Solos e Nutrição de Plantas

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    Relações Geoambientais nos Geoglifos do sudeste do estado do Acre
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-09) Carmo, Lúcio Flávio Zancanela do; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/9890454065173274; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4
    Escavação de diferentes formatos geométricos no sudeste do Acre,denominados de Geoglifos, tem chamado à atenção da comunidade internacional na busca da sua origem e, principalmente, a causa da construção dos mesmos. A cultura pré-colombiana, até recentemente, foi considerada como primitiva , tribos nômades. Supunha-se que viviam em grupos, sem uma organização social complexa. Recentemente, há evidências de que a Amazônia foi ocupada por uma diversidade de povos, em uma ampla e dinâmica trajetória de desenvolvimento. Em particular, nas terras acreanas tem-se confirmado esse entendimento, ou seja, a existência desta diversidade cultural, com a descoberta dos Geoglifos. Diante dessas incógnitas pela comunidade científica, procurou-se estudar estes sítios arqueológicos, na tentativa de compreender quais foram às causas da construção dos mesmos. Neste contexto, os objetivos do presente trabalho foram: avaliar se houve alguma relação preferencial da localização dos mesmos a paisagem (geoambientes); caracterizar os solos no interior e nos seus arredores, nos aspectos morfológicos, físicos, químicos relacionados à sua gênese; identificar e caracterizar os artefatos arqueológicos com intuito de subsidiar a interpretação dos paleoambientes e sua dinâmica evolutiva. Para tanto, utilizou-se de técnicas de geoprocessamento, onde se avaliou a localização e a forma, relacionando-as com a geologia, geomorfologia, hidrografia e solos. Com estas informações foi elaborado modelos preditivos, os quais formaram as bases para a estratificação, em relação aos geoambientes. Após, foram selecionados alguns Geoglifos, onde se realizou varreduras através do Ground- Penetrating Radar, na tentativa de localizar os artefatos subsuperficiais. Em sítios selecionados (seis) foram descritos perfis e realizado análises laboratoriais (físicas, químicas e mineralógicas) e, nas cerâmicas arqueológicas, identificou-se os fitólitos e efetuado a mineralogia (Raios-X). Concluiu-se que os Geoglifos apresentam estreita relação com sua posição na paisagem e na sua forma. Os existentes na Formação Solimões foram preferencialmente construídos em pedoformas convexas e solos profundos e argilosos (Latossolo Vermelho). Na Formação Detrítico-laterítica, os mesmos encontram-se nos topos aplainados, tabular, com predomínio de Argissolo Vermelho, nas menores altitudes e Latossolo Vermelho, no topo da paisagem. Os de figuras geométricas quadradas ocorrem, preferencialmente, em áreas mais dissecadas, com predomínio de Argissolo. Os circulares, nas áreas mais estáveis e evoluídas da paisagem (latossólicas). Os quadrados foram construídos posteriormente aos circulares. Isso demonstra uma nova leva cultural de cacicados de períodos diferentes ou, até mesmo, de cacicados diferentes. Só foi identificado um único morfotipo de fitólito (bastonete) nas cerâmicas arqueológicas, corroborando de que os Geoglifos foram construídos sobre paleoambientes de vegetação campestre e aberta com predomínio de gramíneas. Os minerais identificados nos fragmentos de cerâmica são os mesmos encontrados nos solos do Geoglifos e de seus arredores. Fisicamente, os perfis amostrados não apresentaram ruptura e, ou, descontinuidade pedológica nem anomalias físicas que indicassem atividade arqueantropológica. Em sua maioria, os solos dos Geoglifos mostraram-se eutróficos. Essa melhoria e suposto enriquecimento desses solos pelos povos deve ser considerado, pois em áreas similares, na mesma paisagem no estado do Acre, foram identificados somente Latossolos e Argissolos distróficos. Porém, pelo nível de enriquecimento, esse fato indica ocupação(ões) eventual(ais) dos Geoglifos, ao contrário dos sítios arqueológicos, onde ocorreu uma sedentarização capaz de atuar como agente pedogenético formando os Antropossolos. Através da pesquisa não foi possível identificar quais foram às causas da construção dos Geoglifos e nem a razão das suas diferentes formas.