Fitotecnia

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    Relação entre componentes da parede celular e atividade enzimática no pedicelo e a suscetibilidade de bananas ao despencamento natural
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-12) Cobeña Ruiz, Gloria Annabell; Salomão, Luiz Carlos Chamhum
    Um dos maiores problemas na comercialização de bananas é o destacamento individual dos frutos das pencas, fazendo que estes percam ou diminuam seus valores comercial e nutricional, além de contribuir para que as perdas pós-colheita atinjam cerca de 40% da produção brasileira. O presente trabalho teve como objetivos caracterizar o comportamento dos componentes da parede celular, de amido e açúcares solúveis; determinar a atividade enzimática de poligalacturonase (PG), pectinametilesterase (PME) e xilanase na região do pedicelo de duas variedades e um híbrido de banana resistente e suscetível ao despencamento natural durante o amadurecimento; e estabelecer a relação entre o comportamento dos componentes da parede celular e a atividade enzimática, bem como a suscetibilidade de bananas à queda natural. Foram utilizados os genótipos triplóides ‘Terra’ (AAB) e ‘Prata’ (AAB) e o híbrido tetraplóide SH-3640 (AAAB). Os resultados evidenciaram uma diferença de comportamento na consistência da polpa entre os genótipos estudados, com a ressalva de que ‘Terra’ apresentou a maior consistência em todos os seus estádios de amadurecimento, seguido de ‘Prata’ e ‘SH-3640’. Verificou-se também que o genótipo ‘Terra’ mostrou resistência ao despencamento, mesmo estando seus frutos maduros, ao contrário de ‘SH-3640’, que, já a partir do estádio 5 (fruto amarelo com pontas verdes), exibiu suscetibilidade à queda. Em todos os estádios de amadurecimento, o genótipo ‘Terra’ teve os maiores teores de matéria seca. Por sua vez, o genótipo ‘SH-3640’ sempre manteve os mais baixos teores. Quanto à taxa respiratória, embora se tenha elevado com o amadurecimento, em nenhum dos três genótipos estudados foi observado comportamento climatérico típico. Do total das frações dos carboidratos estruturais (celulose, hemicelulose e pectina) e não-estruturais (amido, açúcares solúveis redutores e não-redutores), os genótipos ‘SH-3640’ e ‘Prata’ tiveram por volta de 80 e 70% de carboidratos estruturais no fruto verde, mantendo-se relativamente constantes durante o amadurecimento. Nesses cultivares, houve redução na proporção de amido e aumento na de açúcares solúveis, principalmente dos redutores. Já o genótipo ‘Terra’ apresentou variações mais evidentes com relação aos outros dois. Nesse genótipo, diminuíram os teores de pectinas no decorrer do amadurecimento, enquanto os de amido se mantiveram altos mesmo no fruto maduro. Entre as enzimas estudadas, os resultados evidenciaram um papel mais importante de PME e PG na queda de fruto e confirmaram a maior resistência do genótipo ‘Terra’ ao despencamento, permitindo concluir que PG e PME são as enzimas-chave na solubilização da parede celular que acompanha o amadurecimento e, portanto, têm papel fundamental na indução do despencamento natural. A alta suscetibilidade ao genótipo SH-3640 ao despencamento está associada à elevada atividade de PG e PME e ao baixo teor de matéria seca; a maior resistência ao despencamento do genótipo ‘Terra’ está relacionada com o maior acúmulo de matéria seca e amido no pedicelo.