Solos e Nutrição de Plantas
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/175
Navegar
Item Agricultores, ambientes e usos no Projeto de Assentamento São Francisco, Buritizeiro, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-26) Cunha, Bruno Gomes; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://lattes.cnpq.br/1275837338973534; Freitas, Helder Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/1667909181096511A região norte de Minas Gerais, apesar das condições adversas, concentra número expressivo de Projetos de Assentamento (PA) implantados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), contendo em suas áreas, grandes remanescentes do bioma Cerrado e de veredas, especialmente no PA São Francisco. A existência deste ambiente é tida como um atrativo especial, pois, comparativamente às condições ambientais do seu entorno, este ambiente possui condições mais favoráveis para a utilização, apesar de ser protegido por legislação, o que pode levar a um acentuado processo de degradação. Atualmente, tem-se observado uma nova concepção do processo de reforma agrária, sobrepondo a idéia de mera divisão de terra para agricultores, passando a ser vista como um processo que deve ser planejado, servindo como instrumento social de reabilitação e reorganização de áreas rurais, sendo que, o uso da estratificação ambiental pode ser considerada uma ferramenta válida neste processo, já que se pode associar as informações pedogeomorfológicas com as inter-relações dos agricultores com os diversos geoambientes associados ao Projeto de Assentamento. Antes da criação do Projeto de Assentamento São Francisco, os posseiros faziam uso sem restrição dos solos de veredas, mas depois da institucionalização da terra, os órgãos ambientais começaram a fiscalizar e coibir o uso deste geoambiente, gerando um conflito ambiental. Assim, têm-se como hipóteses iniciais que a inexistência do licenciamento ambiental impediu o desenvolvimento do PA São Francisco; a maior utilização dos solos do geoambiente Vereda se deve ao elevado teor de matéria orgânica e água disponível neste ambiente, criando uma grande dependência sócio-econômica dos assentados a este geoambiente e; o uso agrícola, ao longo dos anos, alterou negativamente e de modo diferenciado, a qualidade/quantidade da matéria orgânica dos solos orgânicos do ambiente Vereda. Neste contexto, esta pesquisa teve por objetivo geral identificar e caracterizar os diferentes geoambientes associados ao PA São Francisco e suas interfaces com as famílias assentadas, analisando os aspectos pedológicos, as implicações do uso e a importância de cada geoambiente para as famílias assentadas. Como resultados, têm-se que o PA São Francisco pode ser discriminado em 06 geoambientes, a saber: chapadas arenosas; chapadão de cimeira; bordas e escarpas metapelíticas; rampas coluviais; escarpas areníticas e veredas e vazantes hidrófilas, sendo caracterizados como solos pobres em nutrientes e ácidos. Quanto às hipóteses elencadas, concluiu-se que a morosidade do INCRA em obter o licenciamento ambiental, interferiu de forma decisiva no desenvolvimento do PA, bem como as condições edáficas que o PA São Francisco está submetido. Assim, deve-se entender que não somente a falta de licenciamento ambiental entravou o desenvolvimento deste Projeto de Assentamento, mas, sobretudo a falta de um planejamento na obtenção do imóvel e sua implantação interferiu no insucesso deste empreendimento. Quanto à hipótese que trata do uso do solo do ambiente vereda pelos assentados e suas interfaces com este ambiente, se aceita a hipótese, na medida em que esses solos com esse teor de matéria orgânica, com grande capacidade de retenção de água, conseguem produzir alimentos, apesar da sua pobreza nutricional, cultivos menos exigentes e com produções satisfatórias para os parâmetros dos seus produtores. Por fim, percebeu-se que a atividade agrícola interferiu principalmente na qualidade da matéria orgânica, mas não de forma significativa na maioria dos solos orgânicos do geoambiente Vereda e Vazantes Hidrófilas; ficando explícito que, o que vem degradando este ambiente é o processo erosivo iniciado com o reflorestamento e, depois, com as aberturas das estradas e alterações nos outros geoambientes.Item Alterações eletroquímicas e sua relação com a produção de gás metano em solos alagados por barragens(Universidade Federal de Viçosa, 2011-05-30) Sousa, Daniel Vieira de; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781671U3; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://lattes.cnpq.br/2542929944445782; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Borges