Biologia Animal

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/181

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 1 de 1
  • Imagem de Miniatura
    Item
    O consumo de água por muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus, Primates, Atelidae) em um fragmento de floresta semidecídua
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-23) Ferreira, Naíla Fernandes; Melo, Fabiano Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/8231558824106025
    A água é fundamental para saúde e bem estar dos primatas, mas esta condição pode variar, dependendo, da história e padrão de vida de cada espécie. Para o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus Kuhl, 1820), primata endêmico da Mata Atlântica, beber água não é uma atividade diária, porém os animais podem consumir de forma indireta a água contida em sua alimentação, essencialmente, folívora- frugívora. Neste estudo, quantificamos os eventos e registros de con- sumo de água pelo uso das fontes, arbórea e terrestre, incluindo a composição da dieta e as váriaveis climáticas, como a pluviosidade, a temperatura média, e o padrão de atividade ou inatividade, de um grupo de muriquis-do-norte que habitam a Reserva do Patrimônio Natural Feliciano Miguel Abdala (RPPN-FMA) em Caratinga, Minas Gerais, durante os anos de 2015 a 2016. Quando um indivíduo foi visto bebendo água, a hora, o local e a fonte foram registrados. A temperatura mensal variou de 15ºC a 31.9ºC e o volume total de pluviosidade do período foi de 884,1 mm, podendo ser considerado como um dos anos mais secos, desde o início do projeto de longo prazo. Os muriquis beberam água da chuva empoçada nos buracos dos troncos das árvores e nos córregos e esse comportamento foi observado 147 vezes considerando apenas os dias com um mínimo de 8 horas de observação. Em meses com baixa pluviosidade, quando a água da chuva acumulada, era sufuciente para empoçar nas cavidade das árvores, o uso das fontes árboreas foi mais utilizado. As proporções mensais dos registros de consumo de água foram significativamente correlacionadas com as proporções mensais dos frutos, isto é, quanto mais frutos eram consumidos, menos frequentemente eles bebiam água. A maior frequência de beber correspondeu tanto com os horários mais quentes, quanto com o comportamento de des- cansar. Entender de que forma os macacos ajustam seu comportamento em resposta às varia- ções climáticas, pode contribuir com adoção de estratégias e implementação de medidas pre- ventivas em casos de escassez hídrica, visando então, a conservação a longo prazo de popula- ções extremamente ameaçadas como o caso dos muriquis-do-norte. Palavras-chave: Consumo de água. Recursos. Variáveis climáticas. Seca. Dieta. Frutas.