Fitotecnia

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    Controle químico da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) e seu efeito na produtividade e na qualidade de sementes de soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-02) Barros, Hélio Bandeira; Sediyama, Tuneo; http://lattes.cnpq.br/1732919217763921
    O presente trabalho foi desenvolvido no campo experimental, em casa de vegetação e no Laboratório de Sementes e Melhoramento Genético de Soja do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais. Teve por objetivos avaliar o efeito do número de aplicações foliares de fungicidas no controle da ferrugem asiática e de doenças de final de ciclo e época de colheita na qualidade fisiológica e sanitária de sementes de cultivares de soja, semeadas em diferentes épocas. Utilizaram-se as cultivares de soja BRS/MG 68 Vencedora e MG/BR 46 Conquista, com aplicações dos fungicidas (pyraclostrobin + epoxiconazole) ou carbendazin, de acordo com os tratamentos: 1 – testemunha sem aplicação; 2 - uma aplicação no estádio fenológico R5; 3 - duas aplicações (R4 e R6) e 4 - três aplicações (R4, R5 e R6). As colheitas foram realizadas no estádio R9, R9 + 15 e R9 + 30 dias. Os experimentos foram instalados segundo um esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas as aplicações de fungicida e nas subparcelas as épocas de colheita no delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. Reduções significativas de 91,6% e 97,5% na severidade de ferrugem asiática, e de 100% e 86,8% na porcentagem de desfolha foram obtidas no tratamento de três aplicações da mistura de fungicidas (pyraclostrobin + epoxiconazole) nas cultivares Vencedora e Conquista, respectivamente. Houve retardamento do ciclo, redução da porcentagem de abortamento de vagens e aumento do peso de 100 sementes nos tratamentos com aplicações de fungicidas, em relação à testemunha, em ambas as variedades. As mais altas produtividades foram alcançadas nos tratamentos com três aplicações da mistura de pyraclostrobin + epoxiconazole. Nos tratamentos com carbendazin não houve diferença significativa entre uma, duas ou três aplicações. Independentemente da época de semeadura e da aplicação de fungicidas ou não, não foram constatadas diferenças significativas na porcentagem de germinação das sementes e emergência de plântulas de ambas as cultivares, quando a colheita foi realizada no estádio fenológico R9 (maturação de colheita). Reduções gradativas na porcentagem de germinação, emergência de plântulas e vigor ocorreram com o retardamento da colheita, independentemente da aplicação de fungicidas. Sementes com menor vigor foram obtidas quando a colheita foi realizada 30 dias após o estádio fenológico R9. Na primeira época de semeadura, quando a colheita das sementes foi realizada no estádio R9, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos com aplicações de fungicidas e a testemunha sem aplicação, quanto à incidência de fungos e porcentagem de germinação. Na segunda época de semeadura, foram observadas reduções significativas na porcentagem de incidência de Fusarium spp. e total de fungos quando a colheita foi realizada no estádio fenológico R9. Observou-se aumento na porcentagem de severidade de fungos e redução na germinação das sementes com o retardamento da colheita, em todos os tratamentos e em ambas as épocas de semeadura.
