Agroecologia

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    Aspectos determinantes para adoção de sistemas agroflorestais no brasil: revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-10) Ribeiro, Julio Cesar Pereira; Filho, Elpídio Inácio Fernandes; http://lattes.cnpq.br/9170795633184678
    Os sistemas agroflorestais (SAFs) representam atividades agrícolas que otimizam o uso e cobertura da terra e possuem potencialidades ecológicas e econômicas. Apesar dos estudos sobre SAFs mostrarem resultados promissores, muitos agricultores ainda não adotam esse modelo de agricultura. Esta revisão sistemática e metanálise identificou quais desafios e barreiras interferem na tomada de decisão dos agricultores para adotar sistemas agroflorestais no Brasil. Dos 957 artigos identificados, 60 artigos foram incluídos na análise final após uma rigorosa revisão de triagem duplo-cega. Dos 60 artigos, 35 foram selecionados para extração de dados e utilizados para revisão sistemática, enquanto apenas 10 foram utilizados para metanálise. A revisão e metanálise mostraram que, embora os SAFs apresentem vantagens para aumento de renda e recuperação ambiental, a falta de informação torna-se uma das principais barreiras para a adoção do SAF. Agricultores com acesso à informação têm 2,21 vezes mais chances de adotar um SAF em comparação com agricultores sem acesso à informação. Além disso, existem vários desafios para adoção e aceitação do SAF no Brasil, incluindo políticas públicas, assistência técnica qualificada, acesso à terra, participação em cooperativas e associações, uso do SAF para recuperação de áreas degradadas, educação, comercialização do produto SAF, aplicação de metodologias participativas, acesso a crédito e subsídios. Esta revisão e metanálise destacou as lacunas existentes para a adoção do SAF e a ausência de estudos que apontassem os principais avanços com os SAFs. Pesquisas futuras sobre variáveis associadas à adoção do SAF devem, em primeiro lugar, criar um método de coleta de dados, um protocolo de pesquisa para orientar a condução da pesquisa do SAF. Isso permitirá a criação de um banco de dados para compor informações referenciais para acompanhar a evolução dos SAFs no Brasil e estabelecer políticas que estimulem sua expansão Palavras-chave: Agrofloresta. Acesso à Informação. Adoção de SAF. Agricultura Familiar. Agroecologia.
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    Agroecological cropping systems: decoloniality and resistance
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-29) Wilson, Alexandria Jeanne; Cardoso, Irene Maria; http://lattes.cnpq.br/7374400952516689
    The colonization of Latin America was a violent invasion that destroyed diverse cosmovisions and instituted monocultures not only in the fields, but in thoughts as well. The effects of colonization continue to this day through structures of modernity and coloniality, further invalidating diverse cosmovisions and instituting exploitative practices uniquely expressed in industrialized, so-called modern agriculture. With this form of agriculture, intensive monoculture farming systems to meet the demand of international commodity markets were created that have degraded and devalued the biodiverse farming systems created by indigenous and African people that value synergies between non-human beings, between human beings, and between human and non-human beings in nature. Monocultures promoted by industrialized agriculture disconnected ancestral and spiritual ties to the land. In Brazil, one of the major monocultures produced for commodity consumption is coffee. Coffee monocultures in the Zona da Mata of Minas Gerais, Brazil, were intensified during the Green Revolution and caused environmental degradation and increased social inequality. In recent decades, agroecology and peasant farming have encouraged the diversification of cosmovisions and agricultural practices that have ancestral or spiritual influence. In response to the issues created by industrialized coffee production, peasants, researchers, and NGO employees came together to design agroforestry systems for the region and established a strong agroecological movement. This dissertation sought to understand how the peasant ancestrality and spirituality contribute to break structures of coloniality, identify the characteristics of decolonial action present in agroforestry systems, and analyze how the themes of cooperation, nature, and biodiversity and its functions present through the agroforestry systems and can strengthen the resistance of farmers. To achieve these objectives, secondary data were analyzed using bulletins, called "Nossa Roça" bulletins, created through collective writing with agroecological farmers in the Zona da Mata. It was identified that the agroecological farmers of the Zona da Mata incorporate their ancestry, spirituality and religiosity into their agricultural practices, allowing them to resist colonial structures such as the pressure to use agrochemicals and modern perceptions of nature. Through actions and their cosmovisions, agroecological farmers of the Zona da Mata resist against and break structures of coloniality. Through these physical and epistemological acts, agroecological farmers sow the seeds of resistance and cultivate their own pluriverses, which, in this research, were considered decolonial acts. It was also identified that agroecological farmers used their agroforestry systems to reconnect with nature and increase the biodiversity of their agroecosystems. The connections to cooperation, nature, and biodiversity that agroforestry systems allowed farmers to create a break from colonial and modern perceptions. The design of agroforestry systems in the Zona da Mata could also present itself as the materialization of a pluriverse. Keywords: Coloniality. Agroforestry Systems. Ancestrality. Spirituality.Family Agriculture.
