Educação

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    Territórios e Educação do Campo nas Serras do Brigadeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-20) Ferrari, Clara Teixeira; Silva, Lourdes Helena da; http://lattes.cnpq.br/3570198774831465
    O conceito de território encontra-se presente em diversos campos do conhecimento, contribuindo para debates nas ciências políticas, humanas e da natureza. No campo educacional, tem emergido com mais frequência em estudos e produções científicas sobre Educação do Campo, devido á diversos fatores: o fato de ser este um campo de pesquisa interdisciplinar; a ênfase dada ao espaço geográfico, a um determinado grupo social e seus territórios; a defesa de uma educação do campo e não apenas no campo, que coloca em debate as questões sobre o desenvolvimento do espaço rural; a articulação com os movimentos sociais rurais e urbanos; e o dialogo com as políticas públicas para a educação e para o espaço rural que, nas últimas décadas, têm incorporado a perspectiva do “desenvolvimento territorial”, instituindo “Territórios Rurais” e “Territórios da Cidadania”, conceitos em permanente disputa no cenário atual. O conceito de Territórios Educativos, na perspectiva de Canário (2005), busca na lógica territorial uma forma de contribuir para a educação. Não desvinculando o educativo do político e do territorial é uma perspectiva que se aproxima do paradigma da Educação do Campo que tem sido construído nas ultimas décadas no Brasil, a partir do protagonismo dos movimentos sociais. A Educação do Campo, para além da construção de um Território Educativo, visa também contribuir para a consolidação do território camponês, materializado no espaço como espaço de vida, de trabalho, de lutas. Como as noções de território têm sido apropriadas, compreendidas e reelaboradas, ou seja, socialmente representadas pelos sujeitos envolvidos em experiências de Educação do Campo no Território da Serra do Brigadeiro? Estas são questões que orientaram o desenvolvimento da nossa pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Viçosa/Brasil, na qual buscamos analisar as dinâmicas educativas do campo nos processos de territorialização camponesa nas Serras do Brigadeiro, de maneira a identificar avanços, contradições e desafios da Educação do Campo. Os dados revelam uma diversidade de representações sociais sobre Território, Educação do Campo e Territórios Educativos que apontam para processos de territorialização em busca de outras formas de ix envolvimento e desenvolvimento rural sustentável, com base na agroecologia, no respeito às diversidades culturais e ambientais
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    A criança de seis anos no ensino fundamental na perspectiva de mães e professoras
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-12) Pedrosa, Michelha Vaz; Oliveira, Milton Ramón Pires de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727595E0; Souza, Rita de Cássia de; http://lattes.cnpq.br/7746547555939279; Mello, Rita Márcia Andrade Vaz de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230H9; http://lattes.cnpq.br/1408416309984883; Gomes, Maria Carmen Aires; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791838E8
    A presente pesquisa objetivou investigar como as mães representam a entrada da criança de seis anos no Ensino Fundamental, assim como a representação que têm da alfabetização nas turmas de seis anos, buscando verificar se há influência de sua parte sobre o trabalho das professoras neste quesito. O estudo desenvolveu-se por meio da abordagem qualitativa. Utilizaram-se como instrumentos de coleta de dados a observação, o questionário, a entrevista semiestruturada e o diário de campo. Os dados obtidos nas entrevistas foram analisados segundo a técnica de Análise de Conteúdo. O lócus da pesquisa constituiu-se de duas escolas da rede pública municipal de educação da cidade de Muriaé Minas Gerais. Os sujeitos pesquisados foram seis mães e cinco professoras regentes do 1º ano de escolaridade obrigatória. Os resultados indicaram uma tendência por parte das mães em associar o atual primeiro ano de escolaridade à antiga primeira série, o que as leva, em muitos momentos, a depositar sobre a criança de seis anos e sobre o trabalho da escola as mesmas expectativas de aprendizagem e desenvolvimento antes depositadas nas crianças de sete anos. Dentre as principais expectativas das mães quanto à entrada da criança de seis