Agroquímica

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    Efeito da remoção de frações de solo, da adição de matéria orgânica e do tempo de incubação na adsorção do aldicarbe
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-04-20) Lage, Karine Almeida; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/5497465809546109
    Este trabalho teve como objetivo estudar a adsorção do aldicarbe, princípio ativo do “Temik 150G”, em um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, associado a diferentes proporções de um material orgânico seco, com diferentes tempos de incubação, bem como a influência da remoção da matéria orgânica e dos óxidos de ferro amorfos. O estudo da adsorção do aldicarbe pelas diferentes amostras sólidas foi realizado pela determinação do aldicarbe na solução de equilíbrio e por diferença, a quantidade adsorvida na amostra. O aldicarbe foi extraído utilizando clorofórmio, uma vez que este solvente apresentou um rendimento de extração acima de 94%. O tempo necessário para atingir o equilíbrio entre o aldicarbe e a amostra foi de 30 minutos. Para o estudo da adsorção do aldicarbe, foi adicionado material orgânico seco às amostras (solo (coletado no campo, solo sem matéria orgânica e solo sem matéria orgânica e sem óxidos de ferro amorfos), nas proporções de 0, 5, 15 e 30% incubados por 0, 50, 100 e 150 dias, com umidade próxima da capacidade de campo (50%). A essas amostras foi adicionado aldicarbe 150 na faixa de concentração de 5 a μg mL -1 . Analisou-se o produto extraído por cromatografia gasosa, utilizando um detector de ionização em chama (FID). A adsorção do aldicarbe foi avaliada pelo tratamento matemático dos dados, segundo a equação de Freundlich, através dos coeficientes K f (capacidade 10 de adsorção) e 1/n(linearidade da isoterma) e pela análise de regressão múltipla. Os resultados mostraram que há participação de todas as frações do solo no processo de adsorção. A remoção da fração matéria orgânica do solo causou aumento na capacidade adsortiva; e a remoção dos óxidos de ferro amorfos causou um aumento da adsorção em baixas concentrações e uma redução em altas concentrações de aldicarbe. O tempo de incubação de 60-120 dias influenciou a adsorção de aldicarbe, aumentando a capacidade adsortiva das amostras de solo.
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    Composição lipídica e a qualidade de bebida do café (Coffea arabica L.) durante o armazenamento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-13) Vidal, Hélcio Müller; Jham, Gulab Newandram; http://lattes.cnpq.br/8548745063339780
    Foi conduzido um estudo interdisciplinar para se avaliar o efeito do tempo de armazenamento, estádio de maturação, modo de secagem, torração e local de colheita sobre a qualidade de bebida e analisar as correlações entre composição química do café, infestação por microrganismos e a qualidade de bebida do café. Os seguintes tratamentos foram usados: Tipo de café (verde, cereja e mistura), modo de secagem (pátio e secador) e local de colheita (Viçosa e Machado). O café foi armazenado durante 4, 7, 10, 13, 16 e 19 meses, sendo então avaliada a qualidade de bebida, a cor, a % de infestação por microrganismos e as alterações na composição lipídica, medida pela determinação do teor de óleo, teor e triacilgliceróis (TAGs) e ésteres de terpenos no óleo, acidez e perfil dos ácidos graxos. Observou-se efeito significativo do tempo sobre a cor, teor de óleo e acidez. A acidez aumentou linearmente em função do tempo, enquanto o teor de óleo caiu. Os principais ácidos graxos identificados foram, na ordem, linoleico e palmítco. Entre os tipos de café, verde, cereja e mistura houve variações significativas na cor, acidez e teor de óleo. Poucas diferenças foram observadas entre o café seco em pátio e em secador, do café seco em secador obteve-se menor acidez e maior teor de óleo. Após torração, a principal mudança foi notada no teor de óleo, enquanto que a composição química se manteve praticamente inalterada. Os resultados obtidos pela degustação forma muito discrepantes. Este método analítico envolve um grande fator de subjetividade, não sendo uma análise exata, sujeita a erros, que a torna não confiável.
