Solos e Nutrição de Plantas
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Item Alterações na qualidade física de um latossolo vermelho do cerrado brasileiro em resposta aos efeitos de longo prazo no manejo do solo(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-26) Ngolo, Aristides Osvaldo; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/8805257112137480As práticas convencionais de manejo apresentam impacto direto sobre a estrutura do solo, em especial por conta do uso de máquinas e implementos nas atividades de preparo, que imprimem carga sobre a superfície do solo. Essas forças causam aumento potencial da densidade do solo, com consequente incremento da resistência oferecida ao crescimento radicular e redução do volume de poros que, por sua vez, afeta a infiltração de água, transporte de solutos e trocas gasosas. Por outro lado, o não revolvimento do solo como preconizado em sistemas como o plantio direto, tem sido propagado como uma prática conservacionista que melhora a qualidade física do solo. As mudanças no uso da terra, juntamente com a queima de combustíveis fósseis, têm sido apontadas como as principais causas das atuais mudanças climáticas globais, e seu estudo tem merecido destaque. Desse modo, tem-se cobrado que as atividades relacionadas à produção agrícola ajudem cada vez mais no sequestro do carbono, um desafio em especial em países de vocação agrícola como o Brasil. Uma dificuldade de muitos estudos de manejo de solo é a ausência de experimentos de longa duração, o que pode comprometer a acurácia e generalização das conclusões. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar os indicadores de qualidade física de um Latossolo Vermelho do Cerrado cultivado com milho por mais de duas décadas sob sistema de plantio direto e de outros sistemas de preparo. O foco principal do trabalho foi a análise de indicadores de qualidade do solo para evidenciar alterações na estrutura do solo e dinâmica do carbono em resposta aos tipos de manejo adotados. A área experimental está localizada dentro da Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Milho e Sorgo, no município de Sete Lagoas (MG). Os tratamentos avaliados foram os seguintes manejos do solo: arado de disco (AD), plantio direto (PD) e grade com subsolador (GS). Uma área adjacente de cerrado nativo (CN) foi utilizada como referência. Na organização do presente estudo foram planejados três experimentos, que são apresentados na forma de capítulos. No primeiro capítulo, avaliou-se a qualidade física do solo (0-20 cm de profundidade) em resposta aos manejos avaliados, sendo efetuadas análises físicas, de carbono orgânico total, resistência à penetração em campo, e determinação de duas frações da proteína do solo relacionada com a glomalina, esta última uma substância produzida por fungos micorrízicos arbusculares e com potencial de contribuir com a adesão das menores partículas do solo. Os resultados demonstram redução do tamanho médio dos agregados nos sistemas de manejo (AD, PD e GS), aumento da densidade do solo, diminuição da porosidade total e da macroporosidade e redução dos teores de carbono orgânico total. Apesar das práticas de manejo e de seus efeitos, não foram afetados a floculação das argilas e os teores de glomalina. A resistência mecânica do solo à penetração indicou maior compactação superficial nos manejos AD e PD, enquanto em GS verificou-se redução dos valores dessa variável e da densidade do solo com o manejo, bem como redução mínima no tamanho dos agregados. No segundo capítulo foram avaliadas a dinâmica do carbono em resposta aos diferentes usos e manejos e o longo prazo de sua adoção. Neste sentido foram determinados os teores de carbono orgânico total (COT) e carbono lábil (CL), bem como o cálculo do índice de manejo de carbono (IMC) e o estoque de carbono corrigido (Est. C). Os resultados indicaram maior acúmulo de carbono e de IMC no