Júnior, Meubles; http://lattes.cnpq.br/6602399563731624As emissões de gases do efeito estufa (GEE) têm aumentado vertiginosamente desde eras geológicos até os dias atuais. Atualmente a utilização de combustíveis fósseis, e alterações no uso da Terra, são as maiores responsáveis pelas grandes emissões destes gases para a atmosfera. O carbono contido no solo representa mais de três vezes o carbono contido em toda a biomassa terrestre e cerca de duas vezes o carbono contido na atmosfera, sendo, dessa forma, uma potencial fonte emissora de CO2 e CH4. Os processos biogeoquímicos que ocorrem em solos e ou sedimentos para emissão de gases como o dióxido de carbono e metano, são controlados por processos como a redução de compostos minerais, principalmente óxidos, amorfos e mal cristalizados em ambientes anaeróbios. Estes processos levam a formação de um habitat propício para o crescimento populacional de bactérias metanogênicas, com a conseqüente produção de gases do efeito estufa. Atualmente há diversos trabalhos que defendem que barragem de usinas hidroelétricas oferece uma grande contribuição na emissão de gases do efeito estufa. Nesta pesquisa objetivou-se estudar quais as características do exercem mais influencia para a produção de gases do efeito estufa em solos alagados em lagos de hidroelétricas. O capítulo I é dedicado a revisão de literatura, onde são abordados temas que se julgam relevantes. No capítulo II se objetivou estudar a dinâmica eletroquímica de solos da zona da mata mineira passíveis de serem submetidos a alagamento devido a construção de hidroelétricas. Como resultado obteve-se que quanto maior for a atividade de Fe, maior será o potencial de redução do solo, o que leva ao estabelecimento de habitats, apropriados para o estabelecimento de populações de bactérias metanogênicas. Os teores de Fe, CO e N, são os que mais exercem influencia no processo de oxiredução de solos alagados. O capítulo III teve por objetivo estudar dinâmica e reatividade do carbono orgânico do solo (COS), bem como dedicado a estimar a produção de CH4 em solos alagados por lagos de usinas hidroelétricas, com o intuito de identificar quais características exerce mais influência na produção de metano, provinda do eventual alagamento dos solos. Como resultados foram obtidos que a reatividade do COS recebe influencia da textura do solo, sendo que quanto mais fina a textura maior a presença de frações livres. O N total se mostra um importante fator a ser analisado devido sua relação com a degradação de compostos orgânicos e atividade microbiana.Item Carbono e nitrogênio no solo sob diferentes usos e manejos e sua modelagem pelo Century(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-30) Wendling, Beno; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775975Y9; Fávero, Claudenir; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784350Y0; Valverde, Sebastião Renato; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727576Y0Toda mudança no uso e manejo pode induzir alterações nos estoques de C e N do solo. Neste sentido, este estudo foi realizado com os objetivos de verificar essas alterações em diferentes sistemas de uso e manejo, bem como verificar a capacidade do modelo Century em simular essas alterações, através da comparação dos estoques medidos com os simulados. Em Paracatu/MG, em um sistema agrossilvipastoril com eucalipto e arroz, soja e braquiária no primeiro, segundo e a partir do terceiro ano nas entre linhas, respectivamente, verificou-se que este sistema afeta negativamente o C e N do solo nos anos iniciais, e que, após o sexto ano, já percebe-se sinais de recuperação, que passam a ser significativos no décimo ano. Neste sistema testou-se também o uso de frações lábeis diferentes da usualmente usada para o cálculo do índice de manejo de C (IMC), onde, a fração de C extraída com H2SO4 3M/L e o C da fração leve livre particulada, apresentaram bom potencial para esse fim, por apresentarem resultados semelhantes ao método usual, que utiliza KMnO4 para extrair o C. Já em Sete Lagoas/MG, a superioridade do plantio direto em relação ao cultivo convencional nas culturas de milho e soja foi observada, principalmente nas frações mais lábeis, as quais respondem de maneira mais prematura as mudanças de manejo. Essa superioridade também foi constatada com o uso do modelo Century, que simulou estoques semelhantes aos medidos no campo. Ainda em Sete Lagoas/MG, em plantação de pinus, verificou-se pelas simulações com o modelo Century, que os estoques de C e N totais e respectivos compartimentos, são reduzidos nos anos iniciais, mas que são recuperados a medida que a cultura