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    Mecanismo de resposta de plantas de soja ao ataque de Anticarsia gemmatalis pela via das lipoxigenases
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-07) Fortunato, Frederico da Silva; Oliveira, Maria Goreti de Almeida; http://lattes.cnpq.br/2917307844739277
    Lipoxigenases (EC: 1.13.11.12) são enzimas que catalisam a dioxigenação estereoespecífica de ácidos graxos poliinsaturados que contêm o sistema cis,cis-1,4-pentadieno, formando hidroperóxidos que são posteriormente metabolizados, produzindo substâncias fisiologicamente ativas. A Via das Lipoxigenases promove a formação de compostos orgânicos voláteis responsáveis pelo beany flavor dos grãos de soja, o que limita a utilização dessa oleaginosa na alimentação humana. Outra barreira que limita o consumo da oleaginosa na dieta humana são os inibidores de proteases (KTI) que constituem um dos principais fatores antinutricionais da soja. A Via das Lipoxigenases está ligada a importantes processos fisiológicos da planta, tais como: crescimento, desenvolvimento, senescência e na biossíntese de moléculas regulatórias. É postulado que os inibidores de proteases atuam no mecanismo de defesa de plantas contra infestação de insetos e patógenos. Uma estratégia para eliminação do beany flavor e dos fatores antinutricionais é a retirada, pela manipulação genética, das lipoxigenases e dos inibidores de proteases (KTI) dos grãos de soja, desde que essa manipulação genética não altere as funções das lipoxigenases e dos inibidores de proteases presentes nas folhas de soja, tendo em vista suas participações nos mecanismos de defesa da planta a insetos-praga e patógenos. Esse trabalho avaliou a capacidade da planta da soja de responder ao ataque da lagarta da soja ( Anticarsia gemmatalis Hübner) através da Via das Lipoxigenases. Foram utilizados quatro genótipos da variedade CAC-1, contrastando para ausência e presença de genes que codificam as lipoxigenases e os inibidores de proteases nas sementes. As plantas de soja foram submetidas ao ataque da lagarta da soja ( Anticarsia gemmatalis Hübner) e os folíolos da primeira folha trifoliolar de plantas tratadas foram coletados em 6, 12 e 24 horas na presença do inseto e em 6, 12, 24 e 48 horas na ausência do inseto, com os seus respectivos controles. Análises bioquímico-cinéticas mostraram dois picos mais acentuados de atividade e atividade específica de lipoxigenases a pH 4,5 e 6,5, com temperatura ótima de atividade e atividade específica a 25°C. Para os quatro genótipos, as atividades foram maiores nos tratamentos que nos respectivos controles. Os resultados de atividade específica sugerem que a planta de soja respondeu ao ataque da lagarta pelo aumento da atividade de lipoxigenases. Para os quatro genótipos, os valores de K Mapp determinados no pool de lipoxigenases de folhas de soja em 6, 12 e 24 horas, em presença do inseto, e em 6, 12, 24 e 48 horas, na ausência do inseto, foram menores do que os respectivos controles. Houve um aumento nos níveis de inibidores de proteases para os quatro genótipos. A produção de hexanal e de aldeídos totais foi menor 48 horas após a retirada do inseto, indicando que ocorreu resposta da planta de soja ao ataque da lagarta pela Via das Lipoxigenases.