manejo com arado de discos em todas as camadas avaliadas. O cálculo do IMC confirmou seu potencial como indicador de boas práticas de manejo do solo. As perdas no estoque de carbono depois da remoção do cerrado nativo e de mais de duas décadas de cultivo foram de 16,7 t ha -1 (AD); 24,00 t ha -1 (PD) e 32,2 t ha -1 (GS). No terceiro capítulo buscou-se avaliar as modificações microestruturais do Latossolo do cerrado estudado depois das mais de duas décadas de cultivo sob diferentes usos e manejos. Para isto, foram conduzidos estudos de micromorfologia e de tomografia computadorizada. Os resultados indicaram que a qualidade física do solo foi impactada pela implantação dos sistemas de manejo, fato evidenciado pelas transformações ocorridas na microestrutura do solo. Do mesmo modo, a tomografia computadorizada indicou alterações na microestrutura, principalmente pelo aumento de microporos e diminuição da conectividade dos poros. Como conclusões finais tem-se que a qualidade física do Latossolo foi impactada com a adoção dos diferentes sistemas de manejos, não sendo o sistema de plantio direto capaz de reduzir ou mitigar tais efeitos. Esse desempenho não esperado do plantio direto foi associado às dificuldades de manutenção de palhada na superfície do solo, o que foi associado à alta decomposição do material orgânico e às restrições hídricas na entressafra que dificultam o desenvolvimento de culturas de inverno.Item Caracterização de solos e modificações provocadas pelo uso agrícola no assentamento Favo de Mel, na região do Purus – Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-14) Araújo, Edson Alves de; Lani, João Luis; http://lattes.cnpq.br/8065197935054536Atualmente, no Acre, as pastagens extensivas e projetos de assentamento (PA) são responsáveis pela maior parte do desmatamento. Nos PA predomina a agricultura itinerante, onde o solo é utilizado por um período de dois anos. Posteriormente, é deixado em pousio para recuperação da fertilidade e, ou, incorporado à pastagem extensiva. O uso do solo por um período mais longo, e de forma mais sustentada, poderia ser alcançado se fossem adotadas práticas de manejo adequadas que evitassem a deterioração do solo quanto às suas características físicas, químicas e biológicas. A partir desta premissa, objetivou-se caracterizar os solos e avaliar suas alterações físicas e químicas, sob diferentes tipos de uso, e assim fornecer subsídios à tomada de decisão sobre um uso mais racional. Para tanto, selecionaram-se quatro locais inseridos nas mesmas condições de solo (Argissolo Amarelo distrófico, textura média/argilosa, relevo plano) no assentamento Favo de Mel, a leste do Acre, na região do Purus. Os usos avaliados foram: mata natural (testemunha); mata natural recém desbravada e submetida à queima intensiva; plantio de pupunha (Bactris gassipae) com dois anos e pastagem de braquiária (Brachiaria brizantha) com quatro anos. Também foram feitas entrevistas informais com os agricultores e o sistema radicular foi avaliado com imagens digitais. Conclui-se que o solo sob pastagem apresentou os maiores valores de densidade, o que sugere uma tendência à compactação. Os nutrientes e o carbono orgânico encontram-se em baixos teores, concentrados nos primeiros centímetros de solo, tendendo a aumentar com a intensidade e o tempo de uso do solo. O potássio decresceu, drasticamente, no ecossistema pastagem devido, possivelmente, às perdas por erosão e retirada pelo pastejo. A fração humina predominou nos quatro sistemas de uso do solo. As raízes da mata concentraram-se na maior parte de sua biomassa vegetal, nos primeiros 20 cm de profundidade do solo. Houve, também, alta correlação entre área e comprimento de raízes. Os agricultores do Favo de Mel são provenientes de assentamentos mal sucedidos, e o índice de desistência tem sido relativamente pequeno, o que comprova a importância do ambiente na permanência do