Fitotecnia

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    Estratégias para mitigar os efeitos do deficit hídrico no tomateiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-05-29) Alves, Flávia Maria; Gomes, Carlos Nick; http://lattes.cnpq.br/5278233849019375
    A tomaticultura demanda uma grande quantidade de água. Visando tornar os sistemas de produção mais sustentáveis é necessário obter cultivares que sob menor volume de água mantenham sua performance agronômica, sem reduzir sua produção. Diante disso, esse trabalho teve dois objetivos: i) avaliar as respostas fisiológicas de plantas de tomate enxertadas em Solanum pennellii e Solanum peruvianum sob deficit hídrico; ii) avaliar os índices de tolerância e selecionar genótipos com potencial para tolerância ao deficit hídrico. No primeiro experimento, os porta-enxertos utilizados foram dois acessos de tomateiro S. pennellii (PN) e S. peruvianum (PR) que são tolerantes ao deficit hídrico e a cultivar ‘M ultifort ’ (MU). O enxerto utilizado foi ‘ HM 1823’ (HM), também foi realizada a autoenxertia nessa cultivar. O tratamento consistiu em plantas irrigadas periodicamente (controle) e plantas não irrigadas (sob deficit hídrico) onde a água foi suprimida totalmente. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x5. Foram realizadas avaliações dos parâmetros fisiológicos e as análises do teor de malonaldeído e prolina. No segundo experimento, foram utilizados 29 acessos de Solanum sp., do Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de Viçosa (BGH-UFV). Dentre esses acessos, o BGH-6904 e BGH-6906 (S. peruvianum) são tolerantes ao deficit hídrico. Além dos acessos, duas cultivares, ‘Santa Clara’ (padrão de susceptibilidade) e ‘Gabryelle’ também foram usadas no experimento. Os acessos e as cultivares (genótipos) foram avaliados durante a germinação e estádio reprodutivo sob deficit hídrico. O delineamento experimental utilizado durante a germinação foi inteiramente casualizado com quatro repetições e durante o estádio reprodutivo o delineamento foi em blocos casualizados, com e sem deficit hídrico, com três repetições. Foram testados dois índices de tolerância e a seleção dos melhores genótipos foi feita pelo índice de seleção FAI-BLUP (factor analysis and genotype-ideotype distance). No primeiro experimento, HM/PN e HM/PR, sob deficit hídrico, apresentaram maiores valores para potencial hídrico, teor relativo de água, assimilação líquida de CO 2 , eficiência intrínseca e instantânea do uso de água. O agrupamento realizado com os dados obtidos por meio da razão entre os caracteres do tratamento deficit hídrico e controle alocou ‘Santa Clara’ (padrão de susceptibilidade) e BGH-6904 e BGH-6906 (padrões de tolerância) no mesmo grupo, ou seja, esses três genótipos são considerados similares. Os genótipos selecionados pelo índice FAI-BLUP durante a germinação, não foram os mesmos selecionados durante o estádio reprodutivo. Portanto, de acordo com os resultados do primeiro experimento, os tomates silvestres utilizados como porta-enxertos podem ser uma estratégia para se obter a tolerância ao deficit hídrico. Com base nos resultados do segundo experimento, é possível concluir que para esse conjunto de dados a forma mais eficiente para selecionar genótipos durante a germinação e estádio reprodutivo sob deficit hídrico é usando os dados obtidos por meio da diferença entre os caracteres do tratamento controle e do deficit hídrico. Os genótipos mais promissores visando a tolerância ao deficit hídrico durante a germinação foram BGH-2014, BGH-6904, BGH-3493, BGH-2020, BGH-2208, BGH-1988 e BGH-6906. Durante o estádio reprodutivo os genótipos tolerantes foram BGH-6912, BGH-3394, BGH-6924, BGH- 3500, BGH-7299, BGH-2051 e BGH-2202.