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    Agricultura de montanha: qualidade dos solos em sistemas agroflorestais sintrópicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-04) Figueiredo, Luana de Pádua Soares e; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/3113872831492712
    Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) têm se destacado como uma estratégia na produção sustentável nos agroecossistemas tropicais, em especial quando associado à agricultura de montanha, e apresentando impactos positivos na conservação dessas áreas. Estudos sobre a qualidade do solo em SAFs são comuns, mas poucos são aqueles dedicados aos SAFS sob agricultura sintrópica. Diante do exposto, este estudo objetivou promover a sistematização de uma experiência de transição agroecológica para SAFs sintrópicos em uma propriedade de agricultura familiar localizada no entorno de uma Unidade de Conservação em área montanhosa e avaliar a qualidade dos seus solos. A cultura principal da propriedade é o cafeeiro, com produção voltada para um produto de maior qualidade. Especificamente objetivou i) compreender o contexto local, o histórico do uso e ocupação de uma propriedade rural, e o processo de transição agroecológica vivenciado; ii) identificar as espécies manejadas na propriedade nos diferentes sistemas sintrópicos conduzidos e suas funções para os agricultores; iii) identificar elementos orientadores para o uso da terra em regiões montanhosas; e iv) avaliar a qualidade física e química dos solos sob diferentes tipos de uso e manejo em ambientes montanhosos. Os tratamentos avaliados foram seis áreas de diferentes usos: três cafezais conduzidos em SAFs sintrópicos, com 4 anos (BIO 1), 3 anos (BIO 2) e 2 meses (BIO 3) de implantação; vegetação nativa (MATA) da Mata Atlântica; pastagem (PAST) e uma outra área vizinha de café convencional a pleno sol (CONV). Durante as visitas e por ocasião da sistematização, foram utilizadas a observação participante e conversas informais seguidas de anotações e relatorias, bem como a linha do tempo e a caminhada transversal, essas duas últimas técnicas de pesquisas do Diagnóstico Rural Participativo (DRP). A avaliação de indicadores físicos e químicos do solo foi conduzida por métodos de laboratório e campo. Para avaliar a qualidade física foram realizadas coletas amostras de solo na camada de 0 a 10 cm de profundidade para a avaliação da densidade do solo, macroporosidade e microporosidade, porosidade total, condutividade hidráulica e estabilidade de agregados. A resistência mecânica do solo à penetração (RP) foi avaliada até 40 cm de profundidade, com umidade e temperatura do solo sendo registrada de 10 em 10 cm de profundidade. As análises químicas de rotina foram realizadas em amostras de solo coletadas de 0 a 10 cm de profundidade. O carbono orgânico total (COT) e o estoque de carbono do solo foram avaliados até a 40 cm de profundidade. Os resultados indicaram que a transição agroecológica conduzida sob manejo sintrópico apresenta potencial para promover a conservação ambiental no entorno de Unidades de Conservação, proporcionando condições adequadas para a manutenção e o bem-estar da família dos agricultores, e aumentando a diversidade de espécies manejadas. Essa biodiversidade manejada pelos agricultores foi caracterizada pela presença de 19 espécies nos SAFs, em sua maioria com a finalidade de incremento do aporte de matéria orgânica para o solo. As áreas de SAFs sintrópicos mais antigas (BIO 1 e BIO 2) apresentaram maiores teores de matéria orgânica, maior estoque de carbono, e melhores indicadores químicos de fertilidade (saturação por bases, Ca, Mg e Al). Nessas mesmas áreas verificaram-se menor densidade do solo, maior volume de macroporos, e menor resistência do solo à penetração quando comparados às áreas CONV e PAST. Os resultados indicam o potencial do manejo agroflorestal sintrópico para a conservação de ambientes de montanhas que, associado com a produção de café de qualidade, são diferenciais ambientais e econômicos favoráveis para pequenos agricultores dessas regiões. Palavras-chave: Agricultura sintrópica. Física do solo. Transição agroecológica. Agricultura regenerativa. Coffea arabica.