Biologia Celular e Estrutural

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    Morfologia e morfometria testicular de camundongos adultos submetidos à exposição crônica ao arsenato
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-09-25) Carvalho, Fabíola de Araújo Resende; Oliveira, Juraci Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782512D8; Paula, Tarcízio Antônio Rego de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701637D5; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; http://lattes.cnpq.br/3261687352553974; Neves, Clóvis Andrade; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785611E1; Rocha, Juliana Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790471J6; Neves, Mariana Machado; http://lattes.cnpq.br/7880116499692231
    Verifica-se atualmente aumento na preocupação com os potenciais efeitos de vários contaminantes ambientais, dentre eles o arsênio inorgânico, um dos principais poluentes da água considerado um problema de abrangência mundial. A intoxicação por arsênio pode resultar em efeitos tóxicos, agudos ou crônicos, ocasionando diferentes patologias, dentre elas aquelas que afetam o sistema reprodutor masculino. Desta forma, este trabalho teve como objetivo a investigação dos efeitos crônicos do arsênio sobre a biometria corporal e testicular, dos túbulos seminíferos e do compartimento intertubular de camundongos adultos. Vinte e quatro camundongos foram divididos em três grupos: o Controle (CTR), que recebeu apenas água destilada e os grupos de tratamento que receberam solução de arsênio, na forma de arsenato de sódio na concentração de 1,0 mg L-1, durante 42 dias (grupo AS1) e 84 dias (grupo AS2). Os órgãos sexuais, fígado, rins e pele foram coletados e fixados em Karnovsky. Os testículos foram processados e corados em azul de toluidina/borato de sódio para as análises histopatológicas. O tratamento com arsenato na concentração de 1,0 mg L-1 via água de consumo em camundongos Swiss adultos, aumentou significativamente o peso corporal no grupo AS2 em relação ao grupo AS1 e o CTR. Já o peso testicular não variou significativamente entre os grupos. Epidídimo, vesícula seminal e ducto deferente não apresentaram alteração de peso, enquanto a próstata teve seu peso reduzido nos grupos AS1 e AS2. O mesmo foi observado para fígado e rim. Houve acúmulo de arsênio em todos os órgãos analisados, sendo este maior nos animais que ficaram mais tempo expostos ao agente tóxico. A alanina aminotranferase não apresentou alterações, ao passo que a aspartato aminotranferase (AST) aumentou no grupo AS2. O aumento de AST sinaliza para a toxicidade do arsênio na função hepática e renal, motivando assim estudos histológicos e morfométricos destes órgãos posteriormente. A proporção de túnica própria se mostrou aumentada nos grupos AS1 e AS2 em relação ao CTR, sugerindo um possível mecanismo de proteção à ação do arsenato nos túbulos seminíferos, uma vez que a túnica própria faz parte da barreira hemato-testicular. Por outro lado, a proporção de epitélio seminífero foi diminuída significativamente no grupo AS1. O diâmetro tubular e o epitélio seminífero se apresentaram recuperados no grupo AS2 em relação ao grupo AS1. O arsênio causou diferentes patologias testiculares, particularmente nos túbulos seminíferos. Houve redução na proporção de células de Leydig, bem como no seu diâmetro nuclear e volume. Além disto verificou-se aumento expressivo de macrófagos nos animais expostos por mais tempo à ação do arsênio. O volume de vasos sanguíneos apresentou queda significativa em AS2 em relação aos demais grupos. O contrário ocorreu com o grupo AS1, onde observou-se aumento neste parâmetro. Um aumento expressivo no volume de vasos linfáticos foi observado nos grupos tratados em relação ao CTR. Os volumes de células de Leydig e de tecido conjuntivo foram diminuídos nos grupos tratados, comparados ao grupo CTR. Para volume de macrófagos, observou-se um aumento em AS2, comparado a AS1 e CTR. Quanto à morfometria de células de Leydig, o diâmetro nuclear , a proporção de núcleo e citoplasma, o índice Leydigossomático e o volume nuclear foram reduzidos significativamente nos grupos tratados, em comparação com o grupo CTR. Já a relação nucleoplasmática foi reduzida apenas no grupo AS1. Desta forma, detectamos que o arsênio afetou a porção endócrina do testículo. Os níveis plasmáticos de testosterona apresentaram-se reduzidos nos dois grupos de tratamento. Este trabalho confirmou a toxicidade do arsênio na concentração de 1,0 mg L-1 em dois períodos de exposição diferentes. Os dados apresentados permitem inferir que esta concentração de arsênio não interferiu na morfometria tubular, porém causou alterações na biometria testicular e corporal, além de se acumular em vários órgãos e fornecer fortes indicativos de sua toxicidade hepática e renal de camundongos em idade reprodutiva. Adicionalmente, o arsênio levou a uma desorganização do epitélio germinativo, o que certamente pode comprometer o processo espermatogênico. O arsênio também alterou os parâmetros morfométricos das células de Leydig e provocou redução nos níveis de testosterona plasmática, confirmando a toxicidade deste elemento no sistema reprodutor masculino.