começa a incorporar material orgânico no sistema, através da queda da casca e acículas, bem como através das raízes. Em Coronel Pacheco/MG, verificou-se que o modelo Century simulou de maneira satisfatória os estoques de C e N totais, comprovado pela semelhança entre os estoques simulados e medidos. Nesse mesmo local, para a cultura da braquiária, verificou-se também pelos valores medidos e simulados pelo Century, que o uso de adubação química aumenta consideravelmente os estoques de C e N no solo. Na cultura do milho para silagem, também observou-se estoques menores em relação as demais culturas (cana-de-açúcar, tifton e braquiária) causados pelo uso intensivo de revolvimento do solo e retirada da parte aérea do milho e culturas olerículas cultivas anteriormente.Item Contribuição da etnopedologia no planejamento da ocupação e uso do solo em assentamentos rurais(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-17) Freitas, Helder Ribeiro; Coelho, France Maria Gontijo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784228E8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://lattes.cnpq.br/1667909181096511; Dias, Marcelo Miná; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723733T2; Fávero, Claudenir; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784350Y0Buscando-se com este estudo problematizar impasses colocados ao planejamento sócio-espacial e suas interfaces com a Etnopedologia, Percepção Ambiental e Estratificação de Ambientes. Neste trabalho partiu-se da premissa que o planejamento sócio-espacial em assentamentos rurais envolve além dos fatores edafoclimáticos e técnicos normativos, o universo da percepção ambiental e os diferenciados conhecimentos, ainda que descontextualizados, que essas famílias detêm dos ambientes locais. Deste modo, o objetivo desta pesquisa foi integrar aspectos conceituais que se fazem necessárias à implantação de assentamentos e apontar possibilidades operacionais para a realização de projetos mais sustentáveis de organização sócio-espacial. No Capítulo I aborda-se o contexto histórico, social e técnico normativo envolvido no processo de implantação de assentamentos. No Capítulo II é apresentada uma discussão conceitual sobre a Etnopedologia aplicada ao planejamento sócio-espacial e a estruturação de agroecossistemas em assentamentos. Essa fundamentação visa articular estratégias de intervenção que tem em vista aprendizagens necessárias para uma convivência menos predatória das famílias com os “novos ambientes”. No Capítulo III, os registro e síntese do planejamento sócio-espacial do assentamento Olga Benário, evidenciam a importância do papel da mediação sócio-técnica na construção do conhecimento local quando despontam as dimensões percepção, tempo e espaço como condicionantes das opções de configuração espacial projetadas pelas famílias. No Capítulo IV, ao partir da caracterização e análise ambiental de um caso, o assentamento Olga Benário, constata-se que o método “Estratificação Ambiental dos Agroecossitemas” é compatível com a abordagem etnopedológica. Nas Considerações Finais do trabalho, são apontadas perspectivas operacionais, teoricamente fundamentadas na Etnopedologia, na estratificação ambiental e na intervenção social participativa. Essa fundamentação é uma proposta teórico-metodológica de “Análise Ambiental Socialmente Contextualizada”, mesmo que ainda se admita existir entre os assentados um conhecimento “ambientalmente descontextualizado”.Item Formigas edáficas e atributos do solo em cafezais sob diferentes tipos de manejo(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-31) Muscardi, Dalana Campos; Sperber, Carlos Frankl; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798938U6; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://lattes.cnpq.br/7585552685515553; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808O cultivo intensivo do solo, está ligado à degradação pela perda da biodiversidade da fauna edáfica, responsável por favorecer a manutenção ou o aumento da qualidade do solo. O estudo biopedológico com formigas em ambientes rurais é necessário, pois elas modificam a estrutura física, os aspectos químicos e atuam em processos ecológicos que ocorrem no solo favorecendo a sustentabilidade. Neste trabalho analisou- se a resposta da riqueza de espécies e da abundância de formigas à cobertura do solo, cobertura de dossel, peso de serapilheira, pH do solo, umidade do solo e macroporosidade do solo, em 9 áreas de plantio de café sob três tipos de manejo: sistema convencional SC (3 áreas), agroecológico AGRO (3 áreas) e agroflorestal SAF (3 áreas). As formigas foram coletadas através da