Solos e Nutrição de Plantas

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    Produção de mapas de vulnerabilidade de solos e aqüíferos à contaminação por metais pesados para o estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-09) Lima, Carlos Eduardo Pacheco; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737807U4; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7; Horn, Adolf Heinrich; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787247T7
    O estudo da vulnerabilidade de ambientes à contaminação por compostos químicos apresenta-se hoje como uma importante ferramenta para tomada de decisões referentes ao uso, ocupação e manejo dos solos e aquíferos. Em sistemas tropicais úmidos, onde o manto de intemperismo é profundo e bem desenvolvido, a reatividade do solo torna-se mais importante do que a permeabilidade dos mesmos quando se trata das principais classes taxonômicas de ocorrência. Dessa forma, está sendo proposto nesse trabalho que mapas de vulnerabilidade de solos sejam incorporados na análise do índice final de vulnerabilidade de aqüíferos DRASTIC. Foram realizadas correções e melhoramentos no mapeamento da vulnerabilidade dos solos à contaminação por metais pesados para o estado de Minas Gerais e o mapeamento de vulnerabilidade de aqüíferos à contaminação por esses elementos utilizando o método DRASTIC modificado por PISCOPO (2001). As principais modificações com relação ao mapa de vulnerabilidade dos solos foram: (1) aumento no número de perfis registrados de 178 para 329 e posterior utilização dos mesmos gerando maior confiabilidade nos resultados obtidos, (2) modificação da forma de definição do índice para solos pouco desenvolvidos como os NEOSSOLOS LITÓLICOS e (3) construção de um banco de dados único para os solos do estado de Minas Gerais. Os resultados mostram que solos férricos e perférricos apresentaram menor vulnerabilidade, o que indica que a fração oxídica foi a principal responsável por esse fato. Essas manchas se concentram no sul do estado, triângulo mineiro e quadrilátero ferrífero. Já para vulnerabilidade de aqüíferos, os resultados mostram que aqüíferos porosos e cársticos como os sistemas Urucuia-Aerado (cretáceo e cenozóico), Bauru- Caiuá (paleozóico) e Bambuí (proterozóico) apresentaram maiores vulnerabilidades. No caso do sistema aqüífero Bambuí os resultados mostram que áreas onde materiais pelíticos e metapelíticos são encontrados apresentaram menor vulnerabilidade enquanto que áreas cársticas apresentaram vulnerabilidade elevada. O sistema aqüífero escudo oriental apresentou maiores vulnerabilidades a leste graças à grande recarga associada, à vunerabilidade média dos solos à contaminação por metais pesados e ao meio geológico extremamente fraturado constituído de granitos e gnaisses do Arqueano. Os menores índices de vulnerabilidade nesse sistema aqüífero foram encontrados para regiões com relevo muito acidentado, sobretudo áreas de Quartzito, nas serras do Espinhaço, Canastra e Saudade. Já o sistema qüífero Serra-Geral, de idade Paleozóica, apesar do extremo fraturamento, apresentou junto à grande proteção proporcionada pelos solos que o cobrem os menores índices de vulnerabilidade.
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    Disponibilidade de micronutrientes em solos e sua correlação com teores foliares em povoamentos jovens de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-10-19) Sequeira, Cleiton Henrique de; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6
    O eucalipto é a essência florestal que se destaca no Brasil em área plantada, com 3,4 milhões de hectares. A utilização do solo em sucessivas rotações, a elevada produtividade e a plantação de clones contribuem para o aparecimento de sintomas de deficiência de micronutrientes como Cu, Mn, Fe e Zn. Este trabalho teve por objetivos: 1) avaliar a disponibilidade de Cu, Mn, Fe e Zn para eucalipto em diferentes solos do Estado de Minas Gerais; 2) correlacionar o estado nutricional das plantas com a capacidade de suprimento de nutrientes e características do solo; 3) avaliar o estado nutricional de diferentes clones. Amostras de solo de 0 a 20 cm de profundidade, e de folhas nas posições proximais e distais de ramos na posição mediana do terço basal (B1 e B2, respectivamente), e nas posições proximais e distais de ramos na posição mediana do terço apical da copa de árvores de eucalipto (A1 e A2, respectivamente) foram coletadas em plantios em seis regiões do Estado de Minas Gerais. No solo, foram determinados os teores de carbono orgânico total e de argila, pH e os teores de Cu, Mn, Fe e Zn extraídos por Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA. Nas folhas, foram determinados os teores de Cu, Mn, Fe e Zn. Os maiores teores de Cu, Mn, Fe e Zn do solo