Solos e Nutrição de Plantas

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    Efeitos da irrigação com água de poços tubulares e do Rio Gorutuba sobre propriedades de solos da região de Janaúba-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-11-21) Nunes, Walder Antonio Gomes de Alburqerque; Ker, João Carlos
    Estudou-se o efeito de águas de irrigação provenientes de poços e do Rio Gorutuba sobre solos de 24 propriedades, cultivados com banana-prata- anã, na região de Janaúba, norte de Minas Gerais. Em cada propriedade foram abertas duas trincheiras no bananal, ao longo da linha irrigada, a 100 cm dos microaspersores, e outras duas em área adjacente sob sequeiro, freqüentemente sem utilização agrícola, nas quais foram coletadas amostras a 0-5, 5-10, 10-15, 15-20, 20-30, 30-40, 40-60 e 60-100 cm de profundidade. Procedeu-se à caracterização química das águas de irrigação, assim como das características mineralógicas e químicas do extrato de pasta saturada, e físicas do solo, além de material vegetal. As comparações do efeito de cada fonte de água foram feitas pelo teste t em cada camada amostrada contra suas respectivas testemunhas sob sequeiro. Os resultados das análises efetuadas permitiram demonstrar a hipótese de trabalho, segundo a qual o uso de águas de irrigação de qualidade marginal induz mudanças deletérias nas características químicas e físicas dos solos da região. As águas de poços e rios se diferenciaram quimicamente, tendo as águas de poços apresentado maiores viiivalores médios de condutividade elétrica e RAS, assim como maiores teores de Ca 2+ , Mg 2+ , Na + , HCO 3- , Cl - , Si o , Mn o e Zn o . As águas de poços foram consideradas de médio risco de salinidade e baixo risco de sodicidade, enquanto as águas de rio foram classificadas como de baixo risco de salinidade e risco severo de sodicidade. As águas de poços e as práticas culturais associadas provocaram alterações equivalentes a uma calagem em doses elevadas, causando elevação do pH e dos teores de Ca 2+ e Na + dos solos, sendo mais evidentes nas camadas mais superficiais. As relações Ca/Mg e Ca/K aumentaram significativamente, distanciando-se da faixa ideal para a cultura da banana. Nos solos irrigados com água do Rio Gorutuba houve aumento dos teores de P-H 2 SO 4 , resultante da precipitação do P com o cálcio proveniente da calagem. Nos solos irrigados com água de poços foram registrados aumentos ainda maiores dessa fração. O grau de floculação das argilas decresceu nos solos irrigados com água de poços, indicando dispersão promovida pela elevação do pH e por Na + , causando elevação na densidade global e diminuição na porosidade total, o que reflete em menores valores de macroporosidade e condutividade hidráulica, devendo ser ressaltado que o grau de floculação e o pH foram bons indicadores de possíveis problemas com a condutividade hidráulica. Entre os macronutrientes somente o cálcio e o magnésio foram encontrados em níveis adequados nas plantas, nas duas fontes de água de irrigação. Apesar da menor disponibilidade de P em função da precipitação como P-Ca e P-CaCO 3 , não houve diferenciação entre os teores nos tecidos vegetais dos bananais irrigados com diferentes fontes de água. A lixiviação de K + promovida pelo uso de águas de poços levou a menores teores desse elemento nas plantas, quando comparados àquelas irrigadas com água do Rio Gorutuba. Em ambos os casos, porém, os níveis foram considerados baixos. Nos solos irrigados com águas provenientes de poços tubulares os teores de Zn, Fe, Cu e B nas plantas foram baixos, o que não aconteceu para Cu e B quando a fonte de água foi o Rio Gorutuba.
