Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e Agrários - CAF
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Item Aceleração da compostagem em reposta à inoculação bacteriana(Universidade Federal de Viçosa, 2021-03-03) Gomes, Danilo José Santos; Baldotto, Lílian Estrela Borges; http://lattes.cnpq.br/8802387387803650Reduzir o tempo de compostagem e melhorar a qualidade do produto final são os principais desafios na produção de compostos orgânicos. No processo de compostagem, o material orgânico é degradado por microrganismos aeróbicos. Por isso, a manipulação desses microrganismos influência a degradação do material. A inoculação de bactérias eficientes na degradação de material orgânico proporciona uma mudança na dinâmica do processo de compostagem. O objetivo foi avaliar o efeito da inoculação bacteriana durante o processo de compostagem e o crescimento de plantas de milho em resposta à aplicação dos compostos orgânicos produzidos. O experimento de condução das leiras de compostagem foi realizado com quatro tratamentos (T1) sem inoculação; (T2) inóculo total aplicado no tempo zero; (T3) inóculo total aplicado na 4ª semana e (T4) inóculo parcial (metade no tempo zero e metade 4ª semana), e cada tratamento teve quatro repetições. O inóculo total foi constituído por bactérias amilolíticas, proteolíticas, celulolíticas, queratinolíticas, ligninolíticas e solubilizadoras de fosfato. No T4 as bactérias amilolíticas, proteolíticas e celulolíticas foram inoculadas no tempo zero e as bactérias queratinolíticas, ligninolíticas e solubilizadoras de fosfato foram inoculadas na 4ª semana. As 16 leiras de compostagem foram conduzidas por 120 dias. O monitoramento das leiras foi feito diariamente e as coletas de material foram feitas semanalmente. Foi avaliado o tempo de duração do processo de compostagem e a qualidade do composto produzido. Terminado o processo de compostagem foi realizado o bioensaio em casa de vegetação para avaliar o crescimento de plantas de milho (híbrido triplo de milho – Biomatrix 3061) em resposta à aplicação dos compostos orgânicos. Neste experimento, também foi realizado com quatro tratamentos. Cada tratamento refere-se a um composto orgânico produzido no experimento anterior: composto T1, composto T2, composto T3 e composto T4. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente ao acaso com seis repetições. A unidade experimental foi um pote de plástico com capacidade de 2 dm 3 . Os potes foram preenchidos com solo e o composto orgânico (total de 24 unidades experimentais). Foram conduzidas duas plantas de milho por vaso durante 30 dias. A inoculação de bactérias degradadoras de substâncias orgânicas e solubilizadoras de fosfato nas leiras de compostagem modificou o processo de compostagem. As temperaturas observadas nos primeiros 30 dias (antes da inoculação da 4ª semana) foram superiores nas leiras que receberam o inóculo parcial (T4). Porém, a inoculação não reduziu o tempo de compostagem. A inoculação também interferiu no produto final. As leiras que receberam a inoculação total (inicial e após 4ª semana) apresentaram uma menor relação C/N em comparação com as leiras que não foram inoculadas. No fracionamento da matéria orgânica, os teores de huminas foram superiores no tratamento que recebeu o inóculo parcelado (T4). O composto inoculado não modificou a resposta inicial do milho à adubação orgânica. Conclui-se que, a inoculação de bactérias nas leiras melhorou o processo de compostagem e a qualidade do composto orgânico. A composição do inóculo e o momento da inoculação influenciaram na qualidade do composto orgânico. E a inoculação não interferiu no desenvolvimento inicial das plantas de milho. Palavras-chave: Biotecnologia. Microbiologia do solo. Adubação orgânica. Manejo do solo. Substâncias húmicas.Item Avaliação da abundância de pragas e inimigos naturais no consórcio milho-braquiária(Universidade Federal de Viçosa, 2021-04-19) Flausino, Bruno de Freitas; Gontijo, Lessando Moreira; http://lattes.cnpq.br/4189097330582850O consórcio de plantas é uma forma de cultivo relativamente comum no Brasil. Dentre os possíveis benefícios do consórcio de plantas, o favorecimento