Solos e Nutrição de Plantas

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    Qualidade do solo em ecossistemas de mata nativa e pastagens na região leste do Acre, Amazônia Ocidental
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-29) Araújo, édson Alves de; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://lattes.cnpq.br/8065197935054536; Valentim, Judson Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787272A6; Curi, Nilton; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783346Y6
    O Acre apresenta-se em estágio inicial de conversão de suas florestas em pastagens. Cerca de 12% de sua área total (19.200 km2) encontra-se desmatada. Deste montante, aproximadamente 81% (13.352 km2) têm sido utilizados por diversos segmentos produtivos no Acre (colonos, assentados, extrativistas, ribeirinhos e pecuaristas), com ecossistemas de pastagens extensivas. Estima-se que cerca da metade (667.000 ha) encontra-se em algum estádio de degradação. Esse avanço gradativo no desmatamento tem preocupado o poder público e a comunidade científica em geral, no sentido de mensurar os impactos gerados, sobretudo no compartimento solo, e de propor alternativas de uso, manejo e recuperação desses ecossistemas. Contudo, na Amazônia, poucos estudos têm dado ênfase à avaliação da qualidade/ degradação do solo mediante o uso com pastagens. Neste contexto, este estudo teve como objetivos selecionar, caracterizar e avaliar indicadores físicos e químicos de qualidade do solo em ecossistemas de pastagem comparados a ecossistemas de mata nativa correlatos, em duas áreas da região leste do Acre, de forma a subsidiar o manejo sustentável do solo, particularmente no que diz respeito à sucessão floresta-pastagem. Assim, inicialmente, são discutidos, de forma genérica, aspectos conceituais relevantes acerca da qualidade do solo, procedimentos e indicadores utilizados na mensuração dessa qualidade em agroecossistemas. Em seguida, são abordados alguns conceitos de degradação de solo e pastagens e os impactos da conversão de floresta nativa em ecossistemas de pastagem na Amazônia. São ainda sugeridos atributos morfológicos, físicos, físico-químicos, químicos e biológicos de solo, passíveis de serem utilizados, de forma integrada, na identificação e mensuração das várias formas de degradação de pastagem que ocorrem nas condições edafoclimáticas do Acre, assim como algumas alternativas de recuperação dessas áreas. Logo após, são caracterizados alguns solos e ambientes do município de Rio Branco e Senador Guiomard. Os solos descritos em Rio Branco foram classificados como Argissolo Vermelho distrófico (PVd), Argissolo Vermelho- Amarelo Epieutrófico (PVAe), Argissolo Vermelho-Amarelo alítico plíntico (PVAal) e Plintossolo Argilúvico distrófico (FTd). Em Senador Guiomard, foi descrito e caracterizado um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico (LVAd). Os solos de Rio Branco localizam-se predominantemente em áreas de relevo mais movimentado (Depressão Rio Acre-Rio Javari), são mais diversificados, possuem solum que varia de raso a profundo, são imperfeitamente a mal drenados, de melhor fertilidade natural, e apresentam indícios de argilominerais expansivos, com o conteúdo de silte em superfície mais elevadas que o de argila. Em Senador Guiomard, os pedossistemas situam-se em áreas aplainadas (interflúvios tabulares) do planalto rebaixado da Amazônia ocidental, cujos solos são bem drenados, profundos, cauliníticos e com baixa fertilidade natural. Por último, avaliaram-se as conseqüências do desmatamento e a introdução de pastagens de Brachiaria brizantha, cv. Marandu, em relação aos atributos físicos e químicos do solo, ao estoque e à dinâmica de C, a substâncias húmicas e à intensidade de alteração na qualidade/degradação do solo. A primeira sucessão localiza-se no município de Rio Branco e consiste em uma área de Floresta Aberta, com bambu e palmeira, e duas pastagens de 3 e 10 anos, em área de Argissolo Vermelho-Amarelo alítico plíntico (PVAal). A segunda localiza-se no município de Senador Guiomard, em área de Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico (LVAd), sob Floresta Densa, com relevo plano e pastagem de 20 anos. Em cada local, foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0 a 5, 5 a 10, 10 a 20 e 20 a 40 cm a partir da superfície. Nas amostras, determinaram-se características físicas e químicas do solo. Estimou-se a qualidade do solo na profundidade de 0- 20 cm da superfície, por meio do Índice de Degradação do Solo (IDS) no ecossistema de pastagem, com a floresta nativa como referência. Os solos das duas cronosseqüências tiveram suas propriedades físicas e químicas alteradas de maneira distinta. Em muitas situações, ocorreu uma melhora em propriedades químicas, como o pH e bases trocáveis, em decorrência da incorporação de cinzas ao solo. Além disso, houve o favorecimento no incremento dos estoques de C do solo e acréscimo de C de origem C4, sendo mais expressivo no Latossolo, indicando que esse solo está armazenando mais C do que o Argissolo. Constatou-se incremento nos valores de b13C do solo com o tempo de utilização da pastagem, em ambas as sucessões, sendo mais evidente na pastagem de 20 anos. Os valores de b13C para as substâncias húmicas indicaram que a fração de ácido húmico (FAH) apresentou maior participação de C derivado de plantas C4. O uso do solo com pastagem alterou a proporção relativa das frações húmicas do C orgânico, com tendência de diminuição da estabilidade estrutural do carbono (relação HUM/AF+AH). O IDS do solo, considerando aspectos de funcionalidade do solo, foi mais deletério para as pastagens de 3 e 10 anos.