homem no campo.Item Dinâmica do uso e cobertura do solo e os impactos sobre a matéria orgânica em ambientes de transição Floresta Amazônica - Cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2018-09-21) Zeferino, Leiliane Bozzi; Oliveira, Teogenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/6859498557819341A dinâmica do uso e cobertura do solo serve como ferramenta para definição de estratégias e políticas de gerenciamento e monitoramento de recursos naturais. Atualmente, temos testemunhado a importância das mudanças no uso e cobertura do solo em escala regional e global, como é o caso do aquecimento Global. Os objetivos do estudo foram: i) avaliar o uso e cobertura do solo na Bacia do Lontra - TO, entre os anos de 1986 e 2015, por meio de imagens de satélite; ii) projetar cenários futuros de uso e cobertura do solo frente a mudanças instituídas pelo Novo Código Florestal; iii) identificar e estratificar pastagens com diferentes tempos de implantação após conversão de áreas de vegetação nativa; iv) avaliar os estoques de C e N de frações da matéria orgânica do solo sob pastagens com diferentes tempos de implantação; v) avaliar o conteúdo e a distribuição do C do solo nas frações granulométricas da MOS, após a conversão floresta – pastagem; vi) simular os efeitos de diferentes práticas de manejo em pastagens nos estoques de C. A área de estudo é a bacia hidrográfica do Rio Lontra localizada na região Norte do estado do Tocantins, inserida na Amazônia Legal na transição entre a Floresta Amazônica e Cerrado. O mapeamento do uso e cobertura do solo foi realizado a partir da classificação de imagens Landsat - 5 e 8, sensores TM e OLI, para os anos de 1986, 1990, 1993, 1999, 2004, 2010 e 2015. No processo de classificação de imagens, adotando o algoritmo Random Forest, foram utilizadas 96 variáveis preditoras, envolvendo dados espectrais e ambientais (geológicos, pedológicos, climáticos, topográficos e distâncias euclidianas). A detecção de mudanças no uso e cobertura do solo foi obtida por meio de análise de concordância. As situações futuras projetadas constituíram-se: (i) na continuidade de padrão de mudanças do uso e cobertura do solo identificado desde 1986 até 2015, desconsiderando as medidas previstas no novo código florestal (cenário 1-S1); e (ii) a implantação das áreas de reserva legal, delimitadas no CAR (Cadastro Ambiental Rural) dos imóveis inseridos na bacia do rio Lontra, conforme previsto no Artigo 12 do código florestal brasileiro (cenário 2-S2). A projeção dos cenários foi realizada utilizando o pacote LULCC (Land Use and Land Cover Changes) para o software R. Os efeitos da conversão floresta – pastagem na matéria orgânica foi avaliado nos estoques do C e N do solo nas frações granulométricas da MOS (matéria orgânica particulada – MOP, matéria orgânica associada aos minerais – MAM). Para tanto, foram selecionadas cinco situações de estudo (SE): SE1 (Floresta Ombrófila sobre Neossolo Quartzarênico); SE2 (Floresta Ombrófila sobre Plintossolo Pétrico); SE3 (Cerrado Denso sobre Latossolo Vermelho-Amarelo Petroplíntico); SE4 (Cerrado Denso sobre Argissolo Vermelho- Amarelo) e SE5 (Cerrado Strictu Sensu sobre Neossolo Quartzarênico). Nestas áreas foram coletadas amostras de solo em pastagem com dois tempos distintos de implantação (entre 10 e 30 anos) e duas repetições de área, além de uma de vegetação nativa, referência das condições iniciais. A simulação das mudanças nos estoques de C e N na camada de 0–20 cm foi feita utilizando o modelo Century, versão 4.0, com o ajuste do modelo para determinação dos parâmetros de produção de biomassa do tipo de vegetação presente. Os estoques de C e N simulados no estado de equilíbrio da MOS sob vegetação nativa foram usados como as condições iniciais para ajuste do modelo de desmatamento e posterior estabelecimento da pastagem. Sete cenários futuros de produção para 2050 foram simulados