Fitotecnia

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    Fósforo e silício na qualidade e na tolerância de sementes de soja ao estresse hídrico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-22) Souza Júnior, Reginaldo Castro de; Silva, Laércio Junio da; http://lattes.cnpq.br/1751982632264309
    A utilização de sementes de elevada qualidade fisiológica é de grande importância para se obter adequada formação do estande de plantas. A deficiência hídrica é o fator limitante de maior significância para a germinação, sobrevivência e crescimento inicial das plantas. A nutrição adequada das plantas possibilita a produção de sementes com maior qualidade fisiológica e, consequentemente, mais tolerantes aos diversos estresses abióticos. Dentre os nutrientes que apresentam efeito benéfico na produção das sementes destacam-se o fósforo (P) e o silício (Si). Ainda, existem evidências de que o silício atua no aumento do poder antioxidativo das células e contribui para maior tolerância das plantas e das sementes aos diferentes estresses. Dessa forma, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar o efeito do P e do Si aplicados à planta de soja na qualidade fisiológica das sementes produzidas e na tolerância ao estresse hídrico durante a germinação e crescimento inicial das plântulas. Foram conduzidos dois experimentos com a utilização de duas cultivares de soja: TMG 132RR e Anta 82. No primeiro experimento, para avaliação da qualidade fisiológica das sementes, adotou-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x2, ou seja, três níveis de fósforo (baixo nível, nível recomendado e alto nível) e dois níveis de silício (aplicação ou não de silício ao solo), com quatro repetições. As sementes produzidas foram submetidas aos seguintes testes: germinação; primeira contagem da germinação; envelhecimento acelerado; condutividade elétrica; emergência de plântulas; matéria seca da raiz; matéria seca da parte aérea; matéria seca total e relação parte aérea raiz. No segundo experimento, para avaliação do efeito do P e do Si na tolerância das sementes ao estresse hídrico, foi utilizado o delineamento experimental inteiramente cazualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 3x2x4, ou seja, três níveis de fósforo (baixo nível, nível recomendado e alto nível), dois níveis de silício (aplicação ou não de silício ao solo) e quatro potenciais osmóticos (0 MPa; -0,2 MPa; -0,4 MPa e -0,6 MPa). As sementes foram submetidas aos seguintes testes: germinação; primeira contagem de germinação; crescimento de plântulas (comprimento e massa seca de raiz e parte aérea); e atividade de enzimas do sistema de defesa antioxidativo: superóxido dismutase, catalase, peroxidases e peroxidase do ascorbato. Para a atividade enzimática foram utilizados apenas os potenciais osmóticos 0 MPa (controle) e -0,4 MPa. Os dados obtidos para as cultivares foram analisados separadamente. O fósforo e o silício não afetaram a germinação das sementes, porém houve incremento do vigor quando foi aplicado o maior nível de fósforo. Com a aplicação de silício, não foi observada diferença no vigor das sementes entre diferentes doses de fósforo. O aumento da disponibilidade de P para as plantas contribuiu para o aumento do vigor das sementes produzidas e o silício contribui para o aumento do vigor das sementes quando há baixa disponibilidade de fósforo. Foi observada redução da germinação e dos valores obtidos na primeira contagem de germinação, bem como do crescimento das plântulas sob condição de estresse hídrico. O aumento da disponibilidade de fósforo para as plantas contribuiu para o maior crescimento das plântulas sob condições de déficit hídrico. Foi observado aumento nas atividades das enzimas antioxidativas CAT, APX e POX nas sementes submetidas ao estresse hídrico, em ambas as cultivares. Assim, sementes oriundas de plantas cultivadas com maior disponibilidade de P apresentam maior crescimento das plântulas sob condições de déficit hídrico. Palavras-chave: Glycine max. Sementes. Germinação. Plantas – Efeito da seca. Plantas – Nutrição.
