Solos e Nutrição de Plantas

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    Frações orgânicas de nitrogênio em solos com diferentes usos agrícolas e sua disponibilidade para plantas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-03-06) Biondi, Caroline Miranda; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/8326756664758702
    Para subsidiar modelagens que possibilitem a predição da mineralização e a disponibilidade de N do solo é necessário um conhecimento mais amplo a respeito dos conteúdos e distribuição das formas orgânicas de N, que constituem cerca de 98% do N do solo, e suas alterações em resposta aos sistemas de manejo e qualidade dos resíduos adicionados. Com este propósito, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a distribuição das frações orgânicas de N e suas relações com a disponibilidade do N para plantas em solos com diferentes históricos de uso agrícola. Para tal, foram utilizadas amostras de solos cultivados com milho, por 20 anos, com integração agricultura-pecuária e com uso contínuo com pastagem. Um Argissolo Vermelho-Amarelo câmbico cultivado com milho foi coletado em área experimental, no município de Coimbra, MG, onde se tem avaliado a produção sem adubação e com adubação anual de 250 e 500 kg ha-1 de 4-14-8 ou de 10 t ha-1 de composto orgânico. Um Argissolo Vermelho-Amarelo fase terraço utilizado com integração agricultura-pastagem foi amostrado na Fazenda Barra Mansa, município de Rio Casca, MG. As amostras foram coletadas em pastagem de Brachiaria decumbens estabelecida há mais de dez anos; em pastagem de B. brizantha estabelecida em consórcio com milho em sistema de plantio direto (SPD) há quatro anos; em pastagem de B. brizantha, ainda em fase de estabelecimento, em consórcio com milho em SPD, após um cultivo com soja; em uma área com cultivo contínuo de milho em SPD após longo período com pastagem; em uma área com cultivo contínuo com milho para produção de grãos; em uma área cultivada com sorgo para silagem há, pelo menos, quatro anos, e em uma área de mata de eucalipto e espécies nativas regeneradas. Esses dois solos localizam-se em região típica do Bioma Mata Atlântica. Um Latossolo Vermelho-Amarelo textura média com pastagens de B. brizantha foi amostrado na Unidade de Bovinocultura da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba-CODEVASF, em Brasilândia de Minas, MG, sob influência do Bioma Cerrado. Nessa área, amostrou-se solo de uma pastagem de 15 anos caracterizada como produtiva; de uma pastagem de 18 anos, caracterizada como degradada, e de uma pastagem reformada há um ano com revolvimento do solo e ressemeio da forrageira. As amostras foram coletadas nas profundidades de 0-5, 5-10 e 10- 20 cm. Fez-se a caracterização das formas orgânicas de N mediante dois processos de hidrólise ácida, utilizando-se 10g de solo (<0,149mm) e 20 mL de solução sendo realizadas a 110 oC sob refluxo. Em um dos processos de hidrólise utilizou-se HCl 6 mol L-1, ficando sob refluxo durante 24 h. No outro utilizou-se HCl 1mol L-1 sob refluxo durante 3 h. Em seguida, os hidrolisados foram obtidos por filtração a vácuo e o pH corrigido para 6,5 com NaOH. Procedeu-se também à extração do amônio com KCl 2 mol L-1 (relação 1:10). Determinaram-se as frações orgânicas de N-não hidrolisado e o total do N orgânico hidrolisado, quantificando-se as frações N-α amino, N-hexosamina, N- amida e o N-não identificado. Vasos contendo 500 g de TFSA (dos cinco centímetros superficiais) de nove dos solos utilizados na caracterização das formas orgânicas foram utilizados para avaliação da disponibilidade de N para plantas. Foram realizados quatro cultivos com milheto e, um quinto cultivo, com milho, com duração média de 20 dias cada um. Após o quinto cultivo computou-se o N absorvido. As amostras dos solos foram submetidas aos mesmos processos de hidrólise ácida para determinar as formas orgânicas de N, como descrito anteriormente. Em termos gerais, observou-se redução nos teores médios das formas menos recalcitrantes, e aumento das formas de mais difícil degradação nas camadas de 5-10 e 10-20cm. Na área com cultivo de milho constatou-se que a adubação orgânica incrementou, na camada de 0-5 cm, o teor de N total, N-não