foram obtidos com os extratores Mehlich-1 e Mehlich-3 e os menores com DTPA. Os teores de Cu, Fe e Zn pelos extratores Mehlich-1 e Mehlich-3 apresentaram alta correlação entre si, e dependentes da estratificação dos solos em classes texturais. O Mehlich-1 foi o melhor extrator na avaliação da disponibilidade dos micronutrientes, de modo geral. Os teores de Cu, Mn e Zn nas folhas apresentaram correlação significativa e positiva com os teores de Cu, Mn e Zn pelos três extratores, enquanto que os de Fe correlacionaram-se negativamente com os teores disponíveis pelos extratores Mehlich-1 e Mehlich-3, e não mostraram correlação significativa com os do DTPA. A melhor correlação para Cu, Fe e Zn foi obtida com folhas da posição B1, e para Mn com folhas da posição A1. Os teores de carbono orgânico total e argila e o pH do solo, quando considerados juntamente com o teor dos micronutrientes catiônicos no solo, contribuíram para aumentar significativamente o poder dos modelos em estimar o teor foliar desses nutrientes. Nos modelos de regressão múltipla, os teores foliares de Cu e de Fe correlacionaram-se positivamente com os teores de matéria orgânica e argila, o teor foliar de Mn correlacionou-se negativamente com o teor de matéria orgânica e com o pH do solo. No caso do Zn, não houve melhora significativa dos modelos originais com a inclusão dessas propriedades. A inclusão dessas propriedades fez com que os resultados para Mehlich-3 e DTPA se aproximassem daqueles do Mehlich-1 na predição dos teores foliares dos micronutrientes. Os clones de Eucalyptus urophylla, Eucalyptus grandis, Eucalyptus camaldulensis, híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, e híbridos de Eucalyptus camaldulensis x Eucalyptus urophylla não se diferenciaram quanto aos teores foliares de Cu, Mn, Fe e Zn, e um modelo geral para Eucalyptus foi adotado para correlacionar teores foliares com teores no solo. Os resultados deste estudo indicam a necessidade de se considerarem às características de solo na estimativa dos teores foliares de micronutrientes catiônicos para o eucalipto.
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    Caracterização de solos e modificações provocadas pelo uso agrícola no assentamento Favo de Mel, na região do Purus Acre
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-14) Araújo, édson Alves de; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/8065197935054536; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Alvarenga, Ramon Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783596Y6
    Atualmente, no Acre, as pastagens extensivas e projetos de assentamento (PA) são responsáveis pela maior parte do desmatamento. Nos PA predomina a agricultura itinerante, onde o solo é utilizado por um período de dois anos. Posteriormente, é deixado em pousio para recuperação da fertilidade e, ou, incorporado à pastagem extensiva. O uso do solo por um período mais longo, e de forma mais sustentada, poderia ser alcançado se fossem adotadas práticas de manejo adequadas que evitassem a deterioração do solo quanto às suas características físicas, químicas e biológicas. A partir desta premissa, objetivou-se caracterizar os solos e avaliar suas alterações físicas e químicas, sob diferentes tipos de uso, e assim fornecer subsídios à tomada de decisão sobre um uso mais racional. Para tanto, selecionaram-se quatro locais inseridos nas mesmas condições de solo (Argissolo Amarelo distrófico, textura média/argilosa, relevo plano) no assentamento Favo de Mel, a leste do Acre, na região do Purus. Os usos avaliados foram: mata natural (testemunha); mata natural recém desbravada e submetida à queima intensiva; plantio de pupunha (Bactris gassipae) com dois anos e pastagem de braquiária (Brachiaria brizantha) com quatro anos. Também foram feitas entrevistas informais com os agricultores e o sistema radicular foi avaliado com imagens digitais. Conclui-se que o solo sob pastagem apresentou os maiores valores de densidade, o que sugere uma tendência à compactação. Os nutrientes e o carbono orgânico encontram-se em baixos teores, concentrados nos primeiros centímetros de solo, tendendo a aumentar com a intensidade e o tempo de uso do solo. O potássio decresceu, drasticamente, no ecossistema pastagem devido, possivelmente, às perdas por erosão e retirada pelo pastejo. A fração humina predominou nos quatro sistemas de uso do solo. As raízes da mata concentraram-se na maior parte de sua biomassa vegetal, nos primeiros 20 cm de profundidade do solo. Houve, também, alta correlação entre área e comprimento de raízes. Os agricultores do Favo de Mel são provenientes de assentamentos mal sucedidos, e o índice de desistência tem sido relativamente pequeno, o que comprova a importância do ambiente na permanência do homem no campo.
