Fitotecnia

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    Crescimento, composição do óleo essencial, teores de óleo e de tanino em Porophyllum ruderale (Jacq.) Cassini
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-08-01) Fonseca, Maira Christina Marques; Casali, Vicente Wagner Dias; http://lattes.cnpq.br/9541569136151291
    Os experimentos foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa, no período de junho de 2000 a maio de 2001, visando estudar características de crescimento, fenologia e fitoquímica da espécie Porophyllum ruderale (Jacq.) Cassini. O crescimento foi quantificado pela área foliar, matéria fresca e seca da parte aérea, número de nós e altura da planta. Na caracterização fenológica determinou-se o número de folhas, o número de glândulas foliares e o número de botões florais. O acompanhamento fitoquímico, visando o óleo essencial e o tanino, foi feito em duas épocas do ano. No primeiro experimento (junho a outubro de 2000) realizou-se a colheita em três horários (7, 13 e 18 horas) seguida da análise fitoquímica. No segundo experimento (fevereiro a maio de 2001) realizou-se a colheita em cinco épocas, também seguida de análise fitoquímica. As folhas frescas de cada parcela (horários e épocas de colheita) foram submetidas à extração de óleo essencial por meio de destilação a vapor em aparelho Clevenger modificado. O óleo essencial foi analisado em cromatógrafo a gás. No período de pré-floração, o conteúdo de óleo essencial das folhas foi maior do que quando comparado com as outras fases da planta. Nos botões florais, o teor foi maior na fase de floração. O óleo essencial foi composto de mistura complexa de terpenos, de acordo com os tempos de retenção e as massas moleculares dos compostos analisados. O maior teor de tanino foi observado na colheita realizada às 18 horas (primeiro experimento) e aos 120 dias após o plantio (segundo experimento). Houve aumento contínuo do teor de tanino com o desenvolvimento das plantas.
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    Estudo anatômico e isoenzimático, resposta à aplicação de homeopatias, atividade antifúngica e triagem fitoquímica de Porophyllum ruderale (Asteraceae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-18) Fonseca, Maira Christina Marques; Casali, Vicente Wagner dias; http://lattes.cnpq.br/9541569136151291
    Porophyllum ruderale (Asteraceae), erva ruderal e aromática, conhecida popularmente como couve-cravinho. Na medicina popular é utilizada como cicatrizante e antiinflamatória, antifúngica, antibacteriana, calmante, no combate à hipertensão arterial, no tratamento de leishmaniose, no tratamento de edemas e traumatismos, no tratamento de picada de cobra, doenças reumáticas e dores em geral. A atividade cicatrizante tem sido relacionada à presença de teores variáveis de compostos fenólicos do tipo taninos. Os objetivos do trabalho foram descrever a anatomia da raiz, caule e folha de couve-cravinho e preceder a histolocalização dos compostos fenólicos e lipídicos. De cinco plantas cultivadas, em fase de pré-floração, foram coletadas e fixadas em FAA50 ou em sulfato ferroso em formalina neutra tamponada (para observação de compostos fenólicos), a raiz, o caule e as folhas. O laminário foi obtido utilizando-se metodologia tradicional. As raízes são tetrarcas, desenvolvem estrutura secundária precocemente, e possuem ductos secretores no córtex. Nos caules ductos também estavam presentes, entretanto somente nos jovens a reação de compostos fenólicos foi positiva. Nas folhas foram observados ductos delimitados por várias camadas de células epiteliais cujo conteúdo reagiu positivamente indicando a presença de compostos lipídicos e fenólicos. Conclui-se que os ductos são provavelmente as estruturas responsáveis pela secreção de taninos. As infecções micóticas de pele, de unha e de cabelo são comuns em vários países. Os fungos conhecidos como dermatófitos causam infecções crônicas e demandam tratamentos prolongados com drogas antimicóticas caras e às vezes pouco efetivas. O uso de plantas no tratamento de doenças de pele é prática antiga, entretanto são necessários estudos científicos visando a comprovação dos efeitos medicinais. Na terapêutica popular, Porophyllum ruderale é utilizada como antifúngica dentre outros usos. O óleo essencial e os taninos das folhas têm mostrado efeitos inibitórios sobre bactérias e fungos. O objetivo do trabalho foi verificar “in vitro” a atividade antifúngica do extrato das folhas de Porophyllum ruderale sobre dermatófitos (Trichophyton rubrum e T. mentagrophytes) e cândida (Cândida albicans, C. krusei e C. parapsilosis). As folhas utilizadas no preparo do extrato metanólico foram coletadas de plantas cultivadas em fase de pré-floração, secas à temperatura ambiente e trituradas. O extrato foi