Biologia Animal

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    Osteologia de dois anfíbios endêmicos da mata atlântica brasileira: Aparasphenodon pomba e Thoropa aff. lutzi (Amphibia: Anura)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-26) Barreto, Sofia Luz Andrade; Feio, Renato Neves; http://lattes.cnpq.br/1222302049081833
    No presente trabalho são apresentados novos dados acerca da osteologia de espécies de anfíbios anuros dos gêneros Aparasphenodon e Thoropa. O primeiro capítulo aborda a caracterização da osteologia completa – crânio e pós-crânio – de uma nova espécie de Thoropa, proveniente da cidade de Cataguases, Minas Gerais, e posterior comparação com caracteres cranianos de espécies congenéricas. Esta espécie pode ser caracterizada osteologicamente pelos nasais que sobrepõem extremidade anteromedial do esfenetmoide; esfenetmoide sem pareamento evidente; pré-maxilar com dois processos espinhosos; neopalatinos com extremidades mediais constrictas, processo cultriforme do parasfenoide localizados posteriormente aos neopalatinos e o processo dentígeno do vômer anterior à coana. Esse conjunto de características diferencia o agrupamento das “pequenas” das “grandes” Thoropa. Já o segundo capítulo aborda a osteologia craniana da perereca-de-capacete Aparasphenodon pomba, uma espécie classificada como criticamente ameaçada por sua ocorrência restrita à localidade tipo Fazenda Sinimbú, município de Cataguases. Aparasphenodon pomba exibiu morfologia craniana com aspectos particulares, tais como o padrão de espículas na superfície dorsal dos ossos nasais, maxilares, frontoparietais, esfenetmoide dermal e esquamosal, este último parcialmente sobreposto pelo frontoparietal, canthus rostralis levemente elevado, vômeres serapados entre si e com os processos dentígenos angulares, entre outras características. Essas particularidades reafirmam que A. pomba é um táxon válido como espécie. Porém, o aprofundamento do estudo da morfologia craniana do gênero Aparasphenodon levanta questões: a presença ou ausência do osso pré-nasal é suficiente para definir o gênero Aparasphenodon? Para elucidar as relações evolutivas entre as espécies deste gênero, serão necessárias análises filogenéticas consistentes que utilizem caracteres morfológicos e moleculares. Palavras-chave: Morfologia. Herpetologia. Anura
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    Quantificação da variação morfológica dos escudos da cabeça em natimortos de Cheloniidae (Testudines) na praia de Guriri, São Mateus, ES, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-08) Oliveira, Monique Póvoa; Romano, Pedro Seyferth Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/0906090621357848
    Variações na morfologia e número de escudos epidérmicas do casco de tartarugas marinhas são comuns, o que pode levar à identificação taxonômica incorreta. Neste trabalho, espécimes natimortos de Cheloniidae foram coletados na praia de Guriri, São Mateus (ES), a fim de avaliar a variação morfológica observada. Cerca de 70% da amostra coletada (144 indivíduos) apresentaram variação no número de escudos inframarginais esperados para as espécies encontradas. Com base principalmente no número de escudos, foram encontrados oito morfótipos diferentes, incluindo os morfótipos de diagnóstico das espécies com maior número de desova na região, Caretta caretta (n = 55) e Lepidochelys olivacea (n = 12). Além disso, três indivíduos de Eretimochelys imbricata podem ser identificados como um terceiro morfótipo. Os outros cinco morfótipos encontrados mostraram características diagnósticas de mais de uma espécie, sendo previamente interpretados como espécimes de C. caretta que apresentam variações fenotípicas. A variação na forma da cabeça foi, portanto, quantificada pelo método da morfometria geométrica (GMM) usando pontos de referência para verificar a quais espécies os espécimes "anômalos" anteriormente classificados como C. caretta poderiam pertencer. Os resultados revelaram maior semelhança desses espécimes com os indivíduos indubitáveis de C. caretta, levando-nos a concluir que esses indivíduos apresentam variação de plasticidade dessa espécie. Além disso, considerando que há uma alta taxa de hibridação em populações que nidificam na costa brasileira, sugerimos que indivíduos anômalos de três dos cinco morfótipos “anômalos” encontrados poderiam ser o resultado da reprodução entre C. caretta com L. olivacea ou E. imbricata. Palavras-chave: Chelonioidea. Carettini. Morfometria geométrica. Escamas epidérmicas. Hibridização.