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    Caracterização química, física, mineralógica e classificação de solos ricos em ferro do Quadrilátero Ferrífero
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-07-23) Costa, Samuel Ângelo Diógenes da; Ker, João Carlos; http://lattes.cnpq.br/7274590219203658
    Localizado na porção centro-oeste do Estado de Minas Gerais, o Quadrilátero Ferrífero é uma conhecida província aurífera e ferrífera. Os solos desta região são diversificados quanto a sua classificação e compreendem Cambissolos, Latossolos e Neossolos Litólicos, entre outros. Apesar da importância geológica da região, são ainda escassos os estudos mais pormenorizados a respeito das características desses solos. O presente trabalho teve como objetivos caracterizar solos desenvolvidos a partir ou com influência de itabiritos no Quadrilátero Ferrífero, com o propósito de se conhecer mais sobre suas características físicas, químicas e mineralógicas. Foi também finalidade desse estudo, o melhor entendimento da gênese desses solos e a busca de atributos diagnósticos que permitissem um melhor refinamento taxonômico dentro do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). Para tanto, foram selecionados cinco Latossolos Vermelhos perférricos, um Latossolo Vermelho férrico e um Neossolo Litólico todos derivados, ou com influência de rochas itabiríticas. Foram incluídas amostras de mais três Latossolos Vermelhos perférricos, com algumas características físicas, químicas e mineralógicas conhecidas, para fins de comparação. Pelos resultados observa-se que os solos apresentam valores de densidade de partícula elevada e estrutura forte muito pequena granular, fatores que parecem contribuir para a subestimação dos teores de argila, resultando em relação silte/argila maior do que aquela proposta pelo SiBCS para a classe dos Latossolos. Os solos são ácidos, distróficos e, em geral, apresentam caráter ácrico. Os baixos valores de saturação e soma de bases, CTC total e efetiva juntamente com os baixos teores de P disponível indicam a restrição agrícola que esses solos apresentam. A variação dos teores de silício, ferro, alumínio e titânio pelo ataque sulfúrico apontam para a diferenciação das rochas itabiríticas ou, ainda, uma provável mistura com rochas filíticas da região. As relações Ki e Kr são muito baixas, devido aos baixos teores de SiO 2 do material de origem. A relação Fe 2 O 3 /TiO 2 não se mostrou ideal para diferenciação de outros Latossolos férricos e perférricos, como aqueles derivados de basalto e de tufito. A grande variação no teor de elementos traços dos solos também indicam diversidade na composição química do itabirito. A relação Fe oxalato /Fe ditionito indica predomínio de óxidos de ferro de maior cristalinidade. Na fração argila predomina hematita, goethita e gibbsita. Na fração silte predomina hematita, goethita, gibbsita e quartzo e na fração areia, hematita e quartzo. De acordo com a cor e a relação Hm/Hm+Gt os solos podem ser enquadrados na classe de solos vermelhos. A magnetização dos solos estudados apresentou grande variação nas frações TFSA, areia, silte e argila. A fração areia é a que apresentou maior magnetização, em razão da presença das minerais ferrimagnéticos.
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    Avaliação de um fosfato natural e de termofosfatos quanto aos teores totais de metais pesados e à disponibilidade de micronutrientes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-10) Alves, Romildo Nicolau; Muggler, Cristine Carole; http://lattes.cnpq.br/8877976094872079
    Os adubos fosfatados podem ser fontes de metais pesados para o sistema solo-planta. Diversos trabalhos têm detectado teores elevados desses metais em adubos fosfatados. Assim sendo, o presente trabalho teve como objetivos: analisar um fosfato natural (FN) e dois termofosfatos (TF1 e TF2) quanto aos teores totais de metais pesados; determinar a extração dos metais pesados presentes nos adubos após o tratamento com diferentes concentrações de HCl e avaliar a disponibilidade dos metais pesados, pelo extrator Mehlich-1, após 23 dias de incubação dos adubos em um Latossolo Vermelho (LV) e em Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), na presença e ausência de calagem Em relação aos teores totais, foi verificado que todos os adubos podem contribuir para o enriquecimento do solo por, pelo menos, um metal pesado, uma vez que FN apresentou teores elevados de Zn, Cd, Cr e Pb; TF1 e TF2 de Zn, Cd, Cu, Ni, Pb e Cr. No entanto, o Mn apresentou-se em quantidade elevada somente no TF2. Diante dos teores totais detectados nos adubos, atenção especial deve ser direcionada ao uso dos termofosfatos (TF1 e TF2), já que esses apresentaram teores extremamente elevados principalmente de Zn. Quando os adubos foram tratados com as diferentes concentrações de HCl, destacou-se a concentração de 0,1 mol L -1 por proporcionar extração de maiores teores de metais pesados. As concentrações de HCl 0,01 mol L -1 e HCl 0,001 mol L -1 mostraram reduzida eficiência na extração de metais pesados. Quanto à avaliação da disponibilidade dos metais através do extrator Mehlich-1, apenas foi possível obter leitura de Zn, Mn, Fe e Cu. No caso do Cu, não foram obtidas leituras quando se elevou o pH dos solos. De uma forma geral, a calagem reduziu os teores disponíveis dos metais nos solos. Após a incubação do FN com os solos, verificou-se acréscimo na disponibilidade dos metais quando o FN foi incubado no LV com calagem; em relação à incubação do FN no LVA, não houve aumento dos teores disponíveis dos metais tanto na ausência quanto na presença de calagem. Os termofosfatos, em geral, elevaram os teores disponíveis dos metais nos solos, tanto na ausência quanto na presença de calagem.