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    Agricultura urbana na cidade de Rio Branco, Acre: caracterização, espacialização e subsídios ao planejamento urbano
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-06-08) Carmo, Lúcio Flávio Zancanela do; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Ferreira Neto, José Ambrosio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723804D6; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/9890454065173274; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4
    A rápida urbanização dos países subdesenvolvidos e o êxodo campocidade aumentaram a necessidade das cidades de prover emprego e condições de vida adequadas à crescente população. A agricultura urbana e periurbana (AUP) mostra-se como uma atividade viável para a melhoria da qualidade de vida das populações urbanas, principalmente das camadas mais pobres. Rio Branco, capital do estado do Acre, é uma cidade típica da Amazônia brasileira, situada na bacia do rio Acre, cuja formação foi atrelada ao crescimento da extração e comercialização da borracha. Rio Branco apresentou crescimento urbano e populacional acelerado nas ultimas décadas, resultando em falta de planejamento urbano e desigualdades na forma de ocupação dos espaços urbanos. O principal objetivo deste estudo foi elaborar um diagnóstico do uso dos solos na cidade de Rio Branco, com vista ao planejamento de ações públicas que incrementem ou restrinjam formas de uso e maximizem a renda familiar nas condições de solo e ambiente da cidade em estudo. Como hipótese, considerou-se que padrões distintos de uso agrícola do solo urbano em Rio Branco mostram estreita relação com o processo de ocupação da região, com variações culturais dos migrantes que ali se instalaram, e com os tipos de solos. Os solos do estado do Acre, bem como de Rio Branco, apresentam gênese influenciada por sedimentos da Cordilheira dos Andes, e a maior parte possui caráter eutrófico e argila de atividade alta. Foram selecionados três bairros de estudo, distribuídos em toposequência, ao longo do sítio urbano. Dentro de cada bairro selecionaram-se cinco pontos de amostragem, também em toposequência. Nos materiais de solos foram realizadas análises físicas, químicas, mineralógicas e de elementos-traços. Realizou-se o mapeamento de uso e cobertura do solo e das classes de solo, com posterior cruzamento destes mapas, para os três bairros estudados. O bairro de Placas, localizado na parte mais alta e com melhor drenagem, apresentou um parcelamento e uso do solo mais adequados que os bairros Jardim Primavera e Cidade Nova. Esse último bairro apresentou as piores condições de parcelamento e uso do solo, com poucas áreas de vegetação arbórea e grandes áreas impermeabilizadas e em solo exposto. De forma geral, todos os solos ao longo da seqüência altimétrica mostram-se eutróficos e ricos em nutrientes, com exceção de um ponto no bairro Jardim Primavera. Todas as classes de solo são influenciadas pelo lençol freático, ora de forma mais marcante, como nos solos gleicos e flúvicos, ora menos, como nos solos com plintita. Em geral, os solos não apresentaram restrições nutricionais, e mostraram-se aptos ao cultivo agrícola. Em muitos dos pontos amostrados constatou-se aportes antropogênicos, com teores anômalos de P, K, Ca, Mg e alguns micronutrientes, como Fe, Zn e Cu, além da presença de entulhos e dejetos. As maiores restrições ao uso agrícola dos solos urbanos estudados foram: a altura e variação do lençol freático e a fragmentação e uso dos lotes urbanos.
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    Produtividade do cafeeiro em resposta ao manejo da calagem e gessagem em Latossolo de Cerrado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-04-03) Camilo, Nilza de Fátima Pereira; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4712379A0; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4
    A cafeicultura de Minas Gerais está implantada, em sua maior parte, em solos de Cerrado, predominantemente em Latossolos, com aplicação de calcário em área total ou em faixas. Os objetivos deste trabalho foram comparar a produtividade do cafeeiro em resposta os diferentes manejos, determinar doses de calcário de máxima eficiência econômica (MEE) e as taxas de recuperação de Ca2+ e de Mg2+ nas análises de solo, para diferentes profundidades. Os fatores em estudo foram: uso de calcário ou calcário e gesso, divididos em duas estratégias de aplicação em área total ou faixa, que pela reposição de calcário ou calcário e gesso resultaram em oito manejos: quatro em área total (calagem sem reposição (CATSR); calagem e gessagem sem reposição (CGATSR); calagem e gessagem com reposição de doses proporcionais às de plantio (CGATRPP) e calagem e gessagem com reposição correspondente à necessidade de calagem (CGATRNC)) e quatro em faixa (calagem com reposição de doses proporcionais às de plantio (CFRPP); calagem e gessagem com reposição de doses proporcionais às de plantio (CGFRPP); calagem com reposição correspondente à necessidade de calagem (CFRNC) e calagem e gessagem com reposição correspondente à necessidade de calagem (CGFRNC)) e seis doses de calcário (em área total foram de 0,0 a 2,4 NC e, em faixa de 0,0 a 1,5 NC). Na definição dos tratamentos, utilizou-se a matriz experimental mista, Baconiana com Fatorial [(21 + 2) + 21)], em que (21 + 2) correspondem a tratamentos que receberam aplicação em área total e os outros 21 em faixa. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados com três repetições. Cada parcela útil constou de duas fileiras, com quatro plantas por fileira. O manejo CFRNC foi a melhor opção visando obter maior rendimento pela calagem com menor investimento. Apesar dos resultados indicarem, de forma geral, maior elevação do pH, maior redução dos teores de Al3+ e maior elevação dos teores de Ca2+ e de Mg2+ no solo nos diferentes manejos em relação à testemunha, em média, não houve diferença significativa na produtividade de café entre os manejos. As taxas de recuperação de Ca2+ em relação às de Mg2+ inicialmente foram semelhantes, tanto em área total como em faixa, posteriormente as de Ca2+ foram maiores. As taxas de recuperação de Ca2+ e de Mg2+ decresceram em profundidade. Nas doses de MEE os valores de pH foram muito baixos a baixos; os teores de Al3+ variaram de médio a alto e os teores de Ca2+ e de Mg2+ ficaram muito baixos a baixos. Nas folhas os teores de Ca e de Mg ficaram, consistentemente, abaixo da faixa de suficiência.