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    Dieta de Psittacara leucophthalmus (Statius Müller, 1776) (Aves: Psittaciformes) na Zona da Mata de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-08-20) Almeida, Filipe Iglesias de; Feio, Renato Neves; http://lattes.cnpq.br/5060890790886055
    Psittacara leucophthalmus, conhecida popularmente por maritaca, é uma ave da família dos psitacídeos com grande distribuição geográfica no país. A espécie é frequentemente observada alimentando-se em propriedades rurais e centros urbanos. O objetivo desse trabalho foi descrever a dieta de Psittacara leucophthalmus nos municípios da Zona da Mata de Minas Gerais. Durante um ano, foi realizado o levantamento das espécies vegetais e dos itens que servem como alimento para a ave, bem como a relação da sazonalidade na região com a utilização dos recursos alimentares. Foram utilizados três métodos de investigação da dieta da Psittacara leucophthalmus: registro de alimentação, percepção de produtores rurais a partir de entrevistas pré-estruturadas e análise de conteúdo gástrico. Observou-se através do estudo a utilização de 86 espécies vegetais como alimento para a ave. De acordo com o registro de alimentação as espécies vegetais mais consumidas pela Psittacara leucophtalmus foram, respectivamente, o milho (Zea mays), goiaba (Psidium guajava), manga (Mangifera indica), banana (Musa sp.), jerivá (Syagrus romanzoffiana), palmeira leque-da-china (Livistona chinensis), jaboticaba (Myrciaria cauliflora) e ameixa-amarela (Eriobotrya japonica). O item mais utilizado como alimento foi o fruto, seguido da semente, flor, néctar e folha. Segundo os produtores rurais a Psittacara leucophtalmus alimenta-se de milho, goiaba, jaboticaba, banana, manga, café (Coffea arabica), mamão (Carica papaya) e ingá (Inga sp.). Foi constatada que boa parte de sua alimentação é composta de espécies vegetais cultivadas e, portanto, os produtores rurais consideram a maritaca como praga na região da Zona da Mata mineira, sendo a espécie silvestre mais citada como problema para a agricultura. As notificações dos produtores rurais apontaram o milho e goiaba como as culturas mais acometidas pelas aves. Estas espécies vegetais foram as únicas identificadas nas amostras de conteúdo gástrico. Durante os meses que compreendem a estação chuvosa na região, foi observado um consumo maior de frutos. Entretanto, durante os meses correspondentes da estação seca foi visto redução no consumo de frutos e significativo aumento de outros itens alimentares, como sementes e flores. A Psittacara leucophtalmus apresentou grande variedade de itens alimentares em sua dieta, demonstrando grande plasticidade no comportamento alimentar, o que torna a espécie extremamente adaptável em ambientes alterados. Palavras-chave: Alimentação. Psitacídeo. Periquitão-maracanã.
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    Redescrição craniana da tartaruga fóssil mais antiga do Brasil, Atolchelys lepida (Testudines, Pleurodira) e revisão filogenética de Pelomedusoides
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-10) Lopes, Natália Benevenuto; Romano, Pedro Seyferth Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/6159426661632560
    Redescrição craniana da tartaruga fóssil mais antiga do Brasil, Atolchelys lepida (Testudines, Pleurodira) e revisão filogenética de Pelomedusoides. Orientador: Pedro Seyferth Ribeiro Romano. Atolchelys lepida é um Pleurodira proveniente de depósitos do Barremiano do Brasil (Formação Morro do Chaves, Bacia Sergipe–Alagoas) e o mais antigo crown-Pelomedusoides nomeado até então (~ 125 Ma). A descrição original da espécie, no entanto, é sucinta e baseada em um holótipo parcialmente preparado, embora bastante preservado. Após a preparação mecânica e redescrição craniana do holótipo e único espécime conhecido, realizamos uma redescrição comparativa que permitiu a proposição de uma emenda à diagnose de A. lepida. A respeito da análise filogenética, nós propusemos a reanálise, exclusões, recombinações e redescrição semântica da matriz de caracteres. A preparação e redescrição permitiram codificar 25 novos caracteres informativos para A. lepida. Assim, nós testamos a hipótese filogenética corrente para Bothremydidae bem como para Pelomedusoides em geral. A análise filogenética, conduzida através de metodologia cladística, recuperou de maneira consistente o posicionamento de A. lepida no primeiro nó de divergência de Bothremydidae. Além disso, as relações internas para essa família tiveram melhor resolução no presente trabalho. O crânio de A. lepida se distingue de todos os demais membros representativos de Pan-Pelomedusoides pela presença de: i. foramen palatinum posterior alongado longitudinalmente, em formato de gota; ii. opistótico quadrangular em vista ventral; iii. basioccipital triangular, desigual, com a porção rostral alargada; iv. supraoccipital extenso e v. extenso contato entre parietal e esquamosal. As últimas duas características providenciam novas informações que enriquecem a diagnose para A. lepida e os 25 caracteres informativos que foram codificados – para a nova análise cladística – providenciaram fortes evidências sobre a história inicial de Pelomedusoides, além da definição de diagnoses para as linhagens de Podocnemidoidea. Palavras-chave: Cretáceo Inferior. Paleontologia. Osteologia comparada. Sistemática filogenética.