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    Linhagens de introgressão derivadas de Solanum pennellii: Tolerância ao déficit hídrico durante a germinação e no estádio de plântula
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-23) Pessoa, Herika Paula; Gomes, Carlos Nick; http://lattes.cnpq.br/1447589936760348
    A espécie silvestre próxima ao tomateiro Solanum pennellii é tolerante ao déficit hídrico. Esse trabalho teve como objetivo identificar linhagens de introgressão (ILs), derivadas de S. pennellii, tolerantes ao déficit hídrico durante a germinação e avaliar a eficiência de duas metodologias para discriminação de genótipos tolerantes e sensíveis ao déficit hídrico. Foram utilizadas 47 ILs, o acesso LA716, padrão de tolerância e as cultivares M-82 e Santa Clara, padrões de sensibilidade. Sementes desses genótipos foram submetidas a teste de germinação sob déficit hídrico induzido por solução de PEG 6000 (-0,3 MPa). Foram avaliadas as variáveis, comprimento de radícula, comprimento de parte aérea, comprimento total, porcentagem de germinação na primeira contagem, porcentagem final de germinação, índice de velocidade de germinação, tempo para 50% da germinação máxima e taxa de germinação. O desempenho dos genótipos na presença e ausência de déficit hídrico foi comparado por meio da razão e diferença entre os dados obtidos na condição controle e na condição com PEG. Os dados de razão e diferença foram submetidos a análise de fatores para agrupamento das variáveis e dos genótipos. O índice FAI-BLUP foi utilizado para ranquear os genótipos. A análise de fatores agrupou as variáveis em três fatores, um com as características de germinação e outros dois com as características de comprimento da plântula, indicando que o déficit hídrico atua de maneira diferente sobre esses dois fenômenos. O agrupamento e ranqueamento dos genótipos com base nos dados de razão foram coerentes, indicando que essa é a melhor maneira para comparar o desempenho dos genótipos e inferir sobre sua tolerância ao déficit hídrico. Considerando uma intensidade de seleção de 15% as linhagens selecionadas pelo índice FAI-BLUP com os dados de razão foram IL 1-4-18, IL 2-3, IL 1-2, IL 9-2 e IL 10-1. Logo, fragmentos de S. pennellii introgredidos nos cromossomos 1, 2, 9 e 10 condicionam a tolerância ao déficit hídrico durante a germinação.
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    Plantas alimentícias não convencionais da Reserva Extrativista Rio Cajari, Amapá: levantamento etnobotânico, composição química e propagação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-11-05) Paula Filho, Galdino Xavier de; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://lattes.cnpq.br/6248205173437879
    Na região amazônica ainda há ampla diversidade de plantas alimentícias não convencionais (PANC) e de plantas medicinais. Estas espécies são utilizadas pelos moradores da região, sobretudo as populações tradicionais (indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas) que residem em unidades de conservação, à exemplo das reservas extrativistas. Considerando estes aspectos, o presente estudo realizou levantamento etnobotânico para avaliar a diversidade de PANC e de plantas medicinais na Reserva Extrativista Rio Cajari, Amapá, Brasil (estudo 1), caracterização nutricional das espécies de PANC mais consumidas pelos moradores (estudos 2 e 3) e testes de quebra de dormência e germinação do uxi (Endopleura uchi (Huber.)) (estudo 4). O levantamento etnobotânico foi realizado entre dezembro de 2016 e março de 2017, por meio de entrevistas com os moradores utilizando questionário semi-estruturado. Foram entrevistados 56 informantes em 26 comunidades ao longo dos rios Muriacá, Cajari e Amazonas e encontradas 269 espécies de plantas, sendo 131 medicinais, 72 alimenticias e 66 utilizadas como medicinais e alimentícias ao mesmo tempo. Conforme a classificação botânica, as espécies