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    Manejo de Brachiaria brizantha em consórcio com soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-18) Silva, Andréia Cristina da; Ferreira, Lino Roberto; http://lattes.cnpq.br/2581103071604086
    A integração agricultura-pecuária tem se tornado opção vantajosa, beneficiando simultaneamente a produção de grãos e a pecuária. Culturas anuais são utilizadas em cultivos seqüenciais ou simultâneos com forrageiras. Contudo, para viabilizar a integração, é necessário o manejo adequado da forrageira, evitando-se a interferência negativa desta sobre a cultura. Foram conduzidos cinco ensaios com o objetivo de avaliar os efeitos de doses reduzidas de fluazifop-p-butil no crescimento de Brachiaria brizantha, no consórcio de soja com B. brizantha, na dessecação do consórcio com paraquat na pré-colheita da soja, na interação competitiva de B. brizantha com outras gramíneas infestantes e o efeito de diferentes épocas de emergência de B. brizantha em relação à soja na nutrição mineral de ambas as espécies. Doses reduzidas de fluazifop-p-butil promoveram a quebra da dominância apical de B. brizantha cv. MG5 Vitória, induzindo acentuado perfilhamento. As plantas submetidas à ação do graminicida apresentaram folhas mais finas, com redução de área foliar, do comprimento dos colmos e da taxa de crescimento absoluto. No consórcio de soja com B. brizantha cv. MG5 Vitória, foi necessário aplicar 54 g ha-1 de fluazifop-p-butil aos 21 dias após a emergência da soja (DES) ou 36 g ha-1 aos 28 DES, para obter produção de grãos igual ao monocultivo. Na interação competitiva de B. brizantha cv. MG5 Vitória com B. plantaginea, a dose de 25 g ha-1 de fluazifop-p-butil, aplicada aos 14 dias após a emergência das espécies, permitiu máximo acúmulo de massa seca de B. brizantha e controlou satisfatoriamente B. plantaginea. Aplicando-se 62,5 g ha-1 de fluazifop-p-butil, nesta mesma época, ambas espécies foram controladas. O consórcio de soja com B. brizantha cv. Marandú, submetido a 15 g ha-1 de fluazifop-p-butil e dessecado no estádio R7 da soja, permitiu colheita mecânica e produção de soja semelhante à do monocultivo, proporcionando acúmulo de massa seca da forrageira de 4,6 t ha-1, aos 60 dias após a colheita da soja. Em casa de vegetação, quando as espécies emergiram simultaneamente, B. brizantha cv. MG5 Vitória acumulou maior quantidade de N, P, K, S, Mg, Cu, Mn e Fe em relação à soja, no estádio de pleno florescimento desta. Contudo, a soja acumulou mais Ca, Zn e B, passando a obter vantagem no acúmulo dos demais nutrientes quando a forrageira emergiu a partir de 7 DES, com máximo acúmulo quando B. brizantha emergiu aos 21 DES, evidenciando a importância do seu controle durante esse intervalo.
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    Desenvolvimento, eficiência nutricional e produção, de cafeeiros enxertados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-17) Tomaz, Marcelo Antonio; Sakiyama, Ney Sussumu; http://lattes.cnpq.br/7116075671588859
    O objetivo destes três experimentos foi avaliar o desenvolvimento, eficiência nutricional e produção, de cafeeiros enxertados. O primeiro experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, utilizando o método circulante de fornecimento de solução nutritiva e areia como substrato. Utilizaram-se como enxerto quatro genótipos de Coffea arabica L.: as variedades Catuaí Vermelho IAC 15 e Oeiras MG 6851 e as progênies ‘H 419-10-3-1-5’ e ‘H 514-5-5-3’ e, como porta- enxerto, quatro genótipos, sendo três de Coffea canephora Pierre ex Froenher: Apoatã LC 2258, Conilon Muriaé-1 e RC EMCAPA 8141 (recombinação entre clones da variedade Robustão Capixaba - EMCAPA 8141) e uma variedade de C. arabica: Mundo Novo IAC 376-4, além da utilização de quatro pés-francos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 20 tratamentos, 4 repetições e uma planta por parcela. Após 170 dias do transplantio para os vasos, o material foi seco, pesado, triturado e analisado quimicamente para os cálculos das eficiências de absorção, translocação e utilização de zinco, cobre e manganês. O segundo trabalho foi conduzido em condições de campo, na fazenda Jatobá município de Paula Cândido – MG, utilizando