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    Descrição cariotípica de espécies dos Clados Astyanax e Probolodini (Characiformes, Characidae) em bacias costeiras do leste brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-09-10) Pinto, Mariane Alves Brito; Santos, Jorge Abdala Dergam dos
    Characidae é a maior família da ordem Characiformes e apresenta uma elevada diversidade de formas e ampla distribuição, o que gera dúvidas quando ao monofiletismo de diversos gêneros pertencentes a essa família. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi analisar citogeneticamente representantes dos clados Astyanax e Probolodini das bacias costeiras do leste brasileiro. Foram utilizados coloração convencional (Giemsa) e marcadores citogenéticos moleculares (GA 15 e Ca 15 ) nas espécies Astyanax aff. fasciatus, Astyanax giton, Astyanax lacustris, Deuterodon pedri e Astyanax sp. 2. Todos os indivíduos analisados de A. aff. fasciatus apresentaram 2n = 48 cromossomos, com fórmula cariotípica de 8m+18sm+18st+4a. Para as demais espécies, o número diploide foi semelhante a 2n = 50 cromossomos, sendo observadas as seguintes fórmulas cariotípicas: A. giton 6m+12mt+10st+20a; A. lacustris 6m+20sm+18st+6a; D. pedri 12m+12sm+20st+6a; e Astyanax sp. 2 6m+14mt+14st+16a. Quanto ao padrão de hibridização das sondas GA 15 e Ca 15, essas foram encontradas amplamente distribuídas por todos os cromossomos do cariótipo das espécies analisadas, com um acúmulo preferencial nas regiões terminais e pericentroméricas, apesar de apresentarem perceptíveis diferenças no padrão de hibridização em cada espécie. Os resultados obtidos não permitiram a separação das espécies em clados distintos como proposto a separação de Astyanax e Probolodini. Portanto, se faz necessário o uso de sondas mais especificas para espécies do gênero Astyanax, assim como, um maior número de espécies analisadas concomitantemente, para que os dados citogenéticos sejam mais uma ferramenta que valide esses clados. Palavras-chave: DNA repetitivo. Citogenética. Osteichthyes
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    Entomofauna associada a agroecossistemas de café conilon (Coffea canephora Pierre ex A. Froehner) no Estado do Espírito Santo, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-24) Benavides López, José Luis; Ferreira, Paulo Sérgio Fiuza; http://lattes.cnpq.br/0888605697535189
    A nossa compreensão da diversidade em agroecossistemas no mundo é fundamental. A cultura do café conilon no Espírito Santo é um desses ecossistemas, dando origem a esta pesquisa, desenvolvida em 2014 durante a período de seca e de chuvas. Foram selecionadas oito fazendas com diferentes agroecossistemas de café conilon em monocultura e consorciada com diferentes culturas. As coletas foram realizadas com rede de varredura, posteriormente foi feita identificação e análises, realizando a comparação entre fazendas, agroecossistemas e períodos climáticos, utilizando índices de diversidade verdadeira. Foram coletados 6829 espécimes, pertencentes a 14 ordens, distribuídas em 123 famílias, as ordens com maior riqueza e abundância foram Coleoptera, Hymenoptera, Hemiptera e Diptera. Durante o período de seca apresentou o maior registro de entomofauna. Na análise da diversidade verdadeira a fazenda Liberdade com o agroecosistema café/cacau obtiveram a maior diversidade associada com elevada complexidade estrutural, cada um com o maior número efetivo de espécies. Para comparação entre períodos a maior diversidade se apresentou no período de seca. Também foram reveladas seis redes tróficas de acordo com as guildas nas fazendas e agroecossistemas avaliados pela comparação de cada café conilon em monocultura e café consorciado de café/cacau, café/seringueira, café/coco, café/cedro e café/pimenta do reino. Estes resultados obtidos nas zonas cafeeiras do Espírito Santo sugerem que os agroecossistemas consorciados preservam e promovem a biodiversidade mais do que o café em monocultura e possibilita um equilíbrio entre produtividade e conservação. Poderiam ser consideradas áreas de importância nos processos de conservação da biodiversidade.