ficaram distribuídas em 84 familias e 198 gêneros, além de 13 espécies não identificadas. As famílias Arecaceae e Lamiaceae apresentaram a maior diversidade (11 e 7 espécies, respectivamente). Chicória (Eryngium foetidum L.) (Apiaceae) e batata doce (Ipomoea batatas L.) (Convolvulaceae) apresentaram as maiores frequências relativas de citação (19,7 e 19,3, respectivamente) e os maiores índices de valor de uso (0,94 e 0,92, respectivamente). O estudo apresentou índice de diversidade de Shannon- Wiener (H’) de 5,02, e de equidade de Pielou (J’) igual a 0,9. Nos estudos 2 e 3 foram investigadas as concentrações de macronutrientes e fibras, carotenoides, atividade antioxidante, fenólicos totais e minerais nas espécies mais consumidas pela população, conforme informações obtidas no estudo 1. As espécies foram cariru (Talinum paniculatum (Jacq.)), chicória, cominho (Cuminum cyminum L.), jambu (Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen), pequiá (Caryocar villosum (Aubl.)), camapu (Physalis angulata L.), tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.), uxi e bacaba (Oenocarpus bacaba Mart.). Foram avaliadas as recomendações de ingestão diária de nutrientes nestas espécies para indivíduos adultos. Umidade e cinzas foram analisadas por gravimetria após secagem em estufa e mufla, respectivamente; proteínas pelo método micro-Kjeldhal; lipídios por gravimetria usando soxhlet; fibra alimentar por gravimetria enzimática; fenólicos totais por reagente Folin- Ciocalteu; carotenoides por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE); e minerais por espectrofotometria de absorção atômica e fotometria de chama. As hortaliças apresentaram a maior concentração de cinzas (cominho: 6,32 g 100 g -1 ), água (cariru: 91,90 g 100 g -1 ), K (cariru: 522,42 mg 100 g -1 ), Ca (jambu: 137,41 mg 100 g -1 ) e Fe (jambu: 21,53 mg 100 g -1 ); enquanto que os frutos apresentaram as maiores concentrações de proteínas (tucumã: 1,85 g 100 g -1 ), lipídios (uxi: 50,86 g 100 g -1 ), fibras alimentares (tucumã: 3,07 g 100 g -1 ), carboidratos (pequiá: 42,51 g 100 g -1 ), vitamina A (tucumã: 2.630,28 RAE µg 100 g -1 ), fenólicos totais (tucumã: 35,63 EAG* 100 g -1 ), P (bacaba: 3,65 mg 100 g -1 ) e maior valor energético total (uxi: 464,33 Kcal 100 g -1 ). Todas as espécies de PANC foram consideradas fonte, boa fonte ou excelente fonte de pelo menos um ou mais nutrientes investigados. No estudo 4 foi determinada a umidade, capacidade de embebição e quebra de dormência de sementes de uxi. Espécie frutífera amplamente utilizada para consumo e comercialização, mas que vem diminuindo em função de queimadas e desmatamento, e não se tem nenhum protocolo sobre como propagá-las. As sementes foram coletadas diretamente na floresta, na RESEX Rio Cajari. A umidade foi determinada por gravimetria utilizando estufa com circulação de ar. O experimento para determinar a curva de embebição de água foi realizado em sementes escarificadas com H 2 SO 4 e lixa. O experimento para a germinação de sementes foi conduzido utilizando sementes escarificadas com lixa, com e sem aplicação do GA 3 . As sementes apresentaram umidade de 10%, os tratamentos que mais absorveram água foram aqueles não submetidos à escarificação química, e o GA 3 não mostrou-se eficaz para promover a germinação das sementes. Notou-se que existe ampla relação de uso entre estas espécies de plantas e a população local, visto que estes são os recursos alimentícios e terapêuticos mais acessíveis. As PANC são fundamentais para garantir a segurança alimentar e nutricional das famílias que as consomem devido as mesmas serem ricas nutricionalmente e podem ser adquiridas sem custo financeiro, por estarem disponíveis na floresta, nas roças e nos pomares. Recomenda-se testar outros níveis de escarificação para superar a dureza tegumentar da semente de uxi, juntamente com fitohormônio para buscar uma possibilidade de germinação da espécie.
