Solos e Nutrição de Plantas

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/175

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 1 de 1
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Solos, ambiente e dinâmica climática da camada ativa na Peninsula Potter, Antártica Marítima
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-29) Poelking, Everton Luís; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/0442353211173400; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4; Vieira, Gonçalo Brito Teles Guapo
    Neste trabalho foram investigadas as principais propriedades físicas e químicas dos criossolos a fim de classificar e mapear os solos segundo WRB; relacionar as características dos geoambientes e distribuição das comunidades vegetais nas áreas livres de gelo da Península Potter; investigar a dinâmica climática na região e relacionar com a dinâmica termal de temperatura e umidade dos criossolos na Ilha Rei George, Antártica Marítima. Com levantamento de 18 perfis de solos em 2008 foram realizadas análises físico-químicas a fim de caracterização e classificação destes solos pela WRB. O mapa de geomorfologia da península foi utilizado como base para mapeamento das classes de solos. O mapeamento da vegetação foi obtida pela classificação de uma imagem Quickbird. Foi também analisada a variabilidade intra-sazonal da temperatura do ar relacionada com as taxas de mudança de recuo da geleira polar Club, através de uma série de nove cenas de imagens de satélite Landsat e dados de temperatura atmosférica 1986-2010 da estação Climatológica de Jubany. Com base em dados pontuais de terreno, técnicas de detecção remota e ferramentas SIG, foram analisadas a distribuição espacial das comunidades vegetais da Península Potter, bem como os fatores condicionantes. Por fim foram relacionar os dados de temperatura e umidade dos solos com dados climáticos da região para elucidar o comportamento da dinâmica termal da camada ativa em relação a alterações climáticas. Em geral os solos de Potter apresentam pouco desenvolvimento físico, químico e morfológico, com características muito semelhantes ao material de origem. A influência da atividade da avifauna contribui para formação de solos ornitogênicos. Apesar de responderem por pequenas manchas restritas à atividade da avifauna, representam maiores teores principalmente de P, C e N. Comunidades vegetais na Península Potter ocupam 23% da área livre de gelo, ocupando posições de paisagem diferente, mostrando diminuição da diversidade e biomassa a partir da zona costeira para áreas do interior da península, onde as condições sub deserto prevalecem. Há uma dependência clara entre relevo e solos com vegetação, solos com maior umidade ou ácido mal drenados, com pH neutro são favoráveis para subformações de musgos; de solos ornithogenicos ricos em matéria orgânica, próximos às colônias de pingüins têm uma maior biomassa e diversidade, com as associações de musgos e gramíneas; felseenmeers estável e superfícies rochosas planas crioplanadas são os locais preferidos para Usnea e Himantormia lugubris. Subformações Líquenes e musgos cobrem a maior área com vegetação em ambientes variados. Os resultados da série temporal de temperaturas do ar mostraram um recuo consistente ao longo dos últimos 22 anos da frente polar Glaciar Club, resultou em um aumento de 120,47 ha de área livre de gelo em Potter. Durante o período de 25 anos estudados, houve aumento na temperatura de 1,64 ºC nas temperaturas no outono, 1,58 ºC das temperaturas na Primavera, 0,7 ºC no inverno e 0,47 ºC no verão. As influências da temperatura atmosférica no recuo da geleira demonstrar atraso de cerca de um ano. Apesar das evidências de aumento da temperatura média do ar nas últimas décadas na região, a retração na frente da geleira Polar Club apenas com a série de temperaturas atmosféricas, não é suficiente para explicar a variação observada para a frente da geleira em Potter. O método do Valor Informativo indica uma capacidade preditiva do modelo da ordem de 89% para classes de Algas e de 87% para classe de musgos e gramíneas. As demais classes: Musgos, Liquens, e Liquens e Musgos tiveram também resultados satisfatórios com capacidade preditiva de 79, 78 e 71% respectivamente. Deste modo, poder-se afirmar que o modelo possui uma boa capacidade preditiva. Os quatro sítios estudados encontram-se em uma faixa de altitude que varia de 45 a 89 m, porém a dinâmica termal no período estudado mostrou ligeiras diferenças devido as características específicas de cada solo influenciaram neste comportamento. Apesar de encontrar-se em zona de permafrost contínuo, apenas dois sítios (S1 e S2) demostraram presença possivelmente já nos primeiros 100 cm de profundidade. Os resultados apresentados neste trabalho poderão subsidiar futuros investigações com modelagem da dinâmica termal da camada ativa e seu comportamento em longo prazo.