Fitotecnia

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    Avaliação da aplicação de polímero superabsorvente em sementes e no sulco de plantio na cultura do sorgo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-18) Barros, Angélica Fátima de; Pimentel, Leonardo Duarte; http://lattes.cnpq.br/9120546123396881
    O Brasil é o quarto maior produtor de grãos ao nível mundial. Sua agricultura é baseada em cultivos de sequeiro, com duas safras por ano. As recorrentes secas observadas nos últimos anos têm colocado em risco a produção agrícola brasileira e consequentemente o abastecimento mundial por alimentos. A segunda safra geralmente é a mais afetada, por estar associada à maiores riscos climáticos, principalmente pela baixa pluviosidade. Nesse sentido, tecnologias que otimizem o uso da água podem potencializar a produtividade e, ou, reduzir os riscos de quebra de safra na agricultura. O uso de polímeros superabsorventes (PSA) vem sendo consolidado no setor florestal resultando em redução das irrigações de pegamento das mudas devido ao aumento da capacidade de armazenamento de água no solo. Entretanto, não há relatos sobre o uso do PSA em culturas anuais. Neste contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial de uso de polímero superabsorvente (PSA) como revestimento de sementes de sorgo em condições de estresse hídrico. Para isso, realizaram-se três experimentos inéditos: Experimento 1 – Sementes de sorgo com e sem revestimento com PSA foram semeadas em bandejas e submetidas a três intervalos de irrigação para induzir estresse hídrico nas plântulas. Avaliou-se a porcentagem de emergência e o índice de velocidade de emergência e, aos 26 dias após a semeadura, foram avaliadas a altura de plântulas, número de folhas por planta, taxa de sobrevivência e massa de matéria seca da parte aérea e da raiz. Verificou-se que o uso de PSA no revestimento de sementes pode contribuir com o desenvolvimento inicial de plântulas de sorgo e aumentar a taxa de sobrevivência em condições de déficit hídrico limitante ao cultivo. Contudo, o revestimento das sementes com PSA resultou em menores percentual e índice de velocidade de emergência. Experimento 2 – Para simular as condições de campo foram semeadas em vasos sementes de sorgo com e sem revestimento com PSA e também a aplicação do PSA no sulco de plantio, a fim de avaliar o uso e o método de aplicação do PSA. Aos 30 dias após a semeadura avaliou-se o estande de plantas, número de folhas por planta, altura de plantas e massa de matéria seca das folhas, do colmo e da raiz. Houve benefício do PSA quando aplicado no sulco de plantio para o crescimento vegetativo de plantas de sorgo. Contudo, também se observou interferência negativa do PSA na emergência das plântulas de sorgo cujas sementes foram revestidas com PSA. Experimento 3 – O uso do PSA foi testado em condições de campo, no período da segunda safra. O plantio foi realizado com sementes com e sem revestimento com PSA e também aplicação de diferentes doses do PSA no sulco de plantio. Aos 109 dias após a semeadura avaliou-se o estande de plantas, a altura de plantas, o diâmetro do colmo e a massa de matéria seca das folhas, do colmo e da panícula. Devido à elevada precipitação na fase inicial do experimento, não foi possível comprovar o possível efeito benéfico dos PSA no cultivo do sorgo em condição de sequeiro. Porém, o PSA aplicado como revestimento de semente prejudicou a emergência das plântulas, a altura e a matéria seca total. Conclui-se que o PSA aplicado em sulco de plantio apresenta potencial para ser utilizado na agricultura de sequeiro. Por outro lado, o PSA aplicado como revestimento de sementes prejudica a emergência e o índice de velocidade de emergência das plântulas. Entretanto, por se tratar de um estudo pioneiro, sugere-se a necessidade de novos trabalhos para investigar a interação entre o PSA e a semente a fim de melhorar a taxa de germinação das sementes revestidas que parece ser um dos maiores gargalos no momento para validar o potencial de uso destes materiais nas culturas arvenses.