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    Deterioração por umidade na pré-colheita de sementes de soja: alterações físicas, fisiológicas e bioquímicas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-06) Pinheiro, Daniel Teixeira; Dias, Denise Cunha Fernandes dos Santos; http://lattes.cnpq.br/7263173009787619
    A soja é uma das culturas mais importantes do agronegócio mundial e cresce a demanda de sementes de alta qualidade. A deterioração por umidade é um dos fatores que mais afeta a qualidade das sementes e a avaliação deste fator com base em aspectos fisiológicos, bioquímicos e físicos pode ajudar a elucidar estes processos. O objetivo do trabalho foi avaliar as alterações fisiológicas, bioquímicas e físicas em sementes de soja submetidas à deterioração por umidade na fase pré-colheita. Seis cultivares de soja (BMX APOLO, BMX 6563, NS 5959, NA 5909, BMX POTÊNCIA e TMG 1175) foram produzidas em casa de vegetação e submetidas à deterioração por umidade por meio de um sistema de precipitação, aplicando-se 0; 60 (30+30); 120 (60+60) e 180 (90+90) mm de precipitação quando as plantas atingiram o estádio R8. Após a colheita, as sementes foram avaliadas quanto à germinação, vigor, estresse oxidativo, metabolismo proteico e teste de raios X. A deterioração causou reduções de até 30 pontos percentuais na germinação, além de reduções no vigor, atividade de enzimas antioxidativas e teor de proteínas, principalmente nos maiores níveis de precipitação. Observou-se também a deterioração por umidade na fase de pré-colheita ocasionou acúmulos significativos de peróxido de hidrogênio, malonaldeído e atividade da protease, caracterizando de maneira geral, o estresse oxidativo. Com exceção dos danos por umidade que foram altamente correlacionados com a qualidade fisiológica, a densidade foi pouco alterada pela deterioração. Em geral, as cultivares BMX 6563 e BMX POTÊNCIA foram mais suscetíveis e NA 5909 e TMG 1175 mais tolerantes à deterioração por umidade na fase de pré-colheita. Palavras-chave: Germinação. Glycine max. Potencial fisiológico. Vigor.
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    Efeitos de parcelamentos de molibdênio aplicado via foliar no conteúdo desse micronutriente na semente de feijão e na sua qualidade fisiológica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-19) Prado, Adalgisa Leles do; Araujo, Eduardo Fontes; http://lattes.cnpq.br/0143532622130642
    Nosso objetivo com este estudo foi avaliar os efeitos de parcelamentos do adubo molíbdico aplicado via foliar em diferentes fases de desenvolvimento da cultura, no conteúdo de molibdênio (Mo) da semente e na qualidade fisiológica das sementes colhidas de feijoeiros do cultivar Ouro Vermelho. Foram conduzidos dois ensaios com irrigação, um em 2017 e o outro em 2018, em Viçosa, Minas Gerais. Foram utilizados estes tratamentos: (1) sem Mo e sem nitrogênio (N) em cobertura; (2) sem Mo e com aplicação de N em cobertura; (3) 90 g ha -1 de Mo aplicadas na fase V4 (terceira folha trifoliolada) do feijoeiro; (4) 600 g ha -1 de Mo (V4); (5) 300(V4) + 300(R5); (6) 200(V4) + 200(R5) + 200(R6); (7) 150(V4) + 150(R5) + 150(R6) + 150(R7inicial) e (8) 120(V4) + 120(R5) + 120(R6) + 120(R7inicial) + 120(R7final). R5, R6 e R7 são as fases de pré-floração, floração e formação de vagens, respectivamente. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com cinco repetições. Não houve efeito significativo dos tratamentos sobre a produtividade de grãos (p = 0,247) e a massa de 1000 sementes (p = 0,996). A média da produtividade dos dois ensaios foi 3830 kg ha-1. Houve efeito muito altamente significativo dos tratamentos sobre o conteúdo de Mo nas sementes, a germinação e a primeira contagem da germinação. O conteúdo de Mo numa semente variou de 0,12 (tratamento 1) a 5,69 μg (tratamento 8) em 2017 e de 0,11 (tratamento 1) a 6,25 μg (tratamento 8) em 2018. Em 2017, a aplicação de N em cobertura na ausência do Mo aumentou significativamente o conteúdo de Mo na semente em relação ao conteúdo das sementes oriundas das plantas que não receberam nem Mo nem N. Não houve diferença significativa entre os conteúdos de Mo das sementes oriundas de feijoeiros que receberam 90 e 600 g ha-1 de Mo em V4. O conteúdo de Mo das sementes oriundas das plantas que receberam 600 g ha-1 de Mo parcelado em quatro ou cinco vezes também não diferiu significativamente. Na média dos dois ensaios, 600 g ha-1 de Mo parcelado quatro vezes aumentou significativamente o conteúdo de Mo nas sementes em relação ao conteúdo de Mo nas sementes oriundas de feijoeiros que receberam essa dose parcelada três vezes. Em relação à qualidade fisiológica das sementes, os tratamentos 7 (quatro parcelamentos) e 8 (cinco parcelamentos) apresentaram consistentemente maior percentagem de germinação e vigor pela primeira contagem da germinação e pelo envelhecimento acelerado. Concluímos que, o parcelamento do Mo em quatro vezes proporciona o maior acúmulo de Mo na semente de feijão e melhora a sua qualidade fisiológica. Esses resultados podem ser úteis para produtores de sementes de feijão que queiram produzir sementes ricas em Mo com baixo investimento em adubo molíbdico. Como o N em cobertura aumentou o conteúdo de Mo nas sementes quando não se fez adubação com Mo, o uso de N em cobertura associado com doses de Mo aplicado via foliar, deveria ser incluído em estudos futuros. Palavras-chave: Phaseolus vulgaris, germinação, vigor, teor de molibdênio na semente.