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    Resistência do arroz à mancha-parda mediada por silício e manganês
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-20) Zanão Júnior, Luiz Antônio; Rodrigues, Fabrício de ávila; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709080E6; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773958D7; Korndörfer, Gaspar Henrique; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721188P3; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4
    As doenças das plantas são responsáveis pela redução significativa da produção de alimentos no mundo. Para o seu controle, cada vez mais são utilizados defensivos agrícolas que podem causar problemas ambientais, econômicos e sociais, havendo a necessidade de se buscar alternativas de controle menos agressivas ao socioecossistema. A nutrição adequada da planta, com enfoque nos elementos mais promissores para o aumento da resistência das plantas às doenças como o Si e o Mn, é uma dessas alternativas. Utilizando plantas de arroz cultivadas sob diferentes doses de Si e Mn objetivou-se com este trabalho: a) avaliar o acúmulo de massa da matéria seca de plantas, ângulo de inserção foliar e teores e acúmulo de macronutrintes, micronutrientes catiônicos e Si nas raízes, bainhas e folhas, b) avaliar a espessura das epiderme abaxial e adaxial das folhas c) avaliar o acúmulo de compostos fenólicos solúveis e lignina nas folhas de plantas inoculadas e não inoculadas com o fungo Bipolaris oryzae, causador da mancha-parda do arroz e d) avaliar o efeito de Si e Mn na resistência do arroz a esta doença. Em 4 experimentos em solução nutritiva, delineamento em blocos casualizados, os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2 x 3 (0 e 2 mmol L-1 Si; 0,5; 2,5 e 10 µmol L-1 Mn), com 5 repetições. Cada unidade experimental foi composta de um vaso plástico com 4 L de solução nutritiva, com 6 plantas de arroz (cv. Metica-1). No primeiro e segundo experimentos não ocorreu a inoculação das plantas com o fungo (B. oryzae) e foram determinados a massa da matéria seca das folhas, bainhas e raízes e o teor e acúmulo de macronutrientes, micronutrientes catiônicos e Si nestes três componentes das plantas, aos 45 dias após a germinação. Adicionalmente, foram feitos estudos anatômicos para de determinar a espessura da epiderme adaxial e abaxial. No terceiro experimento as plantas foram inoculadas com o fungo aos 45 dias após a germinação determinando-se o período de incubação; lesões cm-2 de folha; severidade e área abaixo da curva de progresso da doença. No quarto experimento determinou-se o acúmulo foliar de compostos fenólicos solúveis totais e lignina em plantas inoculadas e não inoculadas com o fungo. Foi feita a análise de variância dos dados (Teste F, 5% e 1% de significância) e o ajuste de equações de regressão para as respostas às doses de Mn, dentro de cada nível de Si. Verificou-se efeito positivo significativo do Si em todas as variáveis avaliadas relacionadas à produção de massa seca do arroz, arquitetura da planta, componentes de resistência às doenças e acúmulo/teores de macronutrientes, micronutrientes catiônicos e Si nas raízes, bainhas e follhas e espessura da epiderme adaxial e abaxial. Com a adição do Si, houve aumento na produção de massa seca de raízes, bainhas e folhas, espessura da epiderme foliar e menor ângulo de inserção foliar que conferiu melhoria na arquitetura da planta. Quanto à resistência do arroz à mancha-parda, o Si proporcionou prolongamento no período de incubação da doença em aproximadamente 9 h, aumento no acúmulo de compostos fenólicos solúveis e lignina nas folhas inoculadas e redução na severidade da mancha-parda em até 96%, reduzindo também o número de lesões cm-2 e a área abaixo da curva do progresso da doença. Houve efeito significativo do Mn para a maioria das características avaliadas, porém, isso ocorreu apenas na ausência de Si na solução nutritiva.