os mesmos tratamentos do primeiro experimento. O delineamento foi em blocos casualizados com 20 tratamentos, 3 repetições, 4 plantas por parcela e espaçamento de plantio 3,0 x 0,80 metros. As medições realizadas foram de crescimento e produção. O terceiro experimento foi conduzido no viveiro de café da Universidade Federal de Viçosa, MG, utilizando-se vasos de 20 Litros e como substrato, terra, areia e esterco. Utilizaram-se como enxertos da espécie C. arabica as variedades Catuaí Vermelho IAC 15 e Oeiras MG 6851 as progênies ‘H 419-10-3-4-4’ e ‘H 514-5-5-3’. Como porta-enxerto foram empregados cinco progênies famílias de meio-irmãos de clones de Coffea canephora Pierre cv. Conilon ‘ES 21‘, ‘ES 36‘, ‘ES 26‘, ‘ES 23‘ e ‘ES 38’. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 24 tratamentos, 3 repetições e 3 plantas por parcela. Após 18 meses do plantio em vaso avaliou- se o crescimento de raiz e parte aérea das plantas. Posteriormente o material foi seco, pesado, triturado e analisado quimicamente para o cálculo das eficiências de absorção, translocação e utilização de nutrientes pelas plantas. Em hidroponia a progênie ‘H 514-5-5-3’ apresentou melhor desempenho na eficiência de utilização de Zn, Cu, Mn e produção de matéria seca quando combinada com os porta-enxertos Apoatã e Mundo Novo. No trabalho conduzido em campo, a progênie ‘H 419-10-3-1-5’ apresentou aumento na produção de café quando combinada com os porta-enxertos Apoatã LC 2258 e RC EMCAPA 8141, e no crescimento pelo RC EMCAPA 8141. No experimento em vasos a combinação de enxertia Catuaí 15/ES 26, apresentou grande afinidade entre copa/porta-enxerto, o que condicionou um maior desenvolvimento da planta. A variedade Catuaí Vermelho IAC 15 foi beneficiada na eficiência de utilização de N, P, Mg e produção de matéria seca total, pelo porta-enxerto ‘ES 26’ e ‘ES 23’ e na eficiência de utilização de K pelo porta-enxerto ‘ES 23’. Na maioria das vezes as plantas enxertadas, tiveram desempenho igual ou inferior ao do pé-franco no desenvolvimento, eficiência nutricional e produção.
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    Assimilação de CO2 em plantas de Sphagneticola trilobata (L.) Pruski tratadas com preparados homeopáticos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Silva, Mara Rosane Batirola da; Casali, Vicente Wagner Dias; http://lattes.cnpq.br/2017500114793118
    O conteúdo da tese teve como objetivo avaliar a resposta da planta medicinal margaridinha (Sphagneticola trilobata (L.) Pruski), à preparados homeopáticos, quantificada pela assimilação de CO2. Os preparados homeopáticos testados foram: Apis mellifica nas dinamizações 1CH, 2CH, 3CH e 4CH, Aconitum, Arnica montana, Cactus grandiflorus, Crataegus oxyacantha, Digitalis purpurea e Gelsemium sempervirens na dinamização 1CH, no decorrer de 10 minutos. Sulphur e Apis mellifica 6CH no decorrer de 20 minutos. Os experimentos foram conduzidos na casa de vegetação e no Laboratório de Homeopatia do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG. Na instalação e análise dos experimentos, utilizou-se o esquema em parcelas subdivididas no delineamento em blocos casualizados. A taxa de assimilação de CO2 foi determinada pelo equipamento IRGA. Foi feita a análise de variância, a análise de regressão e teste de médias dos dados, utilizando o programa estatístico SAS 8.0. As aplicações dos preparados homeopáticos causaram alterações na taxa fotossintética em plantas de margaridinha. As plantas tratadas com Apis mellifica 1CH, 2CH, 3CH e 4CH, apresentaram maior taxa fotossintética em relação à testemunha já nos primeiros minutos de determinação. Aconitum, Arnica, Cactus, Crataegus, Digitalis e Gelsemium causaram na assimilação de CO2 respostas análogas às respostas nos humanos. Estas homeopatias aumentaram a fotossíntese líquida e diferenciaram da testemunha. Nas plantas tratadas com Sulphur houve tendência de menor assimilação de CO2, sendo considerada patogenesia. O tratamento com Apis mellifica 6CH, aumentou a assimilação de CO2, exceto no minuto 17o, todavia o padrão de ritmo fotossintético foi mantido. Os resultados demonstraram que cada preparado homeopático interfere na assimilação de CO2 de forma diferenciada em função do tempo.