para avaliar os efeitos de diferentes práticas de manejo das pastagens sobre os estoques de C e N no solo em comparação com a situação atual de ausência de práticas de manejo. A integração de variáveis ambientais às espectrais proporcionou maiores valores de acurácia global (de 91% a 94%), indicando que a adição de variáveis ambientais às espectrais pode ser alternativa para melhorar o monitoramento espaço- temporal em áreas de ecótono de regiões Neotropicais. A cobertura florestal entre 1986 – 2015 teve uma redução de 32,3 mil ha, enquanto que o uso com pastagens cresceu em aproximadamente 30 mil ha. O cenário S1 indicou intensa conversão de cobertura florestal nativa em pastagens, passando a representar mais de 80% do uso e cobertura do solo, frente a 11,3% e 5,1% das florestas e Cerrado Strictu Sensu. Já o cenário S2, que aborda a aplicação da legislação florestal brasileira, possibilitou a recomposição da cobertura florestal em relação ao primeiro ano de monitoramento, cobrindo 29,5% da área da bacia. As maiores taxas de perda de C-C 3 foram verificadas nas pastagens com menor tempo de implantação e na situação de estudo SE3. As maiores taxas de ganho de C-C 4 foram observadas na fração MOP das pastagens com 20 anos da SE2 e SE3. Práticas como o controle químico de espécies espontâneas, adubação de formação no momento de implantação das pastagens e sistemas silvipastoris, mostram-se como alternativas para maximizar o sequestro de carbono.Item Impactos do manejo florestal mecanizado sobre as propriedades físicas de Latossolos argilo-arenosos(Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-31) Oliveira, Judyson de Matos; Oliveira, Teógenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/1133670171278733A mecanização do sistema de produção florestal contribui para obtenção de alta produtividade. Contudo, as práticas de manejo mecanizado promovem alterações edáficas, sobretudo sobre as propriedades físicas do solo, as quais precisam ser avaliadas para assegurar a sustentabilidade da atividade florestal a médio e longo- prazos. Objetivou-se avaliar os efeitos cumulativos do conjunto de operações florestais mecanizadas (colheita e preparo do solo) e sua atenuação por resíduos em superfície sobre as propriedades físicas do solo. O estudo foi realizado em fazenda da Klabin S/A em Telêmaco Borba - PR, Brasil, em área dominada por Latossolos Vermelhos distróficos argilo-arenosos. Os tratamentos consistiram de dois sistemas de colheita (harvester + forwarder - HF e feller + skidder - FS) em conjunto com a renovação do plantio (R), seguido do manejo de resíduos culturais em que 100%, 50% e 0% do total de resíduos produzidos na colheita foram mantidos, sendo seguido de preparo de solo, ou, então, pela condução do plantio colhido (C). Determinaram- se de forma sistemática em campo a resistência do solo à penetração (RP) (0-0,60m) e umidade gravimétrica do solo (U am ). Transectos de amostragem foram alocados perpendicularmente às linhas de plantio coletando-se amostras indeformadas em pontos equidistantes demarcados a cada 0,50 m. Densidade do solo (Ds), porosidade (macro, micro e total), resistência do solo à penetração (RP) e umidade na capacidade de campo (θ cc ) foram determinadas nas amostras coletadas nas camadas 0-0,10; 0,10-0,20; 0,20-0,40 e 0,40-0,60 m, enquanto a permeabilidade do solo ao ar (K a ), condutividade hidráulica em solo saturado (K s ), pressão de pré-consolidação (σp) e o grau de compactação (GC) foram nas camadas 0-0,30 e 0,30-0,60 m. Intervalos de confiança e correlações foram calculados considerando probabilidades de até 0,10 e 0,05, respectivamente. O comportamento geoespacial da RP foi avaliado por meio de análise geoestatística. A RP não apresentou dependência espacial nas camadas 0-0,20 e 0,40 m, sendo que, nas camadas 0,40-0,60 m, constatou-se dependência espacial fraca, para HF R e FS R . Esses resultados estão