Solos e Nutrição de Plantas
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Item Desgaste dos extratores Mehlich-1 e Fosfato Monocálcico e fatores que controlam a solubilização do fosfato de Bayóvar(Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-07) Novais, Sarah Vieira; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; http://lattes.cnpq.br/7617295758517365; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8A baixa disponibilidade de fósforo (P) em solos tropicais o torna um dos nutrientes para as plantas mais pesquisados no mundo. A adubação com P é prática essencial para a obtenção de produtividades economicamente satisfatórias e a avaliação de sua disponibilidade ao longo dos anos tem sido imprescindível para o manejo desse nutriente nos sistemas agrícolas. Assim, para este trabalho, foram conduzidos dois experimentos, um (experimento I) com o objetivo de avaliar o desgaste do extrator Mehlich-1 (M-1), utilizado em análises de rotina do P disponível de solos, e a consequente alteração dos níveis críticos deste nutriente atualmente utilizado. Comparativamente, foi conduzido um estudo semelhante com o enxofre (S) disponível, com o mesmo objetivo, utilizando as mesmas amostras de solos. Vinte amostras de solos foram escolhidas de modo a cobrir a faixa de amplitude do P remanescente (P-rem), de 0 a 60 mg L-1 de P, como uma medida do Poder Tampão de Fosfato (PTF) do solo. Nas determinações de rotina de P e de S, foram utilizados os extratores M-1 e fosfato monocálcico em ácido acético (FMCa), respectivamente, segundo protocolos adotados no Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa. A variação do pH dos dois extratores, de SO42- do M-1 e de H2PO4- do FMCa, foram determinados no extrato solo-extrator após um período de repouso de 16 h. O desgaste da acidez (aumento dos valores de pH) ocorreu com o aumento do PTF (diminuição do P-rem), embora pouco expressiva, mas significativa. Por outro lado, houve o desgaste do SO42- do M-1 com o aumento do PTF, segundo um modelo linear-plateau. Este fato indica a necessidade de adoção de um modelo igualmente descontínuo para a interpretação do P-disponível de solos com diferentes valores de P-rem ou de PTF. Por outro, lado o desgaste do extrator de S foi contínuo, linear, com a diminuição do P-rem ou aumento do PTF, o que mostra ser correta a relação entre S disponível e PTF, atualmente adotada. Para o experimento II, amostras do fosfato natural reativo de bayóvar (FN), em uma suspensão aquosa, foram colocadas em um compartimento de diálise (Slide-A-Lyzer G2 Dialysis Cassette) e este em um becker de 200 mL com 150 mL de uma suspensão aquosa com os drenos de P e, ou, de Ca: resina aniônica (RA), resina catiônica (RC), resina mista (RM), goethita (Goe), Goe+RA, Goe+RC e um tratamento controle (FN natural apenas), com todos estes tratamentos com os valores de pH ajustados em 4,5 ou 6,0, em cinco repetições. Esses tratamentos foram agitados por 12 h diárias, durante 18 dias, em agitador horizontal a 130 opm e não mais até completar 30 dias de equilíbrio, devido a deterioração mecânica (rompimento) das membranas. Foram determinados P-solução, P- lábil, P-residual, e P-total (este como somatória das frações anteriores) de cada tratamento. A Goe, como dreno-P, causou a maior solubilização do FN, em comparação aos demais drenos, a pH 4,5, e aos demais drenos que não continham RA ou RC adicionalmente. De modo semelhante, a RA (dreno-P) causou solubilização semelhante à da RC (dreno Ca), indicando ser o dreno-P tão efetivo na solubilização do FN quanto o dreno- Ca. As presenças das RA e RC inibiram fortemente a ação da Goe, a pH 4,5, como agente solubilizador do FN. A maior solubilização causada, de modo geral, pela Goe causou os menores teores de P-lábil. O efeito da maior acidez solubilizando o FN mostrou-se, de modo geral, menos efetivo que os drenos individualmente ou combinados.Item Liberação de nitrogênio da ureia com diferentes revestimentos(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-07) Campos, Odirley Rodrigues; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Mattiello, Edson Marcio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762958P3; http://lattes.cnpq.br/4974478773555876; Leite, Roberto de Aquino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785893P8A ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado na agricultura, e sua rápida hidrólise no solo pode levar a perdas expressivas de N por volatilização de amônia (N-NH3(g)) ou por lixiviação de nitrato (N-NO3 -). Com o objetivo de reduzir perdas de N, têm surgido no mercado