Solos e Nutrição de Plantas

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    Rochagem e suas interações no ambiente solo: contribuições para aplicação em agroecossistemas sob manejo agroecológico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-04-20) Carvalho, André Mundstock Xavier de; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; http://lattes.cnpq.br/6080061931447355; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Fernandes, Marcus Manoel; http://lattes.cnpq.br/9512482913169372; Theodoro, Suzi Maria de Córdova Huff; http://lattes.cnpq.br/1244580166027916
    A busca por uma alternativa social, ambiental e economicamente mais vantajosa às fontes convencionais de nutrientes torna especialmente importante o estudo do potencial de rochas silicatadas para emprego na agricultura. Além disso, a revalorização recente do uso de rochas silicatadas está ligada também à necessidade de aproveitamento de grandes quantidades de rejeitos de pedreiras e mineradoras e à expansão das correntes de agricultura de bases agroecológicas. A principal limitação desta prática, no entanto é a lenta solubilização dos minerais presentes e, portanto, a lenta liberação dos nutrientes às plantas. Alguns trabalhos têm sido realizados em ambientes controlados simplificados, negligenciando a ação de organismos do solo, de fungos micorrízicos ou mesmo da planta sobre a magnitude da disponibilização de nutrientes pelas rochas. Neste sentido, os objetivos deste trabalho foram avaliar o potencial de uso de pós de rocha silicatadas em agroecossistemas sob a perspectiva da agroecologia e avaliar o papel de componentes biológicos dos agroecossistemas e de alguns processos biogeoquímicos envolvidos na disponibilização de nutrientes de pós de rocha. Para tal foram planejados três experimentos. O primeiro, com metodologias participativas e em campo, utilizando pó de gnaisse associado ou não a diferentes adubações orgânicas em cultivos sucessivos de feijão. No segundo, em casa de vegetação, o papel da planta, da microbiota do solo e dos fungos micorrízicos arbusculares na disponibilização de nutrientes dos pós de gnaisse, charnockito e esteatito foi avaliado em cultivos sucessivos com milho. O terceiro experimento investigou o papel de processos biogeoquímicos envolvidos no intemperismo, como o CO2, os ácidos orgânicos e a microbiota do solo, sobre a disponibilização de elementos dos pós de basalto, gnaisse, charnockito e esteatito em um Latossolo incubado em condições de laboratório. Em campo, apesar da lenta liberação dos nutrientes do gnaisse de um modo geral, a rochagem promoveu o crescimento de plantas, aumentou a absorção de nutrientes e promoveu alterações químicas desejáveis no solo. De um modo geral, no entanto, as disponibilizações de elementos pelo gnaisse foram pouco afetadas pelas adubações orgânicas. Em casa de vegetação, os resultados evidenciaram que as rochas não restringiram a atividade biológica do solo nem a atuação dos fungos micorrízicos arbusculares. Embora a atividade biológica seja importante para o intemperismo de minerais, neste estudo a planta mostrou‐se igualmente capaz de atuar sobre a disponibilização de elementos das rochas quando comparada com a presença conjunta da planta com a microbiota do solo ou em associação micorrízica. Além disso, os dados evidenciaram a necessidade de experimentos com planta e não apenas com solo, para uma melhor avaliação do potencial de disponibilização de elementos por pós de rocha silicatadas. Em condições de laboratório, mesmo com um curto período de incubação, os pós de gnaisse, charnokito, esteatito e basalto apresentaram potencial de utilização enquanto fontes de nutrientes e promotores de melhorias em características químicas do solo. As disponibilizações de nutrientes promovidas foram também afetadas pelos processos biogeoquímicos. Destacaram‐se as atuações do CO2 sobre a liberação de Ca e Mg do esteatito, do CO2 e dos ácidos orgânicos sobre a liberação de P do basalto, da microbiota sobre a liberação de Fe e Zn do gnaisse e do CO2 sobre a liberação de Mn e Ni. Estas alterações indicam a importância dos componentes biológicos do solo sobre a viabilidade da rochagem e podem contribuir na seleção de tecnologias para aumentar a velocidade de liberação de nutrientes de rochas silicatadas moídas.