Solos e Nutrição de Plantas

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    Cinética de liberação de nitrogênio e de volatilização de amônia à base de ureia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-11-29) Campos, Odirley Rodrigues; Mattiello, Edson Marcio; http://lattes.cnpq.br/4974478773555876
    A ureia é o fertilizante nitrogenado sólido de maior concentração de nitrogênio (N) e de menor custo deste nutriente. Apesar do baixo custo, perdas de amônia (NH 3 ) por volatilização contribuem para diminuição da eficiência da ureia. Para reduzir as perdas podem ser utilizadas substâncias hidrofóbicas, na forma de revestimento dos grânulos ou na própria matriz do fertilizante. O enxofre elementar (S°) tem carácter hidrofóbico e, além disso, fornece sulfato (SO 42- ) às plantas e acidez na forma de H + após sua oxidação no solo. A acidez gerada pode ser vantajosa, pois a hidrólise da ureia consome H + e o NH 4+ formado não é estável em meio alcalino e pode ser perdido na forma de NH 3(g) . Além do S°, substâncias orgânicas e inorgânicas também podem ser utilizadas junto aos fertilizantes. O tetraetóxido de silício (Si(OCH 2 CH 3 ) 4 ) é um composto que permite a obtenção de compósitos de Si, chamados de vidros, através da técnica sol-gel. Com o uso desta técnica a formação da matriz do vidro ocorre pela substituição dos grupos etóxi por monômeros de (C 2 H 5 O) 3 Si-O - , processo que pode ser realizado em temperatura menor do que aquela da fusão da ureia (<134 °C), permitindo insirir o fertilizante na matriz do vidro. Conduziram-se três experimentos, sendo que o primeiro teve como objetivo verificar se a aplicação de S° juntamente com a ureia diminui as perdas de NH 3 e ou mantem maior concentração de NH 4+ no solo; o segundo teve como objetivo verificar se a solubilidade de ureia é diminuida com sua associção ao vidro e; o terceiro teve como objetivo verificar se a volatilização de NH 3 da ureia é diminuida pela associação do fertilizante com o vidro. No primeiro experimento verificou-se que a aplicação de S° junto a ureia não diminui a volatilização acumulada de NH 3 , pois há um assincronismo entre o consumo de H + pela hidrólise da ureia e a geração de H + pela oxidação do S°. A aplicação de microrganismos oxidantes do S°, como o Acidithiobacillus thiooxidans, acelera sua oxidação, porém, é insuficiente para neutralizar a alcalinidade promovida pela rápida hidrólise da ureia. No segundo e terceiro experimentos verificou-se que a associação da ureia ao vidro não alterou a velocidade de dissolução do fertilizante ou reduziu as perdas por volatilização de NH 3.
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    Liberação de nitrogênio da ureia com diferentes revestimentos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-07) Campos, Odirley Rodrigues; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; http://lattes.cnpq.br/4974478773555876; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8
    A ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado na agricultura, e sua rápida hidrólise no solo pode levar a perdas expressivas de N por volatilização de amônia (N-NH3(g)) ou por lixiviação de nitrato (N-NO3 -). Com o objetivo de reduzir perdas de N, têm surgido no mercado produtos diferenciados, representados pelos fertilizantes revestidos de liberação controlada ou lenta, e fertilizantes estabilizados. Trabalhos desenvolvidos com os fertilizantes tradicionais que se utilizam do monitoramento das perdas de N-NH3(g) ou das perdas na forma de N-NO3 -, não oferecem informações diretas a respeito das taxas de liberação, ou mesmo informações sobre a dinâmica do N no solo. Métodos usuais de avaliação de fertilizantes revestidos baseados na dissolução em água diferem muito daquelas condições encontradas nos cultivos agrícolas, sobretudo pela influência da umidade, temperatura, pH, atividade microbiana e enzimática, matéria orgânica e