Biologia Celular e Estrutural

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    NTPDase2 de Leishmania (Viannia) braziliensis: expressão heteróloga, caracterização bioquímica e análise de inibidores derivados da quercetina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-23) Pavione, Nancy da Rocha Torres; Fietto, Juliana Lopes Rangel; http://lattes.cnpq.br/6343881665000925
    Leishmania (Viannia) braziliensis é o principal causador da Leishmaniose Tegumentar Americana. Os tratamentos não são sempre efetivos e apresentam efeitos adversos, sendo necessário o desenvolvimento de novas terapias. Correlação entre atividade ectonucleotidásica e virulência, em diferentes espécies de Leishmania, apontam para a importância das NTPDases como fatores de virulência do parasito. Neste trabalho, estudamos as variantes para rLbNTPDase2 dos isolados ET e NSL de L. (V.) braziliensis, com o objetivo de avaliar se diferenças bioquímicas podem estar relacionadas a diferenças na virulência desses isolados e avaliamos o potencial de inibição da rET-NTPDase2 por compostos derivados da quercetina. A sequência do ectodomínio (S43-E425) foi expressa em sistema bacteriano e as proteínas recombinantes foram purificadas por cromatografia de afinidade a níquel. Nossos resultados mostram que as enzimas possuem 5 regiões conservadas de apirase (ACRs). As 4 mutações de rNSL-NTPDase-2 estão fora das ACRs e a mutação Q99P se localiza dentro do domínio B (R82-Y121), região antigênica conservada. Após expressão e purificação, foram identificadas bandas preditas de 45 KDa. Os resultados de atividade enzimática mostram que ambas são genuínas ENTPDases, pois hidrolisam nucleotídeos tri e difosfatados, mas não AMP. O perfil geral de hidrólise foi UDP>GDP>ADP>ATP=UTP para rET-NTPDase2 e GDP=UDP>ADP=ATP=UTP para rNSL-NTPDase2, sendo ambas difosfatases. rNSL- NTPDase2 apresenta maior taxa de hidrólise NTP:NDP, sugerindo que as mutações possam direcionar uma maior hidrólise de nucleotídeos trifosfatados. Adicionalmente, rNSL- NTPDase2 apresenta maior hidrólise de ATP, o que pode explicar, pelo menos parcialmente, sua maior virulência. Continuamos os ensaios de caracterização com a enzima rET-NTPDase2 e avaliamos o potencial de inibição de compostos derivados da quercetina. Nossos resultados mostram que a enzima foi inibida por suramina e DIDS, inibidores de outras ENTPDases. Altos valores de K m para ATP, ADP e UDP sugerem improvável atuação na desativação de receptores purinérgicos. Contudo, sugerimos que a enzima tenha importância em situações específicas de alta concentração de nucleotídeos ou no ambiente intracelular. Dois compostos, IL-09 e IL-05, inibiram a atividade enzimática em 92,88% e 88,41% com excesso de substrato. Baixo valor de IC 50 para o IL-09 (6.56 µM), indica uma alta afinidade do composto com a enzima, ideia reforçada pela cinética enzimática na presença de IL-09, que indica um perfil de inibição do tipo misto. Sua composição química sugere que a presença de benzilas nos grupamentos fenólicos possa ser determinante para a alta afinidade de interação do composto. Esperamos que este estudo possa contribuir para o entendimento das NTPDases em L. braziliensis e auxiliar no desenvolvimento de novos fármacos para tratamento da leishmaniose tegumentar. Palavras-chave: Leishmania braziliensis. Nucleosídeo trifosfato difosfohidrolase-2. Bioquímica. Quercetina.