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    Ação da morina sobre coelhos normais e diabéticos: parâmetros metabólicos e morfologia pancreática
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-26) Araújo, Fabiana Amaral; Oliveira, Tânia Toledo de
    O efeito do flavonóide morina foi testado sobre o peso corporal e os constituintes sangüíneos de coelhos normais e diabéticos durante o período de 30 dias. Foram utilizados 24 coelhos da raça Nova Zelândia, sendo 12 animais de cada sexo, distribuídos de forma casualizada em seis grupos experimentais (grupo controle T0, grupo controle diabético T0, grupo controle T30, grupo normal tratado T30, grupo controle diabético T30 e grupo diabético tratado T30). O diabetes mellitus foi induzido nos animais experimentais através de injeção intravenosa de aloxano na dose de 100 mg/kg de peso corporal. Para se evitar a hipoglicemia, decorrente do rompimento das células β e liberação de insulina, foram feitas aplicações de 10mL de solução de glicose 50% p/v, via intraperitonial, após 4, 8 e 12 horas do início da indução. Após a indução de diabetes mellitus aguardou-se um período de seis dias para o desenvolvimento da doença. Amostras de sangue foram coletadas através da incisão no plexo venoso retro orbital do olho utilizando- se a extremidade aguda de um tubo capilar. As determinações do peso e dos níveis séricos de glicose, colesterol total, triglicerídeos, albumina e creatinina foram feitas após 30 dias de tratamento. Os animais que tiveram glicemia acima de 180 mg/dL foram considerados diabéticos. Animais dos grupos controle tratado e diabético tratado receberam, diariamente uma cápsula de 5mg do flavonóide morina. Não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos aplicados nem para os animais normais nem para os diabéticos. Ao final do ensaio biológico os animais foram sacrificados e foi coletado o pâncreas de dois espécimes de cada grupo com objetivo de verificar o efeito diabetogênico do aloxano e o efeito regenerador da morina sobre as células β pancreáticas através de estudo histológico. Não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos aplicados aos coelhos normais nem aos diabéticos. Pela análise histológica foi comprovada a eficácia do aloxano na indução do diabetes mellitus, pela ausência de células β nas ilhotas pancreáticas de animais tratados e não tratados e que a morina não teve efeito regenerador sobre essas células pancreáticas na dose e no tempo empregados no experimento.
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    Otimização de metodologia para determinação de molibdênio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-28) Andrade, Carlos Eduardo Oliveira; Reis, César; http://lattes.cnpq.br/8592300724397366
    Foi desenvolvido um procedimento para a determinação espectrofotométrica de molibdênio, usando a técnica de extração ponto nuvem. Nesta técnica o complexo de molibdênio com tiocianato, em meio ácido, e na presença de um agente redutor é extraído pelo surfactante Triton X-100 ou X- 114. A separação de fases se dá por aquecimento acima de uma temperatura crítica em que ocorre a turvação da solução e por isso essa técnica recebe o nome de “separação ponto nuvem”, do inglês “Cloud point”. Neste processo são formadas duas fases isotrópicas, uma delas aquosa (ou fase pobre em surfactante) e a outra fase rica em surfactante, onde se encontra a espécie a ser extraída. O fenômeno é reversível, e sob resfriamento, uma única fase é novamente obtida. Umas das principais características da reação entre o molibdênio e tiocianato é o estado de oxidação do molibdênio que deve estar em V para que ele possa formar um complexo sem carga com o tiocianato, com isto a necessidade de no meio reacional haver a presença de um agente redutor, que possa fazer a redução do molibdênio de VI à V. Dentre os agentes redutores estudados ácido ascórbico 1,0% (m/v), cloridrato de hidroxilamina 1,0 % (m/v) e zinco em pó (0,10 g), o cloridrato de hidroxilamina e o zinco em pó foram os que apresentaram melhores resultados. A solução de cloridrato de hidroxilamina 1,0 % (m/v) apresentou algumas vantagens em relação ao zinco em pó. O zinco, além de reagir com o íon molibdato, reage também com o íon H3O+, podendo ser todo consumido por este íon acarretando o problema da reoxidação de Fe2+ a Fe3+ que é um interferente potencial. Por outro lado o cloridrato de hidroxilamina não é oxidado pelo íon H3O+, e neste caso, permanece na solução durante todo o processo, além disso o zinco em pó permanece insolúvel. Vários níveis de concentração dos surfactantes triton X- 100 e triton X-114 foram estudados, observando-se que as concentrações dos surfactantes que produziram melhores resultados foram 2,0 % (m/v) para o triton X-100 e 1,0 % (m/v) para o triton X-114. O complexo apresenta banda espectral na região da luz visível com uma