hidrolisado, N total hidrolisado, contudo, esse incremento foi significativo apenas na fração N-não identificado. O teor de N no solo sob pastagem produtiva foi maior que os valores encontrados sob pastagem degradada ou recuperada, na profundidade de 5-10 cm, não sendo constatada esta diferença nas demais profundidades. O N α-amino e o N- hexosamina foram as formas de N orgânico predominantes em todos os solos submetidos à hidrólise ácida, independente do tipo de manejo e da profundidade de amostragem. Os teores de N total e nas frações orgânicas de N foram maiores nos dois Argissolos do que no Latossolo Vermelho-Amarelo, devido aos baixos teores de argila deste solo, resultando em uma menor formação de complexos argilo-húmicos responsáveis pelo aumento da estabilidade de matéria orgânica nos solos. Todavia, as condições de uso agrícola não exerceram influência marcante sobre os teores de N das formas orgânicas hidrolisadas. Perdas paralelas de N durante o cultivo, principalmente pelo processo de desnitrificação, inviabilizaram a determinação da contribuição das frações a disponibilidade de N para plantas.
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    Sistema de recomendação de corretivos e fertilizantes para o cultivo do algodoeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-07) Possamai, Juliano Marcos; Novais, Roberto Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/0998420470283615
    As recomendações de adubação para o cultivo do algodoeiro atualmente são baseadas em tabelas, em alguns softwares que fazem a interpolação dos dados provenientes destas tabelas, e na experiência prática de técnicos, produtores e pesquisadores, tornando evidente a necessidade de um sistema de recomendação de nutrientes que considere maior número de características do solo e planta. Com este objetivo desenvolveu-se o sistema de recomendação de corretivos e fertilizantes para o cultivo do algodoeiro (FERTICALC ® Algodoeiro) baseado no balanço nutricional entre o requerimento pela planta e o suprimento de nutrientes pelo solo e pelos resíduos orgânicos, considerando-se ainda uma dose de segurança e o suprimento de Ca e Mg pela calagem, quando efetuada. A recomendação de calagem pode ser feita pelo método da neutralização do Al3+ e elevação dos teores de Ca2+ + Mg2+ ou pelo método de saturação por bases, calculando-se o suprimento de Ca e Mg. O suprimento de nutrientes pelo solo é baseado no resultado da análise de solo e na taxa de recuperação do nutriente pelo extrator, enquanto que o suprimento pela mineralização dos resíduos orgânicos considera o conteúdo de nutrientes na área e suas respectivas taxas de liberação. O requerimento é definido como a quantidade de nutriente necessária para viabilizar uma definida produtividade de algodão em caroço, considerando-se o conteúdo de nutriente na planta para tal produtividade, a eficiência de recuperação do nutriente aplicado via fertilizantes e uma dose de segurança. Com a diferença entre requerimento e suprimento tem-se o balanço nutricional e a partir daí a dose recomendada, permitindo a otimização do uso de corretivos e fertilizantes, considerando as variações das condições de solo, planta e metas de produtividade, de forma contínua. O FERTICALC ® Algodoeiro efetua o balanço nutricional para os macronutrientes e para Cu, Fe, Zn, Mn e B, sendo as doses recomendadas similares às utilizadas pelos agricultores no Brasil na maioria dos casos, superiores a estas quando o solo apresenta baixa disponibilidade do nutriente e, ou, visam-se elevadas produtividades e inferiores quando o solo apresenta alta disponibilidade do nutriente. Com o sistema concluído, efetuou-se a análise de sensibilidade observando que a produtividade e o teor do elemento no solo são os fatores que mais alteram a dose recomendada, sendo que o aumento da produtividade propicia grande aumento da dose e, o contrário, para o teor do elemento no solo. Ao contrário da produtividade, ou do teor do elemento no solo, a dose de segurança tem pouca influência sobre a dose final do nutriente, e a quantidade de resíduos orgânicos apresenta grande influência na redução da dose de N, K, Ca, Mg e S e muito pouca influência na redução da dose de P, Cu, Fe, Zn, Mn e B.
