Genética e Melhoramento

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/177

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 14
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Diversidade genética e mapeamento associativo para resistência à fumonisinas em milho tropical utilizando marcadores SNPs
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-12-20) Silva, Karla Jorge da; Dias, Luiz Antonio dos Santos; http://lattes.cnpq.br/8436009851035275
    O conhecimento da diversidade genética é fundamental para um programa de melhoramento de plantas pois ajuda entender a relação genética entre as linhagens para direcionar cruzamentos. O mapeamento associativo (GWAS) é um dos principais métodos para relacionar genes e alelos às características de interesse, por meio da co-segregação de marcadores genéticos polimórficos com variação fenotípica. Este trabalho teve como objetivo investigar a diversidade genética de linhagens de milho e verificar a relação entre diversidade genética e padrões heteróticos para a produção de grãos dos híbridos. Com outro conjunto de dados, o objetivo foi identificar regiões genômicas associada com à fumonisina no milho, por meio do mapeamento associativo. Para o estudo da diversidade genética, um total de 1.041 linhagens foram genotipadas por sequenciamento, gerando 32.840 SNPs. Além disso, a diversidade genética de linhagens foi correlacionada com a produção de grãos de 591 híbridos, entre as linhagens genotipadas. No entanto, apenas essas distâncias genéticas entre linhagens não foram suficientes para predizer o desempenho híbrido, uma vez que foi obtida uma correlação de Pearson baixa, embora significativa (0,22, p <0,01) entre distâncias genéticas dos parentais e a produção de grãos dos híbridos. O estudo de mapeamento associativo foi conduzido usando dados fenotípicos de 205 linhagens do painel de milho avaliadas em três ensaios de campo realizados em Sergipe, e um conjunto de 385.654 SNPs. O GWAS foi possível encontrar 45 SNPs significativamente associados à resistência à fumonisinas, agrupados em 19 QTLs. Os QTLs nos bins 2.05, 2.06, 2.08, 2.09, 3.06, 4.05, 5.01 e 10.03 possuem genes candidatos. Com funções preditas implicadas na resistência a patógenos. Os QTLs serão úteis para a seleção assistida por marcadores e para uma melhor compreensão da resistência à fumonisina em milho. Palavras-chave: Genes. Marcadores moleculares. Melhoramento genético. Zea mays.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Clonagem e caracterização de um novo gene putativo de resistência do cafeeiro a Hemileia vastatrix e aplicação na seleção assistida
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-11) Almeida, Dênia Pires de; Caixeta, Eveline Teixeira; http://lattes.cnpq.br/1347877952997666
    A ferrugem do cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, é uma das doenças mais preocupantes para a cafeicultura mundial. A alta variabilidade genética desse fungo e, consequentemente, o surgimento de novas raças do patógeno, tem resultado na suplantação da resistência de cultivares lançadas pelos programas de melhoramento genético. Para desenvolver cultivares com resistência durável, é essencial o entendimento dos genes de resistência envolvidos e seus mecanismos moleculares de atuação na resistência. Dessa forma, nesse estudo, foi realizada a clonagem e caracterização molecular de um novo gene (Receptor Like Kinase) presente no Híbrido de Timor (HdT) CIFC 832/2, uma das principais fontes de resistência dos programas de melhoramento. A clonagem foi realizada a partir de screening de uma biblioteca de clones BAC (Bacterial Artificial Chromosomes), usando um gene que foi selecionado de biblioteca subtrativa entre interação compatível e incompatível de Cafeeiro-H. vastatrix. A sequência da BAC selecionada foi analisada, sendo identificado dois genes putativo para resistência do cafeeiro. Por meio de RT-qPCR, um dos genes, denominado de HdT_LRR_RLK2 (Leucine-rich repeat rececptor like kinase), apresentou pico de expressão apenas na interação incompatível, sendo esse considerado