anos no Ensino Fundamental, destaca-se a ruptura com as práticas atribuídas à Educação Infantil, a aprendizagem da leitura e escrita, bem como o afastamento da rua e da criminalidade. Há, por parte das mães, o desejo e a satisfação em ver os filhos lendo e escrevendo, mesmo que sejam apenas palavras simples, já no primeiro ano de escolaridade. A maioria delas demonstrou compreender a existência das especificidades da criança de seis anos, dentre elas a ludicidade, assim como a compreensão das diferenças individuais de cada criança. No entanto, algumas mães apresentaram uma visão de alfabetização ao longo do primeiro ano de escolaridade como sendo uma meta para os filhos. A justificativa para tal postura pauta-se no fato de não haver mais a reprovação, o que para elas poderá prejudicá-los caso passem para o ano seguinte sem estarem alfabetizados. Quanto à relação família e escola, foi possível observar que esta ainda necessita ser estreitada. As mães afirmam compreender a importância da participação na vida escolar dos filhos, no entanto, algumas delas confessam não disporem do tempo necessário para acompanhá-los como deveriam. Todas mencionaram o fato de já terem, em algum momento, conversado com a professora sobre a aprendizagem da leitura e escrita; todavia, apenas uma delas demonstrou exercer acompanhamento mais sistemático sobre o trabalho da professora. Todas as professoras confirmaram o fato de haver interesse das famílias em torno da alfabetização dos filhos no decorrer do primeiro ano, contudo, consideram que tal fato não exerça influência sobre o seu trabalho. Para as professoras esse interesse está relacionado a outros fatores que de fato influenciam mais na relação de algumas famílias com a escola, como a falta de acompanhamento e colaboração, a falta de diálogo e as comparações feitas entre as diferentes crianças e o trabalho da escola com o de outras.
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    Os cursinhos populares: um estudo comparado entre MSU e EDUCAFRO - MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-24) Siqueira, Camila Zucon Ramos de; Ribeiro, Maria das Graças Marcelo; http://lattes.cnpq.br/8454028649004343; Souza, José dos Santos; http://lattes.cnpq.br/4662172593965744; Souza, Dileno Dustan Lucas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762372Z9; http://lattes.cnpq.br/2157880794731462; Mari, Cezar Luiz de; http://lattes.cnpq.br/0201073550093287
    Essa dissertação trata dos cursinhos pré-vestibulares populares no Brasil. Mais especificamente acerca de dois grupos articuladores dessas experiências: o Movimento dos Sem-Universidade MSU e a Educação e Cidadania para Negros e Carentes EDUCAFRO. Ao longo da trajetória dos movimentos sociais no Brasil, a partir da década de 1990, eles abrandam seu caráter contestatório, tornando-se mais propositivos e acompanhando a chamada globalização . O objetivo deste trabalho foi compreender comparativamente o MSU e a EDUCAFRO, investigando as diferenças na estratégia e filosofia política de ambos para democratização do acesso ao ensino superior. A trajetória da pesquisa parte do histórico dos movimentos sociais no Brasil, da educação popular nesse contexto, seguido do surgimento e um breve histórico dos prévestibulares populares no País, tendo como foco do estudo o MSU e a Educafro, a partir de uma análise comparada. A metodologia utilizada para compreender esses núcleos foi uma revisão de literatura, entrevistas semiestruturadas com membros do MSU-Minas e da EDUCAFRO-Minas e, por fim, um grupo focal com a presença de ambos. Detectamos que as principais convergências entre as experiências se situam no âmbito da sua tática e funcionamento de atuação. As tensões residem na atuação política desses e na compreensão da educação pública. As articulações se dão na atuação direta, ou seja, nas lutas concretas e pautas unificadoras como: Cotas, ProUni, isenção da taxa de inscrição no vestibular. Há momentos de união entre as partes analisadas, porém evidencia-se que a noção de educação pública é diferenciada entre MSU e EDUCAFRO. A compreensão das ações afirmativas também gera divergências: o MSU as compreende como paliativas, enquanto a EDUCAFRO as enxerga como uma reparação ao povo negro, objetivando a transformação estrutural.
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    Ações formativas desenvolvidas em Universidades Federais Mineiras: estratégias de aprendizagem e (re) elaboração dos saberes docentes?
