Agroecologia

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    Fitossociologia de plantas espontâneas em pomar de goiabeiras pastejado por ovinos e comércio de carne ovina na Zona da Mata mineira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-09-16) Cruz, José Victor Hosken; Machado, Théa Mirian Medeiros; http://lattes.cnpq.br/1205413807269349
    Em áreas de topografia acidentada, como ocorre em grande parte da Zona da Mata mineira, agricultura e pecuária convencionais têm falhado em garantir níveis de renda suficientes aos agricultores. Neste contexto, surge a alternativa de integrar pecuária à agricultura, com objetivo de obter benefícios mútuos e maximizar a renda. Em Minas Gerais, as pesquisas de consorciação lavoura-pecuária tiveram início na década de 1970, com o objetivo de aproveitar, como pasto, as plantas espontâneas em sub- bosque de Eucalyptus sp. Considerando a importância econômica do café na Zona da Mata mineira, em 2006 iniciaram pesquisas, com o objetivo de mensurar a possibilidade da integração ovinocultura a cafeicultura. Outra possibilidade é a integração de ovinos a pomares em idade produtiva. A integração da ovinocultura à fruticultura pode ser uma alternativa para diversificação de atividades para o agricultor. No entanto, o consórcio da ovinocultura e cultivos perenes é complexo devido à diversidade dos componentes botânicos envolvidos e à variabilidade dos sistemas de produção. Em um primeiro momento, buscou-se, neste estudo, identificar e observar o comportamento das espécies de plantas espontâneas presentes em um pomar de goiabeiras, conduzido em sistema agroecológico, consorciado com ovinos, no município de Rio Pomba, MG, e analisar o preço da carne ovina no varejo por um período de 14 meses no município de Viçosa. O pomar de goiabeiras foi dividido em dois piquetes com área de 0,1341 ha cada. Em cada piquete foi introduzido um lote com quatro ovelhas adultas deslanadas por um período de 21 dias. Foi realizado levantamento florístico, fitossociológico e mensuração da massa das espécies espontâneas presentes em cada piquete, nos meses de abril, maio e junho de 2015, antes e após a introdução do lote de ovelhas. Foram identificadas 15 espécies pertencentes a sete famílias botânicas. As famílias com maior representatividade foram Poaceæ, com cinco espécies (33%), e Astereceæ com quatro espécies (27%). No piquete 1, as espécies que apresentaram redução de massa foram Commelina benghalencis (95,66%), Synedrellopsis grisebachii (23,42%) e Brachiaria mutica (3,24%), enquanto que, no piquete 2 foram Cyperus esculentos e Cyperus rotundus (65,43%), Panicum maximum (43,83%) e Galinsoga parviflora (14,60%). O pastejo de ovelhas em pomar de goiabeiras causou o aumento do IR (%), de seis espécies espontâneas, das quais quatro são Poaceæ, indicando possível dominância desta ao longo do tempo. Como segundo propósito neste trabalho, observou-se o interesse comercial pela carne ovina através de sua oferta no município de Viçosa, MG. Foram identificados, por meio da metodologia “bola de neve”, os estabelecimentos varejistas que comercializavam carne ovina em Viçosa. Os preços da carne ovina, os cortes cárneos disponíveis e a origem dos mesmos foram coletados mensalmente entre novembro de 2013 e dezembro de 2014. Estes dados foram analisados por estatística descritiva utilizando o Software Excel® 2010. Foram identificados seis estabelecimentos que comercializavam carne ovina, dos quais quatro eram açougues (66,7%) e dois supermercados (33,3%). Estes dispunham, ao todo, de dez cortes cárneos. As frequências de observação (n=265) dos cortes ao longo do período foram, em ordem decrescente, pernil com osso (29,4%), costela com osso (23,8%), paleta (19,2%), lombo com pescoço (13%), picanha com alcatra (1,9%), contrafilé (5,7%), pescoço (5,7%), carré francês (0,4%) e pernil sem osso (0,4%). Os preços variaram, excluindo o carré francês observado uma única vez com preço atípico de R$92,00/kg, de R$12,98/kg (costela com osso) R$39,98/kg (pernil sem osso) com média R$20,37±4,65/kg. Entre novembro e dezembro de 2013 e o mesmo período de 2014, pernil (11,6%), paleta (9,6%), costela (7,1%), lombo com pescoço (5,5%) e carcaça inteira/meia carcaça (2,3%), aumentaram o preço médio, no entanto contrafilé e pescoço não variaram o preço médio. Por fim, propõe-se a continuidade deste estudo com entrevistas estruturadas a fruticultores nos munícipios de Tocantins e Rio Pomba e de observações da mobilização de produtores rurais com vistas a organização de produzir ovinos no município de Viçosa e região.