um novo gene putativo de resistência do cafeeiro a H. vastatrix. A partir desse gene caracterizado, foi desenvolvido um marcador molecular funcional, o qual foi analisado e validado em um conjunto de clones de cafeeiros diferenciadores de raças de H. vastatrix e, então, usados na seleção assistida (SAM). Na SAM, cafeeiros em diferentes gerações de melhoramento foram analisados com o marcador funcional desenvolvido, além de outros marcadores previamente obtidos e associados a diferentes genes de resistência a H. vastatrix. Foi utilizado marcadores SCAR, CAPS e SSR flanqueando dois locos (genes maiores) de resistência a raças I, II e patótipo 001 de H. vastatrix, previamente localizados em mapa genético, além de marcador funcional originado de outro gene clonado (CC-NBS-LRR) alocado em outra região do mapa genético. Nesse trabalho, também foram usados os marcadores CBD-Sat207 e CBD-Sat235 associados ao gene Ck1 de resistência a Coffee Berry Disease (CBD). Essa doença se encontra presente somente no continente africano, no entanto, o uso dos marcadores permite realizar melhoramento preventivo para essa importante doença. Nas gerações F 2 , F 3 e Retrocruzamento Suscetível (RCS 2 ) (Híbrido de Timor UFV 443-03 x Catuaí Amarelo IAC 64), as plantas foram genotipadas e fenotipadas com a raça II de H. vastatrix, para validação dos marcadores. As populações F 3:4 e RCS 3 foram genotipados com os marcadores validados. Foram identificados na F 3:4 cafeeiros com o genótipo AABBCCDDEe e no RCS 3 , genótipo AaBbCcD_E_, sendo que o loco A, B, C e D correspondem aos quatro locos de resistência a H. vastatrix e E ao loco de resistência a CBD. A SAM permitu a identificação e obtenção de piramidação de múltiplos genes de resistência a ferrugem e a CBD. Os genótipos identificados serão usados para avanço de geração e plantados para os testes de campo. O uso das estratégias de SAM e piramidação de genes têm potencial de obtenção de resistência duradoura à doenças, além de reduzir tempo, espaço e custo dos testes de campo, por permitirem o descarte de plantas contendo os alelos recessivos nos diferentes locos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Obtenção e avaliação de híbridos de tomateiros com gene de nanismo visando o processamento industrial dos frutos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-30) Fumes, Leandro Augusto Andrade; Silva, Derly José Henriques da; http://lattes.cnpq.br/1837257944754589
    O tomateiro com o fruto destinado à indústria é cultivado de forma rasteira, sem a utilização de tutoramento, fazendo com que a planta fique naturalmente prostrada e com os frutos em contato com o solo, no qual se encontram patógenos que reduzem a qualidade dos frutos. A utilização de nanismo em plantas é uma alternativa para reduzir esse acamamento e possibilitar, consequentemente em tomateiros, menor contato dos frutos com o solo. O objetivo deste trabalho foi obter e selecionar linhagens parentais e gerar híbridos de tomateiro com copa compacta (anãs) e alta produtividade, mantendo boa qualidade de frutos. Para isso, foram realizados dois experimentos: o primeiro, em delineamento em blocos aumentados, para a avaliação dos indivíduos de quatro populações, com um total de 492 linhagens geradas a partir do cruzamento entre híbridos comerciais e acessos contendo gene de nanismo, sendo utilizados os valores genotípicos, estimados por modelos mistos, para selecionar os genótipos superiores. E o segundo experimento, em que esses genótipos selecionados enfatizando produção de frutos e copa compacta, foram cruzados em um esquema de dialelo parcial 6x5, seguido da avaliação dos 30 híbridos gerados, em um experimento com delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Entre as linhagens avaliadas, utilizando os valores genotípicos, foi possível realizar seleção de indivíduos superiores para cada característica, podendo também eleger indivíduos geneticamente complementares para realização de cruzamentos. Na avaliação dos híbridos, foram encontrados genótipos com dossel reduzido (até 27,3% menor que as testemunhas) e alta produção (até 47,9% maior que as testemunhas), mantendo a qualidade de fruto e polpa (viscosidade, pH, firmeza e sólidos solúveis totais). Com o híbrido mais produtivo, o H-9, se for utilizado um número maior de indivíduos por área, respeitando a proporção da redução do dossel, é estimada uma produtividade 69,6% maior que a observada pelas testemunhas deste ensaio, demonstrando que a inserção do gene de nanismo e a obtenção e escolha de bons genitores foi eficiente na formação de híbridos superiores. Palavras-chave: Solanum lycopersicum. Recursos genéticos. Modelos mistos. Dialelo parcial.