Medicina Veterinária
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/192
Navegar
Item Citoaderência “in vitro” de eritrócitos de bovinos inoculados com Babesia bovis (Starcovici, 1893) em células endoteliais de aorta bovina(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-21) Caetano, Bráulia Costa; Patarroyo Salcedo, Joaquin Hernán; http://lattes.cnpq.br/5053724903363709Eritrócitos de bovinos inoculados com amostras de Babesia bovis (BbovUFV1 7 a passagem e Jaboticabal 7 a passagem, patogênicas e BbovUFV1 26 a passagem, atenuada) foram testados quanto à sua capacidade de aderir em células endoteliais de aorta bovina (BAECs) “in vitro”. Paralelamente, foram realizados ensaios de imunofluorescência indireta com amostra de sangue periférico dos animais para detecção da presença de eritrócitos portando antígenos de B. bovis em sua superfície e testes de hemaglutinação passiva para detecção de antígenos livres de B. bovis nos soros dos mesmos. Houve aumento significativo no número de eritrócitos não parasitados aderidos dos animais inoculados com amostra patogênica BbovUFV1 7 a passagem, que se associou ao aparecimento de antígenos livres de B. bovis no soro e de eritrócitos não parasitados marcados com antígenos do parasita no sangue periférico. Estes resultados não foram observados nos testes com amostras dos animais inoculados com BbovUFV1 26 a passagem atenuada. Eritrócitos obtidos dos animais inoculados com amostra patogênica Jaboticabal 7 a passagem não se mostraram aderentes às BAECs a despeito dos animais terem apresentado eritrócitos não parasitados modificados com antígenos de B. bovis em sua superfície e níveis transitórios de antígenos livres no soro. Os dados sugerem que a modificação da superfície de eritrócitos não parasitados por antígenos de B. bovis presentes no soro dos animais inoculados pode levar a adesão eritrocitária “in vitro”. Porém as modificações não culminam sempre em desenvolvimento de adesão, visto que os antígenos de B. bovis que marcam os eritrócitos não parasitados podem variar em sua estrutura e capacidade de ligação em receptores endoteliais.Item Sistemas de efluxo multidrogas e biofilmes em bactérias multirresistentes(Universidade Federal de Viçosa, 2022-01-28) Barros, Mariana de; Moreira, Maria Aparecida Scatamburlo; http://lattes.cnpq.br/1974668817640012A resistência aos antimicrobianos é um desafio mundial já declarado por diversos órgãos e se dá, principalmente, devido ao uso indiscriminado dessas drogas. Sistemas de efluxo multidrogas são transportadores de membrana que podem expelir antimicrobianos de diferentes classes conferindo multirressitência a seus hospedeiros e estão também envolvidos na formação de biofilmes. Assim, os objetivos do presente trabalho incluíram compreender o papel desempenhado por SEM na resistência aos antimicrobianos em Staphylococcus aureus e Escherichia coli multirresistentes, detectar sua atividade e investigar seu envolvimento na formação de biofilmes nesses micro-organismos. Após seleção de S. aureus e E. coli MDR de diferentes origens, foi detectada a presença de genes de SEM por PCR, as concentrações inibitórias mínimas (MICs) de alguns antimicrobianos foram determinadas na presença e ausência de inibidores de SEM, bem como a formação de biofilme pelos isolados nessas duas condições. Ainda, verificou-se o efluxo de corantes fluorescentes para demonstração de atividade de SEM. Ao final, traçou-se a relação filogenética dos isolados com o auxílio da PFGE. Os genes de SEM estão amplamente difundidos entre S. aureus e E. coli multirresistentes. Cerca de 20% dos isolados de E. coli tiveram redução na MIC de ampicilina e ciprofloxacina. Em S. aureus não houve redução na MIC de ciprofloxacina e tetraciclina. Utilizando efluxo de corantes, aproximadamente 79% dos isolados de E. coli demonstraram atividade de SEM, enquanto 56% de S. aureus o fizeram. O uso de inibidor de SEM não reduziu a formação de biofilme em E. coli mas a reduziu em S. aureus. Quanto à epidemiologia molecular, os isolados de E. coli recuperados de humanos apresentaram um padrão mais diverso, enquanto aqueles obtidos de animais foram mais homogêneos. S. aureus de maneira geral foram mais homogêneos, com similaridade superior a 84% dentro dos clusters. A atividade de SEM é relevante entre bactérias multirresistentes, porém as tentativas de inibição não culminaram em restituição da sensibilidade, provavelmente devido a ocorrência de outros mecanismos de resistência simultaneamente. Em relação à formação de biofilmes, resultados controversos foram encontrados, e novos estudos com diferentes concentrações do inibidor são sugeridos para conclusões mais contundentes. Além disso, a complementação desses resultados com estudos de sequenciamento completo dos isolados, já em execução, pode fornecer novas pistas para o esclarecimento do papel de SEM na resistência antimicrobiana e na formação de biofilmes em isolados multirresistentes. Palavras-chave: Bombas de efluxo. Resistência aos antimicrobianos. Adesão. Escherichia coli. Staphylococcus aureus.