relacionados ao efeito do preparo de solo sobre o comportamento geoespacial da RP. Nas áreas de renovação, as médias (0-0,60 m) de Ds foram significativamente menores em HF R 0 (1,21 kg dm -3 ) e FS R 0 (1,24 kg dm -3 ) em relação à HF R 100 (1,40 kg dm -3 ). Nesse caso, o maior volume de resíduos em HF R 100 contribuiu com esse resultado. Nas áreas de condução dos plantios, a média (0-0,60m) de Ds em HF C (1,30 kg dm -3 ) foi significativamente menor em relação a FS C (1,46 kg dm -3 ). Esse resultado está associado ao menor volume de resíduos sobre a superfície do solo durante a colheita em FS C . Não foram constatadas diferenças significativas para as médias de RP em HF R e FS R . Porém, as médias (0-0,60 m) em HF C (1,23 MPa) foram significativamente menores que em FS C (2,00 MPa). Em poucas situações foram constatadas diferenças significativas para as médias de porosidade (macro, micro e total), K s , K a , GC e σp, contudo o comportamento geral dessas variáveis estiveram associados às alterações na Ds e, em análise conjunta, indicaram que os diferentes tipos de manejo adotados promoveram alterações na estrutura do solo, percebidas no curto prazo. Nas presentes condições, as maiores quantidades de resíduos sobre a superfície do solo atenuaram os efeitos degradantes do tráfego na colheita sobre a estrutura do solo e, em contrapartida, em áreas de renovação do plantio, as maiores quantidades de resíduos prejudicaram o resultado final do preparo de solo.Item Propriedades físicas de Latossolos cultivados com cafeeiro mecanizado na região do Alto Paranaíba-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-11) Martinez Escobar, Katherine; Oliveira, Teogenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/8079421616574192Os solos dos Cerrados são profundos, bem estruturados, com boas condições de drenagem, com limitações químicas e localizados em relevo plano a suave ondulado, o que favorece a mecanização para a cafeicultura. Quando há possibilidade de mecanização, otimiza-se os recursos, aumentando também a eficiência da lavoura. No entanto, o uso intensivo de máquinas agrícolas pode levar à compactação do solo, comprometendo o crescimento das raízes e o desenvolvimento da cultura. Este trabalho objetivou avaliar o efeito da mecanização sobre as características físicas de um Latossolo cultivado com cafeeiro mecanizado e irrigado na região do Alto Paranaíba-MG, aplicando ferramentas de sensoriamento remoto e geofísico de radar de penetração do solo (GPR). Oito áreas de cultivo foram selecionadas com diferentes cultivares e anos de plantio de café arábica (BV06, BA08, BV15, BA14, BV09, CT01a, AR17 e CT01b), usando como critério de seleção o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) para a amostragem dos atributos físicos e químicas em cinco posições de coleta, denominadas saia alta (SA), rodado alto (RA), entrelinhas (EL), rodado baixo (RB) e saia baixa (SB), nas profundidades 0-0,1, 0,1-0,2, 0,2-0,3 e 0,3-0,4 m do solo. Os dados foram submetidos à análise multivariada utilizando componentes principais (PCA), e, posteriormente, os atributos selecionados foram submetidos a análise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). O NDVI classificou áreas nas faixas de 0,5 a 0,9, indicando variação do vigor nas plantas de café, o que foi associado a algum tipo de estresse biótico ou abiótico, sendo necessário uma validação em campo para a correta identificação e diagnóstico. A PCA selecionou até três componentes principais (CP1, CP2 e CP3) compostos por 12 atributos físicos e químicas dentre um total de 27. Os atributos porosidade total (PT), resistência à penetração média (RPmed) e máxima (RPmax), umidade em volume (θ) na tensão de 100 kPa e 300 kPa foram maiores nas profundidades 0,0-0,1m e -,1-0,2 m. O GPR não identificou diminuição da PT ou compactação em profundidade. Contudo, PT, RPmed e RPmax demostraram a existência de