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    Germinação, crescimento, anatomia e composição do óleo essencial de Siegesbeckia orientalis
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-23) Aguilera, Daniely Balzanelo; Ferreira, Francisco Affonso; http://lattes.cnpq.br/4508837482267028
    Objetivou-se verificar fatores que influenciam a germinação de S. orientalis, o seu crescimento, aspectos anatômicos, histoquímicos e químicos. O primeiro experimento verificou o efeito da temperatura e da giberelina (GA3) sobre a germinação, utilizando-se do paclobutrazol (PZ), na indução da dormência e, a prevenção ou reversão desta inibição, pela aplicação de GA3. Ocorreram as maiores médias de germinação em substrato com GA3, sendo as maiores porcentagens aos 17 °C em GA3 e aos 19 °C em água, estabelecendo-se a temperatura ótima de 18 ± 2 °C. Verificou-se total inibição da germinação na dose de PZ 10-2 M. A aplicação de GA3 junto ao PZ não reverteu o efeito inibitório do PZ, assim como, a transferência dos aquênios incubados em PZ, para o substrato umedecido com GA3. O segundo experimento contrastou os efeitos de sombreamento sobre o crescimento de S. orientalis, através de análise de crescimento. As plantas cultivadas sob sombreamento, tiveram maior duração do ciclo cultural, cerca de 30 dias, retardando os valores máximos e/ou mínimos, em relação às plantas a luz plena. A espécie é favorecida pelo sombreamento. O terceiro experimento descreveu a anatomia dos órgãos vegetativos de S. orientalis, caracterizando suas estruturas secretoras e aplicando testes histoquímicos. Anatomicamente, os órgãos vegetativos são semelhantes aos caracteres descritos para Asteraceae. Ductos estão ausentes na raiz e presentes no caule e na folha. Três tipos de estruturas secretoras foram observados: ductos, hidatódios e tricomas glandulares. Os testes histoquímicos demonstraram compostos fenólicos e alcalóides nos ductos e, nos tricomas, compostos lipofílicos e fenólicos. O quarto experimento descreveu a anatomia e histoquímica de seus órgãos reprodutivos, a caracterização das estruturas secretoras, junto à extração e identificação dos principais compostos do óleo essencial das folhas e capítulos. Tricomas glandulares bisseriados reagiram a compostos lipofílicos e fenólicos. Cristais de oxalato de cálcio foram observados em tricomas glandulares pedunculados, que também reagiram a compostos lipofílicos, protéicos e alcalóides. O principal composto detectado no óleo essencial dos capítulos foi o sesquiterpeno γ-elemeno e nas folhas o (+)-espatulenol. O óleo essencial das flores apresentou compostos mais voláteis, devido à presença dos tricomas glandulares pedunculados, que podem estar relacionados à atração de polinizadores e à dispersão por epizoocoria.