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    Toxicidade do arsenato e efeito protetor do guaraná e da vitamina E no aparelho reprodutor de camundongos machos adultos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-18) Mata, Wellington de Souza; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723914H4; Oliveira, Juraci Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782512D8; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; http://lattes.cnpq.br/6447472108833153; Neves, Mariana Machado; http://lattes.cnpq.br/7880116499692231; Rocha, Juliana Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790471J6
    A exposição ao arsênio (As) pode ocorrer, principalmente, pela água de beber e, em algumas situações, por ingestão de alimentos contaminados, inalação e absorção cutânea. Processos naturais, industriais e antrópicos têm contribuído para aumentar os teores de As no meio. O As influencia a função reprodutiva masculina, afetando o processo espermatogênico, e várias evidências indicam sua ação tóxica está relacionado ao aumento da produção de espécies reativas de oxigênio. Estes efeitos deletérios podem ser minimizados pela administração de diversas substâncias, incluindo aminoácidos, vitaminas e compostos quelantes. O guaraná, planta originária da região amazônica, é rico em cafeína, flavonóides e taninos com propriedades antioxidantes, sendo utilizado na fitoterapia para a prevenção e o tratamento de doenças relacionadas ao desequilíbrio da atividade oxidante da célula. A vitamina E suprime a peroxidação lipídica no testículo e mitocôndrias, sendo capaz de reverter efeitos deletérios decorrentes da exposição testicular a diversos fatores como ozônio, ciclofosfamida, toxinas e contaminantes policlorados bifenilicos. O presente trabalho avaliou a capacidade do testículo e outras estruturas teciduais acumularem arsênio e os efeitos tóxicos decorrentes desse acúmulo, assim como o potencial antioxidante do guaraná e da vitamina E. Foram utilizados 35 camundongos Suíços com idade de 70 dias, divididos em cinco grupos contendo sete animais cada: CTR-(controle negativo) em que os animais receberam apenas água destilada e 0,5 mL do veículo de suspensão carboxi- metil celulose (CMC) via intraperitonial (i.p); ARS-(controle positivo) em que os animais receberam 100 mg L-1 de arsenato e 0,5 mL de CMC/i.p; VTE - em que os animais receberam 100 mg L-1 de arsenato e vitamina E/i.p (2mg em 0,5 mL de CMC); GUA- em que os animais receberam 100 mg L-1 de arsenato e guaraná/i.p (2 mg g-1 de peso corporal em 0,5 mL de CMC); GUA/VTE - em que os animais receberam 100 mg L-1 e vitamina E (2mg em 0.5 mL de CMC) associada ao guaraná (2mg g-1 de peso corporal em 0.5 mL de CMC). O arsenato foi fornecido aos animais na água de beber e os tratamentos administrados em intervalos de 72 h. Após 42 dias, o que corresponde a um ciclo espermatogênico, os animais sofreram eutanásia e procedeu-se às análises. Os animais do grupo ARS apresentaram redução significativa no peso corporal, peso do parênquima e peso testicular, maior acúmulo tecidual de arsênio e concentrações elevadas de ALT, o que sugere ação hepatotóxica do arsenato além de uma redução no volume dos túbulos seminíferos, diâmetro tubular, na proporção da túnica própria, altura e proporção do epitélio germinativo e na produção espermática diária total. No compartimento intertubular, observou-se aumento da proporção volumétrica de tecido conjuntivo, macrófagos, espaço linfático, redução na proporção e volume da célula de Leydig, diâmetro nuclear, volume nuclear número das células de Leydig por testículo e na concentração plasmática de testosterona. A administração isolada ou associada de guaraná e vitamina E minimizou a maioria dos efeitos deletérios do arsenato na estrutura e função do aparelho reprodutor masculino. Esses dados indicam papel protetor de compostos não-enzimáticos presentes na dieta, como a vitamina E e o guaraná, capazes de minimizar os efeitos de espécies reativas de oxigênio.