Solos e Nutrição de Plantas
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Item Above and below ground plant inputs and soil organic matter cycling in an eucalypt plantation in the cerrado biome(Universidade Federal de Viçosa, 2017-09-27) Teixeira, Rafael da Silva; Silva, Ivo Ribeiro da; http://lattes.cnpq.br/3970484145234987Soil organic matter (SOM) plays key roles on high productive agrosystems, further may offer an alternative to reduce soil CO 2 -C emissions and improve soil C sequestration. In Brazil, most of the Cerrado (Brazilian Savannah) were initially converted to pastures using unsustainable practices, which promoted soil degradation, soil organic carbon (SOC) stocks losses and increase in GHG emissions. Thus, the conservation land-management systems that favor the input of aboveground and belowground plant residue-C to soil may reduce the impacts caused by land-use change. Because eucalypt trees are fast-growing, they are attractive for C sequestration (aboveground and belowground) and subsequent C input to the soil. So, eucalypt plantation may sequester C in compartments with different timescales: i) Plant biomass and ii) Soil organic matter (SOM). So, this thesis aimed to study the C and N dynamics, focusing in the processes that underline CO 2 -C emissions in on eucalypt plantation since the land-use change following a pasture, until 4-years-old. We report our research in three chapters, aimed at understanding some research gaps. In the first chapter we analyzed the changes in C and N stocks, CO 2 -C and CH 4 -C fluxes in Cerrado, pasture (cultivated for 34-years following the clearing of the Cerrado) and eucalypt (cultivated for 4 years following the pasture). The soil surface CO 2 -C, CH 4 -C fluxes and also CO 2 -C concentration along the vertical soil profile were measured in different seasons (Wet and Dry) over three years. It was also determined the C and N stocks associated to the particulate organic matter (POM) and mineral-associated organic matter (MAOM). Variation in natural abundance of 13 C (δ 13 C) was used to partition the SOM in old (Cerrado- or pasture-derived) and their replacement by the new input C (eucalypt-derived). It was observed that the wet season had the strongest influence on soil surface CO 2 -C and CH 4 -C fluxes, and CO 2 -C concentration at soil depths for the different land uses. The soil under eucalypt plantation emitted ~70% more CO 2 -C than those under Cerrado and pasture after 40-months of eucalypt planting, while the pasture soil emitted more CH 4 -C to the atmosphere than those under Cerrado and eucalypt in Sep 2012, Jan 2013 and Oct 2015. The old MAOM-C losses in deep soil layers were not compensated by the new eucalypt C inputs, resulting in net soil C losses. Nevertheless, no differences were detected to POM-C and -N in the soil (0.0-1.0 m), perhaps indicating a recovery in SOM in eucalypt stands at a more advanced stand age. In the second chapter, we investigated de dynamics of CO 2 -C components in soil surface and soil profile, also tracking the influence of eucalypt root growth (especially fine roots) on these processes. Due historical use was possible partition the soil surface CO 2 -C flux and the CO 2 -C concentration in depth in CO 2 -C plant-derived and CO 2 -C soil-derived. In addition, the root priming effect was calculated. The evaluations were carried out in six seasons: 3, 7, 15, 19, 31 and 40-month-old eucalypt. After the implantation of eucalypt forests there was an increase in soil surface CO 2 -C flux along plant growth (4.33 kg ha -1 h -1 in 40 month-old eucalypt). The root growth contributes greatly to the soil surface CO 2 -C flux (correlated at p<0.01; r: 0.61) promoting the surface RPE over time (correlated at p<0.01; r: 0.63). The moisture has greater influence in the decomposition of litterfall (correlated at p<0.01; r: 0.70) and root respiration and/or rhizodeposition decomposition (correlated at p<0.01; r: 0.79). Finally, in the third chapter we accessed the biomass C storage (Leaves, branches, barks, woods, fine roots, medium roots and coarse roots) and C storage in different SOM pools (POM and MAOM) over time. Eucalypt forest at 36-months-old allocated 72.01 Mg ha -1 of C, with 41.5% being directed to the roots (29.92 Mg ha -1 of C). After 49-months of planting there were mineralization in POM-, MAOM-Cerrado and Pasture, providing an estimated N mineralization of 0.535 Mg ha -1 in the 0.0-1.0-m layer. In contrast, the root-derived C imputed to soil was more efficient in soil organic matter formation (58% higher) than the litterfall- + root-derived C imputed to soil. After 49-months of eucalypt planting the forest was not a potential sequestration of C (ΔC Soil : -2.22 Mg ha -1 ) to 0.0-1.0 m soil layer. However, studies with longer time scales are required for completeness of information about potential of CO 2 -C sequestering by eucalypt forest.Item Absorção e assimilação da ureia por plantas de metabolismo fotossintético C3 e C4(Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-30) Martins, Lucíola Ellen Calió; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/1371139129836985Embora a ureia possa ser absorvida por certas espécies de plantas, sua eficiência de utilização se mostrou limitada e, frequentemente, tem-se reportado efeitos negativos no desenvolvimento das plantas nutridas com ureia em solução nutritiva. A assimilação da ureia difere entre as espécies porém, o suprimento de NO 3- tem sido benéfico a este processo em todas as espécies investigadas. Para verificar as hipóteses de que as plantas de soja (Glycine max L.), milho (Zea mays L.), trigo (Triticum aestivum L.), Brachiaria brizantha cv. Marandu e Panicum maximum cv. Tanzânia são capazes de absorver e assimilar a ureia e que esta assimilação é diferente entre plantas de metabolismo C3 e C4 e aumentada pelo suprimento de NO 3- , as espécies foram cultivadas em solução nutritiva contendo NH 4 NO 3 (NA), CO(NH 2 ) 2 (U), NA+U e em solução com ausência de N e aspectos fisiológicos e metabólicos foram investigados. A nutrição com ureia resultou em menor produção de matéria seca, alto conteúdo de aminoácidos, aminoaçúcares, açúcares e amido e redução da síntese de proteínas e clorofila, taxa de assimilação de CO 2 e condutância estomática das plantas. O suprimento de NA+U proporcionou o maior acúmulo de matéria seca das plantas, absorção e assimilação da ureia e atividade fotossintética. As espécies foram eficientes em absorvem a ureia e sua assimilação ocorreu nas raízes das plantas de milho, Marandu e Tanzânia e na parte vaérea das plantas de soja e trigo. As espécies C4 apresentaram maior eficiência de assimilação da ureia e a absorção e assimilação da ureia e a capacidade fotossintética das plantas foram beneficiadas pelo suprimento de NO 3- .Item Ácidos orgânicos e sua relação com adsorção, fluxo difusivo e disponibilidade de fósforo em solos para plantas(Universidade Federal de Viçosa, 2005-04-20) Andrade, Felipe Vaz; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/2975343157348373Os ácidos orgânicos (AO) podem exercer importante papel na disponibilidade de P nos solos tropicais, que são caracterizados pelo acentuado grau de intemperismo, de natureza predominantemente oxídica, o que lhes confere grande capacidade de adsorção aniônica, promovendo baixa concentração de P na solução do solo. Esses ácidos atuam sobre a adsorção, diminuindo-a, podendo tornar este elemento mais disponível para as plantas. Entretanto, o conhecimento sobre a dinâmica desses ácidos orgânicos presentes no solo, a sua capacidade em aumentar o fluxo difusivo de P e, conseqüentemente, torná-lo mais disponível para as plantas é essencial para o entendimento do efeito dos AO na disponibilidade de P nesses solos. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da adição de AO na sua mineralização e na sua adsorção ao solo, no fluxo difusivo e na disponibilidade de P em amostras de dois Latossolos com texturas distintas; assim como quantificar os diferentes compartimentos das frações de P e sua distribuição ao longo do perfil do solo, sob condições diferenciadas de aporte orgânico. Para tal, foram montados cinco experimentos, além da coleta de amostras de solos em experimento de campo sob condições diferenciadas de aporte orgânico. Para o estudo da mineralização, adicionaram-se doses crescentes de ácido acético (AA), cítrico (AC) e húmicos (AH) (0; 1; 2; 4 e 8 mmol dm -3 para AA e AC; e 0,0; 1,5; 3,0; 6,0 e 12 g kg -1 para AH) em amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo textura média (LVA) e um Latossolo Vermelho textura argilosa (LV). Para o estudo de adsorção adotou-se o mesmo procedimento em relação ao de mineralização, utilizando somente o AA e AC. A quantificação do C mineralizável foi realizada por meio da evolução de CO 2 e a adsorção avaliada por meio de extração dos ácidos orgânicos aplicados, com água ultrapura (Milli-Q) e solução de NaOH (25 mmol L -1 ), sendo os teores de ácidos orgânicos dosados por cromatografia de íons. Para avaliar o efeito da aplicação de ácidos orgânicos na disponibilidade de P para as plantas de milho realizou-se experimento, em casa de vegetação, adicionando-se às amostras de solo (LVA e LV), doses crescentes de ácidos orgânicos (AA, AC e AH), em diferentes épocas (aplicação do ácido orgânico antes – EPA - e junto do fósforo - EPJ) e doses (0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 e 8,0 mmol dm -3 para AA e AC; e 0,0; 0,75; 1,5; 3,0; 6,0 e 12,0 g kg -1 para AH), e dose constante de P para cada solo. Para o estudo do efeito da aplicação de AO no fluxo difusivo de P, foram montados dois experimentos com câmaras de difusão. No primeiro, adicionaram-se doses crescentes de ácidos orgânicos (0; 1; 2; 4 e 8 mmol dm -3 para AA e AC; e 0,0; 1,5; 3,0; 6,0 e 