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Cariótipo e conteúdo de DNA nuclear em espécies da família Marantaceae
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-27) Santos, Bruna Natália Veloso dos; Clarindo, Wellington Ronildo; http://lattes.cnpq.br/5426087013337537
    Marantaceae é uma família de monocotiledôneas que apresenta dados citogenéticos limitados a contagem do número de cromossomos. Marantaceae possui ampla distribuição geográfica e alta diversidade de espécies, uma variação notável em características morfológicas e de número de cromossomos. Num contexto citotaxonômico (descritivo e prospectivo), o objetivo deste trabalho foi mesurar o conteúdo de DNA nuclear 2C para 23 espécies, determinar o número de cromossomos de 9 espécies, e caracterizar os cromossomos do cariótipo de Monotagma plurispicatum (Körn.) K.Schum. O conteúdo de DNA 2C nuclear variou entre as espécies de 2C = 0,63 pg a 13,49 pg. A contagem do número de cromossomos revelou diferenças notáveis entre as espécies, com 2n = 12, 24, 26, 36, 44, 46, 48 e 50 cromossomos. M. plurispicatum possui 2n = 12 cromossomos, sendo dois pares de cromossomos metacêntricos (cromossomos 1 e 5), três pares submetacêntricos (cromossomos 3, 4 e 6) e um par de cromossomo acrocêntrico. Identificamos dois sinais rDNA 5S na região intersticial do braço curto de um dos cromossomos do cariótipo. Os resultados obtidos no presente trabalho sugerem que a diversificação da família Marantaceae ocorreu por meio de eventos de poliploidia e disploidia (ascendente e/ou descendente). Futuros estudos são necessários, incluindo outras espécies aqui não amostradas, a fim de entender essas mudanças dentro da família. Palavras-chave: Citogenética. Citometria de fluxo. Monocotiledônea. Zingiberales.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Da floresta para a savana e de volta para a floresta: história evolutiva do gênero Dimorphandra (Leguminosae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-23) Rocha, Vinicius Delgado; Oliveira, Luiz Orlando de; http://lattes.cnpq.br/1145432535640113
    Amazônia e Mata Atlântica são fitodomínios caracterizados por florestas tropicais enquanto que o Cerrado é composto por vegetação de savana. Estes três fitodomínios são encontrados na América do Sul e possuem certas afinidades na flora e fauna. Mudanças de habitat ou de fitodomínios (transições ecológicas) podem explicar a atual distribuição geográfica e a diversificação de organismos. O gênero Dimorphandra inclui 26 espécies divididas em três subgêneros: (1) Dimorphandra com ocorrência nos três fitodomínios; (2) Phaneropsia e (3) Pocillum com ocorrência restrita na Amazônia. Neste estudo, investigou-se a relações filogenéticas do gênero Dimorphandra usando dados moleculares de genoma cloroplastíco e do genoma nuclear para fazer inferências sobre a história evolutiva da flora arbórea nos fitodomínios. Os dados mostraram que as espécies do subgênero Dimorphandra do Cerrado e Mata Atlântica tiveram posição mais derivada, sugerindo evolução mais recentemente. Dimorphandra do Cerrado teve origem em ancestrais da floresta da Amazônica, enquanto que pelos menos três espécies amazônicas tiveram origem em ancestrais do Cerrado. As espécies de Dimorphandra da Mata Atlântica foram descendentes de linhagens ancestrais do Cerrado. O gênero Dimorphandra evolui sob um dinâmico processo de transição ecológica entre os três fitodomínios, havendo migração e posterior diversificação de linhagens da