Biologia Animal

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    Alterações no status oxidativo de peixes Astyanax altiparanae sob exposição subcrônica a doses ambientalmente relevantes do herbicida atrazina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-01) Destro, Ana Luiza Fonseca; Freitas, Mariella Bontempo Duca de; http://lattes.cnpq.br/5840448577950611
    A Atrazina está entre os pesticidas mais utilizados no mundo. Sua alta solubilidade, aliada à meia-vida de 41-231 dias, a torna um potencial contaminante para o meio aquático devido à capacidade deste herbicida de atingir aquíferos naturais por meio de processos como a lixiviação. Embora seu uso seja proibido na Europa, no Brasil e nos Estados Unidos, a atrazina ainda é comercializada e encontrada em ambientes aquáticos, onde pode afetar organismos não-alvo, como vertebrados aquáticos silvestres. Nosso estudo teve como objetivo investigar os efeitos de uma exposição crônica à formulação comercial de atrazina (Atanor®) (ATZ) no sistema oxidativo de lambaris-do-rabo-amarelo (Astyanax altiparanae). Peixes adultos (8 meses pós- eclosão) foram alocados em 20 aquários de vidro (5 tratamentos; 4 replicatas por tratamento, N=20 por aquário) de 72 L e expostos por 30 dias a concentrações ambientalmente relevantes de atrazina: 0 (CTL), 0.5 (ATZ0.5), 1 (ATZ1), 2 (ATZ2) e 10 (ATZ10) μg/L. A formulação foi adicionada à água e a qualidade da água foi verificada semanalmente. Após esse período os animais foram eutanasiados com mesilato de tricaína (MS-222) e porções das brânquias, fígado, testículo e músculo foram retirados, pesados e armazenados a -80 o C. Posteriormente foi feito um homogenato destes tecidos para análise da atividade de marcadores do estresse oxidativo tecidual, como a espécie reativa de oxigênio Óxido Nítrico (NO), as enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa-S-transferase (GST), e os produtos do estresse oxidativo malondialdeído (MDA) e proteína carbonilada (PC). As medias entre os grupos foram comparadas usando one-way ANOVA. Nossos resultados mostraram diminuição na atividade da enzima GST em todos os grupos em relação ao CTL em brânquias. No fígado, houve aumento na formação de MDA nos grupos ATZ 1,0 μg/L e ATZ 2 em relação ao controle e diminuição da CAT no grupo ATZ 2. No testículo, também houve aumento na atividade da enzima CAT no grupo ATZ 1 em relação ao controle. Em porções de músculos, também houve aumento na atividade de enzimas antioxidantes, porém a SOD é que se mostrou elevada no grupo ATZ1 em relação ao CTL. No músculo, houve aumento no MDA do grupo ATZ2 e na atividade de SOD no ATZ1 em relação ao controle. Nossos resultados fornecem indícios de que concentrações ambientalmente relevantes de ATZ são suficientes para produzir alterações no balanço oxidativo tecidual de lambaris adultos com possíveis danos celulares. Embora todos os tecidos de animais expostos analisados tenham apresentado alterações em relação a animais não expostos, nossos resultados não são conclusivos e necessitam de mais análises para uma afirmação segura sobre a toxicidade do composto analisado.