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    Fluxo difusivo de micronutrientes catiônicos em resposta a adição de compostos orgânicos ao solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-08-04) Pegoraro, Rodinei Facco; Silva, Ivo Ribeiro da; http://lattes.cnpq.br/0267562971837526
    A presença de ácidos orgânicos em solos vem sendo muito estudada quanto aos efeitos de complexação com os elementos catiônicos, mas pouco ainda se sabe sobre a sua capacidade em aumentar o transporte de Zn, Cu, Fe e Mn por fluxo difusivo até as raízes das plantas, que é fundamental para os solos de clima tropical que apresentam baixa concentração desses micronutrientes na solução do solo. Sendo assim, o presente estudo visou avaliar se a adição de alguns ácidos orgânicos comumente encontrados no solo/rizosfera e se a incorporação de materiais vegetais ao solo podem interferir no fluxo difusivo dos micronutrientes Zn, Cu, Mn e Fe. Para isto, foram montados dois experimentos com câmaras de difusão. No primeiro, adicionaram-se doses crescentes de ácido acético e cítrico (0, 250, 500, 1.000 e 2.000 μmol dm -3 ) em dois solos com texturas distintas, um solo com textura argilosa (LVdf) e um com textura média (LVAd), previamente corrigidos com calagem e com 10 mg dm -3 dos micronutrientes catiônicos. No segundo, adicionaram-se doses crescentes (0, 9, 18, 36 t ha -1 base de matéria seca (MS)) de feijão guandu (Cajanus cajan) ou de milheto (Pennisetum americanum) num solo com textura argilosa (LVdf), por diferentes períodos de incubação (0, 15, 25, 35, 45, 55 dias antes da montagem da câmara de difusão). O fluxo difusivo foi avaliado por meio da incubação de uma resina trocadora de ânions e uma trocadora de cátions durante 15 dias na câmara de difusão. A dessorção dos micronutrientes Zn, Cu, Fe e Mn e ácidos orgânicos adsorvidos às resinas foi realizada com HCl 0,5 mol L -1 . Determinaram- se os micronutrientes catiônicos por espectrofotometria de absorção atômica e os ácidos orgânicos por cromatografia de íons. Ao final dos experimentos foram coletadas amostras de solo para a determinação dos teores de Zn, Cu, Fe e Mn extraídos por Mehlich 1, extraíveis por resina iônica e água (fração hidrossolúvel). Os resultados indicaram um aumento do fluxo difusivo do Zn, do Cu, do Fe e do Mn com o aumento das doses de ácido orgânico e do Cu e do Fe com o aumento das doses de material vegetal. O aumento do tempo de incubação dos materiais vegetais no segundo experimento aumentou o fluxo difusivo do Zn e do Mn e reduziu o do Cu. O fluxo difusivo do Zn e do Mn ocorreu principalmente para a resina catiônica e o do Cu e do Fe para a resina aniônica. O ácido cítrico foi mais eficiente que o ácido acético em manter maior fluxo difusivo de Zn, Cu e Fe, assim como o milheto em relação ao guandu. A extração dos micronutrientes hidrossolúveis, por Mehlich 1 e por resina de troca iônica, de maneira geral, não oferecem uma boa indicação do potencial de fluxo difusivo dos micronutrientes, especialmente na presença de ligantes orgânicos. Assim, a utilização de práticas de manejo que mantenha um maior aporte de materiais vegetais na superfície do solo pode contribuir para o aumento de compostos orgânicos de baixo peso molecular que favorece a formação de ligações com os micronutrientes catiônicos, podendo aumentar seu transporte para a superfície das raízes.