12 g kg -1 para AH) e dose constante de P (350 mg dm -3 ), em amostras do LVA e LV. No segundo, adicionaram às amostras de solo (LVA e LV), dose constante de AC (4 mmol dm -3 ) e AH (6,0 g kg - ), duas fontes de P (inorgânico e orgânico), com diferentes períodos de incubação (2, 4, 6 10 e 15 dias). Em experimento de campo foram avaliados os diferentes compartimentos das frações de P e sua distribuição ao longo do perfil do solo, sob condições diferenciadas de manejo, foram coletadas amostras de um Neossolo Quartzarênico órtico onde se desenvolve sistema orgânico de produção de acerola. A coleta das amostras do solo foi realizada em áreas com prévia incorporação da adubação verde (leguminosas/gramíneas), na linha (ACAV L ) ou na entrelinha (ACAV EL ) de plantio; em áreas que não receberam adubação verde, na linha (ASAV L ) e na entrelinha (ASAV EL ) de plantio, além de área sob vegetação nativa (M), em cinco profundidades (0-5; 5-10; 10-20; 20-40 e 40-60 cm). Realizou-se o fracionamento de P proposto por Hedley et al. (1982), modificado. Os resultados indicaram que a aplicação de ácidos orgânicos aos solos promoveu aumento na evolução de CO 2 (AC>AA>AH), sendo que a capacidade de adsorção pelo solo pode constituir um importante mecanismo na redução da mineralização desses ácidos. O AC possui maior afinidade pelos sítios de adsorção dos solos em relação ao AA. Os ácidos orgânicos aplicados acarretaram aumento na disponibilidade de P para as plantas de milho, na seguinte ordem de eficiência: AH > AC > AA. A aplicação dos ácidos orgânicos antes da aplicação de fosfato ocasionou maior aumento da produção de matéria seca da parte aérea e raiz, e acúmulo de P, tanto na parte aérea e na raiz das plantas de milho. Os resultados do efeito da adição dos ácidos orgânicos no fluxo difusivo de P no solo indicaram que o aumento das doses dos ácidos orgânicos acarretou aumento no fluxo difusivo de P. A aplicação de ácidos orgânicos antes da aplicação de P acarretou maior fluxo difusivo de P comparativamente a aplicação de ácidos orgânicos junto à aplicação de P, em ambos os solos. O período de incubação influenciou o fluxo difusivo de P, ocorrendo aumento inicial no fluxo difusivo de P, seguido de seu decréscimo. A amplitude desse efeito variou conforme o solo utilizado. A aplicação de AC aumentou o fluxo difusivo de P aplicado na forma inorgânica. Os AH foram mais eficientes em aumentar o fluxo difusivo de P quando este foi aplicado na forma orgânica. Para os resultados de campo, a incorporação prévia da adubação verde exerceu influência sobre as frações de P estudadas entre as áreas de manejo orgânico, promovendo incremento no compartimento lábil de P, assim como aumento dos teores de P em profundidade. O compartimento orgânico total representou cerca de 55,79% para área M; 58,91% para ASAV L e 58,85% para ASAV EL ; 64,16% para ACAV L e 61,12% para ACAV EL .Item Adsorção de arsênio (V) em matrizes minerais: síntese, capacidade máxima individual e planejamento de misturas ternárias para otimização do processo(Universidade Federal de Viçosa, 2016-04-18) Dias, Adriana Cristina; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/4428428988156685O arsênio é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o segundo contaminante mais importante em matéria de saúde pública global, atrás, somente, da contaminação microbiológica da água (WHO, 2001). Segundo a OMS, a concentração de arsênio em água potável não deve exceder 10 μg L -1 , já que a principal via de contaminação por arsênio é a ingestão de água contaminada. Embora os minerais e os compostos de arsênio sejam solúveis, sua mobilidade pode ser condicionada pela adsorção do elemento por óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, dentre outros. O objetivo deste trabalho foi estudar a adsorção de arsênio utilizando matrizes minerais sintéticas. Os óxidos de ferro (ferridrita 2-linhas, hematita e goethita) foram sintetizados de acordo com a metodologia de SCHWERTMANN & CORNELL (2008). Para a síntese do hidróxido de alumínio mal cristalizado foi utilizada metodologia desenvolvida por FONTES & DIAS (2016). Hidrotalcita foi sintetizada seguindo-se recomendações de REICHLE (1986). A hidrotalcita sintetizada foi calcinada conforme descrito em TOLEDO, et al. (2011). A capacidade máxima de adsorção de arsênio (V) pelas matrizes minerais foi determinada a partir de ensaios de adsorção e ajuste dos dados à isoterma de Langmuir. Conhecidas as capacidades máximas de adsorção de arsênio em cada matriz mineral, três destas(hidróxido de alumínio mal cristalizado, hidrotalcita calcinada e ferridrita 2-linhas), foram utilizadas em experimentos de adsorção, segundo planejamento experimental simplex-centroide. Além da determinação da capacidade máxima de adsorção de arsênio (V) pelas matrizes minerais, os níveis de arsênio (V) remanescentes na solução de equilíbrio foram avaliados, a fim de se determinar qual(s) matriz (s) individual (s) e/ou misturas entre os minerais são mais eficientes na remoção do contaminante das soluções aquosas, em função da concentração inicial de arsênio (V).Item Adsorção e dessorção de arsênio em solos e substratos de mineração de ouro e práticas de mitigação de drenagem ácida em colunas de lixiviação(Universidade Federal de Viçosa, 2002-12-20) Ribeiro Júnior, Emerson Silva; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723716E1; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Pompéia, Sergio Luiz; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6Esse trabalho foi desenvolvido em duas partes. A primeira parte teve como objetivos: adaptar metodologias que pudessem auxiliar na compreensão da dinâmica de As em solos e substratos; avaliar a adsorção e dessorção de As em diferentes solos e substratos da região de Paracatu MG; e obter, para esses mesmos solos e substratos, um valor máximo de As disponível letal para a planta de sorgo. A segunda parte teve como objetivo avaliar o efeito do uso de diferentes camadas selantes e da formação de barreira geoquímica como práticas mitigadoras de drenagem ácida em amostras de um substrato sulfetado de mineração de ouro provenientes de Paracatu MG. Para os diferentes estudos, amostras de três solos foram coletadas, secas ao ar e peneiradas (2mm): um Latossolo Vermelho Amarelo de João Pinheiro (JP); um Latossolo Vermelho (LAT) e um Cambissolo (LIT) de Paracatu. Foram coletadas também amostras de dois substratos (minérios) sulfetados (B1- bastante intemperizado e B2 pouco intemperizado) dos quais se extraem o ouro. Após caracterização física e química, avaliou-se a capacidade de adsorção de P e As (CMAP e CMAAs) dos diferentes materiais. Avaliou-se também a disponibilidade de As dos solos e substratos após a aplicação de doses crescentes de As nos materiais, usando Mehlich III e resina de troca aniônica. A adaptação de metodologias foi satisfatória para o estudo de As em solos e substrato. O extrator Mehlich III mostrou-se adequado na determinação do As disponível, sendo inclusive sensível a capacidade tampão dos solos. A resina também se revelou uma alternativa promissora. A CMAAs variou entre solos e também entre substratos, variando de 1,5778 até 0,7453 mg/cm3. Foi baixa para o substrato B1 (0,1453 mg/cm3) e não foi possível determiná-la no B2. A CMAAs foi sempre maior que a CMAP; no entanto, o valor de a que representa a energia de ligação, mostrou-se sempre menor para o As que a energia de ligação do P nos solos estudados. Este fato refletiu em maior dessorção de As quando da utilização do Mehlich III como extrator, o que evidencia a maior labilidade de As em relação ao P. Utilizando-se Mehlich III como extrator foi possível determinar os teores máximos de As que aplicados aos solos conduziram as plantas de sorgo à morte após 30 dias. Os teores variaram de 0,52 mg/cm3 para o LAT a 0,24 e 0,12 mg/cm3 para o LIT e JP respectivamente. Foi possível determinar o teor capaz de reduzir em 50 % do crescimento das plantas (TC(50)) que mostrou-se uma boa referência de toxicidade de As disponível. Os valores variaram de 1,34 mg/dm3 para o LAT a 5,05 e 12,31 mg/dm3 para o LIT e JP respectivamente. Na segunda parte foi montado um experimento em colunas de lixiviação (tratamentos) contendo uma camada de cobertura, uma camada intermediária denominada camada selante e uma última camada contendo o minério B2 rico em sulfetos. Os tratamentos constituíram-se de diferentes camadas selantes formadas pela compactação do substrato B1, adensamento do solo LAT pela aplicação de NaOH ou CaCO3 e adensamento do solo JP pela aplicação de ácido oxálico. Foi montado um tratamento adicional, com a adição de KCl no topo do substrato B2 visando a formação de uma barreira geoquímica pela síntese de jarosita. Lixiviações mensais foram realizadas, determinando-se no lixiviado as quantidades de Fe, S e As, bem como os valores de pH e condutividade elétrica. Avaliou-se ainda os teores de K no tratamento que recebeu KCl e no tratamento testemunha. O uso do substrato B1 compactado como camada selante mostrou-se viável, pois apresentou redução significativa nos teores de Fe, S e As no lixiviado com aumento de pH e redução na condutividade elétrica. No entanto, o uso do mesmo substrato como camada de cobertura apresenta restrições, devido aos altos teores de As disponíveis que este material apresenta. O uso de barreira geoquímica foi eficiente, para diminuir a mobilização de As, Fe e S. Observou-se problemas de ascensão de K ao longo da coluna. Como a camada selante utilizada neste tratamento pareceu inadequada para limitar a oxidação dos minerais sulfetados, a associação da técnica de aplicação de K com alguma outra camada selante mais eficiente, seria indicado. Por avaliação indireta sugere-se a síntese de jarosita. Embora o raio X não tenha detectado, vários resultados sugerem, indiretamente, a