do controle biológico de pragas tem recebido pouca atenção por parte da pesquisa. Por exemplo, no Brasil o consórcio entre milho e braquiária tem múltiplos benefícios incluindo conservação do solo e formação de pastagem. No entanto, sabe-se muito pouco a respeito do impacto desse tipo consórcio sobre a dinâmica de insetos-praga e seus inimigos naturais. Dessa forma, este trabalho objetivou avaliar se a utilização do consórcio milho-braquiária favorece o controle biológico de pragas do milho através da provisão de abrigo para inimigos naturais (predadores e parasitoides). Para tanto, foram conduzidos experimentos de campo, consistindo de dois tratamentos, sendo (I) milho cultivado em monocultivo e (II) milho cultivado em consórcio com braquiária (Urochloa decumbens). Foram conduzidos dois experimentos com os mesmos tratamentos, sendo um conduzido na primavera/verão e outro no outono/inverno. Cada tratamento foi replicado 12 vezes em cada época. Foram realizadas amostragens semanais do número de insetos praga, inimigos naturais, e nível de dano causado por lagartas, bem como a avaliação da matéria fresca das plantas de milho no final do experimento. Os resultados indicam que o consórcio entre milho e bráquiária pode favorecer um aumento na abundância de predadores e parasitoides, e assim contribuir para um melhor controle biológico de pulgões. Todavia, os resultados sugerem que o consórcio de milho com braquiária pode favorecer a desfolha do milho causada por lagartas bem como mediar uma pequena redução na produção de massa fresca; apesar de não ocorrer redução na produtividade dos grãos. De qualquer forma, esses resultados também dependem da época do ano, e os demais benefícios proporcionados por esse consórcio devem ser levados em consideração antes da tomada de decisão. Palavras-chave: Consórcio De Plantas. Insetos Praga. Inimigos Naturais. Controle Biológico.Item Limitações fotossintéticas, partição de carbono e produtividade de cultivares de soja contrastantes quanto à eficiência no uso de fósforo(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-10) Medina, Isadora Rodrigues; Pereira, Eduardo Gusmão; http://lattes.cnpq.br/3334660956217041A deficiência de fósforo (P) é um dos estressores mais limitantes nos solos do Cerrado, reduzindo o crescimento e desenvolvimento da soja. O objetivo do trabalho foi elucidar como diferentes doses P alteram a fotossíntese, bem como seus efeitos na partição de carbono e a produção dos grãos em dois cultivares de soja contrastantes quanto à eficiência fotossintética no uso de fósforo (PPUE). Portanto, foi realizado um experimento em casa de vegetação em esquema fatorial 4x2, com 5 blocos. Dois cultivares, UFVS80B10 e TMG7063, foram submetidas a doses crescentes de fósforo (0,01mM, 0,1mM, 0,5mM e 1mM) em soluções nutritivas de Hoagland. O cultivar TMG7063 apresentou maior PPUE, pois absorveu menor quantidade de P mas o utilizou de forma eficiente na fotossíntese, obtendo maiores valores de A, g s , V cmax , J, TPU que o cultivar UFVS80B10. O déficit de fósforo passou a causar danos ao PSII quando as plantas estavam próximas do estádio R6, como observado pela redução nos valores de Fv/Fm e nos índices de clorofila. Em ambos cultivares houve redução nas variáveis ETR, Fv/Fm, clorofila total, PSII, V cmax , J, TPU, pelo menor conteúdo de P nos tecidos das plantas submetidas a déficit de P. Na dose de 0,1mM a TPU foi responsável por regular a regeneração da RuBP e a atividade da rubisco. Além disso, a menor TPU proporcionou a formação de amido no cultivar TMG7063, que foi degradado nos estádios de maior demanda de fotoassimilados. Os cultivares foram eficientes na dissipação da energia não fotoquímica, de forma que houve aumento dos valores de NPQ e ΦNPQ, mas não houve alteração nos valores de ΦNO . O cultivar UFVS80B10 apresentou maior absorção de P, que refletiu em maiores conteúdos de amido e açúcares nas folhas, caules e raízes, ocasionando maior ganho de biomassa, entretanto com menor produção de grãos do que o cultivar TMG7063. Palavras-chave: Glicyne max. Eficiência de carboxilação. Fluorescência da clorofila a. Deficiência de fósforo. Exportação de trioses-P.