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    Lixiviação de fósforo, bases, ânions inorgânicos e ácidos orgânicos em solos tratados com camas de aviário
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-05-10) Gebrim, Fabrício de Oliveira; Novais, Roberto Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783732H4; http://lattes.cnpq.br/3302314858252327; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Jordão, Cláudio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787122Y1; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0
    A utilização de dejetos de animais na agricultura cresce de maneira significativa a cada ano, devido, principalmente, à expansão da criação intensiva de animais, impulsionada pelo aumento das exportações. Com o decreto lei que proíbe a utilização dos dejetos de aves na alimentação animal, intensificou-se ainda mais o seu uso na agricultura. Porém, há ainda uma lacuna quanto à informação científica sobre o uso desses dejetos, em razão de se não saber o quanto deste material pode ser utilizado de modo a ter uma agricultura menos agressiva ao ambiente. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a lixiviação de formas de P e de Ca, Mg, K e Na, em colunas de solos fertilizados com camas de aviário. Em um experimento verificaram-se as perdas por lixiviação de formas de P em solos, constituídos por cinco anéis sobrepostos, com 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura cada um, submetidas a fluxos de percolação de água. Foram utilizadas amostras de dois Latossolos Vermelho-Amarelos texturas argilosa e média. Os solos receberam, previamente, quatro doses de P na forma de KH2PO4, correspondentes a 0; 12,5; 25 e 50 % da capacidade máxima de adsorção de P (CMAP), homogeneizadas com todo o volume de solo das colunas e deixados em incubação por 60 dias. No anel superior, aplicou-se, homogeneamente, cama de aviário nas doses equivalentes a 0, 20, 40, 80, e 160 t ha-1 com base no peso do material seco. Os tratamentos foram estabelecidos segundo o esquema fatorial: quatro níveis da CMAP x cinco doses de cama de aviário x dois solos, com três repetições, dispostas em blocos casualizados. As colunas foram submetidas a 10 percolações com água deionizada, em duas aplicações semanais, durante 35 dias, de modo a atingir um volume correspondente a 1.200 mm de chuvas. Nos percolados foram determinados: a forma inorgânica de P (P reativo, Pi) a forma orgânica de P (P não-reativo, Po). Na oitava percolação, foram também determinados: P dissolvido total (percolado que passou em filtro com diâmetro de poros de 0,45 µm) e P particulado total (retido no filtro de 0,45 µm). No final do experimento, o P no solo de cada anel foi extraído pelos extratores Mehlich-1 (HCl 0,05 mol L-1 e H2SO4 0,0125 mol L-1) e Olsen (NaHCO3 0,5 mol L-1, pH 8,5), sendo determinadas, para este ultimo extrator, as formas Pi e Po. Com o aumento da dose de cama de aviário, as perdas de P por percolação foram, em média, 6,4 vezes maiores na forma de P não-reativo (Po) que na P-reativo (Pi). Tanto a fertilização mineral prévia com P como a aplicação de doses crescentes de cama de aviário causaram a descida de P nas colunas de solo, extraído tanto pelo Mehlich-1 e pelo NaHCO3 (Olsen). O nível crítico ambiental (NCA), teor de P disponível no solo acima do qual a percolação de Preativo aumenta exponencialmente, foi em torno de 100 e 150 mg dm-3 para o Mehlich-1 e 40 e 60 mg dm-3 para o Olsen, para os solos, textura média e argilosa, respectivamente. Em condições de solos intemperizados, com acúmulo de P residual ao longo dos cultivos, as perdas de P por lixiviação no perfil podem ser significativas, de modo particular quando recebem cama de aviário. Em um segundo experimento verificou-se o efeito da aplicação de cama de aviário na lixiviação de Ca, Mg, K e Na em solos e sua associação com ânions inorgânicos e ácidos orgânicos com baixa massa molecular. Amostras de dois Latossolos Vermelho-Amarelos, um textura média e outro argilosa, foram colocados em colunas de PVC semelhantes àquelas utilizadas no experimento anterior. O solo no anel superior recebeu, homogeneamente, uma dose de cinco camas de aviário, correspondente a 160 t ha-1, base material seco, comparativamente à testemunha (sem cama de aviário). Os tratamentos foram definidos segundo o fatorial 5 x 2, com cinco camas e dois solos, em três repetições dispostas em blocos casualizados. As colunas foram submetidas a 10 percolações com água deionizada, duas vezes por semana, até atingir o volume de água correspondente a 1.200 mm de chuvas. Nos lixiviados foram analisadas as concentrações de Ca, Mg, K e Na, dos ânions Cl-, NO3- e SO4 2- e de ácidos orgânicos de baixa massa molecular. Houve grande lixiviação de bases metálicas nas colunas, de modo geral até a terceira percolação. Este fato foi causado pela adição dessas bases, em doses elevadas, pelas camas de aviário e, também, aparentemente, pelo efeito de ânions acompanhantes: Cl-, NO3- e SO4 2- no solo textura média e Cl-, NO3- no solo textura argilosa e, de maneira muito menos expressiva, pelo efeito complexante das bases por ácidos orgânicos de baixa massa molecular. O efeito de lixiviação do ácido acético ocorreu, provavelmente, como ânion acompanhante das bases.