coleta de serapilheira, de solo e da instalação de armadilhas em 5 pontos em cada uma das áreas. O solo e a serapilheira foram colocados em funis de Berlese por 7 dias para a extração das formigas. Após esse procedimento, a serapilheira foi secada e pesada, e uma amostra do solo remanescente da extração das formigas foi coletada para determinação do pH. Coletou-se uma amostra de solo in situ para determinação da umidade atual e da macroporosidade, feitas em laboratório. A cobertura do dossel foi determinada através da determinação dos pixels presentes em imagens ortogonais digitais feitas sobre cada ponto amostrado. Ainda em cada ponto, determinou-se a porcentagem de cobertura vegetal no solo. Foram ajustados modelos lineares mistos utilizando o programa R. A riqueza de espécies e a abundância de formigas foram analisadas em função da cobertura de dossel, cobertura do solo, peso de serapilheira, macroporosidade, umidade, pH e tipo de manejo. A riqueza de espécies e a abundância de formigas foram maiores no sistema agroecológico quando comparado aos outros sistemas de manejo, não responderam à cobertura do solo, mas responderam positivamente à cobertura de dossel, ao peso da serapilheira e ao pH. Há uma preferência por ambientes com um microclima mais estável no desenvolvimento da colônia de formigas, assim, a temperatura local afeta a escolha do ambiente para nidificação. Este é um fato que pode explicar porque a riqueza e a abundância respondem positivamente à porcentagem de sombra. Os resultados mostraram padrão semelhante encontrado na análise em relação ao peso da serapilheira. Uma quantidade maior de serapilheira, oferece maior quantidade de recurso, permitindo a coexistência de mais espécies no local pela diminuição da competição intraespecífica. Essa relação entre serapilheira e diversidade pode ser o causador do resultado encontrado. O peso da serapilheira foi maior no SAF em relação aos outros manejos, uma vez que no SAF há maior aporte de serapilheira advindo das árvores. Já a cobertura de dossel foi maior no AGRO e não diferiu entre SAF e SC. Isso pode ser devido ao fato da a imagem ter sido feita ao nível do solo, tendo a interferência do diâmetro das copas do pé de café. Essas relações ajudam a inferir sobre o padrão de resposta da riqueza de espécies de formigas e da abundância de formigas aos tipos de manejo. Tanto para riqueza quanto para a abundância o padrão foi o mesmo: maior no AGRO que no SAF e SC, os quais não diferiram entre si. Conclui-se que o tipo de manejo afeta a diversidade de formigas e dessa forma as mudanças nos aspectos do solo refletem na biodiversidade da fauna edáfica, interferindo na sustentabilidade do solo. O melhor entendimento dos processos que ocorrem no solo, permite a adoção de práticas de manejo mais sustentáveis e a conseqüente conservação da qualidade do solo.Item Identificação do uso da terra sob manejo agroecológico utilizando imagem de alta resolução e conhecimento local(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-23) Portes, Raquel de Castro; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; Vieira, Carlos Antonio Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728250D0Este trabalho objetivou avaliar o potencial de classificadores automáticos e da metodologia empregada na classificação da comunidade residente na bacia para mapeamento do uso e cobertura do solo sob manejo agroecológico. A área de estudo é a Bacia do Rio São Joaquim, no município de Araponga, Zona da Mata mineira. Na metodologia, no primeiro momento, foi realizada a ida a campo onde foram coletados os Pontos de Controle Terrestre para georreferenciar imagem IKONOS II e as amostras de treinamento e validação das classes de uso e cobertura do solo através de GPS. Em laboratório, foram realizadas classificações supervisionadas automáticas pelos algoritmos da Máxima Verossimilhança, Redes Neurais Artificiais e Bhattacharya. Para cada algoritmo, foram feitas duas classificações, 17 e 14 classes. Uma classificação do uso e cobertura do solo foirealizada pelos moradores da bacia onde foram identificadas as classes de uso e cobertura do solo. As imagens classificadas foram levadas ao laboratório e transformadas em formato digital. Os resultados demonstram que dentre os classificadores automáticos, o Bhattachaya apresentou melhor resultado, Kappa 0,76, resultado muito bom para classificação da área em questão. Já o Kappa da imagem classificada pela comunidade foi de 0,55, resultado considerado bom de acordo com a literatura. Estes resultados demonstram que o algoritimo Bhatacharya é o mais eficiente para o mapeamento e que é possível que a