absorção máxima em 470 nm na presença do triton X-100 e 490 nm na presença do triton X-114. O Triton X-114 foi escolhido para extração do molibdênio, pois na utilização do Triton X-100 ocorreu o inconveniente da formação de HCN no meio que é um gás altamente tóxico, comprovado pelo ensaio do azul-da-prússia, o mesmo não se verificou quando da utilização do Triton X-114, além disso a temperatura em que ocorre a separação de fases para o triton X-100 é muito elevada. Os efeitos dos reagentes NH4SCN, H3NOHCl e HCl sobre a resposta, absorvância, e as relações entre eles foram estudadas utilizando um planejamento fatorial 23. Com isso foi possível chegar às concentrações de 0,1 mol L-1 de NH4SCN , 0,5 % (m/v) de H3NOHCl e 1,0 % (v/v) de HCl que otimizam a determinação de molibdênio com tiocianato. Foi estudado a interferência das espécies Cr6+ e Fe3+, constatando que o Fe3+ é sério interferente, pois reage com o íon SCN- formando um complexo vermelho e o Cr6+ não apresentou interferência dentro da faixa estudada. Foi utilizada uma resina de troca catiônica para eliminar a interferência do Fe3+ constatando que todo o ferro foi retido na resina para uma concentração de até 100 vezes maior que a concentração do molibdênio estudada. O procedimento foi usado na determinação de molibdênio em duas amostras de solos da região de Sete Lagoas – MG, onde os resultados mostraram uma concentração de 3,29 ± 0,06 μg g-1 no latossolo vermelho e no latossolo vermelho amarelo não foi detectado a presença de molibdênio. Os resultados mostraram que o método é bastante preciso, pois o teor de molibdênio determinado pelo método proposto se aproximou do encontrado por absorção atômica de 3,42 ± 0,04 μg g-1 na amostra de latossolo vermelho. Este método tornou-se menos trabalhoso uma vez que não é necessária a utilização da extração com solventes orgânicos.
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    Determinação de constituintes químicos em polpas Kraft branqueadas e revertidas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-06-16) Azevedo, Marco Antônio Bandeira; Maltha, Célia Regina Álvares; http://lattes.cnpq.br/0424513806723296
    A celulose Kraft branqueada comercializada no mercado internacional tem a alvura e a reversão de alvura como principais parâmetros de caracterização ótica. O estudo químico detalhado sobre o processo de alvura é de extrema importância para indústria de polpa de celulose e papel. Neste trabalho foi realizado o estudo químico de duas polpas celulósicas industriais (polpa B e polpa V) pré-deslignificadas com oxigênio (Pré-O2), que foram branqueadas em laboratório utilizando-se duas seqüências distintas de branqueamento, e também submetidas à reversão por duas metodologias. As polpas pré-deslignificadas com oxigênio foram submetidas ao branqueamento ECF completo (Isento de cloro elementar) com as seqüências D(EP)DP e AZDP, com alvura final de 90% ISO. Os extratos das polpas foram analisados por espectroscopia no infravermelho. Foram observadas diferenças na intensidade das bandas comuns, principalmente no extrato em acetona. Em seguida os extratos foram analisados pela técnica de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM), que permitiu identificar ácidos carboxílicos, álcoois e ácidos graxos, esteróides, além de hidrocarbonetos e carboidratos. Em relação à estabilidade alvura, observou-se que o branqueamento pela seqüência D(EP)DP levou a menor estabilidade de alvura, principalmente pelo método de reversão úmida (9,5% ISO para polpa B e 8,1% ISO para polpa V). A polpa branqueada pela seqüência AZDP apresentou maior estabilidade de alvura, pelos dois métodos de reversão, principalmente para reversão a seco (0,9% ISO para polpa B e 0,5 para polpa V). Os ácidos graxos predominam nas frações dos extratos das polpas e permaneceram estáveis sob as condições de reversão de alvura, não sendo possível estabelecer uma correlação com a estabilidade de alvura. Os ácidos carboxílicos de baixa massa molecular, formados pela degradação de alguns dos carboidratos durante o branqueamento, aumentaram seu teor após a reversão úmida das polpas, o que provavelmente contribuiu para instabilidade de alvura. Os álcoois, esteróides e hidrocarbonetos apresentaram baixos teores nas polpas revertidas e, portanto, não se correlacionam com a reversão de alvura. O branqueamento com seqüências utilizando ozônio, seguido de peróxido de hidrogênio, resultou em polpas de maior estabilidade de alvura em relação à seqüência sem ozônio. A intensidade da reversão de alvura depende de fatores diversos. Alguns estudos apontam como possíveis agentes causadores da reversão o tipo de madeira, teor de metais, temperatura, lignina residual, grupos carbonila e carboxila. Deve-se ainda avaliar mais detalhadamente a contribuição de tais fatores, pois, isoladamente não justificam o fenômeno da reversão de alvura.