síntese de jarosita neste tratamento. O uso de ácido oxálico foi eficiente, para induzir o adensamento e formação da camada selante, aumentando em cerca de 20 % a densidade do solo. Este tratamento parece apresentar como vantagem adicional a capacidade de complexação e retirada do As da solução do solo. Embora a utilização de hidróxido de sódio e carbonato de cálcio tenha aumentado o adensamento da camada usada como selante, este adensamento não foi suficiente para minimizar o processo de geração de drenagem ácida. Os resultados mostraram que uma camada selante ineficiente deve ser preterida à sua ausência. Camadas selantes ineficientes apenas mantêm a umidade no sistema, favorecendo o processo de oxidação dos minerais sulfetados.Item Adsorção e disponibilidade de arsênio em solos com diferentes composições mineralógicas(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-03) Assis, Igor Rodrigues de; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Euclydes, Rosane Maria de Aguiar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786094T9; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864A presença de metais pesados e metalóides tóxicos nas diferentes esferas (ar, água, solo, etc.) tem causado constante preocupação no âmbito da saúde pública e ambiental. O arsênio (As) é um metalóide com grande potencial de toxicidade e seu teor médio global em solos não contaminados é de 5 a 6 mg kg-1. No entanto, características físicas, químicas e mineralógicas do solo governam sua mobilidade e transferência para a cadeia trófica. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a adsorção de As e avaliar diferentes extratores químicos quanto à capacidade de predizer a disponibilidade de As em solos com diferentes composições mineralógicas. Foram selecionados cinco solos, sendo três Latossolos, um Argissolo e um Cambissolo. Estes solos, com textura variando de argilosa a muito argilosa, receberam aplicação de cinco doses de As que variaram de 0 a 1.060 mg dm-3. As doses aplicadas foram equivalentes a 0; 0,05; 0,1; 0,2 e 0,4 vezes a capacidade máxima de adsorção de As (CMAAs). Os solos foram cultivados com Sorgo (Sorghum bicolor) e Crotalária (Crotalaria spectabilis). Estas espécies foram selecionadas buscando-se contrastar espécie sensível com espécie tolerante ao As, sendo o sorgo tolerante e a crotalária sensível. A disponibilidade de As no solo foi avaliada por meio de cinco extratores químicos: Mehlich 1, Mehlich 3, Ca(H2PO4)2 (7,43 mmol L-1 de Ca(H2PO4)2 em ácido acético), DTPA e resina trocadora de ânions (AR 103-QDP). Amostras da fração argila de cada solo foram submetidas à análise de difração de Raios-X e análise termogravimétrica (ATG), possibilitando, juntamente com os dados da caracterização química, estimar a composição mineralógica dos solos. A capacidade máxima de adsorção de arsênio (CMAAs) foi estimada com auxílio das isotermas de Langmuir. Antes do cultivo foi realizada correção do pH e aplicado As na forma de As2O3, devidamente preparado para se obter As exclusivamente de valência +5. Após um período de três meses de cultivo foi coletado todo o material vegetal existente em cada vaso (raiz, caule e folha) para determinação de biomassa produzida e dos teores de As (ICP-OES). Os solos apresentaram grande variação na proporção de argila, refletindo na CMAAs, que variou de 1,21 a 2,65 g kg-1, com valores superiores para os Latossolos. Houve também grande variação nas quantidades de hematita (Hm), goethita (Gt), gibbsita (Gb) e caulinita (Ct). A CMAAs correlacionou-se significativamente com as quantidades de Gb e Ct, sendo positiva para o primeiro mineral e negativa para o segundo. Os minerais Hm e Gt, isoladamente, não apresentaram correlação significativa, mas a soma destes minerais apresentou a melhor correlação com a CMAAs. No entanto, o atributo do solo que melhor prediz a CMAAs foi o Fe extraído por ditionito-citrato-bicarbonato. Na avaliação dos extratores químicos para estimativa do As biodisponível, foi verificada correlação significativa entre o teor disponível pelos diferentes extratores e o conteúdo de As apenas para as plantas de sorgo. Para esta espécie, todos os extratores químicos apresentaram correlação significativa, sendo o maior coeficiente de correlação obtido com Ca(H2PO4)2 e o menor com a resina. No entanto, o teor disponível de As pelos extratores DTPA e resina foram próximos a zero mesmo nas maiores doses de As aplicado, onde foram observados conteúdos expressivos de As na planta. Portanto, estes extratores não apresentaram capacidade preditiva da biodisponibilidade de As nos solos estudados. Ajustando as equações de regressão do teor disponível em função das doses aplicadas foi possível observar maior sensibilidade às diferenças químicas, físicas e mineralógicas dos solos pelo extrator Ca(H2PO4)2, possuindo portanto maior sensibilidade à capacidade tampão de arsenato dos solos. Assim, a capacidade preditiva da disponibilidade de As nos solos estudados segue a seguinte ordem decrescente: Ca(H2PO4)2 > Mehlich 3 > Mehlich 1. O teor total de As no solo que condicionou a redução de 50 % da produção de biomasssa (T50) foi em média igual a 420 mg dm-3 para a crotalária e 634 mg dm-3 para o sorgo. Estes valores equivalem ao teor disponível pelo extrator Ca(H2PO4)2 de 29,05 e 51,27 mg dm-3 para a crotalária e o sorgo, respectivamente. Portanto, o teor disponível de As que leva a redução de 50 % da biomassa produzida representa aproximadamente 7,5 % do As total do solo. Isto mostra que a utilização de teores totais, adotado pela legislação brasileira, é bastante conservadora, prezando pelo princípio da precaução.Item Água e radiação em sistemas agroflorestais com café no Território da Serra do Brigadeiro – MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-22) Carvalho, Anôr Fiorini de; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/3776363148666390; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723069A2; Lima, Paulo César de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783693J7; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9Os sistemas agroecológicos de produção de café sombreados com árvores (SAF) e a pleno sol (SPS), implementados por agricultores familiares na Zona da Mata de Minas Gerais, não foram completamente estudados quanto à economia de água e temperatura. Esse estudo avaliou esses fatores nesses sistemas. Foram selecionados SAFs e SPSs contíguos no município de Araponga-MG. Foram monitorados com base horária durante 16 meses: a precipitação, a velocidade do vento, a radiação, a umidade do ar, a temperatura do ar e do solo a 0,1 m de profundidade, a umidade do solo a 0,1, 0,3 e 1,0 m de profundidade com reflectometros, além das perdas de solo e água superficiais, associados com a cobertura vegetal. As perdas de solo e água em ambos os sistemas foram muito pequenas, devido à elevada cobertura vegetal. A temperatura do solo a 0,1 m foi atenuada nos SAFs em relação aos SPSs. Os SAFs reduziram a amplitude de variação da temperatura média do ar em relação aos SPSs e atenuaram as temperaturas máximas. A umidade do solo nos SAFs foi menor do que nos SPSs, nas três profundidades durante todo o período. Nos SAFs houve complementaridade de absorção de água entre o café e as árvores ao longo do ano. Os SAFs e os SPSs podem ser utilizados para manejar o destino da água das chuvas, com ênfase para a atmosfera no primeiro sistema e para abastecer o lençol freático no segundo.Item Água nos solos de pastagens e de florestas em unidades de produção familiares(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-19) Lopes, Vanessa Schiavon; Cardoso, Irene Maria; http://lattes.cnpq.br/6161628383925417O desmatamento das florestas tropicais para expansão das áreas agrícolas e pastagens, tem modificado drasticamente extensas áreas ao redor do mundo, o que altera o funcionamento dos processos biogeoquímicos e hidrológicos em bacias hidrográficas. A implementação de práticas de manejo e de conservação do solo em pastagens, como a construção de terraços, arborização e revegetação do terço superior dos morros, podem aumentar os serviços ecossistêmicos, como por exemplo, a provisão de água. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Viçosa-MG (SAAE-Viçosa), em parceria com a Agência Nacional das Águas (ANA) e a Caixa Econômica Federal, implantou várias práticas de manejo de conservação do solo para a recuperação da bacia do rio Turvo Sujo, importante manancial de água que abastece municípios da microregião de Viçosa, na Zona da Mata mineira. Dentre as práticas, encontra-se a revegetação do terço superior dos morros, o que leva ao aumento da floresta secundária e que pode contribuir para mitigar os efeitos do desmatamento. Entretanto, os benefícios desta floresta para a recuperação das propriedades hidráulicas do solo, em especial onde o solo foi degradado por pastagens, ainda são pouco compreendidos e precisam ser melhor analisados. As práticas implementadas pelo SAAE nas bacia do Turvo Sujo foram avaliadas, a partir da opinião dos agricultores beneficiários diretos do projeto. A tese foi organizada em três capítulos, além da introdução geral e considerações finais. Os objetivos da tese foram: a) avaliar os impactos dos terraços em pastagens na umidade do solo; b) avaliar os efeitos da floresta secundária estabelecida em área de pastagem degradada sobre as propriedades hidráulicas dos solos e relaciona-las às faces de exposição solar e; c) identificar a percepção dos agricultores sobre as práticas de manejo do solo e água efetuadas em suas propriedades. O Capítulo 1 utilizou o método “Ground Penetrating Radar” (GPR) para estimar a umidade do solo nas áreas de pastagens terraceadas e não terraceadas e comparou com o método tradicional gravimétrico. Este estudo mostrou que o armazenamento