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    Brassinosteróides na superação do estresse causado por chumbo em sementes de Brassica juncea (L.) Czern. & Coss
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-05) Soares, Tássia Fernanda Santos Neri; Dias, Luiz Antônio dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0905229644610383
    O chumbo (Pb) é um metal pesado de grande relevância devido ao seu elevado potencial tóxico ao crescimento das plantas. A fitoremediação assistida por reguladores de crescimento como os brassinosteróides tem revertido os efeitos do estresse causado por metais pesados tanto na germinação como no crescimento das plantas. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito dos brassinosteróides na germinação de sementes e no crescimento de plântulas de Brassica juncea (L.) Czern. & Coss. sob condições de estresse causado por chumbo. Foram consuzidos dois experimentos no Laboratório de Rotina de Sementes da Universidade Federal de Viçosa. No primeiro avaliou-se a germinação das sementes nas concentrações de acetato de chumbo 0 (água), 2, 4 e 6 mM. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com 4 tratamentos e 4 repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão para se determinar a concentração adequada para causar estresse, mas que permitisse germinação ≥ 50%. Tal concentração foi utilizada nos testes de germinação no segundo ensaio, onde foram avaliadas duas formas de aplicação do 24-epibrassinolídeo (EBL), na pré-embebição das sementes e durante o teste de germinação, utilizando-se 3 concentrações: 0 (água), 10 -10 , 10 -8 ,10 -6 M). As sementes foram colocadas para germinar sobre papel toalha umedecido com 4 mL da solução de acetato de chumbo (3 mM) em caixas gerbox a 20o C. O controle foi representado pelo teste de germinação em susbtrato umedecido com água. Foram realizadas as seguintes avaliações: porcentagem de germinação e protursão radicular, primeira contagem de germinação, índice de velocidade de protrusão radicular, índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação, comprimento da parte aérea e da raiz das plântulas, índice de tolerância da parte aérea e da raiz e índice de vigor. Determinou-se ainda a atividade das enzimas SOD, CAT, POX e APX e o teor de chumbo nas sementes e nas plântulas. O experimento foi conduzido em DIC e analisado em esquema fatorial (4 concentrações do EBL x 2 formas de aplicação + controle (sem estresse)). Esses dados foram, a seguir submetidos a testes de normalidade e à análise de variância. As médias foram submetidas ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. Foi aplicado o teste de Dunnett para comparação com o controle. Houve efeito negativo do Pb na porcentagem e na velocidade de germinação das sementes. A partir da concentração de 3 mM de Pb houve redução de mais de 50% da germinação. O EBL na concentração de 10 -8 M, aplicado em pré-embebição ou no teste de germinação, foi efetivo para a superação do estresse causado por Pb, proporcionando valores de porcentagem e velocidade de germinação similares aos obtidos sem estresse. Maior teor de Pb foi constatado nas plântulas do teste de germinação em acetado de Pb em relação ao controle (água), o que não ocorreu para as sementes. A aplicação do EBL nas doses de 10 -8 e 10 -6 M em pré-embebição foi eficiente para promover a recuperação da germinação e ativar o sistema de defesa das enzimas antioxidantes nas plântulas sob estresse por exposição ao chumbo.