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    Controle de plantas daninhas em sistemas de plantio direto e convencional e tolerância do algodoeiro herbáceo ao trifloxysulfuron-sodium
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-04-01) Freitas, Rogério Soares de; Berger, Paulo Geraldo; http://lattes.cnpq.br/9645471530092214
    Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a eficiência no controle de plantas daninhas dos herbicidas s-metolachlor e trifloxysulfuron-sodium, em sistemas de plantio convencional e direto, e a tolerância do algodoeiro ao trifloxysulfuron-sodium. Nos experimentos em campo foram avaliadas doses de s-metolachlor em pré-emergência, combinadas com doses de trifloxysulfuron-sodium em pós-emergência, nos sistemas de plantio convencional e direto. Em casa de vegetação, avaliaram-se a tolerância de cultivares de algodão ao trifloxysulfuron-sodium e a do cultivar de algodão FABRIKA em três estádios de desenvolvimento (duas, quatro e seis folhas verdadeiras, respectivamente, estádios V2, V4 e V6) a este herbicida. Também foi avaliado o crescimento do algodoeiro submetido ou não ao trifloxysulfuron-sodium. O s-metolachlor apresentou eficiente controle das plantas daninhas Cenchrus echinatus, Digitaria horizontalis, Eleusine indica, Commelina benghalensis e Alternanthera tenella no sistema de plantio convencional; no sistema de plantio direto esse herbicida apresentou baixa eficiência de controle dessas espécies. O trifloxysulfuron-sodium apresentou eficiente controle das espécies dicotiledôneas Alternanthera tenella, Bidens spp., Acanthospermum hispidum, Ipomoea grandifolia, Tridax procumbens e não foi eficiente para controlar C. benghalensis. Os melhores níveis de controle foram obtidos com as combinações das maiores doses dos herbicidas; todavia, no sistema de plantio direto esse controle não foi suficiente para permitir a colheita do algodão no limpo. Quanto à tolerância dos cultivares de algodão ao trifloxysulfuron-sodium, a toxicidade máxima foi de 30% em todos os cultivares, aos oito dias após a aplicação do herbicida. As plantas de algodoeiro foram mais sensíveis ao herbicida no estádio mais precoce (V2), mas apresentaram boa capacidade de recuperação. A utilização de 5 g ha-1 do p.c. de trifloxysulfuron-sodium mostrou-se promissora para uso no estádio mais precoce. O desenvolvimento do algodoeiro foi influenciado pelo herbicida, principalmente nas primeiras semanas após sua aplicação, porém sem afetar a produção de algodão em caroço.
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    Caracterização genético-molecular de um banco ativo de germoplasma de soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-31) Alcântara Neto, Francisco de; Moreira, Maurilio Alves; http://lattes.cnpq.br/6336548023961495
    A identificação e utilização da diversidade presente em um germoplasma são de grande interesse no melhoramento de plantas. O conhecimento da diversidade genética de uma cultura é necessário para a seleção de progenitores que maximizem a melhoria genética. A maioria dos programas de melhoramento não tem explorado amplamente os recursos genéticos contidos em seu germoplasma, ou seja, não dão tanta ênfase à caracterização mais precisa dos acessos presentes no germoplasma, que poderiam auxiliá-los na fase de pré-melhoramento. Objetivando caracterizar e avaliar a diversidade genética de 100 acessos de soja provenientes do banco ativo de germoplasma da COODETEC, utilizou-se a análise de DNA com marcadores microssatélites, a avaliação morfológica e a informação de genealogia disponível para alguns acessos. O uso dos pares de primers Satt177, Satt182, Satt275, Satt335 e Satt373 permitiu detectar 34 alelos, pelo sistema de eletroforese utilizado, com uma média de 6,8 alelos por loco. A informatividade dos locos SSRs foi bem elevada, variando de 0,35 a 0,88, com média de 0,74. Em cada avaliação utilizada na caracterização dos acessos foi realizado o agrupamento pelo método UPGMA (unweighted pair-group using an aritmetic average) e o agrupamento pelo método de otimização de Tocher. Considerando as análises pelo agrupamento UPGMA, os marcadores SSRs nos possibilitou agrupar os acessos em 25 grupos distintos, as características morfológicas em 19 grupos distintos e a caracterização estimada pelo coeficiente de parentesco em 56 grupos distintos. Considerando o agrupamento realizado pelo método de Tocher, os dados de microssatélites, morfológicos e de genealogia formaram 15, 8 e 23 grupos distintos, respectivamente. Comparando os grupos formados pelo coeficiente de parentesco, observou-se que o método das médias das distâncias (UPGMA) possue maior consistência com a genealogia dos acessos do que aqueles obtidos pelo método de Tocher. O coeficiente de parentesco possue maior formação de grupos, entretanto essa estimativa possui um viés elevado quando comparado com os outros métodos de avaliação, pois os genótipos de apenas uma geração parental eram conhecidos. Pelas seis características morfológicas avaliadas conseguiu-se formar diversos grupos e classificar alguns acessos em grupos distintos. Através da estimativa da diversidade genética com base em marcadores microssatélites obtivemos melhores informações, em relação aos outros métodos de avaliação, sobre as relações genéticas dos indivíduos. Os resultados obtidos permitem a comparação da distância genética entre os acessos de soja, o que pode auxiliar na escolha de progenitores no programa de melhoramento da COODETEC. Cruzamentos entre indivíduos geneticamente mais divergentes produzem populações segregantes com maiores variabilidades, permitindo novas combinações genéticas, e seleção de indivíduos superiores em programas baseados no método genealógico. Cruzamento entre indivíduos geneticamente mais próximos permite a recuperação mais rápida do genoma recorrente em programas baseados em retrocruzamentos.