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    Avaliação da toxicidade de elementos metálicos no metabolismo de Cassia grandis L. (Fabaceae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-03-17) Marinato, Claudio Sergio; Oliveira, Juraci Alves de; http://lattes.cnpq.br/2368080839368903
    Áreas impactadas por rejeitos de mineração, apresentam-se contaminadas por misturas complexas de elementos metálicos, que podem reduzir a eficiência dos processos de fitorremediação. Este trabalho avaliou os efeitos da combinação de elementos metálicos sobre diferentes fases de desenvolvimento da espécie arbórea Cassia grandis. Sementes e mudas foram expostas aos elementos metálicos ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), chumbo (Pb), cádmio (Cd) e arsênio (As). A taxa de germinação, o índice de velocidade de germinação (IVG), as concentrações de elementos minerais, de peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ) e de malondialdeído (MDA), a atividade enzimática antioxidante, as trocas gasosas, a fluorescência da clorofila, as concentrações de pimentos e alterações nos tecidos foram analisadas. A combinação dos elementos metálicos não afetou a porcentagem de germinação, mas o IVG foi superior ao controle. A combinação de elementos metálicos promoveu efeitos sinérgicos e antagônicos sobre a absorção dos diferentes elementos, estimulando a produção de antocianinas e a atividade de enzimas antioxidantes. A presença de As, isolado e em mistura com os outros elementos metálicos promoveu a inibição da fotossíntese e aumento das concentrações de MDA, denotando incremento da peroxidação lipídica e danos aos tecidos. Nas plantas expostas a elementos metálicos sem a presença de As ocorreu incremento do sistema antioxidante que minimizou os danos antioxidantes. Palavras-chave: Fitoestabilização. Metais pesados. Mineração. Tolerância.
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    Efeitos do arsênio em ratos púberes e adultos expostos durante a pré-puberdade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-15) Santos, Felipe Couto; Neves, Mariana Machado; http://lattes.cnpq.br/7723013563139578
    Sabe-se que a exposição ao arsênio pode induzir mudanças sistêmicas e provocar a disfunção dos órgãos. A maioria dos estudos focados no efeito do arsênio avalia a influência do metaloide na idade adulta. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar parâmetros reprodutivos, hepáticos e renais de ratos Wistar púberes e adultos expostos ao arsênio durante a pré-puberdade. Filhotes machos com 21 dias de vida pós-natal (DPN) foram divididos em dois grupos (n = 20/grupo): Ratos controle receberam água filtrada e ratos expostos receberam 10 mg L -1 de arsênio do dia DPN 21 até DPN 51. No DPN 52, testículo, epidídimo, fígado, rins de 10 animais/grupo foram examinados quanto aos efeitos do arsênio sob abordagens morfológicas, estereológicas, bioquímicas, funcionais e moleculares. Os outros animais foram mantidos vivos em condições livre de arsênio até DPN 82, quando foram analisados considerando os mesmos parâmetros. Ademais, para avaliar os efeitos da exposição pré-púbere ao arsênio na competência reprodutiva masculina, os ratos adultos foram acasalados com fêmeas não expostas. Os animais púberes expostos ao arsênio apresentaram níveis aumentados de mRNA de SOD1, SOD2, CAT, GSTK1 e MT1 em seus testículos e SOD1, CAT e GSTK1 em seu epidídimo. Nesses órgãos, a atividade da catalase estava alterada, gerando subprodutos do estresse oxidativo. A expressão do gene antioxidante não foi alterada em ratos adultos, em contraste com a atividade alterada das enzimas antioxidantes. Alterações histológicas dos tecidos do testículo e epidídimo foram observadas