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-31) Silva, Claudete de Freitas da; Saraiva, Ana Cláudia Lopes Chequer; http://lattes.cnpq.br/2418214907000035; Braúna, Rita de Cássia de Alcântara; http://lattes.cnpq.br/9870415327142816; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/3090603419576186; http://lattes.cnpq.br/0373746053701565; Nunes, Célia Maria Fernandes; http://lattes.cnpq.br/1724159981026056
    Neste estudo, procuramos compreender o processo de aprendizagem profissional de docentes universitários, mais especificamente, quanto aos saberes que estes docentes vão elaborando e/ou reelaborando em programas de desenvolvimento profissional. Para isso, nos propusemos a analisar o processo de elaboração e/ou (re) elaboração do saber pedagógico de professores universitários, no âmbito de programas de desenvolvimento profissional docente; identificar a contribuição destes programas para o processo de aprendizagem docente de professores universitários; assim como diagnosticar se os professores, participantes desses programas de desenvolvimento profissional docente estabelecem a relação entre os conteúdos trabalhados nos cursos e a prática docente. O estudo teve como campo de pesquisa três instituições federais de ensino superior do estado de Minas Gerais (Universidade Federal de Viçosa, Federal de Minas Gerais e a Federal de Uberlândia) e como sujeitos, professores (as) das respectivas universidades. Em dois casos, ouvimos, ainda, Técnicos em Assuntos Educacionais e uma Doutoranda. O motivo desta escolha se deu, uma vez que, fazem ou fizeram parte das ações de desenvolvimento profissional de docentes, em análise. No que se refere ao número de sujeitos, tivemos: Três Técnicas em Assuntos Educacionais, uma doutoranda e oito professores. Utilizamos como técnica de coleta de dados: levantamento documental, entrevistas semiestruturadas, questionário e, também, a técnica bola de neve . Reconhecemos as contribuições da abordagem qualitativa para a compreensão do nosso objeto de estudo, e para análise dos dados optamos pela análise de conteúdo. O estudo revelou que em algumas Instituições Federais do estado de Minas Gerais, existem ações formativas que buscam auxiliar aos professores do referido nível de ensino em seus limites, no que se refere à (re) elaboração dos saberes pedagógicos no exercício da docência universitária, em sala de aula. Todavia, constatamos que não há Programas sistematizados, que, por sua vez, proponham-se ao desenvolvimento profissional de docentes universitários. Referente à contribuição das ações de formação investigadas (UAE, GIZ, NAPP e ações posteriores ao NAPP) para o processo de (re) elaboração de saberes docentes, compreendemos, auxiliados pela ótica das formadoras, que as ações desenvolvidas configuraram-se como um lócus formativo para os professores universitários, procurando atender às demandas do ensino por eles vivenciadas. Quanto aos docentes entrevistados, constatamos que ao reconhecerem alguns de seus limites referentes à aquisição do saber pedagógico encontraram por meio da adesão às ações de formação, assim como em sua formação autônoma, algumas estratégias para sanar os limites evidenciados. Esta prática veio a favorecer aos professores entrevistados o estabelecimento de relações entre o que viam durante o desenvolvimento das ações de formação em que estiveram inseridos e a sua prática docente, além de serem-lhes apresentadas as possibilidades de modificá-la. Reconhecemos, por fim, que as ações formativas, por nós analisadas, se constituíram, de fato, como estratégias de (re) elaboração do saber docente. Estas, por sua vez, se configuraram em espaços formativos, capazes de fomentar a reflexão sobre a prática docente e apontar caminhos para o enfrentamento dos desafios inerentes à docência universitária.