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    Uso de permanganato de potássio na conservação pós-colheita de banana 'Prata'
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Rocha, Aline; Salomão, Luiz Carlos Chamhum; http://lattes.cnpq.br/2762437480789908
    O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do permanganato de potássio (KMnO4) associado à embalagem plástica na manutenção da qualidade pós-colheita de banana 'Prata' (Musa spp. AAB) armazenada à temperatura ambiente e sob refrigeração. Buquês de quatro frutos foram embalados em sacos de polietileno de baixa densidade, com espessura de 28 μm, nos quais foram incluídos sachês de KMnO4. Foram conduzidos dois experimentos: Experimento 1: armazenamento a 21,52 ± 3,79 oC e concentrações de KMnO4 de 0,0; 0,5; 1,0; 1,5; e 2,0 g/kg de fruto, e Experimento 2: armazenamento a 16,56 ± 0,81 oC e concentrações de KMnO4 de 0,0; 0,125; 0,250; 0,375; e 0,500 g/kg de fruto. Em ambos os experimentos, os frutos foram mantidos nas embalagens durante 25 dias, nas temperaturas mencionadas anteriormente e a 90 ± 5% de umidade relativa. Após esse período, os frutos foram retirados das embalagens, e os buquês do Experimento 1 permaneceram no mesmo ambiente, enquanto os do Experimento 2 foram mantidos a 22,11 ± 1,37 oC e 90 ± 5% de umidade relativa. Os experimentos foram montados em parcelas subdividas no tempo, tendo nas parcelas as concentrações de KMnO4 e nas subparcelas os dias de avaliação (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9 dias após a retirada das embalagens), no delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições e um buquê por repetição. Os dados foram analisados por meio de análises de variância e regressão. A escolha dos modelos de regressão linear foi feita com base na significância dos coeficientes de regressão no nível de 5% de probabilidade, pelo teste 't' de Student, no coeficiente de determinação e no potencial para explicar o fenômeno biológico e para os modelos de regressão não-linear, com base nos dois últimos itens. O teste de Dunnett foi utilizado para comparar os buquês da testemunha (dia do armazenamento) com os do dia da retirada das embalagens (25o dia de armazenamento), no nível de 5% de probabilidade. Para as análises de concentração de CO2 e etileno foi montado um experimento à parte, com as cinco concentrações de KMnO4 e cinco repetições, sendo a análise dos dados descritiva. No Experimento 1, os frutos do tratamento sem KMnO4 não tiveram o amarelecimento normal da casca, embora já se encontrassem na fase pós-climatérica no dia da retirada da embalagem, os quais ficaram imprestáveis para consumo. Os frutos tratados com KMnO4 permaneceram na fase pré-climatérica ao longo dos 25 dias embalados e tiveram o amadurecimento normal após a retirada das embalagens. No Experimento 2, os frutos sem KMnO4, no dia da retirada das embalagens, apresentaram polpa com menor consistência e maior acidez titulável em relação aos com KMnO4. Após a retirada das embalagens, os frutos sem KMnO4 exibiram teor de sólidos solúveis totais e acidez titulável máximos antes dos demais tratamentos, ao mesmo tempo em que o teor de sólidos solúveis totais foi menor que nos frutos tratados. Esse conjunto de fatos indicou amadurecimento parcial durante o armazenamento refrigerado. Entretanto, frutos tratados com 0,125 e 0,500 g de KMnO4/kg apresentaram estádio de maturação mais avançado no dia da retirada das embalagens em relação aos dos tratamentos com 0,250 e 0,375 g de KMnO4/kg, que permaneceram com suas características originais. Apesar disso, todos os frutos tratados com KMnO4 tiveram amadurecimento normal após a retirada das embalagens.