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    Pedogênese de espodossolos em ambientes da formação Barreiras e de restinga do sul da Bahia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-27) Oliveira, Aline Pacobahyba de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735062A2; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Andrade, Felipe Vaz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761472U5
    Em áreas do Barreiras e de restinga do sul da Bahia é comum a ocorrência de Espodossolos muito diferenciados morfologicamente. No domínio dos sedimentos da Formação Barreiras dessa região é comum a observação de um ambiente edafologicamente diferenciado, localmente chamado de muçununga , o qual ocorre em áreas deprimidas dos Tabuleiros Costeiros, e que alagam no período chuvoso. Nessas muçunungas observam-se Espodossolos com horizonte E (muçunungas brancas) e sem este horizonte (muçunungas pretas) que apresentam características diferenciadas entre si e em relação àqueles encontrados na restinga. Em razão da pequena quantidade de trabalhos realizados sobre os Espodossolos do Brasil existe a necessidade de conhecer suas características físico-químicas para melhor compreensão de sua gênese nestes ambientes. Assim, com o objetivo de caracterizar química, física e mineralogicamente e avaliar as possíveis diferenças nos processos de formação dos Espodossolos do Barreiras e da restinga no extremo sul da Bahia, foram descritos e coletados oito perfis de solos com materiais espódicos e realizadas análises químicas como extrações seletivas de ferro e alumínio pelo ditionito-citrato-bicarbonato de sódio (DCB), oxalato de amônio e pirofosfato de sódio, caracterização e fracionamento da matéria orgânica e extração de ácidos orgânicos de baixa massa molecular, mineralógicas, através da difratometria de raios-x nas frações argila, silte e areia dos horizontes espódicos dos solos estudados, e física para caracterização textural. Foi feita, também na fração areia grossa, a análise de visualização e obtenção de fotografias por microscopia ótica. No ambiente Barreiras, os Espodossolos apresentaram fragipã abaixo dos horizontes espódicos. As muçunungas brancas apresentaram horizonte B espódico cimentado, enquanto as pretas possuem estrutura pequena granular e coloração escura desde a superfície. Os solos apresentam textura arenosa e aumento dos teores de argila nos horizontes espódicos. São solos ácidos, distróficos e álicos. A CTC, dominada por H + Al, é representada basicamente pela matéria orgânica. Os resultados obtidos pelo ataque sulfúrico à TFSA mostram teores de sílica relativamente mais elevados nos fragipãs dos perfis e baixos teores de Fe e Al sugerindo destruição de argila dos Argissolos Amarelos coesos que ocorrem circundando os Espodossolos em áreas do Barreiras. Os solos apresentam acúmulo de matéria orgânica, principalmente ácidos fúlvicos e ácidos húmicos, e óxidos de Al e Fe nos horizontes B espódicos. A participação do Al é mais marcante em relação ao Fe no processo de podzolização, bem como a de formas mal cristalizadas em relação àquelas de melhor cristalinidade. Assim, A coloração parda e escura verificada nesses solos parece estar mais relacionada aos compostos orgânicos do que aos óxidos de ferro. Na análise de determinação de ácidos orgânicos de baixa massa molecular constatou-se a ocorrência dos ácidos acético, butírico, succínico, málico, malônico, tartárico, oxálico e cítrico, sendo o acético, butírico e succínico os de valores mais expressivos, que podem estar contribuindo para o processo de formação dos Espodossolos ao promover, junto à outros materiais orgânicos, a solubilização e translocação de íons ao longo do perfil, favorecendo o acúmulo de complexos organometálicos em profundidade e, assim, a formação e o desenvolvimento dos horizontes B espódicos. Os principais componentes da fase mineral da fração argila dos horizontes espódicos são os minerais caulinita e, possivelmente, vermiculita com hidróxi entre camadas (VHE), este último em quantidades muito pequenas. Quartzo, mica e traços de caulinita foram observados na fração silte e apenas quartzo na fração areia. Foram constatadas diferenças químicas, físicas, morfológicas e mineralógicas entre os Espodossolos da Formação Barreiras e os da restinga. As muçunungas pretas e brancas apresentaram apenas diferenças morfológicas e químicas entre si.
