Biologia Animal
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Item Caracterização da fauna de quirópteros (Chiroptera, Mammalia) em diferentes áreas na região cárstica de Minas Gerais - Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-01) Silva, Leonardo Henrique Dias da; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; http://lattes.cnpq.br/5839297941022195; Paglia, Adriano Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792546A9; Freitas, Mariella Bomtempo Duca deCavernas oferecem um ambiente estável para os morcegos, protegendo-os contra adversidades climáticas e predadores, tornando um ambiente extremamente qualificado para hibernação, socialização, maternidade e descanso. Estes animais podem formar grupos de apenas uma espécie ou em coabitação com outras. A seleção de abrigos cavernícolas por morcegos ainda é pouco abordada no Brasil, porém alguns padrões já podem ser considerados importantes como complexidade e extensão da caverna positivamente relacionada com probabilidade de ocupação por morcegos, assim como cavernas mais quentes. Para o presente estudo foram amostradas 133 cavidades no estado de Minas Gerais, divididas em duas geomorfologias distintas, sendo que 65 cavernas para Sistema cárstico Bambuí (SB) e 68 para a região do planalto meridional do complexo Serra do Espinhaço (SE). Cada caverna foi amostrada duas vezes respeitando os períodos sazonais, em cada coleta foram registradas temperatura e umidade média, presença/ausência de morcegos e identificação taxonômica das espécie(s). Para dimensionar o tamanho das cavernas foi adotado seu desenvolvimento horizontal (DH). Os morcegos foram capturados utilizando redes de neblina, puçá e pistola de pressão. Os dados coletados foram analisados usando os programas, Estimates S. Win751, Statistica 7 e Biostat 5.0 e desenvolvido modelo de regressão logística múltipla, Anova de duas vias, analises de riqueza média, estimada e coeficiente de Spearman. Foram diagnosticadas 19 espécies distribuídas nas famílias, Phyllostomidae (17), Vespertilionidae (1) e Embaluronidae (1). Houve maior ocupação de morcegos nas cavidades em áreas conservadas (69%), bem como maior ocorrência de espécies (18 spp.). Foram observadas diferenças na freqüência de registro, hábitos alimentares, riqueza média, estimada e observada de morcegos em relação ao estado de conservação das áreas de estudo. As espécies mais freqüentes foram G. soricina, D. ecaudata e D. rotundus, estas também com maiores registros de coabitação. Os resultados encontrados indicam que para a conservação da fauna de morcegos que utilizam cavidades como abrigo diurno é importante a conservação do ambiente e do entorno destas cavidades. Para seleção de abrigo cavernícola por morcegos foram significativos os dados sobre temperatura e DH, estando ambos positivamente relacionados com a presença dos mesmos.Item Composição e conservação das comunidades de mamíferos terrestres de médio e grande porte do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2009-10-02) Nunes, André Valle; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Carmo, Flávia Maria da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727338J9; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; http://lattes.cnpq.br/0766732348853824; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Paglia, Adriano Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792546A9A composição, estrutura e dinâmica das comunidades de mamíferos terrestres de médio e grande porte foram estudadas no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB), um fragmento de Mata Atlântica da região sudeste de Minas Gerais. Neste estudo foram selecionados três blocos de amostragem no norte do PESB para a coleta de dados durante o período de julho de 2007 a agosto de 2008. Foi utilizada a metodologia de armadilhamento fotográfico para os registros das espécies. Para avaliar a estrutura dendrométrica da vegetação utilizaram-se pontos quadrantes. Foram registradas 11 espécies, sendo uma doméstica e quatro presentes em alguma categoria de ameaça. Todos os pontos de amostragem do Vale Perdido registraram pelo menos uma espécie de mamífero terrestre em quatro campanhas de campo. Já para o bloco Matipó, o mesmo esforço de coleta resultou no registro de pelo menos uma espécie em 62,50% dos pontos de amostragem. No bloco Ararica, apenas 25% dos pontos (N=2) foram responsáveis pelo registro das espécies. A estrutura da comunidade foi baseada na série geométrica com dominância de poucas espécies. Em contraposição, houve uma proporção relativamente alta de espécies que seriam "raras" para a estrutura observada, com dominância da onça-parda (Puma concolor) sobre as demais espécies da comunidade. Os dados sobre estrutura dendrométrica