, comparativamente aos Latossolos. Nesta fração, foram constatadas também gibbsita e VHE. A fração silte revelou a presença principalmente de mica e quartzo e a fração areia, basicamente quartzo, confirmando a baixa reserva de nutrientes nas frações grosseiras. Todos os LVA e LV são ácidos, distróficos, na maioria álicos, e de textura argilosa ou muito argilosa. Apresentam estrutura geralmente do tipo blocos subangulares e consistência variando de ligeiramente dura a dura quando secos. Os LV apresentaram menores teores de silte do que os LVA, 23 e 31%, respectivamente, indicando maior intemperização, ainda que os resultados de Ki sejam semelhantes entre estas duas subordens. São profundos, podendo apresentar linha de pedra, em geral, abaixo de 150 cm. Na fração argila dos Latossolos foram constatadas caulinita, ilita, gibbsita, e VHE. A presença de gibbsita parece ser maior do que a constatada na fração argila dos CX, a inferir-se pelos resultados do Ki, em torno de 1,4. A fração silte revelou a presença principalmente de quartzo e mica e a fração areia, basicamente quartzo. Ainda que não existam diferenciações químicas e físicas marcantes entre os Latossolos, constatou-se nos perfis P8 e P10, ambos LV, magnetização considerável na fração areia, cuja difratometria de raios-X confirmou a presença de magnetita. Diferentemente de todos os LV do presente estudo, o P10 se destacou pela ocorrência de teores de Fe2O3 da digestão sulfúrica de 22 dag kg-1 para os horizontes A e Bw.
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    Atributos físicos do solo em resposta à adição de efluente tratado de indústria de celulose
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-24) Almeida, Ivan Carlos Carreiro; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; http://lattes.cnpq.br/9045591206203235; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Silva, Gualter Guenther Costa da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794184J8
    A disposição no solo de efluente de indústria de celulose pode ser opção atrativa para a destinação final destas águas residuárias, pois além de ser um processo adicional aos sistemas de tratamento existentes, apresenta potencial como fonte suplementar de água e nutrientes para as plantas. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação de efluentes de indústria de celulose sobre alguns atributos físicos do solo. Três experimentos foram conduzidos: um em campo (experimento I) e dois em laboratório (experimentos II e III). No experimento I foi estudado um experimento instalado em área experimental de uma empresa do setor florestal, conduzido sobre um Neossolo Flúvico, em que durante seis anos têm sido aplicado quatro tratamentos com a cultura do eucalipto: irrigado; não irrigado; com fertirrigação e com a aplicação de efluentes da fábrica de celulose. Uma área de mata próxima foi usada como referência. No solo de todos os tratamentos foram avaliados: resistência à penetração, condutividade hidráulica (k0) em campo e em laboratório, análise química de rotina, textura, diâmetro médio geométrico (DMG) e ponderado (DMP) dos agregados, argila dispersa em água (ADA), índice de dispersão de argila (ID), densidade do solo (Ds), porosidade total (PT), microporosidade (Mi) e macroporosidade (Ma), carbono orgânico total (COT), intervalo hídrico ótimo (IHO) e a relação de adsorção de sódio (RAS) no extrato da pasta saturada (EPS). Os resultados obtidos indicaram incremento da Ds com o cultivo do eucalipto, com conseqüente redução da PT e Ko (laboratório). O efluente aplicado promoveu a redução do DMG e DMP dos agregados e aumento do ID, o que pode ser associado aos incrementos nos teores de Na, com conseqüente aumento da RAS verificados no solo e no EPS deste tratamento. No experimento II (laboratório), um ensaio utilizando colunas de PVC preenchidas com solos foi montado, com três repetições, buscando-se avaliar o efeito da aplicação superficial de efluente tratado de indústria de celulose durante cinco semanas sobre as características fisicas do solo e sobre o percolado recolhido na base das colunas. Três solos predominantes na região da empresa florestal foram utilizados no preenchimento das colunas: Neossolo Flúvico (RY), Cambissolo Háplico (CX) e Latossolo Amarelo (LA). As colunas foram submetidas à aplicação de quatro tratamentos (efluente; efluente+água; água; água+água), formados pela adição semanal de volumes líquidos totais equivalentes a um volume de poros de cada classe de solo. Ao final do experimento as colunas foram desmontadas e seccionadas, sendo divididas em três partes (superior, média e inferior), cujos conteúdos de solo foram analisados separadamente