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    Germinação e atividade de enzimas antioxidativas na caracterização da tolerância de cultivares de soja ao estresse hídrico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-22) Santos Junior, Hamilton Carvalho dos; Silva, Laércio Junio da; http://lattes.cnpq.br/3375491608792237
    A privação de quantidade adequada de água durante a implantação ou desenvolvimento de lavouras é o fator mais importante limitando a sobrevivência e produção comercial de plantas. A fase de germinação e desenvolvimento inicial de plântulas é a mais vulnerável aos efeitos da seca. Nos últimos anos, a ocorrência de déficit hídrico durante a implantação em lavouras de soja (Glycine max (L.) Merrill) tem sido comum, gerando grandes prejuízos advindos de dossel deficitário de plantas e consequente necessidade de replantio. É possível que nos próximos anos se inicie uma classificação e apresentação comercial da tolerância de cultivares de soja ao déficit hídrico durante a germinação e crescimento inicial de plântulas. Vários indicadores podem ser utilizados na avaliação da tolerância de sementes ao déficit hídrico durante a germinação e desenvolvimento inicial de plântulas. O teste de germinação tem bom potencial para acessar essa tolerância por se tratar da avaliação de uma característica complexa e que avalia a capacidade da semente em dar origem à uma plântula normal. Além disso, o vigor de lotes de sementes é um fator que deve ser considerado na avaliação de cultivares de soja quanto a tolerância ao déficit hídrico, pois lotes com maior vigor apresentam maior tolerância à condições de estresse. Isto posto, o objetivo deste estudo foi: i) classificar diferentes cultivares de soja quanto a tolerância de sementes ao déficit hídrico durante a germinação e desenvolvimento inicial de plântulas; ii) avaliar o teste de germinação como uma possível metodologia para acessar essa tolerância; e iii) avaliar a atividade de enzimas do sistema de defesa antioxidativo de cultivares contrastantes quanto à tolerância ao déficit hídrico. Sementes de 27 cultivares de soja foram produzidas em casa de vegetação e submetidas à avaliação quanto à tolerância ao déficit hídrico durante a germinação. Para isso, duas metodologias foram utilizadas e comparadas: a) análise multivariada de oito variáveis indicadoras da tolerância de sementes ao déficit hídrico, obtidas a partir de testes de germinação e vigor conduzidos no potencial -0,4 MPa: primeira contagem e a contagem final de sementes germinadas e de plântulas normais do teste de germinação, comprimento e biomassa de parte aérea e raiz de plântulas; e b) redução percentual dos valores obtidos na contagem de plântulas normais do teste de germinação entre testes conduzidos no potencial 0 e -0,4 MPa. Foram avaliadas as atividades das enzimas superóxido dismutase, catalase, peroxidase e peroxidase do ascorbato. A análise multivariada dos indicadores da tolerância apresentou resultados similares para a classificação de cultivares quanto à redução percentual dos valores obtidos comparando-se as contagens de plântulas normais do teste de germinação e testes conduzidos nos potenciais 0 e -0,4 MPa. As cultivares M8210IPRO, TMG132RR, TG1066RR, CD206RR, M7211RR, BMXPOTENCIARR e CD224 foram consideradas como as mais tolerantes ao estresse hídrico. As cultivares TMG1288RR, TMG1180RR, CD234RR e Ra628 foram consideradas como de tolerância intermediária. As cultivares M8644IPRO, TMG2181IPRO, M8372IPRO, TMG7062IPRO, M7739IPRO, TMG4182, M7110IPRO, TMG4185, ANTA82, BRS283, BRS184, Msoy6101, FUNDACEP 57 RR, BRS259, CD251RR e CD233 RR foram consideradas como mais sensíveis. Houve redução na atividade enzimática das enzimas catalase, peroxidase e peroxidase do ascorbato, enquanto houve aumento da atividade da superóxido dismutase, nas sementes sob déficit hídrico. Em geral, não houve diferença na atividade enzimática comparando-se as cultivares. A redução percentual dos valores obtidos no teste de germinação, conduzido com solução osmótica no potencial 0 e -0,4 MPa, pode ser utilizada como metodologia simples para acessar a tolerância de sementes de soja ao déficit hídrico.