filtrado, pesado, concentrado, dissolvido em 5 mL de dimetilsulfóxido (DMSO), resultando nas diluições desejadas (0, 1, 2, 3, 4, 6, 8 e 10 mg/mL, e adicionado ao meio de cultura dos microrganismos. As concentrações de 8 e de 10 mg do extrato metanólico/mL do meio foram efetivas na redução do crescimento das colônias de T. rubrum e não reduziram o crescimento das espécies de cândida testadas. A concentração de 3 mg/mL reduziu significativamente as colônias de T. mentagrophytes quando comparada ao controle. Foi concluído que há evidência da couve-cravinho conter propriedades antimicóticas efetivas no tratamento de infecções causadas por T. mentagrophytes e T. rubrum, validando o uso popular da planta entre as pessoas que praticam terapêuticas tradicionais. Experiências do uso da homeopatia em vegetais vêm sendo realizadas por agricultores. São vários os benefícios da homeopatia no cultivo, destacando-se a obtenção de plantas livres de resíduos, o que é muito importante em plantas medicinais. O objetivo do trabalho foi determinar a resposta de plantas a preparados homeopáticos quanto ao teor de tanino nas folhas e nas raízes. O experimento foi instalado em blocos casualizados com três repetições e uma testemunha, sendo submetidos a análise de variância e regressão. Os preparados homeopáticos, tanto em altas quanto em baixas dinamizações, causaram efeito significativo no teor de tanino em folhas e raízes de Porophyllum ruderale, ora aumentando, ora reduzindo. Silicea (CH5) e Sulphur (C200), aplicadas, no intervalo de 10 dias, proporcionaram menor concentração de tanino na folha em relação à testemunha. A aplicação única de Sulphur, Natrum muriaticum, Kalium phosphoricum,e Calcarea carbonica, na dinamização CH4, incrementaram o teor de tanino entre 240 e 288 horas após a aplicação. Silicea e Magnésia carbonica, na mesma dinamização, incrementaram o teor de tanino entre 288 e 336 horas após a aplicação. Kalium phosphoricum e Calcarea carbonica foram os preparados homeopáticos que promoveram maior aumento no teor de tanino das folhas de Porophyllum ruderale quando comparados à testemunha. A aplicação de homeopatia nas plantas de couve-cravinho destinadas a alimentação humana reduz o teor de tanino, diminui a adstringência e aumenta a palatabilidade das folhas. Por outro lado, o uso de preparados homeopáticos que incrementam o teor de compostos fármaco-ativos, inclusive o tanino, interessa ä fitoterapia. A caracterização isoenzimática tem sido usada na abordagem inicial da diversidade de populações geneticamente pouco estudadas como Porophyllum ruderale, quanto a identificação de acessos/genótipos/variedades. O objetivo do trabalho foi caracterizar isoenzimaticamente e fitoquímicamente (quanto ao teor de óleo essencial e de tanino) seis acessos de Porophyllum ruderale. As plantas foram obtidas à partir de sementes colhidas nos municípios de Viçosa (MG), Goianá (MG), Coronel Pacheco (MG), Barra do Garça (MT), Rio Verde (GO) e Jaboticabal (SP). O óleo essencial foi extraído por hidrodestilação em aparelho Clevenger modificado e o tanino foi extraído pelo método recomendado pela AOAC. Os teores de óleo e de tanino não diferiram significativamente entre os acessos. Foram aplicados os seguintes sistemas isoenzimáticos: chiquimato desidrogenase (SKDH), isocitrato desidrogenase (IDH) e malato desidrogenase (MDH), na eletroforese em gel de amido. As amostras de tecidos radiculares e foliares foram coletadas de plantas adultas (aproximadamente 90 dias após a semeadura). Houve variação no número, na espessura e na intensidade de coloração das bandas nos três sistemas avaliados, sendo o sistema SKDH o que melhor separou os acessos. Ocorreram variações entre indivíduos do mesmo acesso, indicando que Porophyllum ruderale, como a maioria das plantas medicinais espontâneas, possui grande variabilidade genética devido ao fato de crescer em ambientes variados e ter reprodução sexuada. As espécies do gênero Porophyllum são amplamente utilizadas na medicina popular da América do Sul e Central, no entanto, poucas têm sido estudadas quimicamente, como é o caso da couve-cravinho. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi identificar os constituintes químicos presentes nas folhas de Porophyllum ruderale por meio da triagem fitoquímica. Foi feita a cromatografia em camada delgada (CCD), os extratos foram preparados a partir da amostra vegetal seca e triturada, visando a identificação de alcalóides, polifenóis, flavonóides, taninos, antraquinonas, cardiotônicos, saponina, cumarina, antranóides e terpenos. Verificou-se nas amostras de Porophyllum ruderale analisadas a presença dos seguintes metabólitos secundários: flavonóides (rutina e provavelmente quercetina), taninos (dentre eles o ácido gálico), cumarinas, esteróides e terpenos (dentre eles o terpinol).