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    Caracterização bromatológica e digestibilidade in vitro de proteínas de cultivares de feijão (Phaseolus vulgaris L.)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-03-15) Pires, Christiano Vieira; Oliveira, Maria Goreti de Almeida; http://lattes.cnpq.br/2222104515904250
    O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar a composição centesimal, os teores de minerais (Fe, Ca, Mn, Mg, Cu, Zn e K ) e de taninos e o grau de digestibilidade protéica in vitro, das variedades de feijão (Phaseolus vulgaris L.) Aporé, Aruã, Rudá, Pérola, Carioca, Ouro Branco, RAO 33, A 774, Vermelho Coimbra, Ouro Negro e Diamante Negro, fornecidas pela EMBRAPA - Arroz e Feijão, localizada em Goiânia-GO. Os resultados obtidos mostraram que os teores de minerais expressos em mg/100 g de amostra seca variaram de 4,46 a 6,40 para ferro; 122,53 a 207,41 para cálcio; 1,31 a 2,16 para manganês; 164,56 a 239,48 para magnésio; 1,22 a 2,74 para cobre; 2,34 a 3,35 para zinco; e 1172,55 a 1542,45 para potássio. O teor de taninos variou entre 3,21 e 31,71 mg de catequina/100 g de feijão. A variedade Ouro Branco foi a que apresentou menor teor de taninos e o cultivar Vermelho Coimbra maior conteúdo. O grau de digestibilidade in vitro variou entre 50,01 e 68,82% para os diferentes cultivares estudados. A variedade Aporé foi a que apresentou o menor valor de digestibilidade protéica (50,01%), seguido pelo cultivar Vermelho Coimbra. Não houve correlação entre os teores de taninos e a digestibilidade in vitro, indicando que o cozimento é suficiente para eliminar a interferência destes compostos na digestibilidade protéica. Os valores encontrados para digestibilidade in vitro de proteínas das variedades estudadas foram próximos àqueles obtidos para a digestibilidade in vivo por vários autores que analisaram diversos cultivares. Neste trabalho, os valores encontrados para digestibilidade in vitro foram cerca de 70% que aqueles encontrados para a digestibilidade in vivo para estas mesmas variedades. Portanto, estas análises utilizando-se feijão sugerem uma possibilidade da utilização, pelas indústrias de alimentos, de métodos de digestibilidade protéica in vitro, desde que sejam devidamente respeitados todos os critérios adequados para a utilização deste parâmetro bioquímico. A aplicação e o uso de digestibilidade in vitro pela indústria é de extrema importância, pois estes testes podem ser realizados em um período de 24 horas, ao passo que experimentos in vivo, além de serem bastante complexos, requerem dias e, muitas vezes, meses para serem concluídos. Em escala industrial, o método in vitro é muito útil, pois permite uma análise prévia do grau de digestibilidade do material em um curto período de tempo.