em ratos púberes e adultos. Curiosamente, apenas ratos adultos exibiram uma diminuição notável nos níveis de testosterona sérica. Além disso, nossos resultados mostraram uma diminuição da produção diária de espermatozoides e do número de espermátides testiculares com resistência homogeneizada em ratos adultos expostos ao arsênio, bem como a contagem de espermatozoides em suas regiões epididimárias. Ratos sexualmente maduros exibiram baixa motilidade espermática e porcentagem de espermatozoides com membranas intactas após exposição pré-púbere ao arsênio, o que potencialmente contribuiu para o baixo potencial de fertilidade e a maior perda pré-implantação. A análise proteômica de espermatozoides epididimários detectou 624 proteínas, correspondendo a 608 genes pareados em uma distribuição de 41 agrupamentos. A ontologia do gene identificou um processo glicolítico mais enriquecido e a atividade da GTPase em animais expostos ao arsênio. A análise de enriquecimento KEGG identificou maior enriquecimento de fosforilação oxidativa, glicólise / gliconeogênese, biossíntese de aminoácidos e metabolismo de carbono em espermatozoides de ratos expostos a arsênio, enquanto os animais controle exibiram maior enriquecimento no agrupamento de meiose de oócitos. Das 26 proteínas encontradas fosforiladas nesse estudo, MIEAP apresentou padrão de fosforilação apenas em animais expostos a arsênio. Em relação ao fígado e rins, nossos resultados mostraram que a exposição pré- púbere ao arsênio reduziu o conteúdo de glicogênio e zinco e aumentou a proporção de arsênio no fígado e nos rins de animais púberes. Além disso, o arsênio aumentou o volume de macrófagos e cobre no fígado e reduziu a atividade de SOD e CAT no órgão. No rim, a proporção de selênio reduziu nos animais adultos expostos ao arsênio. Em suma, as injúrias causadas pelo arsênio em animais púberes desapareceram, permaneceram, pioraram ou se recuperaram dependendo do parâmetro e órgão analisado, sugerindo possíveis distúrbios em ratos machos durante a vida adulta. Palavras-chave: Arsenito. Fígado. Pré-púbere. Rins. Toxicologia Reprodutiva
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    Efeitos subletais da deltametrina em larvas de Aedes aegypti
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-28) Marriel, Nadja Biondine; Martins, Gustavo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/8152258339064837
    O Aedes aegypti tem sido objeto de inúmeros estudos devido à sua relevância epidemiológica. Nesse sentido, vários trabalhos têm considerado a relação da utilização de inseticidas e mecanismos de resistência no mosquito. Tendo em vista que, a deltametrina é um dos compostos usados no controle do mosquito, a presente tese constitui um estudo dos efeitos subletais da deltametrina em larvas de quarto instar (L4) de linhagens resistentes e suscetíveis de Ae. aegypti, avaliando o estresse oxidativo e os danos teciduais no intestino e gânglio cerebral. O primeiro capítulo da tese é um artigo de revisão sobre os efeitos subletais da deltametrina, focado em Ae. aegypti. Nele são detalhados o mecanismo de ação do inseticida, aspectos relacionados à resistência, tais como mutações, resistência metabólica, cuticular e os efeitos subletais propriamente ditos. O segundo capítulo versa sobre a análise comparativa dos efeitos subletais da deltametrina em larvas L4 resistentes e susceptíveis de Ae. aegypti. O terceiro capítulo embora tenha como objeto de estudo o Ae. aegypti, não trata de experimentos referentes ao assunto principal da tese. Ele trata dos resultados obtidos com a infecção da glândula salivar de fêmeas de Ae. aegypti pelo Zika vírus. Palavras-chave: Aedes aegypti. Deltametrina. Extresse oxidativo. Intestino. Cabeça.