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    Compostos orgânicos de diferentes graus de hidrofobicidade na formação e estabilidade de agregados do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-01-30) Bastos, Renato Saldanha; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/1114861579638044
    O presente trabalho objetivou mostrar como compostos orgânicos com diferentes graus de hidrofobicidade podem fornecer um aumento da estabilidade dos agregados do solo, e como os ciclos de umedecimento e secagem influenciam nesse aumento. Para isto, com amostras de dois horizontes (A e B) de um Latossolo Vermelho Amarelo, foram conduzidos três experimentos: o primeiro, utilizando a matriz Pan-Puebla III modificada variando a dose dos compostos orgânicos adicionados, em um único tempo de incubação; o segundo, um fatorial incompleto 2x3[(4-1)+(4-1)], constituído por: dois horizontes (A e B), três intervalos de tempo (40, 80 e 160 dias), três compostos orgânicos (amido, ácido esteárico e ácido húmico) em combinações amido sem e com ácido húmico (Am e AmAH) e ácido esteárico sem e com ácido húmico (E e EAH) menos a testemunha; e o terceiro, semelhante ao segundo, com a diferença que ao invés de ser incubado, o solo foi exposto a ciclos semanais de umedecimento e secagem (5 semanas e 5 dias, 11 semanas e 3 dias e 22 semanas e 6 dias). Os resultados obtidos indicaram que o composto hidrofílico (amido) apresenta as melhores respostas em doses mais baixas e quando o tempo de incubação é de 160 dias, e que quando se tem uma única dose (9,9 g kg -1 ) o menor tempo de incubação (40 dias) proporciona maior agregação. Para o composto hidrofóbico (ácido esteárico) a melhor dose nos tempos de incubação maiores (160 dias) variou entre 4,8 e 5,1 g kg -1 conforme a variável analisada, sendo que doses maiores que essa dificultam a agregação. Em tempos de incubação de 80 a 160 dias, a dose de 9,9 g kg -1 aumenta a estabilidade de agregados em água. Utilizando um composto com características, tanto hidrofóbica como hidrofílica (ácido húmico), verificou-se resposta sempre positiva na agregação para doses até 9,9 g kg -1 , quando incubados durante 160 dias. Para esse mesmo composto, incrementos significativos na agregação foram observados para todas as variáveis analisadas, seja por via úmida ou via seca. De maneira geral, os ciclos semanais de umedecimento e secagem dificultaram a formação e a estabilização de agregados em ambos os horizontes.
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    Planejamento do uso da terra na zona tampão do Parque Estadual da Serra do Conduru no Litoral Sul da Bahia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-07-25) Moreau, Mauricio Santana; Costa, Liovando Marciano da; http://lattes.cnpq.br/0293321489114247
    O Litoral Sul da Bahia, mais especificamente a faixa compreendida entre os rios Jequitinhonha e Contas, conserva a parcela mais significativa do bioma Mata Atlântica brasileira. Apesar da riqueza dos recursos naturais dessa região, a ameaça à existência dos remanescentes florestais e conseqüentemente da biodiversidade é sempre presente. Unidades de Conservação têm sido criadas como mais uma estratégia de conservação da região, a mais recente é o Parque Estadual da Serra do Conduru. Um planejamento e gestão territorial são grandes desafios dos diferentes segmentos da sociedade, principalmente em relação à qualidade ambiental, neste sentido, considera-se a determinação das variáveis do meio físico, o primeiro e imprescindível passo para qualquer ação de planejamento. Este trabalho teve por objetivo o planejamento do uso da terra na zona tampão do Parque Estadual da Serra do Conduru, no litoral Sul da Bahia e para isso foi subdividido em quatro etapas: na primeira foi proposto um novo modelo para delimitação de zonas tampão; na segunda foi caracterizado o meio físico dando ênfase à caracterização e levantamento pedológico; na terceira realizou-se um estudo do uso da terra em diferentes anos, 1974 e 2001; e por último aplicou- se a metodologia do RADAMBRASIL para classificação dos recursos naturais renováveis segundo a capacidade de uso. Como resultados obteve-se um mapa da zona tampão baseado em sub-bacias hidrográfico, aproveitando a flexibilidade da nova lei de unidades de conservação.Identificou-se também um predomínio de solos pertencente às classes texturais Franco-arenosa e Areia nesta região. De forma geral, os solos classificados possuem baixa capacidade de troca de cátions, baixa saturação por bases e acidez potencial e saturação de alumínio variando em níveis médios e altos, exceto o solo RUbe. No mapa de solo elaborado verificou-se um predomínio dos solos LVAdfc e LVAd. Como resultados do estudo do uso da terra em deferentes anos, constatou-se que as áreas de mata diminuíram aproximadamente 18% na zona tampão do Parque Estadual da Serra do Conduru, sendo que, a maior parte das áreas de mata derrubada foi transformada em pastagens. Observou-se também que as mudanças mais significativas do uso da terra ocorreram na região litorânea da área de estudo, devido à exploração imobiliária. O estudo do planejamento do uso da terra, e determinação das áreas de preservação permanente, mostrou que os produtores da zona tampão do Parque Estadual da Serra do Conduru têm utilizado seus solos dentro da capacidade de uso. Identificou-se também que 52% da área da zona tampão deve destina-se a áreas de preservação permanente a pesar de 87% desta mesma área serem classificadas como adequadas para utilização com culturas temporárias e/ou perenes.
