Biologia Celular e Estrutural

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    Efeitos colaterais do imidacloprido em larvas e adultos de operárias da abelha Apis mellifera
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-11-24) Carneiro, Lenise Silva; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/5902619659741437
    A abelha Apis mellifera tem sido utilizada tanto para polinização quanto para produção de produtos apícolas devido a sua eficácia e ampla disponibilidade. O declínio de populações de abelhas tem sido reportado em vários locais como Europa e Ásia e uma das causas é a exposição a pesticidas. O imidacloprido é um dos inseticidas mais utilizados no mundo, pois possui toxicidade seletiva é neurotoxico e causa hiperexcitação e paralisa. Sendo um inseticida sistêmico e persistente, é capaz de translocar pelos tecidos da planta e atingir as abelhas através da alimentação. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos colaterais do imidacloprido no intestino médio de adultas de A. mellifera e intestino médio e corpo gorduroso de larvas de operárias de A. mellifera. No capítulo 1, a toxicidade, histopatologia, citotoxicidade e expressão do gene atg1 relacionado à autofagia foram avaliados no intestino médio de operárias expostas oralmente ao imidacloprido. O epitélio do intestino médio de abelhas tratadas apresentaram a ocorrência de vacúolos citoplasmáticos, espaços intercelulares aumentados, desorganização da borda estriada e picnose nuclear, com índice de lesão de órgãos que aumenta com o tempo de exposição. As células digestivas do intestino médio das abelhas tratadas apresentam saliências apicais, mitocôndrias danificadas e autofagossomos que foram caracterizados por conteúdo com restos de organelas e alta expressão de atg1. Essas características indicam a ocorrência de morte celular. No capítulo 2, foram avaliados os efeitos do imidacloprido no intestino médio e corpo gorduroso de larvas através de análises histopatológicas, citoquímicas e expressão de cdc20 para divisão celular. No intestino médio de larvas tratadas foi observada a desorganização da arquitetura do epitélio, formação de bolhas na superfície, apical, liberação de fragmentos celulares para o lúmen do órgão, perda de borda estriada, condensação nuclear e vacuolização citoplasmática, indicando morte celular. A presença de proteínas foi detectada em todo epitélio intestinal de larvas tratadas e controle, provavelmente são enzimas responsáveis pela digestão. O teste histoquímico para polissacarídeos neutros evidenciou o glicocálice, que se mostrou desorganizado nas abelhas expostas ao inseticida. Os trofócitos, principal célula do corpo gorduroso, não apresentaram alterações morfológicas entre tratamento e controle. Mas o citoplasma das células do tratamento apresentaram gotículas lipídicas significativamente menores e maior quantidade de proteínas provavelmente respostas ao estresse causado pelo inseticida. A quantidade de carboidratos não variou estatisticamente entre tratamento e controle o que pode estar associado à tolerância a inseticidas. A expressão de cdc20 não apresentou diferença significativa entre tratamento e controle de nenhum dos órgãos avaliados, indicando que a exposição ao inseticida não induziu divisão celular. Juntos, esses resultados demonstram que o imidacloprido afeta órgãos não alvo da abelha A. mellifera reforçando o seu impacto negativo sobre esses importantes polinizadores. Palavras-chave: Abelha. Corpo gorduroso. Imidacloprido. Intestino médio. Larva.
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    Efeito citotóxico do iprodione no intestino médio de operárias da abelha Apis mellifera
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-09) Carneiro, Lenise Silva; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/5902619659741437
    A abelha Apis mellifera está entre as mais usadas para serviços de polinização e seus produtos como mel, própolis, cera e veneno possuem importância econômica. O Distúrbio do Colapso de Colônias está relacionado com o declínio de abelhas, e é causado por fatores como doenças, pesticidas e problemas de manejo. Os fungicidas são responsáveis pela maior parte do teor de pesticidas nos grãos de pólen e podem atingir as abelhas pela alimentação. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito citotóxico do fungicida iprodione nas células digestivas do intestino médio de operárias adultas de A. mellifera. O teste de toxicidade para o iprodione foi realizado utilizando operárias recém-emergidas alimentadas com diferentes concentrações do fungicida diluído em sacarose 50% por 72 h sendo a mortalidade avaliada a cada 24 h. Como não houve mortalidade significativa no teste de toxicidade, a microscopia de luz, eletrônica e a expressão do gene de autofagia atg-1 foram realizadas com abelhas alimentadas com a DL 50 indicada pelo fabricante por 12 h e 24 h. Houveram danos nas células digestivas como vacuolização citoplasmática, protrusões celulares apicais e condensação e fragmentação da cromatina nuclear, características indicativas de apoptose. A ultraestrutura mostrou que os vacúolos eram autofágicos e que algumas células apresentaram necrose. A expressão de atg-1 foi similar nas abelhas tratadas e controles, o que pode ser explicado pelo fato de ATG-1 estar presente nas fases iniciais da autofagia e a maioria dos vacúolos autofágicos encontrados na ultraestrutura serem maduros. O iprodione atua inibindo a síntese da glutationa, o que culmina na formação de espécies reativas de oxigênio que podem induzir os diferentes tipos de morte celular. Os resultados obtidos indicam a necessidade de atenção no uso do iprodione, uma vez que ele tem possíveis efeitos colaterais para organismos não-alvo, como as abelhas.