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    Avaliação bioquímica do ácido L-glutâmico e da vitamina D nas atividades de enzimas digestivas de pintos de corte
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-24) Carelli, Maria Cândida Silva; Moraes, George Henrique Kling de; http://lattes.cnpq.br/4771396601768098
    Os efeitos de níveis de nitrogênio não-específico combinados com níveis de vitamina D sobre as atividades de lipase e amilase do quimo e pâncreas foram estudados em um experimento conduzido com pintos de um dia, machos, Hubbard, criados em bateria aquecida com piso de tela elevado e alimentados ad libitum com água e dietas básicas purificadas, contendo todos os aminoácidos essenciais, vitaminas (exceto vitamina D) e minerais em níveis recomendados, por um período de 14 dias. O delineamento foi um fatorial 3 x 4 inteiramente casualizado, com quatro repetições de oito pintos cada e os tratamentos foram constituídos da dieta básica suplementada com 5, 10 e 15% de ácido L- glutâmico (L-Glu), combinados com 0, 5.000, 10.000 e 15.000 UI de vitamina D/kg de dieta (vit. D). Ao término do experimento, quatro aves de cada tratamento foram sacrificadas por deslocamento cervical, e os conteúdos da porção proximal do intestino delgado (quimo) e pâncreas foram removidos, homogeneizados com solução de HCl, pH 3,0, e imediatamente liofilizados. A seguir, alíquotas de cada amostra foram solubilizadas em água destilada e deionizada, centrifugadas, e o sobrenadante foi utilizado para determinações das atividades enzimáticas de lipase e amilase. As atividades de lipase e amilase no pâncreas e no quimo foram determinadas com kits específicos IN VITRO DIAGNOSTICA LTDA. Os dados obtidos permitiram as seguintes obser- vações: em animais alimentados com dietas com níveis baixos (5% L-Glu) de nitrogênio não-específico, foi observado aumento na atividade de lipase pancreática com a suplementação de vitamina D (até 15.000 UI); em dietas com níveis normais e altos (10 e 15% de L-Glu) de nitrogênio não-específico, a atividade de lipase pancreática dos pintinhos atingiu um máximo com suple- mentação de 10.000 UI de vitamina D; a atividade da lipase no quimo dos pintinhos variou acentuadamente, sem permitir observar alguma tendência; em dietas com nível baixo ou normal (5 e 10% de L-Glu) de nitrogênio não- específico, a atividade de amilase do pâncreas de pintinhos aumentou até a suplementação de 5.000 UI de vitamina D, e em níveis vitamínicos superiores (10 e 15.000 UI) houve uma redução na atividade; somente foi observada elevação da atividade da amilase do pâncreas de pintos com a suplementação de vitamina D em dietas com elevado teor de nitrogênio não-específico (15% de L-Glu); e a atividade da amilase no quimo dos pintos tendeu a valores mais elevados em animais alimentados com baixo nível de nitrogênio não-específico (5% de L-Glu).
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    Síntese e avaliação da atividade fungicida de compostos aromáticos análogos ao avenaciolídeo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-03-08) Pereira, Sinval Garcia; Rubinger, Mayura Magalhães Marques; http://lattes.cnpq.br/4389696038341622
    Os produtos naturais têm sido importantes fontes para novos agroquímicos. Dessa forma, sintetizaram-se novos compostos análogos ao avenaciolídeo, um produto natural com atividade fungicida, presente em culturas de Aspergillus avenaceus. Dentre estes compostos, foram sintetizados nove análogos ao avenaciolídeo, todos a partir da diacetona-D-glicose, dos quais três são lactóis e seis são bis-γ-lactonas, três delas contendo uma dupla ligação exocíclica, sendo os lactóis precursores sintéticos das bis-lactonas. Os compostos metilênicos foram obtidos pela metilenação descarboxilativa na posição 3 das bis-γ-lactonas, realizada em duas etapas, com o isolamento dos ácidos di- lactônicos intermediários. A atividade fungicida dos análogos obtidos foi avaliada em testes preliminares, a fim de se determinar a importância das duas carbonilas nas bis-lactonas e, ainda, da dupla ligação exocíclica na posição 3 das bis-γ-lactonas, identificando-se possíveis sítios ativos nas moléculas. Foram empregados