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    Nitrificação heterotrófica sob influência do uso e da acidez do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-07-29) Valle Agostini, Marco Antonio; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/6414214627239892
    O excesso de nitrato no solo favorece perdas que comprometem a eficiência da adubação nitrogenada e o acúmulo em aqüíferos. Embora a nitrificação seja intensamente estudada em solos de clima temperado, sabe-se que pode ser intensa em solos tropicais ácidos, com a participação de microrganismos heterotróficos. Assim, idealizou-se dois ensaios para quantificar a nitrificação autotrófica e heterotrófica em solos tropicais sob diferentes condições de uso, bem como avaliar o efeito do pH sobre a nitrificação por microorganismos autotróficos e heterotróficos. O primeiro ensaio foi conduzido com: i) Luvissolo sob mata Atlântica e em área com cultivo de cacau coletado em Itabuna-BA; ii) Latossolo Vermelho sob cerradão, plantio direto e cultivo convencional coletado em Sete Lagoas-MG; e iii) Latossolo Vermelho sob cerrado, eucalipto e pastagem coletado em Paraopebas-MG. O ensaio consistiu na incubação de amostras dos solos sem adição de N-NH 4+ ou com a adição de 200 mg kg -1 de N-NH 4+ , sendo que, para quantificar a nitrificação heterotrófica utilizou-se acetileno (1% v/v) como inibidor da atividade dos nitrificantes autotróficos. A incubação foi conduzida por um período de 28 dias, realizando-se avaliações aos dois, quatro, sete, 14 e 28 dias. Os tratamentos consistiram da combinação fatorial entre oito solos, duas doses de N-NH 4+ (0 e 200 mg kg -1 ), duas condições de incubação (com e sem acetileno) e cinco tempos de amostragens, sendo dispostos segundo o delineamento de blocos casualizados com três repetições. Os resultados mostraram que os microrganismos heterotróficos tiveram mportante papel na nitrificação natural. Com a adição de N-NH 4+ , a participação dos heterotróficos diminuiu enquanto que a dos autotróficos aumentou, sendo que a nitrificação global tendeu a se manter. A tendência de menor nitrificação em sistemas próximo ao estado de clímax não foi observada, exceto no Luvissolo. O Latossolo sob cerradão apresentou maiores taxas de nitrificação quando sob cultivo, seja plantio direto ou convencional, enquanto que o Latossolo sob cerrado apresentou menores taxas de nitrificação sob vegetação natural e eucalipto, resultado atribuído à baixa disponibilidade de nutrientes e a elevada acidez do solo. O segundo ensaio foi conduzido somente com os três solos sob vegetação natural (Luvissolo sob mata Atlântica e Latossolos Vermelho sob cerradão e cerrado), em arranjo fatorial de 3 x 3 x 2 x 5 (três solos, três fontes de nitrogênio, duas condições de incubação, e cinco níveis de acidez) com três repetições. Como fonte de nitrogênio, aplicou-se sulfato de amônio ou peptona, tendo como controle uma amostra sem adição de nitrogênio. Para quantificar a contribuição dos microrganismos autotróficos e heterotróficos, amostras foram incubadas na presença ou ausência de acetileno. Resultados inesperados foram obtidos com relação a atividades dos microorganismos heterotróficos em relação aos autotróficos em resposta ao pH, pois ambos responderam de forma semelhante sendo que as máximas atividades de nitrificação situaram-se próximo da neutralidade. Todos os solos responderam a adição de peptona como fonte orgânica de nitrogênio, exceto o Latossolo Vermelho sob cerradão.