de água em profundidade foi maior e mais uniforme em pastagem terraceada do que em pastagem não terraceada e que o método GPR pode ser utilizado para estimar o conteúdo de água no solo em bases volumétricas no campo de forma não invasiva. Os resultados do Capítulo 2 mostraram que a qualidade dos solos em ambas as áreas de floresta foi melhor do que nas áreas de pastagem e que diferentes faces alteram a qualidade do solo. A menor radiação (face leste) proporcionou maiores valores de macroporosidade, estoque de carbono e infiltração de água no solo que a face oeste (maior radiação). O Capítulo 3 utilizou entrevista semiestruturada para identificar a percepção dos agricultores sobre as práticas de manejo de solo e água implementadas em suas propriedades pelo SAAE e parceiros. A maioria dos agricultores mostrou consciência da importância das práticas de manejo do solo para reduzir a erosão e aumentar o volume de água nas nascentes. Eles avaliaram positivamente as práticas implantadas pelo SAAE, mas criticaram a falta de acompanhamento das mesmas após implatanção. Alguns agricultores indicaram a necessidade de arborização das pastagens e cobertura do terço superior dos morros como técnicas para melhorar a dinâmica da água no solo. A opinião dos agricultores é importante para a efetividade das ações públicas e devem ser consideradas pelos órgãos públicos na busca de soluções mais integradas para que a agricultura se torne sustentável e resiliente.Item Alterações na qualidade física de um latossolo vermelho do cerrado brasileiro em resposta aos efeitos de longo prazo no manejo do solo(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-26) Ngolo, Aristides Osvaldo; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/8805257112137480As práticas convencionais de manejo apresentam impacto direto sobre a estrutura do solo, em especial por conta do uso de máquinas e implementos nas atividades de preparo, que imprimem carga sobre a superfície do solo. Essas forças causam aumento potencial da densidade do solo, com consequente incremento da resistência oferecida ao crescimento radicular e redução do volume de poros que, por sua vez, afeta a infiltração de água, transporte de solutos e trocas gasosas. Por outro lado, o não revolvimento do solo como preconizado em sistemas como o plantio direto, tem sido propagado como uma prática conservacionista que melhora a qualidade física do solo. As mudanças no uso da terra, juntamente com a queima de combustíveis fósseis, têm sido apontadas como as principais causas das atuais mudanças climáticas globais, e seu estudo tem merecido destaque. Desse modo, tem-se cobrado que as atividades relacionadas à produção agrícola ajudem cada vez mais no sequestro do carbono, um desafio em especial em países de vocação agrícola como o Brasil. Uma dificuldade de muitos estudos de manejo de solo é a ausência de experimentos de longa duração, o que pode comprometer a acurácia e generalização das conclusões. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar os indicadores de qualidade física de um Latossolo Vermelho do Cerrado cultivado com milho por mais de duas décadas sob sistema de plantio direto e de outros sistemas de preparo. O foco principal do trabalho foi a análise de indicadores de qualidade do solo para evidenciar alterações na estrutura do solo e dinâmica do carbono em resposta aos tipos de manejo adotados. A área experimental está localizada dentro da Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Milho e Sorgo, no município de Sete Lagoas (MG). Os tratamentos avaliados foram os seguintes manejos do solo: arado de disco (AD), plantio direto (PD) e grade com subsolador (GS). Uma área adjacente de cerrado nativo (CN) foi utilizada como referência. Na organização do presente estudo foram planejados três experimentos, que são apresentados na forma de capítulos. No primeiro capítulo, avaliou-se a qualidade física do solo (0-20 cm de profundidade) em resposta aos manejos avaliados, sendo efetuadas análises físicas, de carbono orgânico total, resistência à penetração em campo, e determinação de duas frações da proteína do solo relacionada com a glomalina, esta última uma substância produzida por fungos micorrízicos arbusculares e com potencial de contribuir com a adesão das menores partículas do solo. Os resultados demonstram redução do tamanho médio dos agregados nos sistemas de manejo (AD, PD e GS), aumento da densidade do solo, diminuição da porosidade total e da macroporosidade e redução dos teores de carbono orgânico total. Apesar das práticas de manejo e de seus efeitos, não foram afetados a floculação das argilas e os teores de glomalina. A resistência mecânica do solo à penetração indicou maior compactação superficial nos manejos AD e PD, enquanto em GS verificou-se redução dos valores dessa variável e da densidade do solo com o manejo, bem como redução mínima no tamanho dos agregados. No segundo capítulo foram avaliadas a dinâmica do carbono em resposta aos diferentes usos e manejos e o longo prazo de sua adoção. Neste sentido foram determinados os teores de carbono orgânico total (COT) e carbono lábil (CL), bem como o cálculo do índice de manejo de carbono (IMC) e o estoque de carbono corrigido (Est. C). Os resultados indicaram maior acúmulo de carbono e de IMC no manejo com arado de discos em todas as camadas avaliadas. O cálculo do IMC confirmou seu potencial como indicador de boas práticas de manejo do solo. As perdas no estoque de carbono depois da remoção do cerrado nativo e de mais de duas décadas de cultivo foram de 16,7 t ha -1 (AD); 24,00 t ha -1 (PD) e 32,2 t ha -1 (GS). No terceiro capítulo buscou-se avaliar as modificações microestruturais do Latossolo do cerrado estudado depois das mais de duas décadas de cultivo sob diferentes usos e manejos. Para isto, foram conduzidos estudos de micromorfologia e de tomografia computadorizada. Os resultados indicaram que a qualidade física do solo foi impactada pela implantação dos sistemas de manejo, fato evidenciado pelas transformações ocorridas na microestrutura do solo. Do mesmo modo, a tomografia computadorizada indicou alterações na microestrutura, principalmente pelo aumento de microporos e diminuição da conectividade dos poros. Como conclusões finais tem-se que a qualidade física do Latossolo foi impactada com a adoção dos diferentes sistemas de manejos, não sendo o sistema de plantio direto capaz de reduzir ou mitigar tais efeitos. Esse desempenho não esperado do plantio direto foi associado às dificuldades de manutenção de palhada na superfície do solo, o que foi associado à alta decomposição do material orgânico e às restrições hídricas na entressafra que dificultam o desenvolvimento de culturas de inverno.Item Alterações nutricionais, fisiológicas e moleculares em clones de eucalipto submetidos à omissão e ao ressuprimento de N ou P(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-31) Fernandes, Loane Vaz; Ribeiro, Cleberson; http://lattes.cnpq.br/5023387764069051; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/6191785915680594; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343E0; Martinez, Hermínia Emília Prieto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788276P4; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6A maior EN é atribuída à maior aquisição (EA) e/ou maior utilização (EU) dos nutrientes, processos intermediados por proteínas transportadoras, que respondem de forma diferencial ao suprimento de nutrientes. Além das proteínas, diversas rotas são alteradas em função do suprimento nutricional e em diferentes velocidades. Assim, alterações na coloração, teor nutricional e crescimento são mais lentas do que alterações fisiológicas, que, por sua vez, são mais lentas que as moleculares. Essas diferentes velocidades de alteração, aliadas ao controle genético dessas rotas, unem a nutrição de plantas ao melhoramento genético e podem subsidiar a escolha de materiais genéticos mais eficientes nutricionalmente, bem como indicar biomarcadores nutricionais. Este trabalho visou avaliar as alterações de crescimento, teores nutricionais, variáveis fisiológicas (trocas gasosas, fluorescência da clorofila a e teores de pigmentos), atividade de enzimas chave e expressão de genes candidatos relacionados à maior eficiência de utilização de N ou de P por eucalipto. Mudas de quatro clones (386, I-144, I-042 e VM 01) de eucalipto cresceram em solução nutritiva por 60 dias, quando foram aplicados os tratamentos, constituídos pela omissão de N ou P, por 21 dias, seguido pelo ressuprimento dos mesmos por 14 d e tratamento controle (solução nutritiva sempre completa). Semanalmente foram feitas avaliações de crescimento, fisiológicas e nas semanas 1, 3, 4 e 5 foram coletadas amostras de folhas diagnóstico (folhas jovens totalmente expandidas) para análise do teor total de N e P, atividade das enzimas nitrato redutase (NR EC 1.0.0.1) e glutamina sintetase (GS EC 6.3.1.2), para os tratamentos de N, e fosfatase ácida (APase EC 3.1.3.2) e ribonuclease (RNase EC 3.1.4.22), para os tratamentos referentes a P. Nas semanas 1, 3, 4 e 5 também foram retiradas amostras para determinação do teor dos pigmentos fotossintéticos e realizada leitura de clorofila por clorofilômetro. Na semana 3, período de maior omissão de N ou P, foram coletadas amostras para determinação da expressão dos genes, por PCR- RT (reação de transcriptase reversa em cadeia de polimerase em tempo real) GS2;1, Gln1;3, NR1 e TIP2;1 para N e RNS1 e PHO1;H1 para P. Ao final do ressuprimento foi calculada a massa da matéria seca das plantas, o conteúdo dos nutrientes e as eficiências nutricionais. A omissão/ressuprimento de N causou a menor produção de matéria seca, aumento da EU e queda da EA. Para P houve aumento da EU e queda da EA, embora apenas o clone 386 tenha apresentado menor