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    Gênese, química, mineralogia e micromorfologia de solos da Amazônia Ocidental
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-08-20) Lima, Hedinaldo Narciso; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://lattes.cnpq.br/1739973533771483
    Solos representativos da várzea e da terra firme e solos antropogênicos da Amazônia foram submetidos a análises físicas, químicas e mineralógicas com o propósito de conhecer melhor aspectos de sua gênese, química e mineralogia. Amostras desses solos foram mantidas sob inundação por seis meses e alíquotas da solução, coletadas e analisadas, periodicamente, para o entendimento da dinâmica da mobilização de alguns elementos em solos inundados. Estudaram- se, comparativamente, aspectos da micromorfologia e da microquímica de um solo antropogênico (Terra Preta de Índio) e de um solo não-antropogênico (Latossolo Amarelo) com o propósito de identificar as fontes primárias de P, sua morfologia, suas características químicas, sua distribuição e relação com a estrutura do solo. As análises mostraram diferenças expressivas entre os vários solos analisados: os solos de várzea mostraram maior fertilidade natural, maior teor de silte e maior diversidade mineralógica, o que é consistente com um material de origem mais rico, drenagem mais restrita e menor grau de pedogênese; os solos de terra firme, especialmente os Latossolos, derivados de sedimentos mais antigos, mais pobres e mais bem drenados, apresentaram baixa fertilidade natural, baixo teor de silte e menor diversidade mineralógica. As características químicas e mineralógicas dos solos de várzea, o relevo plano e a proximidade dos rios confirmam o elevado potencial agrícola destes solos, todavia, as enchentes anuais, as dificuldades de mecanização, a necessidade de preservação de matas ciliares e os riscos de contaminação da água por insumos agrícolas constituem importantes aspectos a serem considerados no uso e na ocupação da várzea. Observa-se que a inundação exerceu importante influência na dinâmica dos elementos, principalmente Fe e Mn, cuja mobilização foi mais intensa, sobretudo nas primeiras semanas. Os teores de Fe em solução foram mais elevados nas amostras mais ricas em Fe amorfo e com conteúdo mais elevado de matéria orgânica. O teor de P em solução foi influenciado por todas as formas de P, principalmente pelo P ligado ao Fe. Os teores de Ca2+, Mg2+, K+ e Na+, em solução, foram diretamente influenciados por seus respectivos teores trocáveis e pela cinética do Fe e do Mn. As análises dos solos antropogênicos indicam, ainda, que as alterações resultantes de ações humanas, como incorporação de resíduos orgânicos, e os efeitos do fogo no horizonte superficial destes solos, também se manifestam sobre algumas das características químicas do horizonte subsuperficial. Observa-se, ainda, que é possível distinguir as Terras Pretas dos solos adjacentes, por meio da cor, da presença de fragmentos de cerâmica e material lítico no horizonte superficial, dos teores de fósforo e cálcio, da composição das substâncias húmicas, do conteúdo de óxidos de manganês, todavia, é improvável distinguí-los, com segurança, por meio da composição mineral, do conteúdo de óxidos de Fe, da substituição de Fe por Al e da capacidade máxima de adsorção de fosfato. As análises micromorfológicas e microquímicas evidenciam que microfragmentos de apatita biogênica na forma de ossos e espinhas de peixe, com morfologias variadas, constituem a reserva primária de P e Ca das Terras Pretas. Formas secundárias e complexas de P ligado a Al e Fe são provenientes da intensa pedoturbação, incorporando P em profundidade. Fragmentos cerâmicos constituem reserva não-trocável de K, sendo, provavelmente, provenientes de materiais oriundos da várzea, ricos em argilominerais 2:1. Finalmente, considera-se que fertilidade elevada das Terras Pretas é resultado de uma conjunção favorável de aportes minerais e orgânicos, que tornaram os estes solos altamente enriquecidos em formas não-trocáveis.