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    Caracterização das formas de metais pesados, sua biodisponibilidade e suas dinâmicas de adsorção e de mobilidade em solos do Equador
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-02-21) Carrillo Zenteno, Manuel Danilo; Cantarutti, Reinaldo Bertola
    Partindo da hipótese de que a atividade antrópica contribui para a contaminação dos solos do Equador por metais pesados, a presente pesquisa teve como objetivo caracterizar 27 solos do litoral e do oriente do Equador, sob diferentes condições de uso, quanto às formas predominantes de Ni, Cu, Cd e Pb e quanto à adsorção, mobilidade e biodisponibilidade destes metais. Para atingir os objetivos propostos, realizaram-se ensaios para determinar as formas de Ni, Cu, Cd e Pb por meio da extração seqüencial, assim como mobilidade e adsorção destes metais e biodisponibilidade, usando o alface como planta indicadora. Em todos os ensaios, as dosagens foram feitas em espectrofotômetro de emissão atômica por plasma induzido. No experimento de extração seqüencial caracterizou-se os metais associados às frações facilmente extraível (Mso), reduzível (Mrz), oxidável (Mox), residual (Mrd) e formas totais. As proporções do Cu e Pb, seqüencialmente, foram Mrd > Mox >> Mrz > Mso, sendo as duas últimas as formas mais lábeis. Para o Cd, a seqüência foi Mrd > Mso > Mrz > Mox e para o Ni Mrd >>> Mox = Mrz > Mso. Destacaram-se os solos da província de El Oro, com elevadas proporções de Ni nas frações mais lábeis. No estudo de mobilidade usaram-se quatro dos viisolos: dois solos argilosos sob cultura de banana da província de El Oro, com alto (BAEO1) e baixo teor de MOS (BAEO3); dois solos arenosos sendo um com baixa MOS, sob cultura de café na província de Francisco de Orellana (CFFO3) e outro com alta MOS, sob cultura de banana na província do Guayas (BAGU1). Avaliou-se a mobilidade dos metais em colunas de solos de 10 cm de altura, condicionadas em colunas de vidro (? ~ 1,7 cm). As colunas foram lixiviadas com solução contendo 350, 706, 60 e 878 mg L -1 de Ni, Cu, Cd e Pb, respectivamente. Obtiveram-se teores detectáveis de Ni, Cu e Cd somente nos lixiviados dos solos mais arenosos (CFFO3 e BAGU1), fato atribuído, em parte, à maior condutividade hidráulica. A menor proporção de Cu no lixiviado do solo com maior teor de MOS evidenciou a interação deste com a fração orgânica do solo. Para o Ni a interação foi mais intensa com a fração mineral diante a maior lixiviação no solo com maior teor de MOS. A proporção de Cd lixiviado foi independente do teor de MOS. Não foram obtidos teores de Pb nos lixiviados, devido à baixa concentração na solução de percolação e alto potencial de adsorção dos solos. Para determinar a adsorção dos metais pelos solos, amostras de 2,50 g dos solos foram colocadas em tubos de centrífuga juntamente com 20 mL de solução contendo 100, 215, 16 e 250 mg L -1 de Ni, Cu, Cd e Pb, respectivamente. As quantidades adsorvidas foram obtidas pela diferencia entre os teores inicias e aqueles na solução de equilíbrio. Observou- se que, em geral, a adsorção dos elementos seguiu a seqüência Pb > Cu > Cd = Ni. Três dos solos que mostraram menor capacidade de adsorção dos metais apresentam algum risco de contaminação para as plantas, águas subterrâneas e o homem. No que se refere à biodisponibilidade, encontrou-se que a alface, não apresentou de maneira geral, problemas de toxidez por Ni, Cu e Cd, cujos teores foram menores que os valores permitidos em alimentos. Somente dois dos solos (um, sob cultura de cacau na província do Guayas e outro, sob cacau na província de El Oro) proporcionam, respectivamente, na alface teores de Cu e Cd superiores aos permitidos em alimentos. Quanto ao Pb, os teores foram menores do que o limite mínimo de detecção do aparelho. Os conteúdos de Ni, Cu e Cd na alface correlacionaram significativamente com os teores destes elementos nas frações Mso, Mrz e Mox, sendo que para o Cd as melhores correlações foram com as frações Mso e Mrz.