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    A construção dos saberes docentes por professores formadores
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-05-30) Teixeira, Fabiana Cristina; Herneck, Heloisa Raimunda; http://lattes.cnpq.br/2806155165615443; Santos, Marcelo Loures dos; http://lattes.cnpq.br/9545204500515342; Saraiva, Ana Cláudia Lopes Chequer; http://lattes.cnpq.br/2418214907000035; http://lattes.cnpq.br/5736195857704652; Ladeira, Wânia Terezinha; http://lattes.cnpq.br/9290556901857709; Braúna, Rita de Cássia de Alcântara; http://lattes.cnpq.br/9870415327142816
    O presente estudo pretende investigar como se dá a construção dos saberes docentes por professores formadores de uma universidade federal do interior de Minas Gerais. A pesquisa foi realizada por meio das narrativas dos professores, focando especificamente em seus percursos de formação. A revisão de literatura englobou como temas principais: a construção dos saberes docentes e o aprender a ensinar; a docência no ensino superior; e a formação de docentes formadores. A análise das narrativas foi realizada a partir da revisão de literatura feita previamente, abarcando autores nacionais e internacionais do campo da formação de professores. Estruturalmente, a análise contou com três eixos temáticos: o primeiro, envolvendo as experiências antecedentes à docência; o segundo, a construção da docência; e o terceiro, considerando os caminhos e desafios dos docentes formadores. Como participantes da pesquisa, contou-se com dois sujeitos atuantes nos cursos de formação de professores, com equivalente tempo de experiência na docência do ensino superior. Os docentes narraram seus percursos formativos a partir de suas experiências educacionais, passando por desafios, figuras de referência significativas em seus trajetos, desafios e as mais variadas experiências que culminaram na forma como atuam na contemporaneidade, considerando os desafios e expectativas. A análise de dados confirmou que a apropriação dos saberes se dá de modo processual, contínuo e perpassando toda trajetória de vida, embora tenhamos focado apenas o percurso de formação. O estudo apontou, ainda, o quanto os saberes docentes estão articulados entre si e interferem-se mutuamente em seus processos constitutivos, envolvendo as dimensões do conhecimento, da experiência e pedagógicas. Além disso, apontou condições mínimas percebidas pelos docentes como fundamentais para a atuação no campo, que envolvem saberes específicos, enfatizando valores éticos, desenvolvimento da autonomia, do pensamento reflexivo, da responsabilidade consigo e com o outro. Inferimos que as condições apontadas por estes formadores perpassam o campo da Filosofia, possuindo relação entre o campo disciplinar e a área de atuação, mas esta é uma lacuna a ser investigada por outras pesquisas.
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    A aprendizagem profissional da docência nas representações sociais de professores do ensino médio no contexto do trabalho docente
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-15) Maciel, érica Miranda; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/3090603419576186; Saraiva, Ana Cláudia Lopes Chequer; http://lattes.cnpq.br/2418214907000035; http://lattes.cnpq.br/1340624999972388; Nunes, Célia Maria Fernandes; http://lattes.cnpq.br/1724159981026056
    As instituições educativas e os profissionais que nela atuam são desafiados permanentemente a reconstruírem seus saberes, para que possam acompanhar as mudanças de uma sociedade em constante processo de transformação. Emergem, pois, novas demandas no campo da formação docente, em que ser professor envolve um processo de desenvolvimento e aprendizagem permanente, constituído a partir de experiências vivenciadas ao longo da trajetória pessoal e profissional. Considerando o professor um agente que produz conhecimento e reflete sobre sua prática, torna-se importante compreender os processos por meio dos quais o docente aprende a se tornar professor. Em face dessas considerações, este estudo objetivou compreender como os professores do Ensino Médio representam o aprendizado profissional docente em suas trajetórias de formação e de atuação. Pretendeu, ainda, identificar, nas representações sociais dos referidos professores, os saberes, as experiências e os interlocutores constitutivos da aprendizagem da profissão docente, bem como elucidar os desafios e possibilidades vislumbrados nos contextos de formação. A pesquisa norteou-se metodologicamente pela abordagem qualitativa e teve o questionário e a entrevista como instrumentos de coleta de dados. Para interpretá-los, recorreu-se ao procedimento da análise de conteúdo. O contexto de atuação profissional, marcado por processos de precarização do trabalho docente, em que se sublinham a degradação das condições de trabalho docente, a presença de abandono e desistência da profissão, constitui um eixo emergente na estruturação dos conteúdos discursivos. Esse eixo perpassa todas as questões e discussões que envolvem a configuração do ser docente no ensino médio e as reais condições para o efetivo aprendizado profissional no contexto da formação continuada. As considerações apresentadas apontaram para a compreensão de que o aprendizado profissional da docência não depende, apenas, que o professor mobilize processos cognitivos, como a reflexão, a conscientização e a criticidade na construção dos seus saberes, pois a operacionalização desses processos depende das condições contextuais da atividade docente. O ser e aprender na docência são parte estruturante da construção da subjetividade humana, cuja existência se materializa na práxis educativa.