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    Efeito da exposição subcrônica do extrato etanólico de Athenaea velutina (Sendtn.) D'arcy (Solanaceae) sobre parâmetros testiculares e epididimários de ratos Wistar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-18) Costa, Luiz Pedro de Souza; Neves, Mariana Machado; http://lattes.cnpq.br/2630815275600546
    O uso de plantas com propriedades terapêuticas tem mostrado efeito positivo sobre funções reprodutivas. O gênero Athenaea (Solanaceae) é encontrado principalmente em regiões de Mata Atlântica. A espécie Athenaea velutina (Sendtn.) D’arcy tem se mostrado promissora em estudos recentes como fitoterápico em modelo patológico, sendo seu efeito associados aos compostos vitanolídeos encontrados no extrato. No entanto, não se tem estudos sobre sua ação na reprodução, assim como seus possíveis efeitos toxicológicos, principalmente sobre órgãos reprodutivos. Assim, o presente trabalho avaliou os efeitos do extrato etanólico da folha de A. velutina sobre órgãos reprodutores masculinos de ratos Wistar. Animais adultos tratados por 28 dias foram divididos em seis grupos experimentais (n=5/grupo): controle, tratados com PBS e 1% de DMSO; e os tratamentos com 250, 500 e 1000 mg/kg do extrato de A. velutina (G250, G500 e G1000). Dois grupos foram mantidos por mais 14 dias, sem o tratamento, para avaliação da ocorrência tardia de possíveis efeitos toxicológicos e foram denominados como: controle recovery, inicialmente tratados com PBS e 1% de DMSO; e G1000R, inicialmente tratados com 1000 mg/kg do extrato de A. velutina. O extrato de A. velutina não mostrou causar alterações em parâmetros clínicos e biométricos nos animais tratados. Em relação ao testículo, a avaliação microscópica evidenciou vacúolos na base e ápice do epitélio seminífero de alguns animais do grupo G1000. Observou-se alterações em parâmetros morfométricos tubulares, como aumento no percentual e volume da túnica própria, na altura do epitélio e no índice epitéliossomático, assim como diminuição no percentual e diâmetro do lúmen dos animais dos grupos G500 e G1000. Os componentes intersticiais não apresentaram alterações nos animais tratados com A. velutina. A estereologia e morfometria das células de Leydig mostrou aumento no diâmetro nuclear e em seus componentes nos animais dos grupos G500 e G1000. A histologia e morfometria do epidídimo dos animais tratados com extrato de A. velutina não apresentou alterações significativas. Em relação à atividade das enzimas antioxidantes, nenhuma alteração foi observada nos animais tratados. Por outro lado, o malondialdeído em animais dos grupos G250 e G500 teve sua concentração reduzida. Este trabalho mostrou que, apesar de algumas alterações estereológicas e morfométricas encontradas no testículo, o extrato de A. velutina não gerou toxicidade neste órgão, bem como no epidídimo. Pelo contrário, o extrato regulou positivamente as concentrações de malondialdeído oriundas de processos oxidativos celulares, mostrando um efeito benéfico para a reprodução masculina. Palavras-chave: Solanaceae. Morfometria. Estresse oxidativo. Toxicologia reprodutiva.
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    Alterações morfofisiológicas em Cassia grandis L. (Fabaceae) cultivadas em rejeito de mineração de ferro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-18) Matos, Letícia Paiva de; Oliveira, Juraci Alves de; http://lattes.cnpq.br/4458609451533689
    A atividade minerária gera impactos ambientais por diversos meios, como o acúmulo de metais pesados nos solos e na água. As técnicas de fitorremediação, são muito utilizadas e podem ter seu potencial ampliado com a associação a micro-organismos. Este trabalho avaliou o acúmulo de metais pesados e os efeitos sobre parâmetros morfofisiológicos de plântulas de Cassia grandis, associadas a fungos micorrízicos arbusculares (FMA), cultivadas em rejeito de mineração. Sementes de C. grandis foram germinadas em areia lavada e transplantadas para tubetes com substrato comercial, com ou sem FMA. Posteriormente, foram transferidas para vasos com rejeito de mineração e mantidas em casa de vegetação, por 4 meses, divididas em cinco grupos: substrato comercial sem inóculo (T 0 ), rejeito sem inóculo (T 1 ), rejeito e inóculo obtido de solo de floresta nativa (T 2 ), rejeito e inóculo obtido de área contaminada com rejeito (T 3 ), rejeito e inóculo obtido de área contaminada com rejeito com cultura de laboratório (T 4 ). Foram analisados os teores de metais e arsênio, atividade enzimática antioxidante, trocas gasosas, teores de pigmentos cloroplastídicos, de peróxido de hidrogênio, de malonaldeído e morfologia de folhas. Os elementos arsênio, cádmio e chumbo não foram detectados nos tecidos das plantas. Por outro lado, houve aumentos nas concentrações de ferro (Fe) e cobre (Cu) em folhas das plantas cultivadas com rejeitos de mineração em relação ao controle. O cultivo das plantas em substratos com rejeito de mineração resultou em aumento na atividade das enzimas antioxidantes e nos teores de antocianinas, e diminuição nos teores de clorofilas a, b e carotenoides. O aumento da atividade enzimática pode estar relacionado ao aumento da concentração de alguns metais pesados. Os parâmetros de trocas gasosas foram reduzidos e este fato está diretamente relacionado a alta compactação do rejeito, que impõe uma limitação hídrica as plantas. Nossos resultados indicam que o cultivo de C. grandis em rejeitos de mineração impõe danos fisiológicos e, a inoculação de FMA’s, não resultou em ganhos positivos para a maioria dos parâmetros analisados. A limitação física ao desenvolvimento radicular foi o principal problema nos tratamentos contendo rejeitos. Entretanto, com o manejo adequado do solo, esta espécie pode ser utilizada para revegetação de locais contaminados por rejeito de mineração de ferro. Palavras-chave: Fitorremediação. Metais Pesados. Fisiologia Vegetal. Revegetação.