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    Is the stingless bee Melipona quadrifasciata harmed by Bt toxins and glyphosate?
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-31) Seide, Vanessa Eler; Siqueira, Maria Augusta Lima; http://lattes.cnpq.br/3608716772779293
    Brazil is the second largest producer of genetically modified plants in the world and this agricultural practice expose native pollinators to contact and ingestion of Cry proteins, derived from the bacterium Bacillus thuringiensis (Bt). A transformation of maize and cotton varieties, with Bt gene transgenesis, causes a synthesis of Cry proteins in several plant tissues, especially in pollen, a source of protein for bees. Native bees may also be exposed to herbicides applied to crops, such as glyphosate. This compound can contaminate floral resources that are collected by foraging bees and taken to the interior of the colony. Cry and glyphosate proteins within the colony may be offered to the larvae in the form of food and this contamination can lead to immature malformation and death. Little is known about the effects of glyphosate and Cry proteins on stingless bees, especially when offered in the immature stage. We intend to test adverse effects of Cry1F and Cry2Aa and glyphosate herbicides on Melipona quadrifasciata (Apidae: Meliponini) larvae when mixed with food. The larvae were raised in laboratory and development and mortality were analyzed until the emergency period. After an emergency, bees were weighed and walking behavior was assessed. All larvae treated with glyphosate died a few days after the start of the experiments and the toxicity of this compound was higher than the imidacloprid insecticide, used as a positive control. Bees treated with Cry2Aa proteins survived longer and were delayed in development time when compared to bees from the negative control. Those treated with Cry1F protein also experienced developmental delay over the negative control. Walking behavior and body mass of the adult bees submitted to the different treatments were not affected. Therefore, Cry1F, Cry2Aa and glyphosate were toxic to M. quadrifasciata, causing lethal or sublethal effects that can damage the colony and reduce pollination activity.
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    Toxicidade do biopesticida azadiractina à vespa social Polistes versicolor (Hymenoptera:Vespidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-26) Teixeira, Gabrazane Venâncio Marques; Siqueira, Maria Augusta Lima; http://lattes.cnpq.br/1689569318043744
    Vespas sociais, como as Polistes, são predadores generalistas com potencial para serem utilizadas como agentes de controle biológico. Em cultivos orgânicos é permitido o uso de biopesticidas, como o óleo de nim, para controle de pragas. A compatibilidade dessas duas formas de manejo depende do baixo risco toxicológico da azadiractina, ingrediente ativo do nim, às vespas. Neste estudo avaliamos os efeitos da azadiractina às colônias de Polistes versicolor (Hymenoptera: Vespidae). Primeiramente, verificamos que alimentos contaminados com nim não causam repelência ou fagoinibição às vespas adultas, aumentando as chances de exposição das colônias em situações realistas. Depois, as vespas foram cronicamente expostas a alimento contaminado com diferentes concentrações de azadiractina (0, 3, 15 e 30μg de ingrediente ativo (i.a.)/ml de solução açucarada), ou com o inseticida imidaclopride (96μg i.a./ml de solução açucarada), utilizado como controle positivo. A ingestão do nim reduziu a longevidade das vespas individualmente e das colônias. A toxicidade da azadiractina foi diretamente proporcional às concentrações do ingrediente ativo. Além disso, o desenvolvimento da cria foi afetado pela ingestão do nim, nas concentrações de 15 e 30μg i.a./ml. Portanto, este estudo fornece evidências de que colônias de P. versicolor mantidas em cultivos pulverizados com nim podem ter sua longevidade reduzida e o desenvolvimento de imaturos prejudicado.