crescimento, indicando maior adaptação das plantas à falta de P. A omissão levou à queda nos teores de N e aumento na atividade de todas as enzimas e expressão de todos os genes, especialmente o GS2;1 e GLn1;3. A queda na taxa de fotossíntese líquida (A), na omissão de N, pode ser explicada por menores teores de pigmentos e danos na etapa fotoquímica da fotossíntese, pela oxidação do fotossistema II (FS II), além da possível queda no teor da rubisco. Houve queda no teor de P na primeira semana de omissão, e na semana 3, ainda sob a omissão, o teor se igualou ao do tratamento controle, em virtude da alta ciclagem interna, comprovada pelo aumento da atividade das fosfohidrolases e expressão dos genes (PHO1;H1 e RNS1). A queda em A pode ser explicada por danos ao FSII em virtude de menor teor de P inorgânico para a formação de ATP e NADPH, diminuindo a taxa de transporte de elétrons (ETR) e, com isso, a A. A enzima com maior atividade relativa para N foi a GS no clone I-144 (73,6 vezes), reflexo do aumento da expressão do GS2;1. Para P, o maior aumento (16,2 vezes) foi observado para enzima RNase, também para o clone I-144 e comprovado pelo aumento da expressão do RNS1, mostrando controle transcricional deste gene. O ressuprimento tendeu a reestabelecer o status nutricional, variáveis do aparato fotossintético e enzimas relacionadas a N (NR e GS) das plantas, evidenciando grande resiliência do eucalipto. Este padrão se repetiu para P, com exceção das enzimas APase e RNase, cujas atividades ainda eram relativamente altas na semana 5. A resistência/resiliência de clones de eucalipto em resposta à omissão/ressuprimento de N ou P envolve alterações em diversas variáveis, e as que apresentam maior potencial como biomarcadores em eucalipto são: o coeficiente de dissipação fotoquímica (ŶII), taxa de transporte de elétrons, a atividade da enzima GS e expressão dos genes GS2;1 e Gln1;3 quanto ao status de N; taxa fotossintética, enzima RNase e o gene RNS1 quanto ao status de P.Item Ambientes na bacia hidrográfica do Rio Preto, com ênfase à porção do Médio Alto Rio Preto(Universidade Federal de Viçosa, 2004-03-09) Olszevski, Nelci; Costa, Liovando Marciano da; http://lattes.cnpq.br/3755706417016361Dentro do contexto de manejo integrado de bacias hidrográficas esse trabalho tem por objetivo a realização de estudos do meio físico na Bacia Hidrográfica do Rio Preto, buscando o estabelecimento das relações dos solos com os demais componentes dos meios natural e antrópico, de modo a dar suporte de uso e manejo adequados às condições locais. É dada ênfase à região hidrográfica do Médio Alto Rio Preto por se tratar de uma área mais intensivamente utilizada na exploração agropecuária e, conseqüentemente com maiores problemas de degradação dos recursos naturais: solo, água e vegetação. Para tal, foi realizada a caracterização de solos, geologia e vegetação a partir da base de dados do projeto RADAMBRASIL e, do relevo e hidrografia a partir de cartas topográficas (IBGE), utilizando-se os programas ArcInfo e ArcView do ESRI. Foram criadas classes para cada tema e calculadas as áreas de acordo com a legenda dos mapas. De posse dos mapas temáticos foi realizado o trabalho de campo que consistiu na observação e descrição da área em função do manejo e do estado de conservação da paisagem e, na descrição de perfis e coleta de amostras de solos para análises físicas e químicas. A BHRP possui uma área de 3.434,57 Km2 e foi dividida em 6 regiões hidrográaficas permitindo a observação de uma grande variedade de ambientes, incluindo desde áreas de preservação ambiental como o Parque Nacional do Itatiaia com altitudes entre 800 a 2787 m, até áreas extensamente antropizadas e ocupadas por pastagens degradadas em altitudes de até 300 m. Em relação ao relevo, em 73% da área este apresenta-se como forte ondulado e montanhoso e, em 27% como ondulado, suave ondulado e plano. Os solos predominantes são Latossolo Vermelho Amarelo, Cambissolo e Neossolo Litólico, com manchas menores de Cambissolo Húmico na área do Parque e de Argissolos próximo ao Rio das Flores. A geologia é representada pelos Complexos Paraíba do Sul e Juiz de Fora em 87% da área e, em menores proporções estão o Grupo Andrelâdia, o Gnaisse Piedade, a Suíte Intrusiva Três Córregos e as Rochas Intrusivas Alcalinas. O cruzamento das características de relevo, geologia e solos permitiu a separação de 4 unidades geoambientais: (i) Maciço Montanhoso do Itatiaia/Alto Rio Preto: caracterizado por um relevo bastante acidentado aliado à um ambiente pedológico frágil composto por Cambissolos e Latossolos Vermelho Amarelos com inclusões de Cambissolos Húmicos, Neossolos Litólicos, podendo ser caracterizada como de alto risco ambiental em relação a processos erosivos; (ii) Planalto Soerguido do Alto Rio Preto: o relevo varia de montanhoso a forte ondulado e ondulado com ocorrência de Argissolos no terço inferior e médio das colinas e de Cambissolos nas cristas de serras, associadas a um intenso desmatamento para uso com pastagens e ocorrência freqüente de processos erosivos severos; (iii) Maciço Montanhoso em Rochas Metassedimentares Proterozóicas: relevo forte ondulado a montanhoso e predominância de Cambissolos, Latossolos Vermelho Amarelos e Afloramentos de Rochas com riscos ambientais considerados altos e intensa ocorrência de processos erosivos com a retirada da vegetação; (iv) Planalto Deprimido do Médio Baixo Rio Preto: relevo mais suavizado em relação as outras UGs e ocorrência predominante de Latossolos Vermelho Amarelos e Cambissolos álicos com inclusões de Argissolos e Neossolos Litólicos, sendo uma área com alto grau de desmatamento e degradação, decorrentes do povoamento agropecuário tradicional, caracterizando-a como de alto risco ambiental em função da intensa exploração dos recursos naturais. Em relação aos 6 perfis estudados, todos foram classificados como Latossolos Vermelho Amarelos, com textura variando desde muito argilosa e franco-argilo-arenosa, apresentando reação ácida e distrofia e com índices Ki e Kr superiores a 0,75, denotando a natureza caulinítica destes solos.Item Ambientes naturais da bacia hidrográfica do rio Cachoeira, com ênfase aos domínios pedológicos(Universidade Federal de Viçosa, 2000-11-24) Nacif, Paulo Gabriel Soledade; Costa, Liovando Marciano da; http://lattes.cnpq.br/8537690856693034Objetivou-se, com o presente trabalho, caracterizar os solos da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira (BHRC) e desenvolver estudos básicos sobre os seus recursos naturais, visando a apresentação de uma proposta de estruturação hierárquica das paisagens naturais neste sistema hidrológico. Para a caracterização dos solos, foram realizadas análises físicas, químicas e mineralógicas. Na delimitação da estrutura hierárquica das paisagens da BHRC, foram realizados estudos de geologia, geomorfologia, vegetação, clima e pedologia, que permitiram a proposição de uma estratificação ambiental para a área. Os estudos demonstraram que as variações geológicas, geomorfológicas e climáticas imprimem grande diversidade pedológica ao sistema. Os principais solos da BHRC são os Chernossolos, Vertissolos, Planossolos, Argissolos, Latossolos, Neossolos e Gleissolos. Estes solos apresentam grandes variações em seus atributos morfológicos, físicos-químico e mineralógicos, que refletem as suas condições de equilíbrios físico-químicos com os diferentes ambientes da área em estudo. A delimitação de ambientes homogêneos na BHRC foi estabelecida por meio da hierarquização da abrangência dos fenômenos naturais. Nessa proposta as informações de escalas menores emolduram, seqüencialmente, informações cada vez mais detalhadas sobre os ambientes estudados, de acordo com os critérios preestabelecidos. Desse modo, a BHRC foi dividida, no 1o nível hierárquico, em zonas ambientais – nas quais as classes são formadas por diferentes tipos de vegetações; para constituição do 2o nível hierárquico, as zonas foram divididas, em províncias – formadas pelos diferentes compartimentos dos relevos presentes em cada zona; e, para constituição do 3o nível hierárquico, as províncias foram divididas em unidades ambientais – formadas pelos diferentes domínios pedológicos presentes em cada província.Item Ambientes terrestres da ilha da Trindade, Atlântico Sul: Caracterização do solo e do meio físico como subsídio para criação de uma Unidade de Conservação(Universidade Federal de Viçosa, 2006-09-11) Clemente, Eliane de Paula; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Melo, Vander de Freitas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784446E6; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/2755552557206161; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Viana, João Herbert Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784619U7As ilhas oceânicas brasileiras possuem grande importância ambiental, tanto do ponto de vista da biodiversidade quanto do interesse científico, em virtude do isolamento geográfico. Dentre estas, a ilha da Trindade destaca-se por ser a mais isolada e úmida do conjunto das ilhas oceânicas brasileiras. Foram estudados os principais solos que ocorreram na ilha da Trindade, com ênfase em suas características químicas, físicas, mineralógicas e micromorfológicas peculiares, nos diferentes estratos ambientais. Realizou-se o mapeamento da ilha, gerando-se mapas temáticos de geologia, solos e geoambientes. A partir desses mapas, foi elaborada uma proposta preliminar de zoneamento para fins de gestão ambiental, que prevê zonas de recuperação nas áreas degradadas e proteção específica nas zonas primitivas, onde ainda existe vegetação contendo espécies endêmicas e de grande importância ecológica e ambiental. Essa proposta de zoneamento virá subsidiar o plano de manejo da Unidade de Conservação ora sugerida. Buscou-se, ainda, um