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    Crescimento e acúmulo de nutrientes pelo cafeeiro Conilon (Coffea canephora Pierre)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-07) Bragança, Scheilla Marina; Prieto Martinez, Hermínia Emília; http://lattes.cnpq.br/4936220808274982
    Com o objetivo de caracterizar o crescimento, o acúmulo e a flutuação estacional dos nutrientes no cafeeiro Conilon (Coffea canephora Pierre), foi instalado um experimento na Fazenda Experimental do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), no município de Marilândia-ES. O transplantio foi realizado em outubro de 1995 e o experimento conduzido até o sexto ano de idade. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizados com vinte e quatro tratamentos e três repetições. Cada tratamento correspondeu a uma época de amostragem, realizada em intervalos de três meses, a partir do transplantio. Os blocos foram dispostos em uma área com 1.500 plantas no sentido transversal à declividade do terreno e cada parcela constituída por única planta. Em cada bloco foram conduzidas 100 plantas úteis, no espaçamento de 3,0 m entre linha e 1,5 m entre plantas. A coleta dos dados foi feita por meio de amostragens por bloco, em cada época, procurando com isso explorar ao máximo a área experimental e garantir representatividade das plantas amostradas. Uma planta por época de amostragem foi colhida, aleatoriamente, mediante sorteio, em três repetições. Nas avaliações utilizou-se o clone 02, pertencente à variedade clonal EMCAPA 8111. As plantas úteis foram circundadas pelos outros clones da mesma variedade, que constituíram a bordadura. As adubações e os tratos culturais foram realizados de acordo com as recomendações técnicas existentes para a cultura, no estado do Espírito Santo. As três plantas amostradas em cada época foram retiradas do solo por meio de jatos d’água e a seguir foram seccionadas, de forma a separar os seus órgãos em raiz, tronco + ramos ortotrópicos, ramos plagiotrópicos, folhas e frutos. Após o preparo das partes recém coletadas determinou-se o seu peso de matéria seca e concentração de macro e micronutrientes. Em seguida, utilizando-se os valores médios das três repetições, foram determinadas: curvas de crescimento e acúmulo de nutrientes; taxas de crescimento e acúmulo de nutrientes; partição da biomassa e nutrientes em diferentes órgãos; produtividade e flutuação estacional da concentração de nutrientes. Concluiu-se que: 1) a matéria seca total, do tronco + ramos ortotrópicos, das raízes, das folhas, dos ramos plagiotrópicos, e dos frutos aumentou progressivamente segundo uma função sigmoidal, alcançando no 72o mês 15,94 kg/planta, 7,39 kg/planta, 2,69 kg/planta, 2,65 kg/planta, 1,88 kg/planta e 1,33 kg/planta, respectivamente; 2) os conteúdos de N, P, K, Ca, Mg e S na planta aumentaram progressivamente segundo uma função sigmoidal, alcançando no 72o mês 249,38 g, 14,17 g, 137,16 g, 214,10 g, 42,37 g e 23,64 g, respectivamente. A ordem de acúmulo foi: N > Ca > K > Mg > S > P; 3) os conteúdos de Fe, Mn, B, Zn e Cu na planta aumentaram progressivamente segundo uma função sigmoidal, alcançando no 72 o mês 4.716,05 mg, 1.018,32 mg, 336,39 mg, 239,96 mg e 87,85 mg, respectivamente. A ordem de acúmulo foi: Fe > Mn > B > Zn > Cu. 4) De modo geral, foram observados teores mais baixos de Mg em abril e de N, P, K, S e P, em julho. Para o cálcio, houve aumento contínuo das concentrações foliares ao longo do tempo. Os menores teores foliares de micronutrientes foram observados em abril, à exceção do boro, cujas concentrações reduziram -se de janeiro a outubro, e do cobre, cujas concentrações mantiveram-se praticamente constantes ao longo do ano.
