Solos e Nutrição de Plantas

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    Caracterização das formas de metais pesados, sua biodisponibilidade e suas dinâmicas de adsorção e de mobilidade em solos do Equador
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-02-21) Carrillo Zenteno, Manuel Danilo; Cantarutti, Reinaldo Bertola
    Partindo da hipótese de que a atividade antrópica contribui para a contaminação dos solos do Equador por metais pesados, a presente pesquisa teve como objetivo caracterizar 27 solos do litoral e do oriente do Equador, sob diferentes condições de uso, quanto às formas predominantes de Ni, Cu, Cd e Pb e quanto à adsorção, mobilidade e biodisponibilidade destes metais. Para atingir os objetivos propostos, realizaram-se ensaios para determinar as formas de Ni, Cu, Cd e Pb por meio da extração seqüencial, assim como mobilidade e adsorção destes metais e biodisponibilidade, usando o alface como planta indicadora. Em todos os ensaios, as dosagens foram feitas em espectrofotômetro de emissão atômica por plasma induzido. No experimento de extração seqüencial caracterizou-se os metais associados às frações facilmente extraível (Mso), reduzível (Mrz), oxidável (Mox), residual (Mrd) e formas totais. As proporções do Cu e Pb, seqüencialmente, foram Mrd > Mox >> Mrz > Mso, sendo as duas últimas as formas mais lábeis. Para o Cd, a seqüência foi Mrd > Mso > Mrz > Mox e para o Ni Mrd >>> Mox = Mrz > Mso. Destacaram-se os solos da província de El Oro, com elevadas proporções de Ni nas frações mais lábeis. No estudo de mobilidade usaram-se quatro dos viisolos: dois solos argilosos sob cultura de banana da província de El Oro, com alto (BAEO1) e baixo teor de MOS (BAEO3); dois solos arenosos sendo um com baixa MOS, sob cultura de café na província de Francisco de Orellana (CFFO3) e outro com alta MOS, sob cultura de banana na província do Guayas (BAGU1). Avaliou-se a mobilidade dos metais em colunas de solos de 10 cm de altura, condicionadas em colunas de vidro (? ~ 1,7 cm). As colunas foram lixiviadas com solução contendo 350, 706, 60 e 878 mg L -1 de Ni, Cu, Cd e Pb, respectivamente. Obtiveram-se teores detectáveis de Ni, Cu e Cd somente nos lixiviados dos solos mais arenosos (CFFO3 e BAGU1), fato atribuído, em parte, à maior condutividade hidráulica. A menor proporção de Cu no lixiviado do solo com maior teor de MOS evidenciou a interação deste com a fração orgânica do solo. Para o Ni a interação foi mais intensa com a fração mineral diante a maior lixiviação no solo com maior teor de MOS. A proporção de Cd lixiviado foi independente do teor de MOS. Não foram obtidos teores de Pb nos lixiviados, devido à baixa concentração na solução de percolação e alto potencial de adsorção dos solos. Para determinar a adsorção dos metais pelos solos, amostras de 2,50 g dos solos foram colocadas em tubos de centrífuga juntamente com 20 mL de solução contendo 100, 215, 16 e 250 mg L -1 de Ni, Cu, Cd e Pb, respectivamente. As quantidades adsorvidas foram obtidas pela diferencia entre os teores inicias e aqueles na solução de equilíbrio. Observou- se que, em geral, a adsorção dos elementos seguiu a seqüência Pb > Cu > Cd = Ni. Três dos solos que mostraram menor capacidade de adsorção dos metais apresentam algum risco de contaminação para as plantas, águas subterrâneas e o homem. No que se refere à biodisponibilidade, encontrou-se que a alface, não apresentou de maneira geral, problemas de toxidez por Ni, Cu e Cd, cujos teores foram menores que os valores permitidos em alimentos. Somente dois dos solos (um, sob cultura de cacau na província do Guayas e outro, sob cacau na província de El Oro) proporcionam, respectivamente, na alface teores de Cu e Cd superiores aos permitidos em alimentos. Quanto ao Pb, os teores foram menores do que o limite mínimo de detecção do aparelho. Os conteúdos de Ni, Cu e Cd na alface correlacionaram significativamente com os teores destes elementos nas frações Mso, Mrz e Mox, sendo que para o Cd as melhores correlações foram com as frações Mso e Mrz.