melhor entendimento das relações pedo-geomorfológicas e vegetacionais, que permitiu um esboço preliminar da classificação dos solos ao longo da expressiva variação topográfica reinante na ilha. Foram coletados 10 perfis de solos, que representaram os principais pedoambientes resultantes das variações litológicas, topográficas e da cobertura vegetal, muitas das quais co-variantes. Foram realizadas análises físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas, assim como o fracionamento de fósforo e da matéria orgânica, além da extração seqüencial de metais de todos os horizontes dos perfis coletados. A diversidade de solos na ilha da Trindade é profundamente relacionada com as variações do material de origem e da posição geomorfológica/altimétrica. De maneira geral, os solos de Trindade apresentam peculiaridades morfogenéticas que sugerem seu caráter endêmico . Possuem alta fertilidade natural, grau de intemperismo pouco acentuado e valores muito elevados de fósforo disponível e de cálcio. Na vertente da face sul da ilha, mais fria e úmida, vales estreitos em encostas íngremes abrigam vegetação exuberante de samambaias gigantes, com acúmulo de matéria orgânica, mesmo em declives acentuados, formando Organossolos ou Cambissolos Hísticos nas partes mais protegidas. Em altitudes superiores a 400 metros, os solos são mais ácidos e lixiviados, com predomínio de Cambissolos e de Nitossolos, mas ainda com teores de fósforo muito elevados. Na face norte e mais seca da ilha, em cotas mais baixas, predominam condições semi-áridas ou tropicais secas, onde os solos são mais rasos, ricos em nutrientes e pobres em matéria orgânica, muito mais erodidos, com predomínio de Neossolos Litólicos e de Neossolos Regolíticos. Os dados da extração seqüencial permitiram distinguir dois ambientes pedogenéticos; um de solos jovens e menos intemperizados, aproximadamente até 450 m de altitude e outro de solos formados a partir de materiais de origem mais intemperizados, de 450 a 600 m de altitude. Os metais Cu, K, Mn, Ni e Zn foram superiores na fração ligada à M.O. e na fração ligada aos óxidos de Fe amorfos. Os teores disponíveis foram muito baixos, em relação aos teores totais em todos os metais, por se encontrarem nas estruturas cristalinas dos minerais e nos complexos de M.O. e de Fe, tanto amorfos quanto cristalinos. A análise mineralógica da fração areia permitiu identificar a riqueza em minerais primários existente na ilha. Esses minerais sofreram pouca intemperização, explicando os altos teores de metais ainda encontrados nos solos, mesmo na fração argila. A micromorfologia auxiliou a identificação de feições singulares nos solos da ilha, permitindo a descrição da estrutura e composição dos solos ora estudados. Essa análise identificou minerais primários em processos de alteração, além de características intrínsecas de cada perfil. Existem particularidades nos solos de Trindade que os tornam difíceis de enquadramento no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, exigindo a necessidade da criação de novas classes em diversos níveis categóricos, para o enquadramento de solos das ilhas oceânicas brasileiras.Item Ambientes, relação solo-homem, pedogênese e adsorção de fósforo em solos da província da Zambézia, Moçambique(Universidade Federal de Viçosa, 2004-04-19) Ibraimo, Momade Mamudo; Schaefer, Carlos Ernesto Reynaud; http://lattes.cnpq.br/9547419541005280Os trabalhos foram realizados nos laboratórios do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa, utilizando os materiais coletados e os recursos cartográficos disponíveis na província. No que tange ao aspecto humano e relação solo-homem, há uma degradação generalizada dos recursos de solos, em função da pressão populacional peri-urbana de uso da terra, que resultou de anos de guerra civil e deslocamento populacional campo-cidade e fixação nas periferias. Analisando os temas abordados (solos, relevo e geomorfologia, geologia, cobertura vegetal), observa-se que estes ocorrem de uma forma ordenada, associados dentro da província. Quanto à aptidão agrícola dos solos, cerca de 9,0 % da área apresenta restrições severas, e o restante constitui-se em terras aptas para lavoura e pastagens diversas, onde a fertilidade é o fator mais limitante, contornável com aplicação de recursos. Sugere-se a adoção em Moçambique, de um sistema de classificação natural mais elaborado, capaz de facilitar as interpretações técnicas futuras. Além do mapeamento dos ambientes, foram avaliadas as características físicas, químicas e mineralógicas de sete (7) perfis de solos da província da Zambézia, em transectos que refletiram os principais ambientes, desde as planícies costeiras até os planaltos mais elevados. A mineralogia da fração argila apresentou os seguintes constituintes dominantes: esmectitas, caulinitas e ilitas nos Vertissolos e Neossolos; caulinita e ilita nos Argissolos, Nitossolos e Latossolos. A constituição mineralógica denota solos pouco evoluídos, onde o caráter câmbico prevalece. Os solos mais evoluídos, os "Latossolo", são tipicamente cauliníticos com presença considerável de ilitas. Na argila natural, raramente se observam picos de goethita, hematita e gibbsita. Entretanto, a monazita, aparece com reflexos bem distintos na maioria dos solos. O teor de titânio nos solos, sob influência de rocha máfica, alcança até 17 % em forma de óxido (TiO 2 ). Os estudos de P revelaram que a CMAP variou de 0,46 a 1,38 mg g -1 de solo, não sendo portanto, possível inferir a sua aplicação na diferenciação de classes de solo da Zambézia. O P-rem serviu na distinção das classes e na identificação de solos problemáticos, em relação a disponibilidade de fósforo. O índice de dessorção foi alto e variou de 730 a 9.090 nmoles P g -1 upF. Os solos são, geralmente, pobres em fósforo disponível. Pelo fracionamento do fósforo não foi possível determinar o Pi em P-NH 4 Cl. O P-NH 4 F, indicando formas de P ligadas a Al (P-Al), variou de 2 a 389 mg kg -1 de P no solo e o P-NaOH (P-Fe) variou de 7 a 402 mg kg -1 de P, sendo a forma predominante no solo; e o P-H 2 SO 4 (P-Ca) de 1 a 181 mg kg -1 no solo. As frações de Pi (P-Ca, P-Fe ou P-Al) e Prem foram consistentes com o grau de intemperismo dos solos estudados, sendo que os solos mais jovens e desenvolvidos de rochas máficas mostraram maiores valores de P-Ca. O P-rem foi mais baixo nos Latossolos e no Vertissolo, sendo este último solo do Delta do Zambeze, com comportamento atípico para solos da classe.Item Análise da paisagem e áreas prioritárias para restauração florestal em uma microbacia da Zona da Mata Mineira(Universidade Federal de Viçosa, 2015-05-29) Pinheiro, Joana Angélica Cavalcanti; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/6488631671665647A floresta natural, além da manutenção da biodiversidade, é capaz de retardar o escoamento superficial da água da chuva, atenuando os picos de vazão nos cursos d’água e amenizando as baixas vazões no período de estiagem. A bacia do ribeirão São Bartolomeu, em Viçosa-MG, é de primordial importância para o abastecimento de água do município, além de manter fragmentos florestais importantes para a conservação da biodiversidade. Dessa forma, procurou-se realizar análises da bacia hidrográfica em diferentes perspectivas, sendo composta por três artigos, onde se considera a análise da estrutura da paisagem, do Código Florestal e a definição de áreas prioritárias para restauração florestal. O primeiro artigo objetivou caracterizar a estrutura dos fragmentos florestais remanescentes na paisagem e avaliar a sua representatividade quanto aos aspectos da compartimentação geomorfológica, das faces de orientação e das classes de solos. A floresta natural, comparando-se aos demais usos do solo, possui elevado tamanho médio e número de fragmentos, resultando assim em grande ocupação na bacia estudada. A ocupação florestal na paisagem é não aleatória, sendo dependentes de características fisiográficas e pedológicas da paisagem. O segundo artigo teve como objetivo analisar as áreas legalmente protegidas e os conflitos de uso existentes na bacia de captação. As delimitações das áreas protegidas e as análises de sobreposição de uso foram realizadas por meio do uso de técnicas de geoprocessamento. Os resultados demonstraram que a pastagem é o principal conflito de uso existente nas APPs e AURs. A área protegida por AURs foi superior à soma de todas as categorias de APP, revelando que esta categoria possui grande potencial para conservação dos fragmentos florestais. Já o total de área destinada à RL reduziu em 5,2% a sua ocorrência na bacia ao se considerar as áreas consolidadas. As propriedades com dimensão inferior a um módulo fiscal apresentaram as maiores proporções de conflitos de uso do solo nas APPs e AURs, apesar de possuírem a maior quantidade absoluta de áreas com cobertura florestal. No terceiro artigo, objetivou-se identificar as áreas prioritárias para restauração florestal na bacia de captação do ribeirão São Bartolomeu, visando primordialmente à conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade. Foram analisados cenários com diferentes graus de risco, através da Média Ponderada Ordenada (MPO), considerando os critérios avaliados como os mais importantes para a definição dessas áreas prioritárias. Foram utilizadas duas metodologias pra determinar as áreas prioritárias nos mapas finais, denominadas como análise com intervalos iguais (tradicional) e análise gráfica do histograma acumulado. Comparando os cenários melhores avaliados de cada método, nota-se uma consideração mais eficiente das classes prioritárias dos fatores no método do histograma acumulado. A definição do mapa de prioridade a ser executada na restauração deve ser realizada a partir da consideração da disponibilidade financeira e da viabilidade operacional