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    Qualidade de um solo cultivado com café e sob mata secundária no município de Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-12-15) Nunes, Luís Alfredo Pinheiro Leal; Dias, Luiz Eduardo; http://lattes.cnpq.br/3560615937165005
    A pesquisa foi realizada em um Latossolo Vermelho-Amarelo de meia encosta, localizado em Viçosa-MG no qual se avaliou o efeito de monocultivo de café sobre sua qualidade, por meio de alterações nos indicadores físicos, químicos e biológicos, associadas às principais funções do solo, em relação a duas matas secundárias adjacentes. Os sistemas estudados foram os seguintes: Cultivo de café Mundo Novo com 22 anos, antes ocupado por pasto (C22); Cultivo de café Catuai com 16 anos (C16), que sofreu receba três meses antes da pesquisa e anteriormente era mata secundária; Mata secundária com idade estimada em cerca de 30 anos (M30), e Mata secundária com idade estimada de 40 anos (M40). O sistema M30 apresenta um sub-bosque representativo e, ocasionalmente, sofre ação do fogo e exploração de madeira por vizinhos para uso doméstico e encontra-se em fase intermediária de desenvolvimento. O sistema M40 mostra-se mais preservado, com espécies de porte mais elevados e ausência de sub-bosque, o que indica um processo sucessional mais avançado, sendo considerado como área de referência. Os sistemas estudados situam-se na encosta ocupando desde o topo até o sopé numa topossequência, sob influência de condições similares de solo, clima e relevo. A amostragem do solo foi realizada em janeiro de 2002 nas camadas de 0-2,5; 2,5-7,5 e 7,5-20 cm para análise dos indicadores químicos e nas profundidade de 0-10 cm para as determinações dos indicadores físicos. A coleta de solos para as avaliações biológicas deu-se na camada de 0-10 e 10-20 cm em janeiro, abril, julho e outubro de 2002, a exceção das análises de enxofre da biomassa microbiana e de nematóides que foram realizadas apenas em janeiro e julho. Os sistemas sob café evidenciaram melhor fertilidade em função de adubações e calagens realizadas periodicamente nesses sistemas, com exceção do teor de matéria orgânica que se reduziu pela metade nos monocultivos, em relação à área padrão. O sistema C22 mostrou alterações em suas propriedades físicas pelo aumento da densidade do solo, diminuição da porosidade, de agregados estáveis e grau de floculação. O processo erosivo e de eluviação de argila nesse sistema foi evidenciado pela diminuição dessa fração granulométrica e diminuição da porosidade na camada de 0-10 cm. Os indicadores biológicos variaram conforme época de amostragem apresentando valores superiores em período de maior pluviosidade e mostraram-se mais sensíveis para avaliar mudanças na qualidade do solo. A maioria dos indicadores biológicos avaliados variou com o aumento ou decréscimo de matéria orgânica do solo, ressaltando a sua importância nos processos biológicos do solo. A recepa em um sistema com café contribuiu para a adição de resíduos na superfície do solo trazendo melhorias em alguns indicadores físicos e biológicos. Os valores dos indicadores de qualidade foram utilizados para calcular um índice de qualidade de solo. O índice que se aproximou mais da área de referência foi obtido no solo de mata secundária com 30 anos, seguidos do solo sob café com 16 anos de cultivo, e do solo sob café com 22 anos de cultivo. Esses resultados permitem concluir que para os sistemas avaliados o monocultivo com café promoveu, com o tempo de cultivo, a perda de qualidade do solo, comprometendo sua sustentabilidade. Por outro lado, o pousio, com a conseqüente formação de mata secundária, permitiu melhoria da qualidade do solo, favorecendo sua sustentabilidade. A análise multivariada de indicadores de qualidade por meio de variáveis canônicas foi consistente com os dados obtidos pelo modelo de qualidade do solo.