comunidade local interprete o meio em que vive e possa realizar com autonomia mapeamentos para traçar estratégias futuras. Sendo assim, os resultados encontrados nesta pesquisa além de serem úteis para futuros planejamentos de pesquisa-ação na bacia hidrográfica em estudo, servirão como conhecimento universal para classificação do uso do solo em outras áreas com manejo agroecólogico.Item Matéria orgânica de Latossolos Húmicos: análises térmica e espectroscópica, efeito do uso e correção química(Universidade Federal de Viçosa, 2008-03-27) Assis, Cristiane Pereira de; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766993D0; Silva, Carlos Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784980Z6; Silva, Luis Henrique Mendes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728684Y0Este estudo teve por objetivo principal contribuir na elucidação de vários aspectos relacionados com o comportamento da matéria orgânica (MO) em solos altamente intemperizados. Foram coletadas seis amostras de Latossolos com horizonte A húmicos em três regiões de Minas Gerais: i) Sericita, (sob café, pastagem, samambaias e fragmento de Mata Atlântica); ii) Mutum (sob fragmento de Mata Atlântica); e iii) Araçuaí (sob Cerrado). Amostras compostas foram obtidas para as camadas entre 0-10 e 60-100 cm de profundidade no horizonte A. Para a região de Sericita também foram coletadas amostras da serapilheira produzida sob café, pastagem e fragmento de Mata Atlântica para a analise comparativa da composição lipídica. Os lipídios (do solo e da serapilheira) foram extraídos com diclometano/metanol (3:1, v/v) utilizando sistema Soxhlet e analisados por cromatografia a gás e espectrometria de massa. As amostras de solo, coletadas em todas as regiões foram submetidas ao procedimento de extração e purificação dos ácidos húmicos (AH) e fúlvicos (AF), os quais foram caracterizados por análise elementar; espectroscopia no UV- visível e no infravermelho (FTIR), ressonância magnética nuclear (13C-RMN) e termodegradação por dessorção (280 °C) e pirólise (610 °C). Em Sericita na camada de 0-10 cm, o solo sob mata natural apresentou maior teor de lipídios que o solo cultivado. Houve preservação seletiva no horizonte húmico de biopolímeros alifáticos originados da serapilheira, com acúmulo entre 60-100 cm. Detectou-se também maior preservação de compostos alcanos de cadeia curta em solo sob vegetação natural. A composição lipídica sobre diferentes agroecossistemas permitiu avaliar mudanças relacionadas com o uso da terra. As técnicas aplicadas no estudo dos AH e AF foram eficientes para elucidar as diferenças estruturais entre essas frações, assim como suas modificações no perfil do solo. Por meio do UV-visível foi possível evidenciar a contribuição de pigmentos melânicos de origem fúngica como explicação do escurecimento observado em subsuperfície do horizonte A húmico. Os espectros no FTIR revelaram que os AH extraídos da região de Cerrado apresentaram menor processo de descarboxilação, desidratação, condensação e aromatização que aqueles extraídos em regiões de Mata Atlântica. A caracterização dos AH através do 13C RMN indicou uma rota de humificação no sentido da diminuição de grupamentos alquílicos e aumentos na região de sinal do Caromático. Os resultados da termodegradação mostraram que AH e AF extraídos na superfície são estruturalmente mais ricos que aqueles de subsuperfície e, que sob vegetação natural há maior proporção de compostos nitrogenados na estrutura húmica da MO. Os resultados também indicaram que o aumento no sinal do C-aromático foi devido à presença de benzenos e tolueno. Detectou-se maior proporção de estruturas ricas em polissacarídeos nos AF extraídos entre 60- 100 cm de profundidade, revelando importantes movimentações desses ácidos no perfil. Nos primeiros 10 cm, o uso agrícola do solo promoveu reduções nos compostos alifáticos e nitrogenados na estrutura dos AH e, de compostos fenólicos, de lignina, ácidos graxos e nitrogenados na estrutura dos AF. A termodegradação por dessorção e pirólise revelou que o aumento do grau de aromaticidade (~20%) verificado por 13C-RMN para os AH extraídos entre 60-100 cm, correspondeu principalmente à incorporação estrutural de compostos nitrogenados heterocíclicos. Os processos que conduziram à estabilização estrutural envolveram acúmulos de compostos nitrogenados, aromáticos e alifáticos em AH e de compostos aromáticos e fenólicos em AF. As características carboxílicas e fenólicas dos AF os tornam componentes chaves nos processos de complexação e translocação de Fe e Al nesses horizontes tropicais húmicos. Em razão da intensa utilização dos Latossolos