floresta Amazônica dentro Cerrado ou vice-versa, e do Cerrado dentro Mata Atlântica. Portanto, processos de transições ecológicas parecem ter contribuído na montagem da flora destes fitodomínios. A análise filogenética bayesiana revelou que o gênero Dimorphandra não é monofilético e de modo geral cada subgênero foi agrupado em um clado. Os subgêneros Phaneropsia e Pocillum tiveram relações filogenéticas mais próximas com outros gêneros do que com o subgênero Dimorphandra. Apesar das evidências filogenéticas sugerirem que o gênero Dimorphandra merece uma nova revisão, decidimos manter a atual circunscrição até que a posição incongruente dos subgêneros Phaneropsia e Pocillum seja resolvida. Palavras-chaves: Amazônia. Cerrado. Diversificação. Flora arbórea. Mata Atlântica. Transições ecológicas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Estudos citogenéticos em vespas dos gêneros Microstigmus e Spilomena (Hymenoptera, Sphecidae, Pemphredoninae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 1993-12-21) Costa, Marco Antônio; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8721647772738636
    Microstigmus e Spilomena são pequenas vespas com tamanho variando de 3 a 5 mm de comprimento. Microstigmus tem distribuição restrita à região neotropical e Spilomena é cosmopolita. O presente trabalho teve como objetivo determinar o número e a morfologia dos cromossomos em diferentes espécies de Microstigmus e Spilomena bem como estabelecer as relações filogenéticas entre elas com base na variação cariotípica encontrada. Foram analisadas 36 espécies de Microstigmus e 6 espécies de Spilomena, tendo sido evidenciada uma grande variação no número cromossômico nestes dois gêneros. A distribuição destes números foi bimodal, com moda em n=3 e 5. Setenta e quatro porcento das espécies apresentaram n>5. Estas observações levaram à sugestão de que um número cromossômico baixo seja ancestral para o grupo em estudo. 0s números maiores ou próximos teriam derivado dele, principalmente por rearranjos do tipo Robertsoniano. Com base na variação numérica encontrada, foi possível dividir as espécies em três grupos cariotípicos. O grupo I foi mais heterogêneo, com n variando de 3 a 8 e contendo as espécies mais primitivas de Microstigmus e Spilomena. O grupo II foi mais homogêneo em torno de números elevados (n= 7 a 11), porém com dois valores menores (n=4 e 5) e contendo espécies intermediárias de Microstigmus. O grupo III foi mais homogêneo em torno de números baixos (n=3 a 5) e contendo as espécies mais derivadas de Microstigmus. A abordagem sobre a evolução do cariótipo foi mais difícil nos grupos I e II do que no grupo III, onde as mudanças númericas e morfológicas foram menores e menos frequentes. O número de espécies estudadas ainda é pequeno para se discutir com mais segurança a evolução cariotípica nestas vespas. Um maior acúmulo de dados citogenéticos, incluindo novas espécies de Microstigmus e Spilomena poderá fornecer uma melhor definição para o esquema filogenético existente e também para o melhor entendimento da evolução do cariótipo no material em estudo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Estudos citogenéticos em vespas do gênero Trypoxylon (Hymenoptera, Sphecidae, Larrinae,Trypoxylonini)
    (Universidade Federal de Viçosa, 1994-04-13) Gomes, Luiz Fernando; Campos, Lúcio Antônio de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8523494492373933
    Com o objetivo de fornecer mais dados para o melhor entendimento dos mecanismos envolvidos na evolução do cariótipo dos Hymenoptera e dos Trypoxylon em particular, foram realizados estudos citogenéticos em algumas espécies de vespas do referido gênero. As vespas do gênero Trypoxylon estão biologicamente divididas em dois tipos, quanto ao modo de nidificação: as que fazem ninhos externos, de barro, e as que nidificam em cavidades preexistentes. As coletas das espécies que constroem ninhos externos foram feitas mediante a procura direta nos locais de nidificação, como paredes e portas. As coletas das espécies que nidificam em cavidades preexistentes foram