Solos e Nutrição de Plantas

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/175

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 2 de 2
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Atributos físicos do solo em resposta à adição de efluente tratado de indústria de celulose
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-24) Almeida, Ivan Carlos Carreiro; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; http://lattes.cnpq.br/9045591206203235; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Silva, Gualter Guenther Costa da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794184J8
    A disposição no solo de efluente de indústria de celulose pode ser opção atrativa para a destinação final destas águas residuárias, pois além de ser um processo adicional aos sistemas de tratamento existentes, apresenta potencial como fonte suplementar de água e nutrientes para as plantas. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação de efluentes de indústria de celulose sobre alguns atributos físicos do solo. Três experimentos foram conduzidos: um em campo (experimento I) e dois em laboratório (experimentos II e III). No experimento I foi estudado um experimento instalado em área experimental de uma empresa do setor florestal, conduzido sobre um Neossolo Flúvico, em que durante seis anos têm sido aplicado quatro tratamentos com a cultura do eucalipto: irrigado; não irrigado; com fertirrigação e com a aplicação de efluentes da fábrica de celulose. Uma área de mata próxima foi usada como referência. No solo de todos os tratamentos foram avaliados: resistência à penetração, condutividade hidráulica (k0) em campo e em laboratório, análise química de rotina, textura, diâmetro médio geométrico (DMG) e ponderado (DMP) dos agregados, argila dispersa em água (ADA), índice de dispersão de argila (ID), densidade do solo (Ds), porosidade total (PT), microporosidade (Mi) e macroporosidade (Ma), carbono orgânico total (COT), intervalo hídrico ótimo (IHO) e a relação de adsorção de sódio (RAS) no extrato da pasta saturada (EPS). Os resultados obtidos indicaram incremento da Ds com o cultivo do eucalipto, com conseqüente redução da PT e Ko (laboratório). O efluente aplicado promoveu a redução do DMG e DMP dos agregados e aumento do ID, o que pode ser associado aos incrementos nos teores de Na, com conseqüente aumento da RAS verificados no solo e no EPS deste tratamento. No experimento II (laboratório), um ensaio utilizando colunas de PVC preenchidas com solos foi montado, com três repetições, buscando-se avaliar o efeito da aplicação superficial de efluente tratado de indústria de celulose durante cinco semanas sobre as características fisicas do solo e sobre o percolado recolhido na base das colunas. Três solos predominantes na região da empresa florestal foram utilizados no preenchimento das colunas: Neossolo Flúvico (RY), Cambissolo Háplico (CX) e Latossolo Amarelo (LA). As colunas foram submetidas à aplicação de quatro tratamentos (efluente; efluente+água; água; água+água), formados pela adição semanal de volumes líquidos totais equivalentes a um volume de poros de cada classe de solo. Ao final do experimento as colunas foram desmontadas e seccionadas, sendo divididas em três partes (superior, média e inferior), cujos conteúdos de solo foram analisados separadamente para a avaliação da textura, características químicas de rotina e ADA. No EPS obtido com essas amostras foram determinados os teores de Ca, Mg, Na e K, pH, condutividade elétrica (CE) e calculado a RAS. Nos percolados coletados após cada aplicação foram determinados os teores de Ca, Mg, Na, K, P, Cd, Cr, Pb, Ni, Zn, Mn, Al, além do pH e CE. Os resultados obtidos indicaram que a adição do efluente aumentou o teor de Na no percolado, no EPS e no complexo sortivo do solo. O efluente aplicado também proporcionou incrementos do pH em todas as camadas de solo da coluna, e da CE no EPS. A adição de água após a aplicação do efluente mostrou-se capaz de reduzir os teores de Na no sistema e, conseqüentemente, os valores de PST, CE e RAS, embora não alcançando valores considerados ideais. A adição do efluente incrementou a dispersão de argilas na camada superior do LA e CX, coincidindo com solos de menor ID natural. O solo RY não apresentou dispersão significativa com a adição do efluente e nos seus percolados foram obtidos maiores teores de cátions, o que foi associado à sua granulometria mais grosseira. No experimento III, (laboratório), buscou-se avaliar o efeito de aplicações sucessivas do efluente tratado de indústria de celulose sobre a K0 de amostras dos mesmos três solos indicados anteriormente. Para isto amostras indeformadas dos solos, contidas em anéis volumétricos, foram submetidas à avaliação semanal, por cinco semanas, da K0 durante a aplicação de água ou de efluente. Finalizado o período de avaliação, as amostras foram submetidas à avaliação da ADA, Ma, Mi, PT, Ds e equivalente de umidade. Os dados obtidos mostraram haver efeito da aplicação do efluente sobre a condutividade hidráulica somente para o LA, para o qual a adição da água residuária reduziu os valores de K0. Nenhuma outra característica avaliada nos solos apresentou alteração significativa com os líquidos aplicados. Os resultados dos três experimentos conduzidos indicaram um potencial de uso do efluente como fonte alternativa de água para a cultura do eucalipto, entretanto, devido à sua alta concentração de Na+ e possibilidade de dispersão de argilas, seu uso deve ser efetuado de maneira planejada e sob um programa de monitoramento da qualidade do solo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Solos de Lions Rump, Antártica Marítima: Processos de Formação, Classificação, Mapeamento e monitoramento da camada ativa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-31) Almeida, Ivan Carlos Carreiro; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; http://lattes.cnpq.br/9045591206203235; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Oliveira, Fábio Soares de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4746873J6; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5