como fungos-testes o Colletotrichum gossypii j. sp. gloeosporioides, isolado de tecidos de algodão, e o Fusarium oxysporum, isolado de frutos de café. Os ensaios foram realizados usando-se soluções de esporos dos fungos Fusarium e Colletotrichum em concentrações conhecidas, e todas as substâncias foram testadas na dose de 500 μg. A toxicidade foi avaliada considerando-se o halo de inibição do crescimento fúngico, em comparação ao de um fungicida- padrão (Benomyl). Os compostos testados apresentaram atividades diferenciadas nos dois gêneros de fungos. Os resultados mais significativos para Colletotrichum foram obtidos para os compostos 4-feniletilperidrofuro[3,4- b]furan-2,6-diona [Xa], 4-(4-bromofeniletil)peridrofuro[3,4-b]furan-2,6-diona [Xc], 3-metileno-4-feniletilperidrofuro[3,4-b]furan-2,6-diona [XIIa] e 4-(4- bromofeniletil)-3-metilenoperidrofuro[3,4-b]furan-2,6-diona [XIIc], com percentagens de inibição iguais a 40%, 32%, 55% e 44%, respectivamente, após 24 horas de incubação, e a 40%, 12%, 47% e 41%, após 48 horas. Dentre os compostos testados contra o Fusarium, destacaram-se as bis-lactonas 4-(4- bromofeniletil)peridrofuro[3,4-b]furan-2,6-diona feniletilperidrofuro[3,4-b]furan-2,6-diona [XIIa] [Xc], e 3-metileno-4- 4-(4-bromofeniletil)-3- metilenoperidrofuro[3,4-b]furan-2,6-diona [XIIc], com inibições relativas de 54%, 78% e 38%, respectivamente, após 24 horas de incubação, havendo ligeira diminuição de atividade após 48 horas de incubação (50%, 72% e 35%, respectivamente). Os lactóis não apresentaram inibição significativa, apontando para a importância da estrutura bis-γ-lactônica na atividade avaliada. A presença da dupla ligação exocíclica aumenta a atividade das bis-lactonas.
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    Efeito da composição química de Lycopersicon hirsutum f. glabratum (PI 134417) sobre a traça-do-tomateiro Tuta absoluta
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998-02-09) Magalhães, Sérgio Tinôco Verçosa de; Jham, Gulab Newandran; http://lattes.cnpq.br/1810376252222573
    Tridecan-2-ona (2-TD) e undecan-2-ona (2-UD), presentes no tomateiro- selvagem Lycopersicon hirsutum f. glabratum (PI 134417), atuam como principais fatores de resistência a diversas pragas do gênero Lycopersicon, nos EUA. Entretanto, apesar de o tomateiro-selvagem demonstrar resistência contra Tuta absoluta, os aleloquímicos 2-TD e 2-UD ainda não são comprovadamente considerados fatores de resistência. O presente trabalho objetivou obter dados sobre fatores de resistência química desse tomateiro, através da identificação dos componentes presentes no extrato hexânico das folhas de L. hirsutum f. glabratum, bem como avaliar sua toxicidade sobre T. absoluta. Outro objetivo foi determinar curvas de concentração-mortalidade dos padrões 2-TD e 2-UD. Sementes do tomateiro-selvagem foram plantadas na Horta Nova da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG, e, aos 120 dias de idade, as folhas foram extraídas com hexano por seis horas. O hexano foi evaporado e o resíduo, fracionado por coluna cromatográfica de sílica-gel, usando-se solventes de polaridades diversas. As frações com composição química similar foram agrupadas em 29 subfrações e analisadas, por cromatógrafo, em fase gasosa/espectrometria de massas (CG/EM), tendo sido possível identificar 2-TD, 2-UD, trans-cariofileno, α-humuleno e outros compostos. Verificou-se que, em 8 das 29 subfrações, os principais componentes foram 2-TD e 2-UD e uma subfração continha trans-cariofileno e α-humuleno. A toxicidade de todas as 29 subfrações foi avaliada mediante o emprego de larvas de 2o ínstar de T. absoluta, verificando-se que 7 subfrações, das 8 que continham 2-TD e 2-UD, foram significativamente mais tóxicas do que as outras (Scott-Knott, p < 0,05). A partir desses resultados, bem como dos da literatura, pode-se concluir que 2-TD e 2-UD são os principais fatores de resistência a T. absoluta presentes no extrato hexânico de L. hirsutum f. glabratum. A partir de dados das curvas de concentração-mortalidade, verificou-se que 2-TD é mais tóxico que 2-UD e que ocorreram interações antagonistas e neutras de 2-UD sobre 2-TD, dependendo das suas concentrações.