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    Sistematização da experiência participativa com sistemas agroflorestais: rumo à sustentabilidade da agricultura familiar na Zona da Mata mineira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-24) Souza, Helton Nonato de; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794520E9; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Muggler, Cristine Carole; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798498U0; Mannigel, Elke; http://lattes.cnpq.br/9431232743219886
    A agricultura familiar é o modo de agricultura que predomina na Zona da Mata mineira. As terras são utilizadas principalmente com pastagem e café quase sempre consorciado com culturas de subsistência como milho, feijão, mandioca, etc. A agricultura familiar enfrenta vários problemas sociais e ambientais na região como, por exemplo, aqueles relacionados à conservação dos solos: processos erosivos acentuados, perda da fertilidade natural, assoreamento dos corpos d água, diminuição da qualidade e quantidade da água, são alguns deles. Na busca de soluções para tais problemas e tendo a agroecologia como base científica de trabalho foram estabelecidas várias parcerias entre as instituições locais como Sindicato dos Trabalhadores Rurais STR s, Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata CTA/ZM e Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa - DPS/UFV. Em um trabalho conjunto foi realizado em 1983 um Diagnóstico Rural Participativo DRP em Araponga-MG durante o qual foi sugerida a experimentação participativa com sistemas agroflorestais - SAFs que se estendeu para outros municípios. A integração com os sindicatos aglutinava diversos agricultores e agricultoras, e, alguns destes além da sua participação e interesse pelo assunto, se dispuseram a implementar tais experiências em suas propriedades. De 2003 a 2005 a experiência foi sistematizada objetivando explicitar os resultados alcançados e as lições aprendidas durante a experimentação permitindo com isto a construção de um conhecimento novo, necessário para o fortalecimento da agricultura familiar e a consolidação de propostas agroecológicas. Dezoito agricultores (as) experimentadores participaram do processo de sistematização. O método constou de visitas às propriedades, entrevistas semi-estruturadas encontros envolvendo técnicos, agricultores, pesquisadores, professores e estudantes da UFV. Técnicas do DRP como mapas, diagramas institucionais e análises de fluxos foram utilizadas. Foram compilados, sintetizados e discutidos com os agricultores dados de várias pesquisas realizadas principalmente com solos. A experimentação gerou grande complexidade de desenhos e manejos dos sistemas implantados, sobre os quais foram discutidos os fatos que levaram às suas escolhas e os seus redesenhos. O principal critério de introdução ou retirada de espécies arbóreas do sistema foi a compatibilidade das árvores com o café. Os principais indicadores de compatibilidade utilizados foram o bom aspecto fitossanitário do café, o sistema radicular profundo do componente arbóreo, a produção de biomassa, a mão-de-obra e a diversificação da produção. Em torno de 82 espécies arbóreas, grande parte destas nativas, são utilizadas nos SAFs com média de 12 espécies por experiência, além do café. A área manejada variou de 1.000 m2 a 5.000 m2. Dentre estas espécies encontram-se o abacate (Persea sp), o açoita-cavalo (Luehea speciosa ), a banana (Musa sp), a capoeira-branca (Solanum argenteum), a eritrina (Erythrina sp), o fedegoso (Senna macranthera ), o ingá (Inga vera), o ipê-preto (Zeyheria tuberculosa ) e o papagaio (Aegiphila sellowiana). O angico (Annadenanthera peregrina ) e o jacaré (Piptadenia gonocantha ) foram rejeitados por apresentar competição com o café. Houve um aumento de matéria orgânica responsável pela estabilidade dos agregados do solo, redução na acidez trocável do solo diminuindo a necessidade de calagem, aumento do número de esporos de micorrizas em profundidade. Estudos sobre erosão demonstraram que nos SAFs houve menor perda de solo quando comparados a sistemas convencionais. A experimentação trouxe ensinamentos que serviram para toda a família, a propriedade e comunidade de uma forma geral, refletidos na consciência profundamente agroecológica através de temas como qualidade e quantidade da água na propriedade; importância da cobertura do solo, da matéria orgânica e, adoção de redução/eliminação da capina; manutenção de espécies arbóreas, arbustivas e espontâneas nas lavouras de café e na propriedade. Pode-se afirmar que os SAFs foram efetivos na conservação e recuperação dos solos e na diversificação da produção, o que gerou maior estabilidade e autonomia financeira das famílias. Na implantação da proposta houve vários problemas, principalmente de baixa produção, porém muitos agricultores continuaram com a experimentação, o que demandou adaptações durante o processo. A proposta para sua implantação exige maior conhecimento e maior disposição do agricultor para adequá-la às suas condições. Dependendo da situação pode haver necessidade de subsídio financeiro para sua implementação.