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    Desenvolvimento pós-embrionário do intestino médio e efeitos mediados por Espinosade em Partamona helleri (Apidae, Meliponini)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-16) Araujo, Renan dos Santos; Tavares, Mara Garcia; http://lattes.cnpq.br/5098010655639692
    Entre as abelhas sociais brasileiras, as pertencentes à Tribo Meliponini, popularmente chamadas de “abelhas indígenas sem ferrão”, são as mais conhecidas e consideradas importantes polinizadores das árvores nativas. O intestino médio é o principal órgão do trato digestório desses insetos, sendo responsável pela digestão e absorção de alimentos. Eventuais intoxicações, como por exemplo, exposição à bioinseticidas, podem resultar em prejuízos ao desenvolvimento pós-embrionário e homeostase do intestino médio e, consequentemente, para o indivíduo, como um todo. O bioinseticida Espinosade é uma mistura de compostos tetracíclicos-macrólidos sintetizados por Saccharopolyspora spinosa (Bacteria: Actinobacteridae). Por causa da sua origem natural, supõe-se que o Espinosade seja mais seguro e menos agressivo ao meio ambiente e às abelhas que os inseticidas sintéticos. Todavia, doses subletais de Espinosade podem induzir efeitos substancialmente desfavoráveis às abelhas, inclusive no intestino médio. Os objetivos deste trabalho foram: 1. Compreender o remodelamento do intestino médio durante a metamorfose de operárias da abelha sem ferrão Partamona helleri; 2. Caracterizar os efeitos letal e subletal da exposição oral crônica do Espinosade no desenvolvimento pós- embrionário dessas abelhas e 3. Avaliar os efeitos da exposição oral aguda do Espinosade na sobrevivência individual, na atividade em grupos, no intestino médio e no cérebro de operárias forrageiras. Dados de imunofluorescência, morfologia, comportamento e sobrevivência foram analisados em larvas, pupas e operárias adultas expostas e não expostas ao Espinosade. Durante o remodelamento do intestino médio, os processos de apoptose e autofagia ocorrem em praticamente todos os estágios de desenvolvimento, com a autofagia sendo mais evidente do que a apoptose, na maioria dos estágios analisados. A ingestão do Espinosade no estágio larval, diminui a sobrevivência, atrasa o tempo de desenvolvimento, compromete o remodelamento epitelial do intestino médio durante a metamorfose e prejudica a organização da matriz peritrófica. Por fim, o Espinosade é capaz de agir negativamente na sobrevivência individual, na atividade geral em grupos e pode comprometer o epitélio do intestino médio de larvas e adultas (recém- emergidas ou forrageiras). Em geral, os dados obtidos contribuem para um melhor entendimento da morfogênese do intestino médio de P. helleri e mostram o risco potencial do Espinosade nos diferentes estágios de desenvolvimento desta espécie. Palavras-chave: Abelhas sem ferrão. Efeitos subletais. Bioinseticida.