Húmicos com cultivos de café e pastagem na região de Sericita, avaliou-se, paralelamente, o impacto de práticas agrícolas como calagem, adubação fosfatada e adição de fonte de carbono (sacarose) lábil na decomposição da MO. Para tanto, foi montado um experimento em delineamento inteiramente casualizado num esquema fatorial 5x2x2, sendo cinco níveis de calagem (0; 0,5; 1; 2 e 3 vezes a quantidade necessária para elevar a saturação de bases do solo a 60%), dois níveis de adubação fosfatada (com e sem) e dois níveis de fonte de C lábil na forma de sacarose (com e sem). Curvas de respiração foram estabelecidas a partir das quantidades acumuladas de C-CO2 liberado durante 136 dias e ajustadas ao modelo de cinética de primeira ordem. Após o período de incubação foram avaliados o C total do solo e das frações humificadas (humina, húmico e fúlvico). A produção total de C-CO2 acumulado no tempo foi afetada positivamente pela presença de sacarose. A fração fúlvica do solo tendeu a aumentar com a adição de sacarose e reduzir com a presença de fosfato. Observou-se também, com a calagem, redução do C da fração ácido húmico, e incremento no C da fração humina. Os resultados indicam que práticas agrícolas como calagem, adubações fosfatadas e adições de resíduos na forma de C-lábil alteram a dinâmica do C da matéria orgânica de Latossolos com horizontes A húmicos.Item Resiliência da estrutura em Argissolo sob diferentes usos, na Zona da Mata de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-04) Portugal, Arley Figueiredo; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764343D6; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723069A2A estrutura apresenta grande importância no comportamento agrícola do solo, uma vez que exerce grande influência nos ciclos de carbono e de nutrientes, na capacidade de receber, estocar e transmitir água, na difusão de gases, na penetração das raízes e na capacidade de resistir à erosão, que são fatores determinantes para o crescimento das plantas. Nesse sentido, este trabalho objetivou verificar o grau da resiliência da estrutura de um solo submetido a diferentes usos e manejos. O trabalho foi realizado em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata de Minas Gerais, classificado como Domínio dos Mares de Morros. Foram avaliados ambientes com seringueira, laranjeira, pastagem degradada e mata (referência). Os ambientes com seringueira e pastagem degradada encontram-se sob este uso há mais de 15 anos, e a laranjeira há 6 anos. Anteriormente os ambientes com seringueira, laranjeira e pastagem degradada foram cultivados com cana-de-açúcar por aproximadamente 100 anos, que provocou grande degradação do solo, pelo manejo aplicado e relevo movimentado. A amostragem em cada ambiente foi sucedida por coletas realizadas em trincheiras (3 repetições), nas profundidades de 0 a 10, 10 a 20 e 20 a 30 cm, onde foram coletadas amostras deformadas e indeformadas. Foi avaliada a macroestrutura no campo, a estabilidade e distribuição de agregados, morfologia dos agregados (QUANTPORO), densidade do solo, densidade de partículas, macro e microporosidade, equivalente de umidade, argila dispersa em água, grau de floculação e dispersão, textura, características químicas, mineralogia, micromorfologia, carbono orgânico e substâncias húmicas. Os resultados indicaram que o grau de resiliência da estrutura para as condições de referência (mata) foi seringueira > laranjeira > pastagem degradada, com ativa formação da estrutura por processos biológicos nos ambientes com seringueira e laranjeira, ao passo que no ambiente com pastagem a estrutura foi marcadamente influenciada por processos físicos. O ambiente com seringueira apresentou o grau mais avançado de resiliência estrutural, coexistindo os maiores valores de COT, ácidos fúlvicos, ácidos húmicos, humina, macroporosidades e retenções de água, e os menores valores de densidade do solo, em todas as profundidades, sendo inverso ao comportamento da pastagem degradada. Não houve diferenças entre os ambientes avaliados quanto a argila dispersa em água, grau de floculação, grau de dispersão e estabilidade e distribuição de agregados na profundidade de 0 a 10 e 10 a 20 cm, bem como na morfologia dos agregados em todas as profundidades. A análise micromorfológica confirmou a resiliência estrutural para as condições de referência (mata) na ordem seringueira > laranja > pastagem. A pastagem mostrou uma microestrutura massiva, em blocos quase totalmente coalescidos, e porosidade basicamente fissural, com raros canais biológicos, enquanto na seringueira houve um maior desenvolvimento estrutura, ocorrendo poros de