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    Caraterização de Pó de Despoeiramento da Fabricação de Ligas de Manganês e Avaliação de seu Potencial Agronômico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-27) Cunha, Fernando de Jesus; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; http://lattes.cnpq.br/6437601476755221; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Matos, Antonio Teixeira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783529H2
    O Pó de Despoeiramento (PD) é um resíduo sólido industrial proveniente dos processos da metalurgia do minério de manganês (Mn). Este material contém concentração significativa de Mn. A unidade industrial responsável pela produção de aproximadamente 2000 toneladas/mês de PD s é a Rio Doce Manganês (RDM), empresa do grupo da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), atualmente, Companhia VALE. Os PD s foram caracterizados quimicamente (etapa 1) e em seguida, avaliados como fonte de Mn para plantas de soja (Glicine max L.), da variedade Conquista e plantas de eucalipto (Eucalyptus globulus), do híbrido Urograndis, em casa de vegetação (etapa 2). Para a etapa 1 da pesquisa, foram escolhidos dez materiais de PD s coletados nas unidades industriais de Barbacena/MG, Ouro Preto/MG, Salvador/Ba e Corumbá/MS, respectivamente. As amostras de PD s foram analisadas segundo os procedimentos de lixiviação e solubilização de resíduos sólidos (ABNT NBR 10005 e 10006, 2004). Os teores de metais dos PD ́s foram quantificados por meio de espectrometria em emissão ótica com plasma acoplado induzido (ICP-OES) e espectrometria por absorção atômica (AAS). Em seguida, foi realizado o experimento em casa de vegetação (etapa 2), utilizando-se amostras de dois Latossolos (LVa), um argiloso (TG) e outro arenoso (TM), das cidades Viçosa/MG e Três Marias/MG, respectivamente. Como fontes de Mn, foram avaliadas amostras dos PD s in natura proveniente de cinco unidades industriais da RDM/CVRD e dois fertilizantes preparados a partir dos PD s: o sulfato de manganês (SM-PD) e o óxido de manganês (OM- PD). Foi incluído como tratamento controle um outro fertilizante sulfato de manganês comercial (SM-Com). Os materiais foram aplicados em quantidade equivalente às doses 0,0; 2,5; 5,0; 7,5 e 30,0 mg kg -1 de Mn, com exceção do OM-PD aplicado apenas nas doses 2,5 e 30,0 mg kg -1 de Mn. As plantas foram coletadas e secas em estufas com ventilação forçada de ar quente. Em seguida, determinaram-se os teores de P, Mn, Zn, Cu, Fe, Cr, Ni, Ti e Se, com ixextração de ácido nítrico e perclórico (3:1), por espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado induzido (ICP-OES). Os dados foram submetidos à análise de regressão linear múltipla, avaliando-se a produção da massa de matéria seca, concentração e acúmulo dos elementos químicos na parte aérea e raízes das plantas de soja e eucalipto. Os resultados obtidos com os extratos solubilizados (etapa 1), apresentaram teores de As, Pb, Se, Hg, Mn, Fe e Al em valores acima dos limites máximos estabelecidos pela ABNT (Anexo G, ABNT NBR 10004, 2004). Por outro lado, os teores de metais encontrados nos extratos lixiviados não resultaram em valores elevados, segundo a referida norma. Não houve resposta significativa com as fontes de Mn aplicadas nos tratamentos, no que diz respeito à produção da massa de matéria seca das plantas de soja e eucalipto (etapa 2). Não houve também, acúmulo de metais pesados nos tecidos das mesmas em níveis que representassem qualquer risco ao seu desenvolvimento. Os PD s in natura disponibilizaram Mn às plantas cultivadas, em quantidades comparáveis às liberadas ao SM-PD, OM- PD e o SM-Com. Conclui-se que, tanto os PD s in natura, quanto aos materiais produzidos a partir dos PD s (SM-PD e OM-PD) foram eficientes como fontes de Mn às plantas de soja e eucalipto cultivadas em casa de vegetação. Os resultados obtidos indicam que o uso do PD pode ser viável, como fonte de Mn para a indústria de fertilizantes.