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    Avaliação do potencial imunogênico e protetor de duas estratégias vacinais contra doença de Chagas: DNA codificando NTPDase-1 e NTPDase-1 recombinante em fêmeas de camundongos BALB/c
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-11-27) Ribeiro, Karla Veloso Gonçalves; Oliveira, Leandro Licursi de; http://lattes.cnpq.br/1570553007814558
    A doença de Chagas é causada pelo protozoário hemoflagelado Trypanosoma cruzi. Hospedeiros mamíferos são normalmente infectados através do contato de fezes contaminadas do vetor triatomíneo com feridas na pele, conjuntiva e membranas mucosas oral e nasal. O Benznidazol é o único medicamento para tratamento da doença no Brasil, entretanto apresenta diversos efeitos colaterais e é eficiente apenas na fase aguda. Embora a transmissão vetorial seja o mecanismo predominante, a transmissão oral tornou-se comum no Brasil. Tendo em vista o crescimento do número de casos não vetoriais de transmissão da doença, além do tardio ou ausente diagnóstico e toxicidade do medicamento disponível, é de extrema importância desenvolver uma vacina eficaz e segura para controle da doença. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a resposta imune induzida pela vacina de DNA recombinante codificando NTPDase-1 de Trypanosoma cruzi (DNA/NTPDase-1) e pela vacina de NTPDase-1 recombinante (rNTPDase-1) em camundongos BALB/c. A imunização com a proteína recombinante induziu produção mais rápida de IgG total específica e níveis mais elevados de IgG1 e IgG2a em comparação a vacina de DNA/NTPDase-1. O perfil de células T revelou frequência similar de CD3 + /CD4 + e CD3 + /CD8 + entre os grupos proteína, DNA e controle. Houve aumento na frequência de células T ativadas (CD4 + /CD44 + e CD8 + /CD44 + ) no grupo vacinado com rNTPDase-1 em comparação aos grupos controle e DNA/NTPDase-1. O nível de citocinas Th1 (TNF-α e IFN-γ) não diferiu entre os grupos vacinados, enquanto o nível de citocinas Th2 (IL-6 e IL-10) foi menor nos grupos DNA e proteína recombinante em relação ao controle. O nível de óxido nítrico (NO) aumentou em camundongos imunizados com a proteína recombinante. Após o desafio, observamos que a imunização com DNA/NTPDase-1 reduziu a carga parasitária no tecido cardíaco quando comparada aos grupos controle e rNTPDase-1. Além disso, observamos sobrevivência de 100% nos dois grupos vacinados, enquanto 50% dos animais morreram no grupo controle. Dessa forma, o estímulo para produção de anticorpos específicos, a ativação de células T CD4 + e CD8 + , a redução na produção de citocinas anti-inflamatórias e o aumento da produção de NO obtidos no esquema vacinal usando proteína rNTPDase-1 e a redução da carga parasitária no tecido cardíaco induzido por DNA/NTPDase-1 demonstram a potencialidade desse antígeno para o desenvolvimento de vacina para o controle da doença de Chagas.
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    Characterization of spermatheca-related genes in Aedes aegypti
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-27) Pascini, Tales Vicari; Martins, Gustavo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/9264208382402040
    Aedes aegypti is an important hematophagous mosquito, with anthropophilic habits, also known as vector of important pathogens to humans, such as Yellow Fever, Dengue, Chikungunya, and, Zika viruses. A. aegypti females usually mate once, receiving the sperm to produce the whole offspring during their reproductive period. The spermatheca is responsible for sperm maintenance, nutrition and protection against physical and oxidative stress damage leading the long-term sperm storage process, resulting in the increase of the female fecundity. This reproductive autonomy of the females enhances their dispersion and then their vectorial capacity and the spermatheca play pivotal role providing the suitable environment, guaranteeing the sperm viability. There are three spermathecae in A. aegypti: two lateral and a central larger one. Considering the importance of this organ, in the present work, we reviewed different aspects of the spermatheca of insects, highlighting its importance for the reproductive success of the insects. This review also highlighted the number of spermathecae according to different taxonomic group, the role of different spermathecal parts (duct, reservoir, and gland), emphasizing their function along the processes of sperm maintenance. We also aimed to elucidate that the global gene expression in virgin and fertilized