Biologia Animal

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    Diversidade molecular em espécies de trairões de complexo Hoplias lacerdae (Teleostei: Erythrinidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-06-11) Almeida, Frederico Belei de; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/0556221800555154; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7
    O trairão é um caraciforme do complexo Hoplias lacerdae e é conhecido pelo seu potencial para piscicultura. Por esse motivo, esta espécie foi introduzida em diversas bacias hidrográficas no Brasil por órgãos governamentais e por particulares. Considerando que a introdução de espécies exóticas é reconhecida como a segunda maior causa de extinção de espécies do mundo e que a introdução de espécies de piscicultura pode ser uma ameaça às populações naturais à introgressão e hibridação do genoma selvagem, buscou-se estudar a diversidade molecular de populações do grupo Hoplias lacerdae no sudeste e no sul do Brasil. Setenta espécimes coletados em 16 localidades provenientes de 8 bacias tiveram seu gene adenosina trifosfato (ATPase 6) do DNA mitocondrial sequenciado. O fragmento obtido foi de 688 bases e apresentou 118 sítios filogeneticamente informativos para a análise de máxima parcimônia. Utilizando o Modeltest, o modelo de evolução molecular que mais se ajustou aos dados foi GTR+I+G. Todas as análises realizadas resultaram na mesma topologia, com a identificação de 2 haplogrupos (haplogrupos I e II), com forte apoio estatístico. O haplogrupo I foi formado por dois subgrupos, o haplogrupo IA (amostras do Atlântico Leste, São Francisco e Paraná Superior) e o haplogrupo IB (2 amostras do Paraná Superior). O haplogrupo IA incluiu as espécies H. intermedius e H. brasiliensis, enquanto o haplogrupo IB foi composto apenas por espécimes de H. intermedius, sugerindo uma relação de parafilia entre as duas espécies. O haplogrupo II apresentou as espécies Hoplias australis (haplogrupo IIA) e Hoplias lacerdae (haplogrupo IIB). O haplogrupo IIA incluiu espécimes restritos à bacia do alto Uruguai. O haplogrupo IIB apresentou maior distribuição, incluindo indivíduos da bacia do Alto Uruguai, do Paraná Superior (Mogi-Guaçú) e do rio Santo Antônio (rio Doce). O haplogrupo I apresentou variação interna aproximadamente 4 vezes menor que a variação interna do haplogrupo II. Este baixo grau de variação genética pode ser reflexo da introdução do trairão realizada desde a década de 80 no Estado de Minas Gerais. Com base nos dados, conclui-se que o status taxonômico de H. brasiliensis e H. intermedius deve ser reavaliado, além de salientar a necessidade de um estudo mais detalhado da composição genética dos estoques de piscicultura, os quais podem incluir material genético de H. lacerdae.