de cada bloco apresentaram pequenas diferenças, indicando que a estrutura observada entre os blocos é similar, como exceção da distância média entre as árvores e a altura das mesmas (Matipó vs. Ararica). Os resultados demonstram que o bloco denominado Vale Perdido é o mais importante para conservação da mastofauna do PESB, pois pode apresentar em sua conformação características estruturais e espaciais que favorecem o uso das áreas pelas espécies. A estrutura da comunidade de mamíferos terrestres de médio e grande porte do PESB encontra-se desestruturada ou em fase de estruturação. Possivelmente, esse modelo foi ocasionado por efeitos históricos negativos da região onde se encontra o PESB. As características dendrométricas não foram suficientes para explicar as possíveis diferenças encontradas entre riqueza de espécies na área norte do parque, visto que o Matipó aparenta estar em uma sere sucessional secundária mais avançada. Porém não foi o bloco com maior número de registros.Item Diferenças entre sexos no uso do espaço vertical por muriqui-do-norte Brachyteles hypoxanthus - Kuhl, 1820 (Primates, Atelidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-16) Tabacow, Fernanda Pedreira; Strier, Karen Barbara; http://lattes.cnpq.br/8457334468175476; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; http://lattes.cnpq.br/5885348377250412; Mendes, Sérgio Lucena; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787015A6O uso do espaço vertical por primatas está relacionado a variáveis que afetam a sobrevivência e a reprodução, tais como obter alimento e escapar de predadores. Diferenças entre sexos no uso do espaço vertical são esperadas quando machos e fêmeas apresentam diferenças na dieta e comportamento de forrageio. Estas podem ser resultantes do dimorfismo sexual no tamanho corporal, que afeta o tipo e a quantidade de alimento necessário, os substratos nos quais o alimento pode ser acessado e a vulnerabilidade aos predadores durante a alimentação e o forrageio. Adicionalmente, a gestação e a lactação podem aumentar os custos energéticos e as exigências nutricionais das fêmeas, afetando sua dieta e, conseqüentemente, levando a diferenças entre sexos no uso do espaço vertical. Finalmente, evitar a concorrência por alimento pode afetar a distribuição espacial dos membros do grupo. Foram comparados dados comportamentais de uso do espaço vertical de machos e fêmeas adultos de um primata sexualmente monomórfico, o muriqui-donorte (Brachyteles hypoxanthus Kuhl, 1820) e discutidas as implicações energéticas e ecológicas de suas diferenças. O estudo foi realizado durante o período de agosto de 2006 a julho de 2007, na RPPN Feliciano Miguel Abdala, Minas Gerais, Brasil. Dados sistemáticos sobre as atividades individuais e uso dos estratos foram coletados com relação a todos os machos (n = 22) e fêmeas (n = 28) adultos de um grupo bem habituado (grupo Matão). Com base em 11.738 registros de comportamento coletados durante 2.417 amostras de scans, foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) entre sexos no uso do espaço vertical. Especificamente, os machos passaram proporcionalmente mais tempo do que as fêmeas nos estratos inferiores durante a atividade social, o descanso, a locomoção, a alimentação e quando consumiram folhas novas, mas não com relação a outros itens. Nossos resultados sugerem que estas diferenças na utilização do espaço vertical podem ser um reflexo das diferenças energéticas dos sexos e que as pressões ecológicas podem estar relacionadas com a redução da competição direta.Item Estrutura da pelagem e padrão cuticular de pêlos de Anoura caudifer (É. Geoffroy Saint-Hilare, 1818) e Anoura geoffroyi Gray, 1838 (Chiroptera, Phyllostomidae) como ferramenta de identificação(Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-09) Carvalho, Andréia Matos de; Lino Neto, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786229P1; Sartori, Sirlene Souza Rodrigues; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704296D0; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; http://lattes.cnpq.br/3026941898924087; Talamoni, Sônia Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728905H0; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9O conhecimento tricológico de quirópteros ainda é limitado, e mesmo a família Phyllostomidae, com grande diversidade de espécies, foi pouco estudada. O presente estudo propôs identificar a estrutura da pelagem e os padrões cuticulares dos pêlos de Anoura caudifer (É. Geoffroy Saint-Hilare, 1818) e Anoura geoffroyi Gray, 1838, coletados em Minas Gerais, verificando se há variação entre as porções dos pêlos, entre os pontos amostrados no corpo dos animais, entre os sexos e entre as espécies. Foram utilizados 20 