para a avaliação da textura, características químicas de rotina e ADA. No EPS obtido com essas amostras foram determinados os teores de Ca, Mg, Na e K, pH, condutividade elétrica (CE) e calculado a RAS. Nos percolados coletados após cada aplicação foram determinados os teores de Ca, Mg, Na, K, P, Cd, Cr, Pb, Ni, Zn, Mn, Al, além do pH e CE. Os resultados obtidos indicaram que a adição do efluente aumentou o teor de Na no percolado, no EPS e no complexo sortivo do solo. O efluente aplicado também proporcionou incrementos do pH em todas as camadas de solo da coluna, e da CE no EPS. A adição de água após a aplicação do efluente mostrou-se capaz de reduzir os teores de Na no sistema e, conseqüentemente, os valores de PST, CE e RAS, embora não alcançando valores considerados ideais. A adição do efluente incrementou a dispersão de argilas na camada superior do LA e CX, coincidindo com solos de menor ID natural. O solo RY não apresentou dispersão significativa com a adição do efluente e nos seus percolados foram obtidos maiores teores de cátions, o que foi associado à sua granulometria mais grosseira. No experimento III, (laboratório), buscou-se avaliar o efeito de aplicações sucessivas do efluente tratado de indústria de celulose sobre a K0 de amostras dos mesmos três solos indicados anteriormente. Para isto amostras indeformadas dos solos, contidas em anéis volumétricos, foram submetidas à avaliação semanal, por cinco semanas, da K0 durante a aplicação de água ou de efluente. Finalizado o período de avaliação, as amostras foram submetidas à avaliação da ADA, Ma, Mi, PT, Ds e equivalente de umidade. Os dados obtidos mostraram haver efeito da aplicação do efluente sobre a condutividade hidráulica somente para o LA, para o qual a adição da água residuária reduziu os valores de K0. Nenhuma outra característica avaliada nos solos apresentou alteração significativa com os líquidos aplicados. Os resultados dos três experimentos conduzidos indicaram um potencial de uso do efluente como fonte alternativa de água para a cultura do eucalipto, entretanto, devido à sua alta concentração de Na+ e possibilidade de dispersão de argilas, seu uso deve ser efetuado de maneira planejada e sob um programa de monitoramento da qualidade do solo.
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    Diagnose nutricional de plantios jovens de eucalipto na região litorânea do Espírito Santo e sul da Bahia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-05-30) Rocha, Julenice Bonifácio de Oliveira; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343E0; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0
    A sobrevivência e o sucesso de plantios de eucalipto dependem do uso adequado das técnicas de preparo do solo, do controle de plantas infestantes, da seleção de materiais genéticos e da adubação. Dentre os fatores responsáveis pelo crescimento de plantios de eucalipto está a nutrição mineral. A nutrição inadequada terá como conseqüência o menor crescimento das árvores já nos estádios iniciais, até a idade de corte, com perdas na produtividade final. Os resultados de análises químicas foliares de plantios jovens devidamente interpretados possibilitam o diagnóstico nutricional para possíveis correções na adubação, contribuindo para o melhor crescimento das plantas. Neste intuito, este estudo teve como principais objetivos: estabelecer normas para uso em métodos que avaliam o balanço (Kenworthy) e o equilíbrio nutricional (DRIS) de povoamentos jovens de eucalipto, na região litorânea do Espírito Santo e sul da Bahia, verificando a influência da região de cultivo, da época de plantio e do material genético nos valores dessas normas; comparar o resultado dos diagnósticos entre os métodos Kenworthy (KW) e DRIS e entre normas específicas e gerais, para verificar a sua universalidade; e identificar e hierarquizar limitações nutricionais nesses povoamentos. Os dados utilizados foram provenientes de análise foliar de povoamentos de eucalipto da Arcel S.A., amostrados aos seis meses. A população de referência foi composta por talhões com plantas cuja altura era maior que a média + 0,4 desvio-padrão, aos seis meses de idade, e que tivessem alta produtividade aos três anos. Conclui-se que a região de cultivo, a época de plantio e o material genético influenciam os valores das normas e o diagnóstico do estado nutricional de plantios jovens; que o método KW foi pouco sensível em avaliar o estado nutricional para nutrientes com elevadas variabilidades das normas; e que os nutrientes mais limitantes nos plantios estudados foram Ca, Cu e Mn para a localidade de Aracruz, Cu, Mn e Ca para São Mateus e B, Mg e Mn para o sul da Bahia.