    Neste contexto, o presente estudo articula-se dentro de uma ampla rede de cooperação científica brasileira para a região Antártica, com foco especial na área conhecida como Lions Rump, localizada na Baía Rei George, na Antartica Marítima. O objetivo do trabalho foi caracterizar os processos de formação de solos da área, suas principais características físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas, o regime térmico-hídrico, as formações geomorfológicas presentes, finalizando com a classificação e mapeamento dos solos. Para isto a área foi percorrida e vinte e seis perfis de solos foram descritos, amostrados e analisados. Os resultados indicaram que os solos foram formados, principalmente, a partir do intemperismo de rochas basálticas-andesíticas, apresentando a apatita como mineral acessório e elevado background de P. Propriedades químicas do solo, mineralogia e tipo de vegetação foram fortemente influenciadas pela duração da ocupação por pinguins e pela drenagem do solo. As principais formações vegetacionais da área foram determinantes para o regime térmico-hídrico da camada ativa dos solos. Os resultados obtidos permitiram agrupar os solos de Lions Rump em três grupos, em função da influência ornitogênica. Os solos ornitogênicos de pH ácido predominam nas posições da paisagem mais antigas e estáveis, onde a ocupação das aves foi mais duradoura. Apresentam densa cobertura vegetal com plantas superiores, baixo pH e saturação de bases, elevados teores de P, Al+3, carbono orgânico total (COT) e N total. Os solos ornitogênicos de pH neutro, semelhante aos anteriores, apresentam altos teores de P e densa cobertura vegetal, entretanto possuem alta saturação de bases e valores de pH próximos do neutro. Esses estão presentes em áreas recentemente ocupadas pela influência ornitogênica, especialmente nas morainas quaternárias e terraços soerguidos. A principal diferença entre os dois grupos de solos ornitogênicos foi o tempo de exposição à influência das aves e a quantidade de deposição de guano. Nesses solos ornitogênicos, a fosfatização é o principal processo de formação do solo, em que os minerais fosfatados são formados a partir da interação do guano com os minerais primários dos solos. Por sua vez, os solos não ornitogênicos apresentam pH básico, elevada saturação de bases, baixo COT e praticamente desprovidos de vegetação. Os principais solos identificados na área foram Typic Dystrogelepts ornithic e Typic Gelorthents ornithic, que possivelmente representam uma das primeiras áreas livres de gelo colonizados por pinguins na Antártica Marítima. O solo Typic Dystrogelepts ornithic representam os solos mais profundos, mais estruturados e avermelhados identificados em Lions Rump. Nas posições acima de 80 m de altitude acima do nível do mar, especialmente nas áreas de topo e manchas paraglaciais, destacam-se os solos Typic Haploturbels e Lithic Haploturbels, que representam a maior cobertura de solo na área estudada. Esses fazem parte do grupo dos Gelisols (Cryosols), que são solos com materiais gelic dentro dos primeiros 100 cm da superfície e permafrost dentro dos 200 cm da superfície. Nos solos Typic Haploturbels e Lithic Haploturbels presentes na borda das geleiras, o permafrost encontra-se nos primeiros 100 cm do solo e os processos de crioturbação são mais expressivos. Entre 40 e 80 m de altitude, aparecem os solos Typic Haploturbels e Lithic Haploturbels, que não apresentam influência de nidificação de aves e nem permafrost nos primeiros 200 cm do perfil. No primeiro nível dos terraços e praias, ao longo da zona costeira, dominam os solos Vitrandic Cryopsamments e Oxyaquic Cryopsamments. Em áreas muito limitadas ainda aparecem os solos Cryorthents ornithic, associados aos afloramentos de rochas (plugs basálticos) próximos da praia; e Typic Gelifluvents ornithic, em pequenos leques aluviais glaciares. Os processos de formação de solos salinização e podzolização, bem como feições redoximórficas não foram observados. O monitoramento da camada ativa e permafrost foram realizados pela instalação de sensores de umidade e temperatura do solo, e do ar, em dois sitios próximos, na mesma altitude, mesma classe de solo, ambos Cambissolo Gélico com cobertura vegetal diferenciada. Uma área era coberta por campo de musgo (Andrea gainii) situada em um canal de drenagem e a outra área, um pouco mais elevada, coberta por comunidade de liquens dominada por Usnea antarctic and Ochrolechia frigida. Resultados mostraram que em ambos os sítios de monitoramento os sensores não alcançaram o permafrost até 80 cm, mas devido às temperaturas registradas no verão estarem próximas de zero, provavelmente o permafrost está próximo dos 100 cm abaixo da superfície. No campo de musgo a variação da temperatura foi menor, esta menor amplitude está relacionada com o poder tampão da temperatura proporcionado pelo maior conteúdo de água neste sítio.