do projeto. Espera-se que este estudo possa ser levado em consideração por estudos acadêmicos subsequentes e pelos órgãos públicos que visem à ordenação do uso e ocupação na bacia do ribeirão São Bartolomeu.Item Aprendizado de máquinas aplicado ao mapeamento digital de solos na Antártica: modelagem e predição espacial de classes e atributos do solo(Universidade Federal de Viçosa, 2023-05-10) Siqueira, Rafael Gomes; Filho, Elpídio Inácio Fernandes; http://lattes.cnpq.br/9254221584773247O mapeamento convencional de solos baseado em modelos mentais é uma abordagem comum para compreensão da distribuição dos solos na Antártica. No entanto, o Mapeamento Digital de Solos baseado em modelos empíricos e quantitativos tem sido escassamente aplicado no continente. As vantagens do mapeamento digital são de grande relevância em paisagens remotas como as áreas livres de gelo da Antártica, onde coletas de solos são muito limitadas. Além disso, existe uma necessidade de dados precisos de solos para a Antártica, especialmente sob as pressões impostas atualmente pelas mudanças climáticas e distúrbios antrópicos no continente. Neste trabalho foram preditas as distribuições espaciais, nas regiões da Antártica Marítima e Península Antártica, de importantes atributos físico-químicos do solo: areia, silte, argila, soma de bases, H+Al, pH, carbono orgânico total, P, Na e P remanescente; e de classes de solos identificadas com os sistemas Soil Taxonomy and World Reference Base – FAO. Para isso, foi utilizada a base de dados de solos do Grupo Terrantar da Universidade Federal de Viçosa - Brasil, compilada a partir de trabalhos de campo realizados durante 20 anos na Antártica. Também foi usado um grande conjunto de covariáveis preditoras representando os fatores do modelo scorpan: atributos do terreno gerados a partir de Modelo Digital de Elevação, dados multiespectrais Sentinel representando covariáveis de vegetação, distâncias euclidianas para geleiras, costa e pinguineiras, geologia, coordenadas e outros atributos do solo. Para a modelagem e mapeamento, técnicas de Aprendizado de Máquinas foram aplicadas e diferentes modelos foram testados, destacando-se o modelo Random Forest. Este estudo mostra o potencial da aplicação da metodologia do Mapeamento Digital de Solos para produção de mapas detalhados na Antártica, um continente geralmente negligenciado para mapeamentos devido à ausência de dados de solos robustos. Com nossos resultados, pretendemos subsidiar a tomada de decisão sobre solos na Antártica, além de fornecer dados pioneiros que podem ser incorporados em modelos ecológicos globais. Palavras-chave: Antártica. Aprendizado de Máquinas. Mapeamento Digital de Solos. Modelagem. Predição espacial.Item Arsenic biogeochemistry in contaminated soils from mining sites at Minas Gerais state, Brazil(Universidade Federal de Viçosa, 2008-09-24) Lima, Daniela Miranda de; Euclydes, Rosane Maria de Aguiar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786094T9; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/4751054005085758; Nalini Júnior, Hermínio Arias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721648H2; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864O arsênio é um elemento reconhecidamente tóxico e carcinogênico, mesmo quando presente em concentrações relativamente baixas, que tem afetado milhões de pessoas em diversas partes do mundo. Por esta razão, vários países têm incentivado o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao comportamento ambiental do As. Atualmente há preocupação em compreender os processos que controlam a mobilidade do arsênio em áreas contaminadas. O conhecimento de aspectos relacionados ao transporte, adsorção, oxirredução e biotransformação do arsênio em solos, sedimentos e recursos hídricos é fundamental para o manejo adequado e mitigação dos riscos gerais relacionados com a contaminação por arsênio. Algumas espécies de microalgas são capazes de se desenvolver, absorver e bioacumular compostos de arsênio em meio contaminado. Considera-se que estes microorganismos utilizam a metilação do arsênio como mecanismo de detoxificação do meio onde crescem. A metilação é considerada um mecanismo de descontaminação ambiental porque, em geral, as formas inorgânicas de arsênio são mais tóxicas do quc as orgânicas e também o arsenito é potencialmente mais móvel que outras espécies de arsênio. Desta forma, o propósito geral deste estudo foi gerar conhecimento científico para melhorar a compreensão acerca do ciclo biogeoquímico do arsênio em águas e solos contaminados de regiões tropicais. Em vista do exposto, a pesquisa foi conduzida em três experimentos. No primeiro, algumas espécies de microalgas foram isoladas de amostras de solos contaminados por As provenientes de áreas impactadas pela atividade de mineração do ouro em Minas Gerais, Brasil. Foi avaliado o potencial de bioacumulação do arsênio de três gêneros: Chlorella sp., Anki.strodesmus sp. e Nostoc (Nostoc cf. calcicola and Nostoc muscorum) em meio contendo alta concentração deste elemento. Em uma segunda etapa, foi avaliada a dinâmica de espécies solúveis de As nos mesmos solos do primeiro experimento a fim de investigar a presença de compostos metilados sob condições anaeróbicas. No terceiro experimento, foi avaliada a biotransformação de diferentes espécies de arsênio por Chlorella sp. c Nostoc cf. calcicola. O crescimento das microalgas foi afetado pela adição de quanlidades crescentes de arsenato, embora o decréscimo no conteúdo de clorofila "a" não tenha sido tão drástico. As clorofitas apresentaram maior produção de biomassa e tolerância ao As do que as cianófitas, mas todos os genêros foram capazes de acumular o arsênio do meio. A bioacumulação aumentou com o aumento da concentração de arsênio no meio, chegando a 13% do arsênio adicionado ao meio de cultivo pela Chlorella sp. and Ankistrodesmus sp. E 5.6 % pela Nostoc cf. calcicola and N. Muscorum. A incubação anaeróbica proporcionou condições para a mobilização do As, Fe e Mn por meio da dissolução redutiva. O arsenito Íbi a principal espécie de As mobilizada durante todo o período experimemtal. A mobilização de As variou entre amostras, dependendo do teor de As total e da relação óxidos de ferro amorfos/oxidos de Fe bem cristalizados (Feo/Fed) nos solos. A liberação do As das amostras provenientes da Formação Paracatu (PF) e Sequência Riacho dos Machados (RMS) aumentou até 12 - 20 dias após incubação com subsequente decréscimo. Nas amostras do solo de Santa Bárbara (SB), o As liberado aumentou até o final do periodo experimental. Uma concentração extremamente alta de As foi liberada das amostras provenientes de Nova Lima (NL), cerca de 6.6 mg L-¹, na condição de escuro. O arsênio liberado em todas as amostras foi maior que o limite para água potável recomendado pela OMS. As microalgas Chlorella sp. e Nostoc cf. calcicola foram capazes de bioacumular diferentes formas de arsênio, entretanto não foram detectadas mudanças significativas nas espécies de As adicinadasao meio. Apenas uma parte do arsnitoadicionado foi oxidada para arsnato. A Chlorella sp. foi mais eficiente em bioacumular o arsênio do que a Nostoc cf. Calcícola. A clorófita acumulou, em média, 2726 ug g-¹, ao passo que a cianófita acumulou 1832 ug g-¹, na presença de espécies inorgânicas. As especies metiladas foram menos tóxicas e menos bioacumuladas do que o arsenato, o qual por sua vez foi menos tóxico e mais bioacumulado do que o arsenito. A despeito da biometilação não ter sido detectada nas condições experimentais utilizadas, as quanlidades de As bioacumuladas pelas microalgas foram suficientemente altas para considerar as clorófitas e cianófitas estudadas como bioindicadores e para fins de remediação de áreas contaminadas por As.Item Árvores em sistemas agroflorestais: ciclagem de nutrientes e formação da matéria orgânica do solo(Universidade Federal de Viçosa, 2011-09-29) Duarte, Edivânia Maria Gourete; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; http://lattes.cnpq.br/5004547613286328; Oliveira, Teógenes Senna de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788532T0; Andrade, Felipe Vaz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761472U5Os benefícios dos sistemas agroflorestais (SAFs) na qualidade dos solos têm sido recentemente evidenciados em muitos trabalhos científicos. Porém, há necessidade de aprofundar o conhecimento sobre o potencial de ciclagem de nutrientes e a formação da matéria orgânica do solo por espécies arbóreas nativas de ambientes tropicais, com vistas ao estabelecimento de estratégias de uso e manejo dessas espécies nos SAFs. Este estudo faz parte de um conjunto de estudos realizados com os agricultores que trabalham com SAFs na região da Zona da Mata de Minas Gerais, e teve como objetivo, avaliar o aporte de resíduos e nutrientes por espécies arbóreas usadas nestes SAFs e ainda, avaliar a formação da matéria orgânica e a disponibilização de nutrientes a partir destes resíduos. As espécies selecionadas para avaliar o aporte de resíduos e nutrientes foram: Persea americana (abacateiro), Luehea grandiflora (açoita cavalo), Zeyheria tuberculosa (ipê preto), Erythrina verna (mulungu), Aegiphila sellowiana (papagaio), musa sp (bananeira), Sollanum mauritianum (capoeira branca), Inga subnuda (ingá) e Senna macranthera (fedegoso). Para as duas últimas espécies aprofundaram-se os estudos sobre a formação da matéria orgânica do solo e ciclagem de nutrientes. Os resíduos senescentes foram coletados durante um ano, em SAFs de agricultores nos municípios de Araponga e Divino. Ambos localizados na zona da Mata de Minas Gerais. Para a bananeira foram feitas três coletas ao longo do ano. Foi quantificada a massa seca de resíduos. Determinaram-se os teores de nutrientes nestes resíduos. Para a bananeira determinou-se