espécimes de Anoura (cinco machos e cinco fêmeas de A. caudifer e de A. geoffroyi). Os tufos de pêlos foram amostrados em nove pontos no corpo do animal e montados sobre lâminas histológicas (microscopia estereoscópica e óptica) e em stubs (microscopia eletrônica de varredura). Os tipos e subtipos de pêlos foram definidos conforme a forma dos mesmos. Foram avaliadas cinco porções no pêlo: proximal, haste, intermediária, escudo e ápice. A estrutura da pelagem foi definida com base nos tipos e distribuição dos pêlos, e os padrões cuticulares, com base no tipo, forma, arranjo, orientação e dimensão das escamas e abertura, ornamentação e visualização das bordas das escamas. Em ambas as espécies, foram identificados seis tipos diferentes de pêlos, além das vibrissas: 1 pêlos lisos (subtipos: pêlos-guarda primários, 1B e 1C); 2 pêlos com haste ondulada e escudo liso (subtipos: pêlos-guarda secundários e 2B); 3 pêlos ondulados (subpêlos); 4 pêlos com haste lisa e a partir do meio ondulado; 5 pêlos lisos, mas com curva acentuada no escudo; e 6 pêlos lisos, com ondulações na porção intermediária. Estes pêlos estão presentes de forma irregular nos pontos amostrados. Os padrões cuticulares foram semelhantes entre todas as variáveis analisadas, com exceção dos pêlos tipo 6, que variaram entre as espécies. A análise entre as porções conferiu padrões cuticulares homogêneos (tipos 2B, 3, 4, 5, e 6 em A. caudifer) e heterogêneos (tipos 1, 2A, 6 em A. geoffroyi e vibrissas). Os resultados obtidos foram satisfatórios, pois, conferiram novas descobertas na estrutura da pelagem e descrições detalhadas dos padrões cuticulares dos pêlos de Anoura.Item Filogeografia e citogenética do gênero Kerodon (CUIVER, 1825) (RODENTIA: CAVIIDAE)(Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-24) Zappes, Ighor Antunes; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; http://lattes.cnpq.br/5091446865022479; Hingst-zaher, Erika; http://lattes.cnpq.br/6794651802807812Entre os mamíferos dos biomas brasileiros, os roedores do gênero Kerodon (Wied 1820), ou mocó, são um dos táxons mais especializados. Uma de suas espécies, o Kerodon rupestris, um dos poucos mamíferos endêmicos do semiárido brasileiro, a caatinga, possui sua distribuição fragmentada devido à descontinuidade dos afloramentos rochosos onde eles vivem, e isso favorece uma variação intraespecífica entre suas populações. A outra espécie do gênero, K. acrobata, vive em uma pequena área do cerrado, entre os estados de Tocantins e Goiás. O objetivo deste trabalho foi a caracterização citogenética de uma fêmea de Kerodon acrobata e molecular das duas espécies de Kerodon. Foi caracterizado o cariótipo de uma fêmea de K. acrobata, utilizando coloração Giemsa, bandeamento NOR, bandeamento de heterocromatina e fluorescência com DAPI. O espécime mostrou o mesmo número diploide, número fundamental e morfologia cromossômica que Kerodon rupestris. Porém, as localizações de NOR e de heterocromatina indicaram padrões diferentes em relação a outros roedores, enfatizando a singularidade dessa espécie. O DNA foi extraído de tecido hepático das duas espécies e amplificações foram feitas para o gene nuclear Adh1-I2. Após sequenciamento, alinhamentos foram realizados com o ClustalW. A filogenia foi inferida usando os métodos Máxima Parcimônia e Máxima Verossimilhança usando o PAUP e Análise Bayesiana, com o MrBayes. Uma rede de haplótipo foi realizada com os programas DnaSP e Network. O gene nuclear mostrou dois grupos bem estruturados: o primeiro formado por K acrobata sem resolução interna, e o segundo que incluiu as populações de K rupestris e três sequências do chamado híbrido . Os dados obtidos sugerem alta diferenciação citogenética e molecular entre K rupestris e K acrobata, indicando diferentes idades entre elas. O chamado híbrido pode representar uma população altamente divergente dentro de K rupestris, como resultado dentro da dinâmica de expansão e retração pleistocênica da caatinga.Item Identidade taxonômica e variação geográfica de Oligoryzomys BANGS, 1900 (Rodentia, Cricetidae) do sul de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2011-05-30) Stumpp, Rodolfo German Antonelli Vidal; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Ribon, Rômulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791030J1; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; http://lattes.cnpq.br/5486537427219353; Gonçalves, Pablo Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/5388683684010000; Romano, Pedro Seyferth Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/7271814234211522Os roedores do gênero Oligoryzomys são animais com ampla distribuição no Brasil, ocorrendo em praticamente todos os estados. Nove espécies são reconhecidas para o país, no entanto, a separação entre elas é bastante difícil, devido a grande similaridade morfológica entre elas. Além disso, muitas espécies são simpátricas em algumas áreas, dificultando ainda mais a sua separação. Uma dessas áreas é a Zona da Mata de Minas Gerais, inserida no domínio da Mata Atlântica, onde duas espécies do gênero são encontradas, O. flavescens e O. nigripes. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar morfologicamente populações simpátricas dessas espécies, comparando-as espacialmente e temporalmente. Foram tomadas 30 medidas cranianas para a elaboração das análises morfométricas. As estatísticas descritiva e multivariada foram realizadas para a visualização dos padrões morfométricos. As duas espécies, em especial O. nigripes, apresentaram grandes variações intra e interpopulacionais, tanto quantitativas, como qualitativas, não apenas para o crânio, mas também para a cor dos pêlos. Muitas dessas variações tiveram influência etária. Diferenças cranianas entre O. flavescens e O. nigripes foram mínimas, com o crânio da segunda espécie pouco maior em algumas medidas. Variações espaciais existiram, mas aparentemente não foram influenciadas pela altitude ou distância entre as populações. Variações temporais também existiram, sendo os espécimes coletados há 40 anos maiores que os coletados há menos de 10 anos. Esses resultados mostraram a dificuldade que existe na caracterização dessas espécies indicando que deve haver mais estudos utilizando várias ferramentas taxonômicas, a fim de delimitar e conhecer melhor as espécies do gênero.Item Micromorfologia de pelos aristiformes de roedores das Famílias Cricetidae e Echimyidae (Mammalia, Rodentia)(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-14) Duarte, Tarcísio de Souza; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; http://lattes.cnpq.br/5917294030517034; Talamoni, Sônia Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728905H0; Lino Neto, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786229P1A tricotaxonomia é ramo da ciência que utiliza os padrões micromorfológicos dos pelos aplicados na identificação de espécies. Tal técnica tem sido muito útil no levantamentos de fauna, estudos de ecologia alimentar, análises forenses, entre outros. Dentre os diversos tipos de pelos, os chamados aristiformes são típicos de roedores das famílias Echimyidae, Cricetidae, Heteromyidae e Erethizonthidae. Este tipo de pelo é pouco estudado,limitando-se a alguns trabalhos com microscopia eletrônica de varredura. O presente trabalho teve como objetivo identificar os padrões micromorfológicos de dezesseis espécies de ratos de espinho das famílias Echimyidae e Cricetidae. Foram confeccionadas lâminas histológicas para observação da cutícula e medula, seguindo processamento usual na análise microscópica de pelos. A morfologia cuticular apresentou dados significativos, sendo possível diferenciar as espécies com exceção dos gêneros Trinomys e Phyllomys, que apresentaram padrões iguais entre suas espécies. A partir dos resultados obtidos foi constituída uma chave dicotômica de identificação das espécies estudadas. Não foram observadas diferenças na morfologia cuticular dos pelos coletados de diferentes partes do corpo. A morfologia da medula foi pouco informativa em termos taxonômicos, ocorrendo de maneira semelhante nos pelos de todas as espécies estudadas. Os resultados obtidos reforçam a validade do uso da tricologia aplicada à taxonomia. Apesar dos estudos nesta área ainda serem incipientes para vários grupos de mamíferos, a tricotaxonomia apresenta a possibilidade do uso de métodos e análises práticas e eficientes, seja como auxiliar nas técnicas tradicionais ou como ferramenta principal para identificação de amostras sem procedência.Item Socioecologia de Muriquis-do-Norte (Brachyteles hypoxanthus) no Parque Estadual Serra do Brigadeiro, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-28) Moreira, Leandro Santana; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742986H9; Chiarello, Adriano Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727506H6; Hirsch, André; http://lattes.cnpq.br/5143219428252260Segundo o conceito de nicho ecológico, cada espécie sobrevive somente num dado conjunto de características naturais, ainda que tolere intervalos de variação em cada traço ou dimensão ambiental. Conhecer o nicho necessário à sobrevivência de um organismo, assim como as estratégias comportamentais utilizadas por indivíduos ou grupos para se ajustarem a alterações no meio ambiente é essencial para a determinação de ações conservacionistas, especialmente no caso de espécies ameaçadas. Muriquis (gênero Brachyteles) são endêmicos da Mata Atlântica, na sua porção central. A exploração indiscriminada deste ecossistema