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    A Educação de jovens e adultos do campo: um estudo nos projetos de assentamento de Natalândia MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-04) Faria, Ana Lucia Ferreira; Souza, Dileno Dustan Lucas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762372Z9; http://lattes.cnpq.br/8595484584340636; Coelho, Edgar Pereira; http://lattes.cnpq.br/2412983438933780; Silva, Maria Aparecida da; http://lattes.cnpq.br/4232244370147858
    Esta pesquisa teve a proposta de analisar como a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que visa a alfabetização e a escolarização em convênio com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), foi constituída nos projetos de assentamento (PAs) do município de Natalândia e se aproximou das especificidades/realidades dos trabalhadores rurais. Buscamos analisar e identificar se a práxis educativa tornou-se um instrumento de democratização da educação e conscientização; interpretar o olhar dos trabalhadores rurais em relação ao pedagógico ao estrutural para assim, identificar limites, possibilidades e contribuições. Esta investigação foi fundamentada por um estudo de caso qualitativo, no qual utilizamos a pesquisa bibliográfica, documental além de sete entrevistas realizadas com os trabalhadores rurais. De acordo com alguns dados obtidos as limitações e desafios foram: A ausência na oferta de merenda; a demora na realização dos exames oftalmológicos; a precariedade na infraestrutura física das salas de aula; as visitas poucos frequentes da monitora e da coordenadora local e a avaliação realizada para a certificação dos educandos. As possibilidades detectadas foram relacionadas às práticas pedagógicas, que visaram a construção de uma educação contextualizada com as realidades vividas, buscando a consolidação da educação dialógica e problematizadora, o reconhecimento da importância das salas de aula, e, por último, as contribuições proporcionadas com a participação das aulas, possibilitando melhorias na vida pessoal e comunitária. Os trabalhadores rurais, desde a luta pela terra, também se mobilizaram na luta por educação. A EJA/PRONERA concretizou num sonho que não pôde contar com a participação de muitos, devido aos desafios impostos. Defendemos que a EJA do Campo deve ser desenvolvida em articulação com os movimentos sindicais e sociais do campo, sendo assumida também, pelas Prefeituras.
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    Narrativas de professoras: análise da construção dos saberes da prática de profissionais com experiência reconhecida
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-12) Matias, Bárbara Ferreira; Saraiva, Ana Cláudia Lopes Chequer; http://lattes.cnpq.br/2418214907000035; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/3090603419576186; http://lattes.cnpq.br/9998425315599374; Braúna, Rita de Cássia de Alcântara; http://lattes.cnpq.br/9870415327142816; Nunes, Célia Maria Fernandes; http://lattes.cnpq.br/1724159981026056
    Os professores possuem uma importante função dentro da escola e da sociedade, como, por exemplo, transmitir a cultura e os conhecimentos produzidos ao longo do tempo, no sentido de garantir o desenvolvimento da humanidade, possibilitando uma integração do homem consigo mesmo e com o mundo (NÓVOA, 1991). Portanto, o trabalho dos professores se mostra como uma prática em que incide um alto nível de responsabilidade social. Nesse sentido, procuramos com esta pesquisa evidenciar as vozes de professoras experientes, que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental, do município de Viçosa (MG), consideradas referência em seu contexto de atuação. Por meio das narrativas dessas professoras experientes, buscamos apreender os processos formativos que contribuíram para que se consolidasse uma prática educativa que se tornou referência. Tivemos por objetivo discutir o processo de construção de seus saberes profissionais, mais especificamente os saberes experienciais, no contexto de atuação profissional durante seu percurso formativo; compreender as relações entre os percursos formativos (a vida de estudante da educação básica, a formação inicial e contínua) das professoras e a construção dos saberes práticos, no contexto de atuação profissional. Para as discussões sobre formação de professores apoiamos em Garcia (1999) e para a contextualização da