também os teores de C, lignina, celulose, hemicelulose e polifenol. Para avaliar a formação da MOS no solo a partir dos resíduos de fedegoso e ingá, incubou-se por de 12 meses, solo sem resíduos e solo com 5 g de C-resíduo das espécies, os quais tiveram duas formas de disposição, incorporados, e mantidos à superfície. Foram avaliados em quatro repetições: o fluxo de C-CO2, a massa seca remanescente de resíduos, os teores totais de C e N do solo, da biomassa microbiana e das substâncias húmicas além da matéria orgânica leve-livre. Aos 12 meses, avaliou-se também a relação 13C/12C no solo, na fração humina e na matéria orgânica leve-livre. Também foi feita a análise de rotina. O aporte de resíduos entre as espécies variou de 0,32 a 5,6 Mg ha-1 ano-1. Os aportes de N, P e K, via resíduos das espécies, variaram de 5 a 112 kg ha-1ano-1 de N; 4,1 a 48,6 kg ha-1ano-1 de K e 0,2 a 6,8 kg ha-1ano-1 de P. O fedegoso, a capoeira branca e o ingá estão entre as três espécies que aportaram as maiores quantidades resíduos e de N, P, K. Ingá, açoita cavalo e abacate apresentaram as maiores relações lignina mais polifenol/N e lignina/N e maiores teores de celulose, indicando lenta taxa de decomposição dos resíduos, comparadas às demais. Nos estudos de formação da matéria orgânica e ciclagem de nutrientes, ficou evidente que no tratamento com resíduos de fedegoso incorporado, houve, em curto prazo, grandes incrementos nos teores de C das frações da MOS desde as mais lábeis, às mais recalcitrantes, resultando em 37,4% de matéria orgânica derivada do resíduo na sua fração humina. Estes, com efeitos também sobre o pH, os estoques de nutrientes, a soma de bases, a CTC, além de reduções na capacidade de fixação de P e na saturação por Al3+ no solo. O tratamento com resíduos de ingá incorporado, apesar da lenta decomposição apresentou 33,1 % de matéria orgânica derivada do resíduo na sua fração humina. Já, o tratamento com resíduos de fedegoso incubado na superfície apresentou 27% da matéria orgânica derivada do resíduo na sua fração humina. Nestes dois tratamentos também foram verificados melhorias nas características químicas do solo. Porém, para o ingá disposto à superfície, este apresentou 25% de matéria orgânica derivada do resíduo na sua fração humina, mesmo assim pouco se diferiu do controle no período avaliado, confirmando que os resíduos de fedegoso são mais eficientes que o ingá, tanto na ciclagem de nutrientes quanto na formação da matéria orgânica do solo, inclusive em frações mais estáveis. Tal resultado evidencia a importância de se planejar o desenho de SAFs utilizando espécies estratégicas para desempenhar as funções desejadas e mostra que é importante também incentivar práticas que promovam uma maior diversidade de fauna do solo, responsáveis pela quebra e incorporação parcial dos resíduos aportados ao solo.Item Aspectos fisiológicos e extração de sódio e nutrientes por Atriplex nummularia em resposta à adubação nitrogenada e fosfatada(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-25) Cunha, Jailson Cavalcante; Freire, Maria Betânia Galvão dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723248A0; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; http://lattes.cnpq.br/9799436200710263; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; Passos, Renato Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256; Rodrigues, Fernando Antonio Vieira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4297407Y0Os solos afetados por sais têm aumentado nos últimos anos. A proporção dessas áreas pode continuar aumentando em consequência do manejo inadequado e das alterações climáticas. Alternativas de recuperação devem ser incessantemente estabelecidas e suas técnicas aprimoradas. A fitorremediação tem difundido-se como técnica viável e promissora. Nesse sentido, Atriplex nummularia é umas das principais halófitas com potencial de fitoextração. Foram dados três enfoques para avaliar planta e solo. Os três enfoques basearam-se em desenho experimental constituído por um arranjo fatorial 2 x 5, correspondendo a duas doses de fósforo (0 e 134 mg dm-3) e cinco doses de nitrogênio (0, 20, 40, 60 e 80 mg dm-3), dispostos em blocos casualizados com quatro repetições. Mudas foram transplantadas com 60 dias de idade e monitoradas sob baixa disponibilidade hídrica no solo (-70 kPa) por 80 dias. No primeiro enfoque, com o objetivo de avaliar o comportamento fisiológico na fase de captação de energia luminosa da fotossíntese, realizaram-se medidas de fluorescência da clorofila a com um FluorPen FP 100 (Photon Systems Instruments) em folhas adaptadas ao escuro com pulso saturante de luz 3.000 μmol m-2 s-1. Analisaram-se os dados a partir do teste-JIP e da cinética da curva do transiente entre as fases O e J normalizada, e em adição, calculada a diferença cinética (ΔWOJ) para observar a formação da banda-K. Houve formação de banda-K nas plantas cultivadas com adubação fosfatada, indicando a inativação do complexo de evolução de oxigênio, por síntese de ATP em demasia, bloqueando o fluxo de prótons e elétrons durante o fotossistema II. A banda-K indica um desequilíbrio no processo fotossintético, evidenciando o efeito negativo do excesso de P em plantas de atriplex. No segundo enfoque, objetivando avaliar a condutância estomática, potenciais hídricos, atividade de enzimas do estresse oxidativo e proteínas solúveis, realizaram-se medições de condutância estomática em diferentes horários do dia. Dados de potencial hídrico da planta foram coletados no período de máximo turgor foliar, utilizando-se câmara de Scholander. Coletaram-se folhas para determinação de potencial osmótico, atividade das enzimas catalase e peroxidase do ascorbato e proteínas solúveis. No período das 21 às 22 h, a gs foi mais elevada na presença de P. A gs medida a cada hora do dia das 6 às 22 h foi menor na maior dose de N. Isso indica que N é mais efetivo na redução da condutância estomática, favorecendo a tolerância ao déficit hídrico. No terceiro enfoque, objetivou-se avaliar a produção de matéria seca, a capacidade de extração de sódio e a absorção de nutrientes pela halófita. Para isso, as plantas foram colhidas para quantificação de produção e determinação de teores de Na e nutrientes em folhas, caules e raízes. Determinaram-se os teores de Na nas fases trocável e solúvel, dosando-o com fotômetro de chama. Houve diminuição de Na no extrato da pasta de saturação e no complexo de troca com o incremento de N no solo. O fornecimento de N potencializa a extração de Na e outros nutrientes pela Atriplex nummularia, podendo ser uma técnica viável a ser adicionada no plano de manejo para recuperação de solos afetados por sais pelo processo fitorremediação.Item Aspectos químicos e mineralógicos relacionados à geração experimental drenagem ácida em geomateriais sulfetados(Universidade Federal de Viçosa, 2002-11-13) Abrahão, Walter Antônio Pereira; Mello, Jaime Wilson Vargas; http://lattes.cnpq.br/8833969610015322A drenagem ácida é um problema ambiental capaz de comprometer a qualidade dos recursos hídricos, que decorre da oxidação de sulfetos. A adoção de medidas corretivas ou preventivas depende de uma correta avaliação, não apenas do potencial de geração ácida, mas também da velocidade em que esse processo ocorre. Supõe-se que a cinética de oxidação dos sulfetos está na dependência das características químicas e mineralógicas das amostras, em particular do tamanho e da cristalinidade dos sulfetos presentes. Assim sendo, o presente trabalho foi conduzido com o objetivo de identificar as características químicas e mineralógicas que mais influenciam na dinâmica de geração ácida de amostras provenientes de ambientes geoquímicos distintos, bem como sugerir métodos rápidos para se avaliar a cinética de oxidação de sulfetos. Foram utilizadas amostras de substratos rochosos, em diferentes graus de intemperismo, contendo sulfetos provenientes de distintas províncias geológicas do Brasil, relacionadas à mineração de ouro, carvão, zinco, chumbo, níquel e urânio, além de um solo tiomórfico. As amostras de geomateriais, moídas a 0,149 mm, foram caracterizadas por meio de análises químicas incluindo pH, teores totais de elementos maiores e menores, potencial de acidificação, potencial de neutralização e balanço ácido-base. A caracterização mineralógica foi feita por difratometria de raios-x, espectroscopia Mössbauer, magnetização de saturação e microscopia eletrônica de varredura, com ênfase nos sulfetos. A cinética de oxidação dos sulfetos, presentes nas amostras, foi avaliada por meio de experimento de intemperismo simulado, em que as amostras foram submetidas à oxidação, em condições de laboratório, sob diferentes doses de H 2 O 2 e CaCO 3 , por um período de 357 dias. A solução em contato com as amostras foram drenadas a cada 21 dias, determinando-se o pH, acidez titulável e concentrações de S-sulfato, As, Cu, Cd, Fe, Mn, Ni, Pb e Zn, na solução de equilíbrio. Os resultados obtidos permitem concluir que o método do balanço ácido-base (BAB) não foi eficiente para se avaliar a capacidade de geração ácida de todas as amostras, em particular do substrato de rocha ultrabásica. Com exceção dos carbonatos e sulfetos, os demais minerais presentes nas amostras não apresentaram influência marcante na cinética de geração de drenagem ácida. A taxa de geração ácida foi determinada, primordialmente, pelo tamanho dos cristais dos sulfetos, sendo que a presença de pirita framboidal , pirrotita e marcassita imprimiu um ritmo particularmente acelerado na cinética de oxidação, em relação aos outros sulfetos. As expectativas de desenvolvimento de um método analítico capaz de simular a cinética de drenagem ácida, comum para amostras de naturezas geoquímicas distintas, foram pouco promissoras nas condições experimentais utilizadas.