compactação nas faixas dos rodados no plantio de café. A lavoura com 3,5 anos de plantio não apresenta variação significativa na PT, RPmed e RPmax como medidas indiretas de compactação, no entanto, demonstra a tendência de ocorrência do fenômeno. O GPR não identificou mudanças dos atributos físicos em subsuperficie para Latossolos. Palavras-chave: Subsuperficie. Compactação. Produtividade. NDVI. Coffea arabica.Item Qualidade do solo em cultivos com plantas de cobertura no Alto Paranaíba-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2023-03-03) Moreira, Siro Paulo; Oliveira, Teogenes Senna deA manutenção da qualidade do solo é necessária para a garantia da segurança alimentar e a produção agrícola sustentável, em vista das mudanças climáticas e a necessidade de adequação dos sistemas de uso do solo. Com isso, o uso de indicadores de qualidade tem se tornado cada vez mais importante para demonstrar o grau de sustentabilidade dos sistemas de uso do solo. Na mesorregião do Alto Paranaíba-MG, os cultivos mecanizados são favorecidos pelo relevo e tipo de solo, mas causam impactos nos atributos físicos, químicos e biológicos do mesmo. Medidas para mitigar os impactos oriundos do trânsito de máquinas se tornam necessárias para evitar problemas por compactação do solo, sendo o uso de plantas de cobertura uma estratégia de baixo custo. O presente estudo objetivou avaliar: (i) atributos físicos do solo em sistemas de cultivo perenes e anuais com uso de plantas de cobertura em diferentes profundidades; (ii) a influência das plantas de cobertura nos estoques de carbono (C) e nitrogênio (N) totais e das frações da matéria orgânica do solo; e (iii) a atividade enzimática associada aos ciclos de carbono (C), fósforo (P) e enxofre (S). Duas situações foram estudadas, a primeira envolveu a contribuição das plantas de cobertura em cultivo solteiro (Urochloa ruziziensis) e com mistura de plantas (mix) nas entrelinhas do café (1º. Capítulo); e a segunda envolveu o uso de braquiária (Urochloa brizantha) participando da sucessão de cultivos de cereais em diferentes épocas de implantação (2º. Capítulo). Na produção cafeeira, constatou-se que as plantas de cobertura trazem diversos benefícios, principalmente nos atributos físicos do solo em profundidade e no aumento e manutenção dos estoques de C e N. Houve situações de compactação de uma camada do solo em ambas situações, mostrando que é necessário adaptar as operações e diminuir o tráfego em períodos de maior umidade no solo. O uso de braquiária em áreas de cultivo de cereais e fibras se mostrou uma boa opção, com benefícios para a manutenção da porosidade de solos suscetíveis à erosão, mesmo em solos arenosos e de textura média avaliados. Mas o trânsito recente de máquinas agrícolas ocasionou problemas por compactação superficial, comprovado pela redução das atividades de enzimas e detrimento dos atributos físicos do solo em superfície, podendo dificultar a infiltração de água. Palavras-chave: Atributos físicos. Estoques de C e N. Atividade de enzimas. Indicadores de qualidade do solo. Sistemas conservacionistas.Item Respostas fisiológicas e morfológicas de cultivares de café arábica à compactação do solo(Universidade Federal de Viçosa, 2021-05-31) Ramos, Elísia Gomes; Oliveira, Teógenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/5891894971486692A compactação causada pela mecanização afeta a qualidade do solo e consequentemente o desenvolvimento das culturas, alterando a morfologia e fisiologia das mesmas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de cinco graus de compactação do solo na fisiologia e morfologia de diferentes cultivares de café. O experimento foi realizado em casa de vegetação, com delineamento de blocos casualizados em arranjo fatorial 5 x 5, sendo cinco cultivares de café e cinco graus de compactação, com quatro repetições, totalizando 100 unidades experimentais. As cultivares