Biologia Animal

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    Metais pesados em pequenos mamíferos: efeitos em modelos murinos e em morcegos frugívoros
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-24) Destro, Ana Luiza Fonseca; Freitas, Mariella Bontempo Duca; http://lattes.cnpq.br/5840448577950611
    Os metais liberados no ambiente durante a mineração são persistentes no ambiente e contaminam cadeias alimentares. Dentre os animais que são afetados por poluentes, os morcegos estão susceptíveis a contaminação oral ou por contato. Devido ao hábito alimentar variado e a capacidade de voo, esses mamíferos prestam serviços ecológicos e econômicos importantes como dispersão de sementes, polinização, contribuição na fertilidade do solo e indicador ecológico de qualidade ambiental, portanto, a contaminação de populações de morcegos é prejudicial à conservação ambiental. Apesar dos efeitos de diversos metais em modelos murinos ser bem descrito, as formas de prevenção, os efeitos danosos da contaminação em animais selvagens e a avaliação dos danos da liberação de metais pela mineração ainda não estão claros. Portanto, essa tese foi dividida em três capítulos no formato de artigos científicos. No primeiro capítulo foi apresentado uma revisão sistemática dos efeitos de extratos vegetais na toxicidade hepática induzida por chumbo (Pb) em modelos murinos. Esta revisão sistemática teve como objetivo trazer uma atualização e novas perspectivas da ação dos extratos vegetais no metabolismo hepático como prevenção da toxicidade de Pb. No segundo capítulo, foi realizado uma análise experimental e comparativa da toxicidade de baixas doses de quatro metais: Niquel (Ni), Cadmio (Cd), Cromo (Cr) e Chumbo (Pb) em morcegos fugívoros (Artibeus lituratus) em cativeiro. O terceiro capítulo foi realizado um estudo in situ com o objetivo de avaliar possíveis efeitos da mineração de Ferro (Fe) e Alumínio (Al) em morcegos frugívoros morcegos. uma avaliação dos efeitos fisiológicos da. No trabalho experimental, observou-se que o fígado mostrou maior sensibilidade quando os animais foram tratados com Ni ou Pb. Cr, Cd e Ni foram mais nocivos para os rins. Nos testículos, o Ni dobrou os níveis de dano em comparação aos outros metais. Já os músculos mostraram ser mais sensíveis ao Pb e Cd. O cérebro demonstrou ser mais suscetível a Pb e Ni. Nossos resultados demonstram que doses agudas, mesmo em baixas doses (1,5mg/kg), causaram efeitos prejudiciais em vários órgãos de morcegos frugívoros, o que é uma preocupação para o ecossistema. Assim, baseados em nossos achados, propomos a seguinte ordem de toxicidade dos metais em morcegos frugívoros: Ni> Pb> Cd> Cr. Nós observamos que morcegos frugívoros (A. lituratus) coletados em área de mineração de Fe naMata Atlântica possuem mais estresse oxidativo no fígado, rins, cérebro e músculo, além de histopatologias no fígado e nos rins em comparação à A. lituratus de fragmento de Mata Atlântica sem mineração. Já os morcegos frugívoros (Sturnira lilium) coletados em área de mineração de Al, apresentaram alterações em alguns marcadores de balanço redox, indicando estresse oxidativo, quando comparados aos S. lilium de fragmento de Mata Atlântica sem mineração. Os morcegos da área de mineração de Al apresentaram histopatologias nos rins e fígado, bem como fibroses no fígado. Os resultados do terceiro capítulo demonstram que morcegos da mineração de Fe na Mata Atlântica estão mais afetados do que os da mineração de Al. Porém ambas as áreas demonstram que os morcegos frugívoros estão sofrendo com os efeitos da mineração. Todos os resultados dos três capítulos da tese, demonstram que metais pesados são um problema para a sobrevivência de pequenos mamíferos e a legislação deve ser atualizada e seguida para diminuir a exposição dos animais selvagens aos metais pesados vindos da ação antrópica. Palavras-chave: Metais pesado. Ecotoxicologia. Mamíferos. Estresse-oxidativo. Histologia.
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    Alterações no status oxidativo de peixes Astyanax altiparanae sob exposição subcrônica a doses ambientalmente relevantes do herbicida atrazina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-01) Destro, Ana Luiza Fonseca; Freitas, Mariella Bontempo Duca de; http://lattes.cnpq.br/5840448577950611
    A Atrazina está entre os pesticidas mais utilizados no mundo. Sua alta solubilidade, aliada à meia-vida de 41-231 dias, a torna um potencial contaminante para o meio aquático devido à capacidade deste herbicida de atingir aquíferos naturais por meio de processos como a lixiviação. Embora seu uso seja proibido na Europa, no Brasil e nos Estados Unidos, a atrazina ainda é comercializada e encontrada em ambientes aquáticos, onde pode afetar organismos não-alvo, como vertebrados aquáticos silvestres. Nosso estudo teve como objetivo investigar os efeitos de uma exposição crônica à formulação comercial de atrazina (Atanor®) (ATZ) no sistema oxidativo de lambaris-do-rabo-amarelo (Astyanax altiparanae). Peixes adultos (8 meses pós- eclosão) foram alocados em 20 aquários de vidro (5 tratamentos; 4 replicatas por tratamento, N=20 por aquário) de 72 L e expostos por 30 dias a concentrações ambientalmente relevantes de atrazina: 0 (CTL), 0.5 (ATZ0.5), 1 (ATZ1), 2 (ATZ2) e 10 (ATZ10) μg/L. A formulação foi adicionada à água e a qualidade da água foi verificada semanalmente. Após esse período os animais foram eutanasiados com mesilato de tricaína (MS-222) e porções das brânquias, fígado, testículo e músculo foram retirados, pesados e armazenados a -80 o C. Posteriormente foi feito um homogenato destes tecidos para análise da atividade de marcadores do estresse oxidativo tecidual, como a espécie reativa de oxigênio Óxido Nítrico (NO), as enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa-S-transferase (GST), e os produtos do estresse oxidativo malondialdeído (MDA) e proteína carbonilada (PC). As medias entre os grupos foram comparadas usando one-way ANOVA. Nossos resultados mostraram diminuição na atividade da enzima GST em todos os grupos em relação ao CTL em brânquias. No fígado, houve aumento na formação de MDA nos grupos ATZ 1,0 μg/L e ATZ 2 em relação ao controle e diminuição da CAT no grupo ATZ 2. No testículo, também houve aumento na atividade da enzima CAT no grupo ATZ 1 em relação ao controle. Em porções de músculos, também houve aumento na atividade de enzimas antioxidantes, porém a SOD é que se mostrou elevada no grupo ATZ1 em relação ao CTL. No músculo, houve aumento no MDA do grupo ATZ2 e na atividade de SOD no ATZ1 em relação ao controle. Nossos resultados fornecem indícios de que concentrações ambientalmente relevantes de ATZ são suficientes para produzir alterações no balanço oxidativo tecidual de lambaris adultos com possíveis danos celulares. Embora todos os tecidos de animais expostos analisados tenham apresentado alterações em relação a animais não expostos, nossos resultados não são conclusivos e necessitam de mais análises para uma afirmação segura sobre a toxicidade do composto analisado.