produtos diferenciados, representados pelos fertilizantes revestidos de liberação controlada ou lenta, e fertilizantes estabilizados. Trabalhos desenvolvidos com os fertilizantes tradicionais que se utilizam do monitoramento das perdas de N-NH3(g) ou das perdas na forma de N-NO3 -, não oferecem informações diretas a respeito das taxas de liberação, ou mesmo informações sobre a dinâmica do N no solo. Métodos usuais de avaliação de fertilizantes revestidos baseados na dissolução em água diferem muito daquelas condições encontradas nos cultivos agrícolas, sobretudo pela influência da umidade, temperatura, pH, atividade microbiana e enzimática, matéria orgânica e CTC do solo. Processos de dissolução dos fertilizantes e reações químicas decorrentes podem imprimir mudanças nas características químicas da solução do solo, razão pela qual a avaliação da fase líquida deste pode oferecer informações da liberação de nutrientes dos fertilizantes. Para avaliar a liberação de N em amostras de solo fertilizadas com ureias revestidas foram realizados dois ensaios. No primeiro, adaptações para coleta de solução do solo (SS) pelo método de centrifugação foram feitas avaliando-se doses de N-ureia (1 e 2 g kg-1), além de um tratamento sem aplicação de N e força centrífuga relativa (FCR: 1500, 2000, 2500 e 3000 g). Os coletores de solução do solo foram constituídos de tubos de PVC de 70 mm de diâmetro e 100 mm de altura, com uma das extremidades fechada. Internamente, foi posicionado um anel de PVC, onde ficou apoiada uma placa crivada. Sobre a placa crivada, foi colocado durante a centrifugação, o incubador. Os incubadores foram constituídos de recipientes de plástico de 250 mL, com tampa crivada e cerca de 50 perfurações de 3,0 mm de diâmetro. Dentro dos incubadores foi acomodado o solo desde a fase de pré-incubação até a coleta da solução do solo. O volume da SS, o pH, a concentração de N-total e a condutividade elétrica (CE) não foram afetados pela FCR utilizada na ausência do fertilizante. A presença dos fertilizantes alterou o volume de SS coletado, bem como a CE e o teor de N-total. O pH variou com a FCR aplicada nos tratamentos com dose 1 g kg-1, porém foi independente de FCR na dose 2 g kg-1 (pH = 9,10). A dose 2 g kg-1 promoveu o maior incremento nas variáveis pH, N-total e CE da SS. Quando aplicados 2 g kg-1 de N-ureia as curvas de resposta para N-total e CE mostraram menor declividade e maior volume coletado próximo a 2500 g. No segundo ensaio, a liberação de N de fertilizantes revestidos e sua dinâmica na solução do solo e no solo foram avaliadas em amostras de um solo de textura franco-arenosa que recebeu 2 g kg-1 de N-ureia. Após a aplicação dos fertilizantes, o solo foi incubado em tempos que variaram de 1 até 1296 h. Para coleta da SS, utilizou-se o componente descrito anteriormente e FCR de 2500g. Tratamentos adicionais foram mantidos até 1530 h de incubação, neles foi coletada semanalmente a NH3 volatilizada, utilizada para estimar as perdas gasosas de N nos tempos de coleta da SS de 1 até 1296 h. Também nestes tratamentos coletou-se a SS e solo, onde avaliou-se a concentração das diferentes formas de N. Os procedimentos de análise incluíram a determinação de N-ureia, N-NH4 + e N-total na SS e no solo, bem como o pH da SS. O somatório (N-total da SS + Ntotal do solo + N-NH3(g)) foi assumido como N liberado. Os tratamentos foram arranjados em um fatorial (7+1) x 9), sendo sete fertilizantes (U, UP1, UNBPT, USP2, USP3, USP4 e USP5), um controle sem aplicação de N e nove tempos de incubação que variaram de 1 a 1296 h. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados com quatro repetições. Diante dos resultados, os fertilizantes foram classificados em três grupos de padrões de liberação distintos: G1 (U, UP1, UNBPT, com média de 94 % do N liberado até 64 h), G2 (USP2 e USP3, com média de 54 % do N liberado até 382 h) e G3 (USP4 e USP5, com média de 33 % do N liberado até 779 h). A dinâmica do N na SS e no solo foi diferente entre os grupos, observaram-se maiores transformações de N-ureia para N-NH4 +, maiores incrementos no pH e nas perdas de N-NH3(g) para fertilizantes do G1 seguidos daqueles do G2 e G3. As perdas máximas por volatilização N-NH3(g) foram em média de 23 % para o G1, 15 % para o G2 e 3 % para o G3. O fertilizante UP1 apresentou liberação de N e volatilização de NH3 similar a ureia perolada, mostrando a ineficiência do revestimento com o polímero. Os fertilizantes apresentaram padrões diferenciados de liberação de N, sendo possível avaliar essas diferenças por meio da análise química da solução do solo.