Agroecologia

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    Árvores na pastagem melhoram a qualidade do solo e de forragens
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-12-19) Bigardi, Lucas Rafael; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/5070398843099928
    A busca por formas de uso da terra que possam conciliar aspectos produtivos com a conservação do solo é atualmente um dos principais desafios enfrentados pela atividade agropecuária. Tal desafio se justifica pelos processos de degradação desencadeados pela intensificação tecnológica vivenciada pelo setor nas últimas décadas. No Brasil, uma das formas mais impactantes de exploração dos solos agrícolas é pela atividade pecuária, especialmente a bovinocultura. As pastagens, pelo seu caráter de exploração, contribuem significativamente para a degradação do solo, além de exercer forte pressão ambiental pela ocupação de grandes áreas. Uma das formas de minimizar tais efeitos é elevar a biodiversidade nessas áreas. Nas áreas de Mata Atlântica, o manejo do componente arbóreo pode contribuir positivamente para a melhoria das condições físicas do solo, além de proporcionar benefícios econômicos e ambientais pela ciclagem de nutrientes, pelo aporte de matéria orgânica e pelo aumento da biodiversidade associada. No presente trabalho, avaliou-se o efeito das árvores em termos de qualidade química e física do solo e de produtividade das pastagens em três propriedades da agricultura familiar da Zona da Mata de Minas Gerais. Os tratamentos adotados foram: CA) influência do componente arbóreo sob a copa das árvores; FCA) influência do componente arbóreo fora da copa das árvores e PS) pastagem em monocultivo a pleno sol. As análises físicas foram realizadas na profundidade de 2,5 a 7,5 cm, enquanto as análises químicas foram avaliadas na profundidade de 0 a 20 cm. Os dados de química do solo demonstraram que as árvores na pastagem proporcionaram elevação nos teores de carbono orgânico do solo, maiores teores de nutrientes, bem como melhores condições para retenção e disponibilidade dos mesmos para a absorção de plantas, com elevação da soma de bases e da capacidade de troca catiônica do solo. Os atributos físicos do solo também foram positivamente influenciados pelo componente arbóreo, que proporcionaram menor densidade do solo, maior volume de poros, especialmente de macroporos, menor resistência mecânica do solo à penetração, além de menor densidade relativa quando comparados com a pastagem a pleno sol. Sobre a dinâmica da água no solo, a pastagem arborizada também apresentou maior capacidade de retenção e armazenamento de água na profundidade avaliada, condição essa observada pela curva característica de água no solo. Em termos de produtividade e qualidade da forragem, os sistemas silvipastoris proporcionaram elevação da produtividade de matéria seca por hectare. Em termos de qualidade, observou-se que a forragem coletada nos sistemas silvipastoris apresentou menor teor de matéria seca, maior teor de proteína bruta (PB) e menor teor de fibra insolúvel em detergente neutro (FDN), um dos limitantes ao consumo voluntário quando em excesso, além de tendência a maior acúmulo de minerais (Ca, Mg, P, K e S) na forragem coletada nos sistemas silvipastoris. Tais resultados demonstram o potencial dos sistemas silvipastoris na melhoria da qualidade do solo aliada à elevação da produtividade e da qualidade da forragem, gerando assim benefícios econômicos e ambientais na prática agropecuária.