utilizadas foram Arara, Catuaí Amarelo, Catuaí Vermelho, Mundo Novo e Paraíso, e os graus de compactação foram 68, 74, 80, 86 e 92%. No ensaio experimental foram avaliadas as seguintes variáveis: altura das plantas; diâmetro do ramo ortotrópico; número de folhas e de entre-nós; massa úmida e massa seca das raízes e da parte aérea; área foliar; comprimento, área de superfície e volume das raízes; diâmetro de raízes finas e grossas e trocas gasosas (condutância estomática, transpiração, fotossíntese e concentração interna de CO 2 ). Os resultados obtidos mostraram que os altos graus de compactação, acima de 80%, afetaram negativamente a maioria das variáveis; a cultivar Catuaí Vermelho apresentou pior desempenho independente do grau de compactação, enquanto o Arara e o Paraíso foram os mais resistentes ao solo compactado. A estrutura anatômica das raízes foi modificada com a compactação do solo, não sendo observado diferenças entre as cultivares. Palavras-chave: Coffea arabica L. Compactação. Morfologia. FisiologiaItem Uso e cobertura do solo na bacia hidrográfica do rio Doce (MG/ES): inter-relações para a governança(Universidade Federal de Viçosa, 2021-09-30) Sposito, Elaine Caliman; Oliveira, Teogenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/2444636413607167A investigação dos padrões e das mudanças no uso e cobertura do solo são essenciais para a melhor compreensão dos processos que ocorrem na paisagem e para o planejamento da utilização e governança dos recursos naturais. No presente estudo, os padrões e mudanças anuais e espaço-temporais do uso e cobertura do solo (1985 -2018) na bacia hidrográfica do rio Doce - BHRD (MG/ES) foram avaliados, além de sua relação com as variáveis ambientais. Ao todo, 34 mapas de uso e cobertura do solo foram utilizados, além de dados de altitude, declividade, precipitação, temperatura e classes de solos. As análises incluíram a caracterização do uso e cobertura do solo da BHRD e suas sub-bacias; a presença - ausência de alterações do uso; as classes modais de uso do solo e suas frequências; o número e a variação dos usos (dinâmica); e as relações dos usos do solo com as variáveis ambientais. Os resultados mostraram que, embora cerca de 50% da bacia não apresentou mudança de classe de uso do solo, as áreas de floresta natural e pastagem sofreram reduções de -1,9 % e -9,1 %, respectivamente, entre os anos de 1985 e 2018. As maiores conversões da floresta natural ocorreram para a pastagem, a floresta plantada e o mosaico agricultura/pastagem. Houve aumento líquido das áreas de mosaico agricultura/pastagem, floresta plantada e agricultura. Contudo, as mudanças ocorreram de formas distintas entre as sub- bacias. A percentagem de área de floresta natural ultrapassou a pastagem em altitudes, declividades e precipitações maiores. A agricultura ocorreu nas menores altitudes e declividades. Quando comparado com o ano de 1985, em 2018, o mosaico agricultura/pastagem passou a predominar em menor altitude, e a floresta plantada, em altitudes maiores. O Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico foi a classe predominante, seguida pelo Argissolo Vermelho eutrófico, ambos predominantes em áreas onde não houve mudança no uso do solo, sendo esse percentual maior para os Argissolos. Houve diferenças em relação à predominância das classes de solos entre as sub- bacias e entre os usos do solo. Os principais usos do solo da BHRD se estabeleceram, em grande parte, antes de 1985, assim como muitos dos problemas relacionados à gestão de seus recursos naturais. É urgente o desenvolvimento de ações que favoreçam a transição florestal e a reversão da degradação dos solos, de forma que a análise integrada da variação espaço-temporal do uso, realizada sob o amparo da governança e da segurança do solo, pode auxiliar nessa gestão. Palavras-chave: MapBiomas. Análise espaço-temporal. Recursos naturais. Geoprocessamento.