spermathecae (“spermathecomes”) separately, through RNA sequencing and bioinformatics analyzes. In virgin females, there is a greater number of coding sequences related to the establishment environment to receive and to allocate the spermatozoa. In fertilized spermathecae the most representative transcripts are related to the maintenance of the spermathecal microenvironment, thus prolonging the viability of these gametes. Differentially expressed genes (DEGs) were also analyzed by comparing virgin and fertilized spermathecae. We attempted the silencing of some of these DEG by the RNAi technique, to analyze the effects of knocking-down these genes throughout the reproductive process in A. aegypti. The females were injected with dsRNA of eight different genes related to energy metabolism (Ae-92048), chitin-bound components (Ae- 187521 and Ae-88956), transcriptional regulation (Ae-27176), hormonal regulation (AeSigP- 4002), enzymatic activity (Ae-SigP-212177), antimicrobial activity (AeSigP-109183) and ion homeostasis (AeSigP-66427). The gene silencing decreased the female survival, reduced the blood-feeding intake, nutrients storage/conversion, egg production and oviposition and offspring productions. In addition, the silencing of AeSigP-66427 affecting sperm motility and impaired egg production. At last, by the in situ hybridization we could detect in which part or the spermatheca, the chosen target genes are expressed. The present work is pioneer to identify the collection of genes expressed the virgin and fertilized spermathecae of A. aegypti. Through this intriguing study, we were able to elucidate the genes and some processes related to the long-term storage of spermatozoa in A. aegypti. Moreover, this work provided the basis for the establishment of alternative strategies to control this vector, by reducing its reproductive capacity.
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    Utilização de abelhas adultas em análises de citometria de fluxo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-20) Faustino, Alessandra de Oliveira; Salomão, Tânia Maria Fernandes; http://lattes.cnpq.br/5969990793254393
    O primeiro trabalho de citometria de fluxo utilizando abelhas da tribo Meliponini, quantificou o genoma de três espécies, as quais apresentaram conteúdo de DNA de 0,43 pg em Scaptotrigona xantotricha, 0,93 pg em Melipona rufiventris e 0,95 pg em Melipona mondury. Posteriormente à determinação do seu conteúdo genômico, S. xantotricha passou a ser utilizada como padrão interno, em todos os estudos de citometria com meliponíneos. Atualmente, valores de apenas 63 espécies de abelhas estão disponíveis, mostrando uma escassez de dados nesse grupo. Uma das razões para esse desprovimento de dados, pode ser devido à dificuldade do acesso as larvas e pupas, que foram as únicas utilizadas, até o momento, nos estudos de quantificação do genoma de abelhas. Sendo assim, a busca pela utilização de material mais acessível, pode ser uma estratégia para que mais espécies sejam analisadas. Portanto, o presente estudo teve como objetivo testar diferentes tampões para a quantificação do conteúdo de DNA nuclear em abelhas adultas. Para a preparação das suspenções nucleares, a serem analisadas no citômetro de fluxo, foram utilizadas abelhas adultas da espécie S. xantotricha e o padrão interno Drosophila melanogaster, juntamente com os tampões LB01, Galbraith, MgSO 4 e TRIS. Os histogramas obtidos, apresentaram bons níveis de resolução e coeficiente de variação satisfatórios, com percentuais menores do que 5%, variando de 2,24% com o tampão Galbraith a 3,34% com o tampão LB01. O tamanho do genoma de adultos de S. xantotricha apresentou valores muito próximos ou idênticos aos dados disponíveis na literatura para as larvas e pupas dessa mesma espécie. Da mesma forma, a razão experimental não apresentou grandes variações em relação à teórica (2,39), sendo o tampão MgSO 4 com razão de 2,34 o mais distante. Em relação à porcentagem de debri celular, as amostras que utilizaram os tampões Galbraith, MgSO 4 e TRIS, mostraram-se mais limpas em relação as que utilizaram o tampão LB01. Por fim, os resultados dos parâmetros analisados, no mesmo dia da extração e 24 após extração, foram muito semelhantes. Mediante o exposto, podemos concluir que a utilização de abelhas adultas para a determinação do conteúdo de DNA é tão eficaz quanto ao uso de larvas e pupas, visto que seus resultados não apresentaram diferenças estatisticamente significantes quando comparados com os dados da literatura.