Biologia Animal

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    Eficácia e segurança do óleo de cravo-da-índia e do sal comum no transporte de longa duração de Cyprinus carpio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-19) Martins, Karina Ventura Boechat; Zuanon, Jener Alexandre Sampaio; http://lattes.cnpq.br/2679627741358849
    O óleo essencial de cravo (OEC) é amplamente utilizado como sedativo, inclusive no transporte de peixes, entretanto, há evidências de que o OEC causa efeitos colaterais como respostas de estresse e estresse oxidativo. Uma das formas de reduzir tais efeitos é a utilização de aditivos em associação com o OEC, que apresentem propriedades mitigadoras dos efeitos colaterais ou mesmo ações complementares ou sinérgicas. Dentre estes, o sal comum destaca-se em função de seu efeito redutor de estresse, baixo custo e boa disponibilidade. Deste modo, objetivamos avaliar a eficácia e segurança do OEC e do sal comum, usados isoladamente e em associação, como aditivos na água de transporte de Cyprinus carpio. Foram realizados dois experimentos com o mesmo delineamento experimental, diferindo apenas quanto ao tempo para a realização da coleta de amostras após o transporte, sendo o primeiro experimento utilizado para análises logo após o transporte e o segundo, para análises 96 h após o transporte, permitindo assim a avaliação da possibilidade de recuperação dos peixes dos efeitos do transporte. Ambos foram realizados em esquema fatorial 4x2, em DIC, com um tratamento adicional (antes do transporte). Foram avaliadas quatro concentrações de OEC (0; 5; 10 e 15 mg L -1 ) e duas concentrações de sal comum (0 e 3 g L -1 ), com três repetições por tratamento. Os peixes foram embalados em 48 sacos plásticos com 12 peixes/unidade experimental, sendo que a metade foi utilizada para a realização das análises logo após o transporte (24h) e a outra metade, 96h após o transporte para as análises de recuperação do transporte. Não houve mortalidade dos peixes tanto imediatamente, quanto 96h após o transporte. Quanto as respostas de estresse, o OEC não apresentou efeito imediatamente após o transporte. Entretanto, após 96h desencadeou aumento na glicemia em todas concentrações. Já o sal, reduziu a glicemia apenas logo após o transporte. O OEC (10 e 15 mg L -1 ) causou aumento da amônia não ionizada (ANI) na água de transporte, porém tal efeito foi mitigado pela associação com o sal comum. A redução da ANI desencadeada pelo sal indica que este diminuiu o gasto energético com osmorregulação e, por isso, diminuiu o catabolismo de aminoácidos e a excreção de amônia. Nas brânquias, logo após o transporte, o OEC (10 e 15 mg L -1 ), apesar de ter proporcionado maior atividade de enzimas antioxidantes (superóxido dismutase - SOD e glutationa S-transferase - GST), também causou aumento de espécies reativas (óxido nítrico - ON), de danos em lipídios (malondialdeido - MDA) e em proteínas (proteínas carboniladas - PC), resultados que indicam que o uso do OEC isoladamente não é seguro. O sal isoladamente, ou em associação com o OEC, praticamente não causou efeitos no status redox nas brânquias logo após o transporte. Entretanto, no fígado, o sal causou aumento em PC e MDA, resultados que indicam que o uso do sal isoladamente também não é seguro. Contudo, tais efeitos foram mitigados pela associação com OEC, particularmente na concentração de 5 mg L -1 . Após 96h do transporte, tanto o OEC quanto o sal isolado, causaram efeitos adversos semelhantes nas brânquias (aumento de ON e PC em relação aos valores antes do transporte). Entretanto, quando em associação, causaram redução em ON e PC e aumento na atividade da CAT, o que indica que sua associação pode mitigar efeitos colaterais. Deste modo, a utilização destes aditivos em associação (5 mg L -1 de OEC + 3 g L -1 de sal comum) se mostrou eficaz e segura, pois proporcionou melhor manutenção da qualidade da água (menor teor de amônia) e do status redox nas brânquias e no fígado de C. carpio submetidos ao transporte de longa duração. Palavras-chave: Antioxidantes. Cloreto de sódio. Extratos vegetais. Peixes ornamentais. Sedação.