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    Frações da matéria orgânica e decomposição de resíduos da colheita de eucalipto em solos de Tabuleiros Costeiros da Bahia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-11) Silva, Eulene Francisco da; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774891U9; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Silva, Sérgio Ricardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4779210Z0
    O eucalipto é a essência florestal mais plantada no Brasil e, quando se visa manter a sustentabilidade da produção florestal, é imprescindível entender os processos de decomposição de litter e o impacto do cultivo do eucalipto nas frações da matéria orgânica do solo (MOS). A conversão de pastagens em florestas plantadas de eucalipto modifica as frações lábeis e humificadas da MOS, mas a magnitude destas alterações é pouco conhecida no bioma da Mata Atlântica de Tabuleiros Costeiros. Assim, nos dois primeiros capítulos deste trabalho são relatadas as mudanças causadas pelo cultivo do eucalipto nos estoques de C e N nessas frações. Os solos selecionados foram amostrados nas profundidades em 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-100 cm, de áreas anteriormente ocupadas por pastagem e, atualmente, cultivadas com eucalipto no final da primeira rotação - eucalipto implantação; eucalipto na segunda rotação cultivado em sistema de reforma eucalipto reformado; pastagem e, mata nativa, esta última tomada como referência. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com seis repetições, sendo os tratamentos analisados em parcelas subdivididas (usos do solo na parcela e profundidades na subparcela). A substituição da mata nativa pela pastagem, e a implantação do eucalipto em área de pastagem ocasionaram reduções nos estoques de C orgânico total (COT), C lábil, C da matéria orgânica leve livre (MOLL) e, substâncias húmicas (SH). No entanto, quando cultivado sob reforma, em 2ª rotação, houve recuperação do estoque de C nestas frações, retornando aos valores similares àqueles do solo sob mata nativa. A pastagem foi o uso do solo que manteve os maiores estoques de nitrogênio (N) em todas as frações da MOS. Assim como o C, a maior parte deste N no solo sob pastagem está associada à fração humina. A análise do C nas SH foi sensível para detectar diferenças entre os diferentes usos do solo, porém, a magnitude dos efeitos são maiores nas frações mais lábeis e de labilidades intermediárias da MOS. O estoque de C da fração mais lábil (biomassa microbiana do solo) não foi diferente estatisticamente nas camadas mais superficiais e somente se detectou diferença significativa quando os estoques foram analisados juntamente com aqueles em maiores profundidades. A adoção do cultivo mínimo, o descascamento do tronco na área de plantio, e o aumento da adubação, especialmente com N, em áreas plantadas com eucalipto, têm gerado resíduos que se acredita serem de melhor qualidade. Todavia, não se têm relatos sobre o tempo de ciclagem dos diferentes componentes do resíduo da colheita e como esta é influenciada pelo teor de N do tecido vegetal. No terceiro capítulo, são apresentados resultados de estudo sobre a dinâmica da decomposição de resíduos de eucalipto, com diferentes composições (com e sem a presença de casca) e teores iniciais de N, em condições climáticas distintas na Bahia. Os resíduos folha e galho utilizados nesse estudo de decomposição foram provenientes de um mesmo local, oriundos de um experimento de adubação nitrogenada. Árvores clonais de híbridos de Eucalyptus grandis com E. urophylla não fertilizadas com N e, árvores que foram submetidas a altas doses de N (320 kg ha-1), com cerca de três anos de idade, foram abatidas e separadas em folha e galho. A casca foi oriunda de um povoamento de clones do mesmo híbrido com 7,4 anos de idade recém colhido. Folhas, galhos e cascas foram secos, pesados e colocados dentro dos litter bags, na forma mais similar àquela encontrada no campo após a colheita, sendo que cada litter bag continha 40 g de resíduo homogeneizado. Os litter bags foram alocados em cinco regiões (Oeste, Central A, Norte, Central B e Sul - listadas em ordem crescente de pluviosidade). Os tratamentos consistiram de: duas composições de resíduo (folha + galho, com ou sem casca), duas qualidades nutricionais (maior ou menor teor inicial de N); cinco épocas de coleta (0, 1, 3, 6 e 12 meses), dispostas em cinco regiões do Estado da Bahia. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com cinco repetições, e os tratamentos dispostos em parcelas sub-sub-divididas (parcelas = tratamentos, subparcelas = regiões e sub-sub-parcelas = tempo). Os resíduos com maiores teores iniciais de N e em regiões com maiores precipitações pluviais foram mais rapidamente decompostos. O tempo necessário para a decomposição de 50 % de todo o resíduo combinado (folha + galho + casca) da colheita (t0,5) variou de 248 a 388 dias para resíduos com maiores teores iniciais de N e, de 322 a 459 dias para resíduos com menores teores iniciais de N. Todavia, com exceção da região Oeste, na presença de casca, os resíduos combinados com maiores teores de N reduziram a constante de decomposição (k) e aumentaram o valor de t0,5. Dos componentes individuais do litter, as folhas foram mais rapidamente decompostas e as taxas de decomposição variaram em função das condições ambientais, sendo mais elevada em regiões de maiores precipitações pluviais. A decomposição do galho foi estimulada pela presença da casca e pelo teor inicial mais elevado de N. Para casca, observou-se comportamento inverso, pois na presença de resíduos com maiores teores iniciais de N, houve menor decomposição. Para galho e casca, a relação C:N e lignina:N foram importantes indicadores da resistência do material à decomposição, pois quanto maior essas relações maior foi a permanência do resíduo na área. Na folha a liberação de N foi similar à dinâmica de decomposição do litter, enquanto que em materiais mais recalcitrantes (galho e casca) foi observada imobilização líquida de N.