CTC do solo. Processos de dissolução dos fertilizantes e reações químicas decorrentes podem imprimir mudanças nas características químicas da solução do solo, razão pela qual a avaliação da fase líquida deste pode oferecer informações da liberação de nutrientes dos fertilizantes. Para avaliar a liberação de N em amostras de solo fertilizadas com ureias revestidas foram realizados dois ensaios. No primeiro, adaptações para coleta de solução do solo (SS) pelo método de centrifugação foram feitas avaliando-se doses de N-ureia (1 e 2 g kg-1), além de um tratamento sem aplicação de N e força centrífuga relativa (FCR: 1500, 2000, 2500 e 3000 g). Os coletores de solução do solo foram constituídos de tubos de PVC de 70 mm de diâmetro e 100 mm de altura, com uma das extremidades fechada. Internamente, foi posicionado um anel de PVC, onde ficou apoiada uma placa crivada. Sobre a placa crivada, foi colocado durante a centrifugação, o incubador. Os incubadores foram constituídos de recipientes de plástico de 250 mL, com tampa crivada e cerca de 50 perfurações de 3,0 mm de diâmetro. Dentro dos incubadores foi acomodado o solo desde a fase de pré-incubação até a coleta da solução do solo. O volume da SS, o pH, a concentração de N-total e a condutividade elétrica (CE) não foram afetados pela FCR utilizada na ausência do fertilizante. A presença dos fertilizantes alterou o volume de SS coletado, bem como a CE e o teor de N-total. O pH variou com a FCR aplicada nos tratamentos com dose 1 g kg-1, porém foi independente de FCR na dose 2 g kg-1 (pH = 9,10). A dose 2 g kg-1 promoveu o maior incremento nas variáveis pH, N-total e CE da SS. Quando aplicados 2 g kg-1 de N-ureia as curvas de resposta para N-total e CE mostraram menor declividade e maior volume coletado próximo a 2500 g. No segundo ensaio, a liberação de N de fertilizantes revestidos e sua dinâmica na solução do solo e no solo foram avaliadas em amostras de um solo de textura franco-arenosa que recebeu 2 g kg-1 de N-ureia. Após a aplicação dos fertilizantes, o solo foi incubado em tempos que variaram de 1 até 1296 h. Para coleta da SS, utilizou-se o componente descrito anteriormente e FCR de 2500g. Tratamentos adicionais foram mantidos até 1530 h de incubação, neles foi coletada semanalmente a NH3 volatilizada, utilizada para estimar as perdas gasosas de N nos tempos de coleta da SS de 1 até 1296 h. Também nestes tratamentos coletou-se a SS e solo, onde avaliou-se a concentração das diferentes formas de N. Os procedimentos de análise incluíram a determinação de N-ureia, N-NH4 + e N-total na SS e no solo, bem como o pH da SS. O somatório (N-total da SS + Ntotal do solo + N-NH3(g)) foi assumido como N liberado. Os tratamentos foram arranjados em um fatorial (7+1) x 9), sendo sete fertilizantes (U, UP1, UNBPT, USP2, USP3, USP4 e USP5), um controle sem aplicação de N e nove tempos de incubação que variaram de 1 a 1296 h. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados com quatro repetições. Diante dos resultados, os fertilizantes foram classificados em três grupos de padrões de liberação distintos: G1 (U, UP1, UNBPT, com média de 94 % do N liberado até 64 h), G2 (USP2 e USP3, com média de 54 % do N liberado até 382 h) e G3 (USP4 e USP5, com média de 33 % do N liberado até 779 h). A dinâmica do N na SS e no solo foi diferente entre os grupos, observaram-se maiores transformações de N-ureia para N-NH4 +, maiores incrementos no pH e nas perdas de N-NH3(g) para fertilizantes do G1 seguidos daqueles do G2 e G3. As perdas máximas por volatilização N-NH3(g) foram em média de 23 % para o G1, 15 % para o G2 e 3 % para o G3. O fertilizante UP1 apresentou liberação de N e volatilização de NH3 similar a ureia perolada, mostrando a ineficiência do revestimento com o polímero. Os fertilizantes apresentaram padrões diferenciados de liberação de N, sendo possível avaliar essas diferenças por meio da análise química da solução do solo.