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    Melhoramento de feijão do tipo carioca com ênfase na piramidação de genes de resistência à antracnose
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-21) Arruda, Klever Márcio Antunes; Moreira, Maurílio Alves; http://lattes.cnpq.br/4834036900788295
    O objetivo geral deste trabalho foi piramidar genes de resistência à antracnose em um cultivar de feijoeiro de grão tipo “carioca”. Em uma primeira etapa, 30 linhagens elite de feijoeiro com grãos tipo “carioca”, desenvolvidas por diversos centros de pesquisa do país, e que têm se destacado em ensaios de competição, foram inoculadas com 18 patótipos de Colletotrichum lindemuthianum. Os resultados das inoculações mostraram que a grande parte das linhagens é altamente suscetível à maioria dos patótipos avaliados. No entanto, de certa forma, os programas de melhoramento têm evoluído em relação ao desenvolvimento de cultivares de maior espectro de resistência, pois quatro das linhagens apresentaram resistência a todos os patótipos de ocorrência nacional avaliados. Para piramidar os dois principais genes de resistência à antracnose do cultivar G 2333, duas populações derivadas do cruzamento entre Rudá (recorrente) e G 2333 (doador) foram utilizadas. Uma população RC1F3 foi selecionada com base no marcador molecular OPAB3450C ligado ao gene Co-5, e outra população RC3F5 foi selecionada com base no marcador OPAS13950C ligado ao gene Co-42. Foram feitos testes de progênie por meio de inoculações com C. lindemuthianum; análises moleculares com primers RAPD para determinação das distâncias genéticas. Obteve-se 10 famílias homozigotas para o gene Co-42 e similares ao genitor recorrente, e sete famílias homozigotas para o gene Co-5 e com distância genética relativa em relação ao genitor recorrente variando de 40,9 a 27,8%, com todas as famílias, apresentando características de grãos similares às do cultivar Rudá. Estas 17 famílias foram inoculadas com 12 patótipos de C. lindemuthianum, sendo 10 de ocorrência freqüente no território nacional e outros dois de alta virulência, provenientes de outros países. As linhagens portadoras do gene Co-5 comportaram-se como suscetíveis apenas aos patótipos estrangeiros, enquanto as linhagens portadoras do gene Co-42 apresentaram resistência a todos os patótipos, inclusive ao 2047. Com base nos dados de distância genética e espectro de resistência, as linhagens 1-46-7 (Co-5) e 19-1-1-7 (Co-42) foram selecionadas para serem utilizadas na etapa final da piramidação. Essas duas linhagens foram cruzadas com a linhagem Rudá “R” portadora dos genes Co-4, Co-6, Co-10, Ur- ON e Phg-1. Plantas F1 provenientes de cada cruzamento foram intercruzadas e geraram sementes F1. Das plantas F1 obtidas destas sementes, foi extraído DNA para análise com marcadores moleculares estreitamente relacionados aos genes de resistência (SCAR Y20, AB3, AZ20, F10, BA8, H13 e RAPD AS13). Plantas F1 que apresentaram marcas relacionadas a todos os genes de resistência foram submetidas à autofecundação para gerar sementes F2. Destas, foram obtidas 505 plantas F2, das quais o DNA foi extraído para novas análises moleculares. A partir destas análises, foram selecionadas 52 plantas F2, contendo as sete marcas moleculares. Estas plantas foram autofecundadas, obtendo- se famílias F3 que foram abertas em teste de progênie com o patótipo 2047, a fim de se diferenciar as plantas que possuem o alelo Co-42 das que possuem o alelo Co-4. Das 52 famílias abertas no teste de progênie, 18 apresentaram resistência não segregante ao patótipo 2047, o que permite dizer que estas famílias apresentam o alelo Co-42 fixado.