desde a descoberta do Brasil expôs os muriquis a um alto risco de extinção. Muriquis-do-norte (B. hypoxanthus) são listados nacionalmente como Criticamente em Perigo . Esta dissertação objetivou: 1) contextualizar o Parque Estadual Serra do Brigadeiro (PESB) como hábitat para uma população remanescente de muriquis-do-norte; 2) investigar duas dimensões do nicho ecológico de muriquis: o padrão fenológico arbóreo e a estrutura básica da floresta (com relação ao diâmetro e altura das árvores); e 3) investigar as estratégias de forrageamento empregadas por muriquis frente a variações na disponibilidade de recursos alimentares. Ao longo de 2 anos e 4 meses, um grupo de muriquis situado ao redor da Fazenda do Brigadeiro, norte do PESB, foi habituado e monitorado. Durante 12 meses, foi utilizado o método de scan sampling para a obtenção de dados comportamentais sobre este grupo. Foram geradas 1680 sessões de scans (420 horas de observação). Para avaliar a estrutura florestal, o padrão fenológico arbóreo e a disponibilidade de recursos alimentares, foram selecionadas e medidas 800 árvores utilizando-se a metodologia de pontos quadrantes, das quais uma média de 548 foram monitoradas por mês. Muriquis selecionaram mais árvores grandes do que seria esperado de acordo com a distribuição de tamanhos de árvores na floresta. A dieta anual do grupo foi composta por 40.9 % de frutos, 31.6 % de folhas maduras, 9.6 % de folhas novas, 3.3 % de brotos, 4.8 % de flores e botões florais e 9.9 % de outros itens. O padrão fenológico da área indicou uma produtividade de itens de forma não sincronizada (apenas frutos e flores apresentaram sincronia na abundância com a qual são disponibilizados na floresta). A principal estratégia de forrageamento utilizada por muriquis em períodos de escassez de itens preferenciais (frutos e flores) foi a flexibilidade na dieta. Fêmeas ajustaram sua dieta à disponibilidade de frutos, enquanto machos ajustaram-se à disponibilidade de partes florais. Em épocas com escassa disponibilidade de alimentos, ambos comeram mais folhas. Ao longo do ano, machos foram mais folívoros do que fêmeas. Outra estratégia significativa foi o ajuste no padrão de agrupamento entre indivíduos, sendo que fêmeas toleraram mais vizinhos a distâncias mais curtas durante períodos de alto consumo de frutos. Estratégias territoriais (ajustes nos deslocamentos diários e nas áreas de uso) não foram claramente significativas para o grupo estudado, apesar de um aumento na área de uso da estação chuvosa para a seca. O PESB abriga uma grande população remanescente de muriquis-do-norte. A flexibilidade comportamental observada nesta espécie, bem como o refinamento nas dimensões de seu nicho avaliadas aqui, permitem o delineamento de diretivas para a manutenção desta população, assim como planos de manejo para a reestruturação de outras populações. A recuperação de hábitats florestais para a conservação de muriquis deve levar em consideração os requerimentos desta espécie quanto ao tamanho das árvores, padrões fenológicos e disponibilidades de itens alimentares.Item Variação craniana e caracterização citogenética de Marmosops incanus (Lund, 1840) (Didelphimorphia, Didelphidae) provenientes da Zona da Mata de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2008-09-05) Faria, Michel Barros; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737709H5; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0Marmosops incanus (Lund, 1840) é um didelfídeo abundante em fragmentos florestais tanto primários como secundários do bioma da Mata Atlântica brasileira. Foram estudadas amostra desta espécie, provenientes de quatro fragmentos de Mata Atlântica da Zona da Mata Mineira, localizados nos municípios de Tombos, Pedra Dourada e do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. O objetivo foi fazer um estudo da possível variação etária e sexual, com base em medidas cranianas entre as populações estudadas, utilizando análises uni e multivariadas. Estudos citogenéticos foram realizados, objetivando uma caracterização cromossômica da espécie, com técnicas de bandeamento C e coloração da Região Organizadora de Nucléolo (NORs). Seis classes etárias foram identificadas. Os machos se mostraram maiores que as fêmeas, ficando evidente o dimorfismo sexual nesta espécie. Os espécimes provenientes de fragmentos com aproximadamente 350 metros de altitude se mostraram maiores que os espécimes capturados em fragmentos de altitude superior a 1100 metros. As análises citogenéticas indicaram um cariótipo de 2n=14. Não houve diferenciação satisfatória de marcação no bandeamento C e NORs, entre indivíduos dos diferentes fragmentos. Os resultados encontrados corroboram estudos anteriores realizados por outros pesquisadores.