realizadas por meio da técnica de ninhos-armadilhas. Estes eram constituídos por blocos de madeira perfurada ou bambu, de comprimento e diâmetro variáveis, nos quais as vespas construíam seus ninhos. Esses blocos foram colocados em vários locais da região de Viçosa-MG, e eram periodicamente inspecionados e coletados sempre que estavam nidificados. No laboratório, os indivíduos na fase de prepupa ou pupa de olho branco foram submetidos às preparações citogenéticas, sendo que pelo menos um indivíduo de cada ninho foi deixado emergir, os quais foram montados em alfinetes entomológicos, identificados e depositados no Museu de Entomologia da UFV. Foram estudados citogeneticamente 256 exemplares, pertencentes a nove espécies. A variação de distribuição do complemento cromossômico haplóide (n) foi de 15 a 17 e a do número diplóide de braços (2AN), de 34 a 60. As técnicas citogenéticas empregadas, coloração convencional e de banda-C, proporcionaram uma excelente caracterização numérica, morfológica e dos padrões de distribuição da heterocromatina constitutiva, além de fornecer subsídios para inferências dos mecanismos cromossômicos envolvidos na evolução do cariótipo das diferentes espécies. Rearranjos dos tipos fissões e fusões cêntricas, inversões pericêntricas e paracêntricas, mudança do centrômero funcional, adição e deleção de heterocromatina constitutiva foram os prováveis mecanismos responsáveis pela constituição cariotípica das espécies estudadas neste trabalho. A evolução do cariótipo do gênero Trypoxylon, diante das espécies aqui analisadas, é completamente consistente com a hipótese da interação mínima, sendo os principais mecanismos moldadores da evolução atribuídos às fissões cêntricas, ao crescimento em 'tandem' da heterocromatina constitutiva e às inversões pericêntricas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Aspectos da reprodução de Melipona quadrifasciata (Hymenoptera, apidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 1994-12-16) Bezerra, José Maurício Dias; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4373437861146232
    Este trabalho teve o objetivo de estudar os aspectos da reprodução de Melipona quadrifasciata, enfatizando o investimento sexual e suas conseqüências genéticas para fêmeas, machos filhos da rainha e machos filhos das operárias. Foram feitos seis cruzamentos, entre os meses de abril e maio de 1992, dos quais somente três tiveram sucesso. Estes consistiram na cópula de rainhas que geneticamente possuíam um padrão de faixas abdominais interrompidas com machos com padrão de faixas abdominais contínuas. Dessa forma, saber-se-ia a procedência dos machos. Foram feitas transferências de larvas no laboratório, para se conhecer a quantidade de investimento em machos, rainhas e operárias. A seguir, tomou-se a distância intertegular, adotada como a melhor medida que reflete o investimento parental. Durante o período de um ano junho/93 a junho/94 foram analisadas 5.755 indivíduos prestes a emergir de 15 diferentes colméias do Apiário Central da UFV. Foi calculada a freqüência das diferentes castas e sexo e nos adultos resultantes foi medida a distância intertegular. Observou-se que o volume médio de alimento por célula é de 114 ul e que na região central do favo as células possuem menos alimento que na periferia. Rainhas nasceram preferencialmente na periferia, enquanto que os machos são mais freqüentes no centro dos favos. Os meses em que ocorreu o maior nascimento de machos foram junho a agosto e outubro. Estes resultados indicam que o investimento sexual, quando se considera apenas rainhas e machos, é de aproximadamente 1:1. A maior parte dos recursos é alocado nas operárias.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Plasticidade fenotípica da morfologia, de marcadores químicos e da anatomia de acessos de Bidens pilosa L. crescidos em quatro altitudes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-08-09) Oliveira, José Emílio Zanzirolani de; Casali, Vicente Wagner Dias; http://lattes.cnpq.br/2505425113105659