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    Estratégia de indução de déficit hídrico em soja e desenvolvimento de GWAS para germinação e vigor de sementes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-12) Dantas, Stênio Andrey Guedes; Silva, Felipe Lopes da; http://lattes.cnpq.br/6649472628289009
    A soja é a leguminosa de maior importância econômica do mundo, ocupando 6% de todas as terras aráveis do planeta. No Brasil, a soja é plantada em 55% de toda a área de cultivo. Devido sua grande área plantada, rotineiramente a soja está exposta a estresses, principalmente por déficit hídrico, que têm se tornado cada vez mais comum nos últimos anos. O objetivo do presente trabalho foi estabelecer uma metodologia viável e de baixo custo para avaliação de plantas de soja tolerantes ao estresse hídrico durante a fase de germinação e em plantas adultas em casa de vegetação. Posteriormente, com o auxílio de GWAS, explorar a associação entre SNPs e características de interesse relacionadas à germinação e dinâmica de reservas de sementes em diferentes condições de estresse, para seu potencial uso no melhoramento genético. Para isso foi realizado uma revisão sobre metodologias de aplicação de estresse em plantas em casa de vegetação, respondendo as perguntas: como, quando e quanto estresse aplicar nas plantas de soja? O qual indicou diferentes estratégias conforme o objetivo do estudo e disponibilidade de recursos financeiros. Em seguida foi definido como realizar o estresse hídrico em sementes, testando quatro diferentes níveis de estresse (0,0 Mpa, - 0,2 Mpa, -0,4 Mpa e -0,6 Mpa), verificando que o potencial osmótico de -0,2 Mpa é o mais adequado para se selecionar genótipos tolerantes a seca durante a germinação, por expor a máxima variabilidade genética entre genótipos. Com essas informações foram realizadas análises de germinação e vigor de sementes em 97 genótipos de soja, genotipados com marcadores moleculares SNPs. A partir desses resultados se confirmou que as características relacionadas à germinação e vigor de sementes são governados vários por locus em diferentes regiões do genoma, independentemente do ambiente. Quanto à dinâmica de reservas de sementes para a germinação, foi verificado que somente a variável eficiência de conversão de reservas apresentou SNPs associados, e que essa característica também é de natureza quantitativa. Tanto para a germinação, como para o vigor e dinâmica de reservas, há variabilidade genética a ser explorada, e essas características podem ser melhoradas. Conclui-se que existem metodologias viáveis e de baixo custo para seleção de genótipos tolerantes a seca utilizando plantas adultas e sementes, e, que há associação genômica entre SNPs e características relacionadas à germinação, vigor e dinâmica de reservas, com possibilidade de uso no melhoramento genético, para se produzir genótipos superiores.
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    Maturação, secagem e armazenamento na qualidade de sementes de crambe
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-04-11) Amaro, Hugo Tiago Ribeiro; Araujo, Eduardo Fontes; http://lattes.cnpq.br/6868602728688195
    Com o estímulo à produção e ao uso de biodiesel, o crambe é hoje uma das melhores opções para o fornecimento de matéria-prima, uma vez que apresenta valores expressivos de óleo em suas sementes. Entretanto, há carência de informações sobre o manejo da cultura, principalmente quanto ao sistema de produção de sementes de qualidade. Objetivou-se, com este estudo, avaliar as alterações físicas e fisiológicas em sementes de crambe colhidas em diferentes estádios de maturação e submetidas a diferentes temperaturas de secagem e armazenamento. Foram utilizadas sementes de crambe, cultivar FMS Brilhante, provenientes de área experimental localizada na região de Viçosa, Minas Gerais. No primeiro experimento, realizaram-se colheitas manuais quando as plantas estavam com 20, 40, 60, 80 e 100% de frutos marrons. Após as colheitas, as sementes foram beneficiadas e submetidas à secagem em diferentes temperaturas (ar natural e artificial a 30, 45 e 60 °C), até atingirem 10% de teor de água, com posterior avaliação das alterações físicas e fisiológicas nas sementes e, também, do acúmulo de óleo. Os dados foram submetidos à análise de variância. Os efeitos dos estádios de maturação foram estudados por análise de regressão e os efeitos das temperaturas de secagem foram estudados pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Com base nos resultados do primeiro experimento, no segundo experimento utilizaram- se sementes colhidas no estádio de maturação com 80% de frutos marrons. Após a colheita e o beneficiamento, as sementes provenientes dos diferentes tipos de secagem foram acondicionadas em embalagem de papel (saco de papel comum, com capacidade de 1 kg) e armazenadas por 12 meses em sala climatizada, com temperatura média de 20 oC e umidade relativa próximo aos 55%. No início do armazenamento e a cada 120 dias, foram determinados o teor de água, a germinação e o vigor das sementes (primeira contagem de germinação, emergência de plântulas e condutividade elétrica das sementes). Os efeitos das temperaturas de secagem foram estudados pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, enquanto os efeitos dos períodos de armazenamento foram estudados por meio da análise de regressão. Quanto ao teor de óleo, houve efeito significativo apenas dos estádios de maturação. À medida que se prolongaram os estádios de maturação, houve incremento no teor de óleo das sementes, tendo o máximo conteúdo sido atingido com as colheitas realizadas a partir de 70% do total de frutos marrons. A temperatura de secagem de 60 °C foi prejudicial à qualidade fisiológica das sementes. A colheita de sementes de crambe, cultivar FMS Brilhante, visando à melhor qualidade fisiológica, deve ser realizada quando as plantas apresentarem entre 75 e 85% de frutos marrons. As temperaturas de 30 e 45 oC são indicadas para a secagem de suas sementes. As sementes de crambe apresentaram dormência pós-colheita, sendo totalmente superada durante o armazenamento. Constatou-se que o desempenho fisiológico das sementes decresce após oito meses de armazenamento.
