Medicina Veterinária

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    Técnica cirúrgica para implantação de cânula em forma de T, de diferentes materiais, no íleo terminal de cão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-08-13) Armenio, Carla; Borges, Andréa Pacheco Batista
    A medida acurada da digestibilidade dos aminoácidos no intestino delgado é importante para permitir a formulação de rações que promovam uma ótima nutrição a um custo mínimo e sem haver desperdício. Ainda hoje, os métodos e conceitos para se estabelecerem as necessidades nutricionais para o homem e animais de produção têm sido aplicados ao cão, sem a devida validação científica. O objetivo deste trabalho foi descrever a técnica para implantação da cânula, em forma de T, no íleo terminal em cães, suas possíveis complicações pós-operatórias, bem como avaliar a biocompatibilidade de cânulas confeccionadas a partir do aço inoxidável, alumínio e náilon. Para tal, foram utilizados 12 cães adultos divididos em três grupos de quatro animais cada. Nos animais do grupo 1 foram implantadas as cânulas de aço inoxidável, nos do grupo 2 foram implantadas as cânulas de alumínio, e nos do grupo 3, as cânulas de náilon. Para a implantação da cânula foi feita uma incisão retro- umbilical na pele, subcutâneo e linha branca, na região abdominal ventral. Em seguida foram identificados o ceco e o íleo. Foi feita uma sutura em bolsa de fumo no intestino no íleo terminal. No centro desta, promoveu-se uma incisão até atingir o lúmen, por onde a cânula foi inserida. Imediatamente após, completaram-se os nós da sutura em bolsa de fumo. Como reforço, foram dados 4 pontos na serosa do intestino, em um ângulo de 90o entre eles. A peça foi posicionada no interior da cavidade, junto à parede abdominal, no local onde a mesma promovesse menor tensão no intestino depois de exteriorizada. Foi feita, então, uma pequena incisão de pele na região paralombar direita, previamente marcada, divulsionando os músculos até atingir a cavidade abdominal, por onde o cilindro central da cânula foi tracionado, exteriorizado e fechado por meio de uma tampa rosqueada. Os resultados revelaram edema no pós-operatório imediato e reação inflamatória nas bordas da incisão utilizada para exteriorização da haste da cânula nos três grupos. Sete animais apresentaram secreção sero-sanguinolenta ao redor da haste da cânula, nove apresentaram, no mesmo local, extravasamento de conteúdo ileal de forma intermitente. Dos dez animais nos quais houve presença de abscesso, seis evoluíram para fibrose intensa após sua cicatrização. Os resultados revelaram que a utilização de cânulas no íleo terminal para a coleta de amostras ileais, pode ser realizada, enfatizando, contudo, a necessidade de intensivos cuidados pós-operatório. Os materiais utilizados se mostraram biocompatíveis, sendo que o material que apresentou menor incidência de reações adversas foi o alumínio.