    A caracterização de 46 indivíduos de Bidens pilosa, coletados em nove altitudes, foi realizada a partir de sete sistemas enzimáticos, utilizando-se a eletroforese em géis de amido a 12%. As enzimas fosfatase ácida, α-esterase, β- esterase, glutamato oxaloacetato transaminase, peroxidase, chiquimato desidrogenase e superóxido dismutase foram analisadas e apresentaram elevado polimorfismo. diferentes As altitudes. variações ocorreram Utilizando-se da entre matriz indivíduos de de mesma dissimilaridade ou obtida de pelo Complemento Aritmético do Índice de Similaridade de Jaccard, agruparam-se os indivíduos pelo Método de Otimização de Tocher e formaram-se dez grupos. Seis genótipos pertencentes a grupos isozimáticos distintos, representando as altitudes 210, 450, 475, 675, 950 e 1.150 m, foram propagados vegetativamente, em cultura de tecidos, obtendo-se clones. Esses foram padronizados, aclimatados e serviram ao estudo da plasticidade fenotípica da influência da altitude em plantas crescidas em vasos em quatro altitudes: 198, 479, 739 e 962 m e os resultados avaliados em quatro colheitas baseadas nos estádios reprodutivos. O início de florescimento variou entre os genótipos mantidos em uma altitude, bem como no mesmo genótipo em cada altitude. A primeira época de colheita de cada genótipo, em cada altitude, foi iniciada 14 dias após a constatação de que 50% de suas plantas estavam floridas. A partir dessa colheita seguiram-se as demais, sendo mantidos representativas intervalos dos regulares estádios de reprodutivos: 14 dias entre florescimento, as colheitas, essas início de frutificação, frutificação plena e senescência. As plantas de cada estádio serviram ao estudo da plasticidade fenotípica. Esse estudo foi feito por meio de caracteres morfométricos, de fitofármacos e anatômicos. Os estudos anatômicos foram feitos apenas no estádio de senescência. Os objetivos foram de identificar os efeitos da altitude sobre estes caracteres e estimar a magnitude e o padrão de resposta dos genótipos às altitudes testadas, bem como obter o coeficiente de coincidência (CCo) entre a resposta à altitude semelhante à de coleta e correlacionar as respostas das características com as variáveis climáticas. Os caracteres morfométricos analisados foram altura da planta, comprimento do caule, número de ramos, número de capítulos, massa seca caulinar, biomassa seca aérea, valor de SPAD foliar, número de folhas por planta, área foliar por planta, área foliar média, massa seca foliar e número de folhas em 1 grama. A análise de fitofármacos das folhas foi feita em extratos etanólicos (80%) submetidos à cromatografia líquida de alta eficiência. Foram identificados e quantificados o ácido clorogênico e o ácido caféico e sua porcentagem na massa seca foliar. Foram obtidas correlações entre as características e os fatores climáticos das altitudes, como temperaturas (máxima e mínima), pluviosidade e capacidade evaporativa do ar. O estudo anatômico foi feito com folhas, analisando a espessura foliar total, espessura do parênquima paliçádico, do parênquima lacunoso, do mesofilo, das epidermes e as relações percentuais entre os tecidos analisados. Obteve-se correlação entre as características anatômicas e climáticas como pressão atmosférica, umidade relativa do ar e luminosidade. Pelos estimadores da plasticidade as altitudes influenciam a resposta morfométrica, de fitofármacos e anatômica e cada genótipo apresentou resposta de acordo com a altitude. Pelo CCo os caracteres morfométricos, de fitofármacos e anatômicos coincidiram em cerca de 53, 45 e 50%, respectivamente, com a resposta à altitude semelhante à de coleta, indicando adaptação intermediária (CCo compreendendo o intervalo de 25 a 75%). A magnitude e o padrão de plasticidade foram específicos em cada genótipo, e nos caracteres morfométricos e de fitofármacos diferiram dentro do mesmo genótipo em função do estádio reprodutivo. Estimou-se que cerca de 83, 76 e 60% da variação morfométrica, de fitofármacos e anatômica, respectivamente, foram devido ao efeito da altitude. Houve variação de fitofármacos entre as altitudes, sendo que na maior altitude (962 m) ocorreu maior acúmulo de ácido clorogênico e na menor altitude (198 m) ocorreu maior acúmulo de ácido caféico. O ácido clorogênico e o ácido caféico tiveram correlação negativa com a temperatura e a evaporação e positiva com a pluviosidade. O aumento da pressão atmosférica e da umidade relativa e a diminuição da luminosidade promovem a diminuição da espessura dos tecidos foliares, sendo o parênquima lacunoso o mais afetado. Conclui-se que a altitude influencia na plasticidade fenotípica e que o estudo da plasticidade em plantas medicinais é importante na seleção de genótipos que possuam adequado crescimento e produção de fitofármacos, servindo na obtenção de plantas medicinais padronizadas, o que auxilia na determinação das doses terapêuticas a serem empregadas medicinalmente.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Seleção, caracterização e comportamento de isolinhas de feijoeiro-comum resistentes à ferrugem, antracnose e mancha-angular
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-01-25) Ragagnin, Vilmar Antonio; Barros, Everaldo Gonçalves de; http://lattes.cnpq.br/2482093828633646
    Isolinhas de feijoeiro-comum obtidas por cruzamentos em que o cultivar Rudá foi o genitor recorrente foram inoculadas com diferentes patótipos de ferrugem, antracnose e mancha-angular, analisadas com marcadores moleculares de DNA e avaliadas por meio de características quantitativas. As inoculações feitas em isolinhas RC n F 2:3 indicaram que as proporções entre as famílias heterozigotas e homozigotas para a resistência foram 2:1 em todos os cruzamentos. Para resistência à ferrugem e antracnose simultaneamente, foram selecionadas 13 isolinhas do retrocruzamento Rudá x Ouro Negro. Para resistência à antracnose, foram selecionadas, ainda, outras 16 isolinhas, sendo 10 isolinhas provenientes do retrocruzamento Rudá x TO e seis do retrocruzamento Rudá x AB 136. Cinco isolinhas homozigotas do retrocruzamento Rudá x AND 277 foram selecionadas para resistência à mancha-angular. De todas as isolinhas homozigotas, foram selecionadas aquelas geneticamente mais próximas do genitor recorrente, pela utilização de marcadores RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA). Essas isolinhas foram utilizadas para avaliar a reação de resistência a ferrugem, antracnose e mancha-angular causadas pelos patótipos Uromyces appendiculatus, Colletotrichum lindemuthianum e Phaeoisariopsis griseola , respectivamente. A s isolinhas ON-25-99 e ON-48-99 se comportavam como resistentes a todos os patótipos de ferrugem inoculados. As isolinhas TO-41-5-6-24 e AB-74-1-13 foram resistentes a todos os patótipos de antracnose testados. A isolinha AN-7-2-9-4-6 foi resistente aos seis isolados de mancha-angular testados. As isolinhas mais próximas geneticamente do recorrente foram caracterizadas com marcadores moleculares fortemente ligados aos genes de resistência dos genitores doadores. Treze marcadores foram testados, e oito deles (OPAZ20 940 , OPB03 1800 , OPH13 490 , ScarBA08 560 , ScarF10 1050 , OPX11 630 , OPY20 830 e Satt174) podem ser potencialmente utilizados para dar continuidade ao processo de piramidização dos genes de resistência no cultivar Rudá. Os outros cinco marcadores sofreram recombinação no processo de retrocruzamento. As isolinhas foram, ainda, testadas para características quantitativas, em que foram estimados diferentes parâmetros genéticos, correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais e efeitos diretos e indiretos de cada característica sobre a produção, mediante o uso da análise de trilha conduzido em dois ambientes diferentes. Os caracteres “número de vagens por planta” e “número de sementes por vagem” apresentaram maiores correlações genotípicas com a produção por planta. A média das características e a precisão experimental foram semelhantes nos dois ensaios. Os resultados encontrados neste trabalho são importantes para dar continuidade ao processo de piramidização de genes visando à resistência a ferrugem, antracnose e mancha- angular no cultivar Rudá atualmente sendo conduzido pelo BIOAGRO/UFV.