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    Biologia reprodutiva da serpente fossorial Elapomorphus quinquelineatus (Raddi, 1820) (Dipsadidae, Elapomorphini) em Minas Gerais, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-14) Lucas, Déborah Fantuzzi; Feio, Renato Neves; http://lattes.cnpq.br/9584137281599777
    As análises das características reprodutivas dos ofídios são de extrema importância para a compreensão de sua ecologia e resolução de táticas de conservação de espécies vulneráveis ou ameaçadas de extinção. O estudo da biologia reprodutiva de serpentes inclui vários tópicos, entre eles os comportamentos reprodutivos, fecundidade, acasalamento, maturidade sexual, ciclos reprodutivos e dimorfismo sexual. Elapomorphus quinquelineatus é uma espécie da tribo Elapomorphini, endêmica da Mata Atlântica do Brasil, sendo escassos dados sobre sua reprodução. Assim, o objetivo principal do nosso trabalho foi estudar aspectos da biologia reprodutiva de E. quinquelineatus presente em coleções herpetológicas de instituições do estado de Minas Gerais. No presente estudo foram utilizados métodos de análise da biologia reprodutiva de 66 indivíduos da espécie E. quinquelineatus como medidas do comprimento rostro-cloacal (CRC) e comprimento caudal (CC) para análise de dimorfismo sexual; técnicas macroscópicas e microscópicas, como sexagem, análise de maturidade, histomorfometria dos túbulos seminíferos, estocagem de esperma no oviduto, espermatogênese, peso dos indivíduos e das gônadas, análise de ductos deferentes enovelados e testículos volumosos, presença de pregas no oviduto e folículos primários e/ou secundários, época de nascimento dos filhotes, contagem dos ovos/folículos para análise da fecundidade. Nas análises reprodutivas da espécie, a menor fêmea madura apresentou um CRC de 590 mm, já o menor macho adulto, um CRC de 226 mm. Quanto ao dimorfismo sexual, o CRC, CC e EV médio foi maior para as fêmeas, e o número médio das escamas subcaudais foi maior nos machos, sendo todos estes resultados estatisticamente significativos. Os folículos primários ocorrem quase o ano todo (exceto agosto e setembro), já os folículos secundários e ovos se desenvolvem nos meses de maio a julho (estação seca), sendo o ciclo reprodutivo classificado como sazonal. Os folículos em vitelogênese secundária mediam aproximadamente 6 mm de comprimento e o tamanho médio da ninhada foi de 13 ovos por fêmea. Os machos foram espermatogênicos durante os meses de janeiro, março, abril, outubro e novembro (média do comprimento dos testículos foi 11,95 mm), e não espermatogênicos em abril e novembro (média do comprimento dos testículos foi 6,63 mm), sendo o ciclo reprodutivo classificado como acíclico. A massa corporal média dos machos foi 9,75g, sendo desta 0,048g do testículo, 0,010 da albugínea e 0,038 do parênquima. Os túbulos seminíferos apresentaram média de diâmetro, altura, comprimento tubular total e comprimento tubular /g de testículo de 211,13; 58,23; 13,64 e 174,38 respectivamente. O volume dos parâmetros tubulares foram VT=0,031ml; VE=0,028ml; VP= 1,71x10-3ml; VL=2,19x10-3ml; VTe=0,09ml, e a densidade volumétrica (%) foi: túbulo seminífero = 81,29; intertúbulo = 18,71; epitélio = 72,17 e lúmen = 5,45.
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    Caracterização morfológica e chave de identificação de girinos com ocorrência em áreas de Cerrado brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-04-01) Santos, Danusy Lopes; http://lattes.cnpq.br/8366574269733706
    Muitos aspectos relacionados à fase larval dos anuros permanecem desconhecidos. A dificuldade na identificação dos girinos é uma grande barreira para estudos ecológicos, experimentais, programas de conservação e estudos faunísticos que possibilitam um melhor conhecimento sobre a diversidade dos anfíbios. Nosso objetivo é disponibilizar a caracterização morfológica de girinos para as espécies conhecidas do Cerrado, além de apresentar caracterizações das larvas de Phyllomedusa azurea e Proceratophrys dibernardoi. Para este trabalho, utilizamos espécimes depositados na Coleção Zoológica da Universidade Federal de Goiás (ZUFG), que apresenta uma amostragem das larvas de aproximadamente 40% das espécies de ocorrência para o Cerrado. Juntamente com as caracterizações morfológicas, incluímos informações sobre, aspectos da história natural, comentários sobre variações morfológicas e comparações com outras caracterizações já publicadas. Além da caracterização morfológica, também apresentamos uma chave dicotômica de identificação, baseada em caracteres larvais. Ainda é necessário um maior cuidado com os trabalhos de caracterização morfológica das larvas de anuros, devido a maior plasticidade fenótipica das larvas, o que exige caracterizações mais detalhadas e a apresentação de diagnoses para auxiliar a identificação da larva. A utilização de terminologia padronizadas, para a morfologia externa e oral interna, também é um passo importante para otimizar os esforços de conhecimento desta fase de vida dos anuros. A inclusão, sempre que possível, nas caracterizações morfológicas das descrições da morfologia oral interna e do condrocrânio, bem como informações sobre variações morfológicas entre populações, também são imprescindíveis para um melhor conhecimento dos girinos. Por fim, é necessário um cuidado e atenção com a caracterização morfológica, com relação à apresentação de imagens detalhadas dos girinos e representações realistas dos girinos descritos.