Solos e Nutrição de Plantas

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    Crescimento de eucalipto em idade jovem e movimentação de cálcio e magnésio no solo em resposta à aplicação de calcário e gesso agrícola
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-05) Rodrigues, Fernando Antonio Vieira; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Venegas, Victor Hugo Alvarez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727865T0; http://lattes.cnpq.br/7297012432990562; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343E0
    O eucalipto é uma espécie florestal tolerante a acidez do solo, ou seja, apresenta bom crescimento mesmo em solos com alta acidez ativa e trocável, sendo, portanto, dispensável a calagem com o objetivo de corrigir a acidez do solo. Por outro lado, para obtenção de produtividades em torno de 50 m3/ha/ano, considera-se que o eucalipto acumula grande quantidade de Ca na parte aérea, desde o plantio até a colheita que ocorre por volta de 6 a 7 anos de idade. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o crescimento do eucalipto, aos 18 meses de idade, em resposta à aplicação de calcário e gesso agrícola, na região do Cerrado. O experimento foi conduzido em um Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura média, com 20 % de argila. Os fatores em estudo foram: calcário-C (sem-sC e com-cC), localização (faixa-F e área total-T) e incorporação-I (sem-sI e com-cI), mais quatro tratamentos adicionais (dois com gesso-G e dois com fosfato natural reativo-FNR), arranjados em um fatorial (23 1) + 2 + 2, dispostos em blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram: sCFsI, sCFcI, sCTcI, cCFsI, cCFcI, cCTsI e cCTcI completam o fatorial; e os adicionais (cCT+cGF)sI, (cCT+cGT)sI, sCFsIcFNR e cCTsIcFNR. Nos tratamentos do fatorial e nos dois com gesso utilizaram-se 200 kg/ha MAP (fosfato monoamônico) e nos dois restantes, 500 kg/ha de FNR. Tanto o MAP quanto o FNR foram aplicados no sulco de subsolagem. A dose de calcário foi de 3,0 t/ha, exceto nos tratamentos com gesso (1,0 t/ha) e, ou, com FNR, nos quais se aplicaram 2,4 t/ha de calcário. Após 18 meses da implantação do experimento, foi feita a medição do DAP (diâmetro a 1,30 m de altura) das 52 plantas da parcela útil para calcular o diâmetro médio de cada parcela. A árvore média foi abatida, medida sua altura e pesada a matéria fresca de seus componentes (folha, galho e tronco). Retirou-se amostra composta de cada componente em separado (folha, galho, casca e lenho) para determinação da massa de matéria seca e dos teores e conteúdos de nutrientes. Na árvore média também foi realizada a amostragem de raízes com dois métodos diferentes: cavadeira e sonda. Para isso, foram feitas duas repetições com cada método de amostragem, totalizando 22 plantas avaliadas por método. A amostragem de solo foi feita de 0-10, 10-20, 20-40 e 40-60 cm de profundidade, com o auxílio de trado tipo sonda (2,5 cm de Ø). Foram coletadas 16 amostras simples de cada profundidade para compor uma amostra composta por parcela, na região correspondente a faixa de 35 cm de cada lado da linha de plantio, evitando o sulco de subsolagem. A aplicação de calcário mais gesso incrementa a produção de tronco em 96 %, comparado com a não aplicação de calcário e em 24 %, comparado com a aplicação isolada de 3,0 t/ha de calcário. Na aplicação de calcário mais gesso, o gesso aplicado em faixa, promove maior aumento nas variáveis de produção, comparado ao gesso em área total. Na ausência de calcário, a aplicação de FNR no sulco de subsolagem em relação ao MAP, aumenta a produção de tronco em 26 %. A aplicação de calcário mais gesso agrícola comparado com calcário isoladamente, aumenta os teores de Ca e S e diminui os de Mg, nas folhas do terço médio da copa. A aplicação de calcário em faixa promove melhor distribuição de Ca e Mg no perfil do solo, comparado à aplicação em área total. A aplicação de 3,0 t/ha de calcário, em faixa, sem ou com incorporação, promoveu incrementos expressivos nos teores de Ca e Mg até, pelo menos, 60 cm de profundidade. Na aplicação da mesma dose em área total, os efeitos restringiram-se a, no máximo, 20 cm. As taxas de recuperação do extrator foram em média de 22 e 36 % para Ca e Mg, respectivamente. As taxas de recuperação pela planta variaram de 2,5 a 7,5 % para Ca e de 3,2 a 7,9 % para Mg, até os 18 meses de idade. A demanda estimada de Ca e Mg para o eucalipto, para a produtividade de 46 m3/ha/ano, aos 84 meses, foi de 238 e 43 kg/ha, respectivamente, para os tratamentos com calcário mais gesso. A densidade de raízes finas é, em média, duas vezes maior na linha do que na entrelinha. A aplicação de calcário em área total promoveu aumento da densidade de raízes finas até 40 cm. Porém, a aplicação em faixa aumentou a densidade radicular na camada de 40-60 cm. A aplicação combinada de calcário mais gesso comparada com calcário isoladamente, mostrou que o gesso aumentou a densidade de raízes finas até 40 cm de profundidade. A aplicação do gesso, em faixa, aumentou a densidade de raízes finas, comparativamente à sua aplicação em área total. De forma geral, os resultados com os dois métodos de amostragem, cavadeira e sonda, mostraram que a melhoria química do solo promoveu incrementos na densidade de raízes finas no perfil do solo, embora não na mesma magnitude e clareza como as respostas da parte aérea. A utilização da sonda viabiliza a coleta de um número maior de pontos amostrados por árvore, possibilitando captar melhor a variabilidade espacial do sistema radicular.