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    Avaliação do potencial agronômico e de contaminação ambiental decorrente do uso de uma escória de aciaria como corretivo e fertilizante de solos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-11-20) Silva, Juscimar da; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864
    A reciclagem de materiais industriais ou de mineração, disponíveis para uso na agricultura, é assunto já bem estudado em diversos países, mas no Brasil tem tido pouca ênfase. Os diferentes tipos de escória de siderurgia, com produção anual estimada de 3 milhões de toneladas, apresentam grande potencial de utilização na agricultura, porém estudos com esse propósito são pouco difundidos pela pesquisa nacional. Um dos grandes entraves ao uso generalizado deste resíduo em atividades agrossilviculturais é a presença de metais pesados, que presentes no solo em forma solúvel, são absorvidos por plantas envolvidas na cadeia trófica, podendo causar sérios problemas à saúde de animais e do homem. Desta forma, antes de qualquer recomendação são indispensáveis estudos detalhados sobre os possíveis impactos causados pelo uso desses resíduos na agricultura. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a utilização agrícola de uma escória de aciaria, proveniente da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), como corretivo da acidez de solos e como fonte de fósforo e zinco para as plantas de sorgo (Sorgum bicolor L. Moench – variedade BR 300), bem como a contaminação de solos e plantas de alface ( Lactuca sativa – variedade Regina-de- Verão) por metais pesados, decorrente do uso desse resíduo. Para atingir o objetivo supracitado, foi caracterizada quimicamente a escória em duas granulometrias (0 a xvi1 mm e 2 a 10 mm) e, com ela, foram realizados dois experimentos utilizando amostra de um Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), textura argilo-arenosa e de um Latossolo Amarelo (LA), textura franco-arenosa, ambas coletadas no estado do Espírito Santo. O primeiro experimento de avaliação agronômica do resíduo envolveu três etapas: 1 a etapa: avaliação do potencial corretivo da escória por meio de curvas de incubação; 2 a etapa: respostas das plantas ao uso da escória como corretivo de solos e a possível presença de metais em plantas; e 3 a etapa: respostas das plantas ao uso da escória como fertilizante fosfatado e fonte de zinco. O segundo experimento, no qual foi estudado o comportamento dos metais nos solos, avaliou a disponibilidade do Cr por meio de extrações seqüenciais e a mobilidade de metais quando os solos foram submetidos a lixiviações periódicas durante quatro meses com água deionizada e, posteriormente, com solução de ácido acético 0,001 mol L -1 , também durante quatro meses. A escória com granulometria inferior a 1 mm se mostrou eficiente para corrigir a acidez, neutralizar o alumínio tóxico dos solos e suprir as plantas com Ca e Mg, semelhante ao tratamento onde se utilizou, para efeito de comparação, uma mistura corretiva composta por CaCO 3 + MgCO 3 p.a. Já a escória com granulometria entre 2 e 10 mm proporcionou resultados semelhantes aos tratamentos sem corretivo. Desta forma, a mesma foi considerada inadequada para uso agrícola, pelo menos para utilização em cultivo de plantas de ciclo curto. Os baixos teores de Zn e P total, bem como a ausência de P solúvel em ácido cítrico não recomendam o uso da escória como fonte destes nutrientes. Para todos os ensaios montados, nos tratamentos que foram aplicados escória, houve incremento significativo dos teores de Fe e, principalmente, de Mn nos solos. Este aumento – a presença destes dois elementos em quantidades relativamente elevadas no resíduo –, no entanto, não foi verificado sintoma de toxidez nas plantas de sorgo cultivadas. Contudo, para culturas mais sensíveis ao Mn, cuidados devem ser tomados quanto ao incremento deste elemento no solo. Houve também incremento nos teores de Cr do solo com a utilização da escória, no entanto, os valores constatados foram inferiores ao máximo estabelecido para solos, conforme sugerido pela CETESB (2001). Do total de Cr presente no solo, a grande maioria encontrou-se associada a formas mais estáveis de óxidos de Fe e em formas residuais, possivelmente com os silicatos. Não foi detectada pelo método analítico utilizado (ICP – OES), a presença de Cr nos lixiviados coletados e os teores observados de Zn, Cu, Fe e Mn em solução foram muito baixos, sendo inferiores aos valores máximos estabelecidos para águas Classe III, conforme Resolução n o 20/1986, do CONAMA.