realidade das políticas de formação dos docentes no Brasil nos pautamos em Freitas (2007), Pimenta (2007) e Saviani (2009); sobre as contribuições mais relevantes a respeito de saberes docentes, trazemos Tardif (2010), Gauthier (1998), Nunes (2004) e Borges (2004); sobre a aprendizagem da docência dialogamos com Mizukami (1996) e Schön (1995); sobre a categoria experiência nos apropriamos das reflexões trazidas por Dewey (2010) e a temática das narrativas foi aprofundada principalmente por meio das contribuições de Josso (2004), Ferenc (2005), Nóvoa e Finger (1988). A pesquisa qualitativa foi a abordagem utilizada. A entrevista foi o meio de interlocução com as professoras e a narrativa o meio de acesso às formas como os seres humanos experimentam o mundo (CONNELLY; CLANDININ, 1990), ou seja, o significado que as professoras entrevistadas atribuem ao mundo e o sentido que suas experiências trouxeram para a formação de cada uma. Dialogamos com 4 (quatro) professoras que, em média, possuem 32 anos de exercício no magistério. O acesso às professoras foi por meio da técnica bola de neve em que cada professora entrevistada indicava a próxima. Os relatos das professoras nos permitiu compreender que as experiências escolares anteriores, quando ainda eram estudantes, foram definitivas na construção da trajetória profissional. As professoras se formaram no ensino médio, entre 1976 e os anos 1982, em uma mesma escola, que era uma Escola Normal, tradicional, no município de Viçosa (MG), naquele período. Nessa escola, as professoras tiveram professores que serviram de referências à construção de seus saberes. O curso adicional ao magistério foi um marco em termos de saberes sobre os processos de construção do conhecimento sobre a alfabetização e a educação infantil; as professoras revelaram que a formação em serviço foi mais significativa que a formação inicial em suas trajetórias profissionais. Além disso, apontaram a experiência cotidiana como fonte de segurança para a sua prática. Evidenciaram os saberes demandados à docência que foram relativos aos saberes disciplinares, curriculares e pedagógicos. O estudo aponta ser necessário um investimento no desenvolvimento profissional dos docentes; também há a necessidade de promover trocas, grupos de estudos etc. em que os professores iniciantes sejam tutelados pelos mais experientes. Por fim, fica o desafio de repensar a formação inicial dos docentes de maneira a possibilitar uma maior aproximação da realidade educativa.
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    Séries ou Ciclos? A organização da escolaridade no município de Ponte Nova, Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-29) Cassuce, Fernanda Rosado Coelho; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/3090603419576186; Cassuce, Francisco Carlos da Cunha; Mari, Cezar Luiz de; http://lattes.cnpq.br/0201073550093287; http://lattes.cnpq.br/1015732375729406; Soares, Jeferson Boechat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760231A4
    O presente estudo teve por objetivo analisar o processo de reversão do regime de ciclos para o regime seriado na rede municipal de Ponte Nova, Minas Gerais. Especificamente pretendeu-se: identificar os fatores que contribuíram para a extinção do regime de ciclos na rede municipal de ensino; identificar os mecanismos utilizados pela Secretaria Municipal de Educação para (re)implantação do regime seriado nas escolas, e; analisar a opinião de gestores e professores sobre processo de reversão do regime de ciclos para o seriado nas escolas municipais. A investigação desenvolveu-se através de pesquisa descritiva de cunho quanti-qualitativo. A pesquisa qualitativa foi realizada através da pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e entrevista semiestruturada. A investigação começou com pesquisa bibliográfica para a construção de um referencial teórico referente ao desenvolvimento do regime seriado e de ciclos no Brasil e no Estado de Minas Gerais. Posteriormente, foi realizada a pesquisa documental na Secretaria Municipal de Educação de Ponte Nova, com a coleta de dados relacionados a esses dois regimes na rede municipal de ensino. Com relação à pesquisa semiestruturada, esta foi feita com duas gestoras da Secretaria, uma vez que estão envolvidas com a fase de implementação da proposta de seriação nas escolas municipais. Já a pesquisa quantitativa foi