empacotamento e grande volume de poros interagregados, e expressiva ocorrência de matéria orgânica leve e canais biológicos.Item Uso e ocupação do solo e qualidade da água na bacia do córrego do Engenho, Viçosa, Minas Gerias(Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-22) Bernardes, Aline de Melo; Marques, Eduardo Antônio Gomes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784205H0; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://lattes.cnpq.br/7591257581637798; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Dias, Herly Carlos Teixeira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782478T6Do total de água doce disponível na Terra, 70% correspondem às águas subterrâneas e apenas 3% correspondem às águas superficiais. No entanto, água disponível não é sinônimo de água potável. Segundo a Organização Mundial da Saúde, "água potável é aquela cuja qualidade a torna adequada ao consumo humano", devendo obedecer, no caso do Brasil, aos padrões de potabilidade determinados na Portaria nº 518/04 do Ministério da Saúde. No meio rural, a água subterrânea é uma importante fonte de abastecimento, captada por meio de poços é geralmente consumida sem tratamento algum. Embora o manancial subterrâneo seja menos susceptível aos impactos do uso e ocupação do solo, comparativamente ao manancial superficial, sua contaminação não é visível, dificultando assim a identificação do problema. Quando a contaminação se torna perceptível, geralmente já atingiu uma larga extensão. Como reflexo deste quadro, os registros do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que 65% das internações hospitalares do país são devidas a doenças de veiculação hídrica. Neste contexto, o uso e ocupação do solo e a qualidade da água foram investigados na bacia do Córrego do Engenho, localizada no município de Viçosa, na Zona da Mata de Minas Gerais, pelo consumo humano da água do lençol freático, por meio de poços, em sua comunidade rural. Neste sentido, a pergunta que norteou essa pesquisa é: a água consumida na bacia do Córrego do Engenho é potável? O objetivo principal foi avaliar a qualidade físico-química e microbiológica da água e relacioná-la ao uso e ocupação do solo na bacia do Córrego do Engenho, visando identificar as principais fontes de contaminação. Para tanto, foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas para investigar a realidade socioeconômica e ambiental dos moradores da bacia; foram elaborados mapas de localização, do uso e ocupação do solo e do fluxo da água subterrânea, e o modelo digital de elevação da bacia. Foram realizadas 4 campanhas, nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2008, para medição do nível do lençol freático dos poços e para coleta de água em 15 pontos: uma nascente, dois açudes, um córrego e onze poços freáticos. Os indicadores de qualidade da água analisados foram: pH, temperatura, turbidez, DBO, OD, fosfato, nitrato, sólidos totais, Coliformes totais, fecais e Escherichia coli. Os resultados foram comparados com oslimites definidos pela Portaria 518/04 do Ministério da Saúde e pela Resolução 357/05 do CONAMA. Com base nesses indicadores foi calculado o índice de qualidade água (IQA) para cada ponto de coleta. Foram realizados ainda seis ensaios para obter o coeficiente de permeabilidade dos solos próximos aos poços. Como resultados, predominam na bacia áreas de pastagens e a atividade agrícola mais expressiva é a olericultura, seguida do cultivo de milho, feijão e café. Foram observados 1 canil e 2 fossas em altitude mais elevada que a de poços e maioria desses à curta distância das fossas, além de uma residência sem fossa. No entanto, a maior fonte de contaminação das águas superficiais e subterrâneas da bacia provém da prática da suinocultura que despeja diretamente os dejetos em um dos açudes. Foi detectada contaminação da água em poços com solos de permeabilidade considerada ruim devido ao nível elevado do lençol freático. Dentre os poços escavados, 60% apresentaram qualidade ruim e 40% qualidade regular. Dentre os poços tubulares, 50% apresentaram qualidade boa e 50% qualidade ótima. Todos os pontos próximos ao curso do córrego à jusante da pocilga podem ser considerados de qualidade ruim e péssima. Portanto, respondendo à pergunta inicial, é possível inferir que a água consumida na bacia do Córrego do Engenho não é potável em 72,72% dos poços, todos estes contaminados por Escherichia coli. A questão da água potável é delicada e séria. É um tema que não se restringe apenas a técnicos e governantes, mas também à população em geral que, ao mesmo tempo em que causa a contaminação, sofre suas consequências.