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    Tamanho da amostra, luminosidade e profundidade de semeadura na germinação de sementes de maracujazeiro azedo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-04-14) Ribeiro, Mariana Rodrigues; Santos, Carlos Eduardo Magalhães dos; http://lattes.cnpq.br/3586717799677585
    O maracujazeiro azedo é a espécie da família Passifloraceae mais cultivada nas lavouras comerciais, no entanto, há uma baixa produtividade decorrente do reduzido número de cultivares comerciais e técnicas de manejo cultural. Comumente nos programas de melhoramento genético de maracujazeiro após a realização de hibridizações controladas obtêm-se pequenas quantidades de sementes, que necessitam ser avaliadas quanto a germinação e emergência, visando selecionar os melhores genótipos para estas características. No entanto, a germinação das sementes de maracujazeiro ocorre de maneira irregular devido à sensibilidade a luminosidade, qualidade fisiológicas e as características físicas e químicas do substrato o que dificulta a produção de mudas. Objetivou-se determinar o número mínimo de repetições para testes de emergência e de germinação com diferentes quantidades de sementes de maracujazeiro azedo, bem como a influência de diferentes profundidades de semeadura e intervalos de luminosidade na emergência e desenvolvimento inicial de plântulas. Para verificar o número mínimo de repetições foram realizados o teste de emergência em casa de vegetação e o teste de germinação no laboratório de análise de sementes com 10, 25, 40, 50 e 70 sementes em 20 repetições. As variáveis analisadas foram germinação e emergência aos 28 dias após semeadura. Para análises dos resultados obtidos foram escolhidas aleatoriamente dez repetições dentro de cada quantidade de sementes e submetida à simulação de dados por meio de combinação exaustiva. Por outro lado, para determinar a profundidade de semeadura e o intervalo de luminosidade foram utilizadas sementes de maracujazeiro azedo armazenadas em geladeira a 5 oC por 180 dias. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com seis repetições de 25 sementes em parcela subdividida, sendo as parcelas diferentes profundidades – 1, 2, 3, 4 e 5 cm; e nas subparcelas diferentes períodos de luminosidade – ausência de luz, presença de luz por 12 horas, e presença de luz por 24 horas. O teste de emergência foi conduzido em câmara de germinação tipo BOD – com temperaturas alternadas 20-30 oC em intervalos de 12 horas e nas luminosidades estabelecidas. As características avaliadas foram porcentagem de emergência por contagem semanal, o índice de velocidade de emergência durante 28 dias; o número de plântulas normais, o comprimento total da plântula, o comprimento da parte aérea, o comprimento radicular aos 28 dias de avaliação e a massa seca individual. Nos testes de emergência e germinação verificou- se que o número mínimo de repetições é de cinco repetições com 10 ou 25 sementes. E, em relação aos períodos de luminosidade, verificou-se que 12 e 24 horas de luz favoreceram a antecipação da germinação, além de que profundidades de semeaduras de 1 a 5 cm não interferiram na germinação e vigor das plântulas de maracujazeiro azedo.