feita com a utilização de questionário para os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, tendo como procedimento para interpretação das informações, a análise exploratória de dados com uso do pacote estatístico SPSS, versão 20. Os resultados apontaram que alguns fatores contribuíram para a extinção do regime de ciclos nos anos iniciais do Ensino Fundamental na rede municipal de ensino em 2008. Dentre esses fatores, destacam-se: a falta de preparação da comunidade escolar durante a implantação e desenvolvimento desse tipo de regime, bem como a promoção automática dos alunos com baixo rendimento, sem o devido acompanhamento pedagógico. Constatou-se que, para a (re)implantação e desenvolvimento do regime seriado, a Secretaria Municipal buscou realizar um trabalho de orientação de monitoramento das atividades pedagógicas das escolas, por meio de reuniões pedagógicas e cursos de capacitação com professores, supervisores pedagógicos e diretores. Na opinião das gestoras e dos professores, a seriação é uma organização adequada para os anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo, portanto, bem aceita nas instituições de ensino. O estudo também demonstrou que o desenvolvimento do regime de ciclos na rede municipal de Ponte Nova seguiu as políticas educacionais do governo estadual. Nesse sentido, a introdução desse tipo de organização esteve voltada, possivelmente, para a regularização do fluxo escolar e a redução de custos com a eliminação da reprovação, não se garantindo, portanto, as condições adequadas para seu desenvolvimento.
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    A Formação docente no curso de letras: o currículo e suas interseções entre os saberes e a relação teoria-prática. Um estudo de caso do curso de letras da UFSJ
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-20) Alvarenga, Fernando Marques; Braúna, Rita de Cássia de Alcântara; http://lattes.cnpq.br/9870415327142816; http://lattes.cnpq.br/8302449596418454; Saraiva, Ana Cláudia Lopes Chequer; http://lattes.cnpq.br/2418214907000035; Ladeira, Wânia Terezinha; http://lattes.cnpq.br/9290556901857709
    O presente estudo objetivou analisar a formação de professores no curso de Letras de uma universidade pública, compreender quais saberes são pertinentes a esta formação e como se dá a articulação da teoria e da prática no currículo. Esta análise foi realizada através da leitura e estudo sobre currículo, embasada nos elementos Saberes e relação Teoria-prática, tendo como suporte as DCN s (2002) e as DCN s (2001) do curso de Letras. A pesquisa foi norteada pela abordagem qualitativa e contou com um Estudo Exploratório de três cursos de Letras de três universidades públicas mineiras. Após esta análise inicial, que contou com a leitura e análise de conteúdo dos currículos e dos PPP s, foi decidido trabalhar com o currículo do curso de Letras da UFSJ, orientado por um Estudo de Caso. Este estudo foi guiado pela leitura e análise do PPP, do currículo e dos demais documentos que compõem o curso, como histórico deste curso, do departamento, resoluções e o reconhecimento e análise das Práticas Curriculares, disciplinas diferenciadas na formação de professores não encontradas nos outros currículos analisados. O uso de entrevistas na metodologia foi fundamental para compreender a estrutura e o funcionamento do currículo e perceber as características da formação de professores deste curso. Os dados obtidos através da metodologia de Análise de Conteúdo possibilitaram análises e o reconhecimento dos saberes que são adotados e trabalhados no curso de Letras da UFSJ, bem como as possibilidades de articulação da teoria e da prática no currículo. O que se constatou foi que há uma supervalorização dos saberes disciplinares, saberes teóricos referentes ao campo da Letras, como a Linguística e a Literatura e uma ausência ou mesmo um silenciamento dos saberes pedagógicos e das Ciências da Educação. A Prática é visualizada nas disciplinas denominadas Práticas Curriculares, mas referenciada por uma pedagogia apenas construtivista, determinada pelo construir material didático e elaborar seminários sobre o ensino de Língua Portuguesa. Destaca-se uma formação técnica e uma didática descontextualizadas ao exercício concreto da profissão, mas situa-se um currículo embasado nas diretrizes, de acordo com as características e o olhar para o mercado de trabalho.