Fitotecnia
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Item A Influência do titânio na agregação de um Latossolo Roxo do Triângulo Mineiro(Universidade Federal de Viçosa, 1998-01-23) Dias, Ramez Antonio de Paula; Costa, Liovando Marciano daEste trabalho teve por objetivo estudar o efeito do titânio, ferro, alumínio e carbono orgânico na agregação de um Latossolo Roxo do Triângulo Mineiro. Amostras de solo dos horizontes A e E foram coletadas em 15 locais entre os municípios de Cachoeira Dourada, Capinópolis e Ipiaçu. As amostras foram submetidas às análises químicas, mineralógicas e físicas. Para a interpretação dos resultados foi utilizada a análise de trilha, a fim de avaliar o efeito do titânio, ferro e alumínio obtidos pelo ataque sulfúrico nas frações areia grossa, areia tina, silte e argila, assim como do carbono orgânico, de ambos os horizontes, sobre o diâmetro médio ponderado das classes de agregados de tamanho 2,0 a 1,0 mm, 1,0 a 0,5 mm, 0,5 a 0,25 mm, 0,25 a 0,105 mm e 0,105 a 0,053 mm. Os resultados obtidos permitiram concluir que: os teores de titânio na fração areia fina e de carbono orgânico evidenciaram a melhor relação de causa e efeito estabelecida com o diâmetro médio ponderado, exercendo influência direta na formação de agregados para os dois horizontes estudados; os teores de ferro e de alumínio na fração argila do horizonte A e o teor de alumínio na fração argila do horizonte B apresentaram relação negativa de causa e efeito com o diâmetro médio ponderado; as demais variáveis estudadas não apresentaram, individualmente, efeitos consideráveis em relação à agregação, tendo importância somente em conjunto ou indiretamente; e existe uma relação direta entre teores de carbono orgânico e silte funcional.Item Absorção de nutrientes, crescimento vegetativo e produção de frutos maduros de pimentão, em estufa(Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-12) Dias, Emerson Nogueira; Fontes, Paulo Cezar Rezende; http://lattes.cnpq.br/9027588149886575Este trabalho objetivou caracterizar a absorção de nutrientes, a partição de matéria seca entre órgãos da planta e a produção de frutos de pimentão, em condições de ambiente protegido. O experimento foi delineado em blocos casualizados, com 6 repetições e 16 tratamentos, sendo realizado no período de março a dezembro de 1999. Cada tratamento correspondeu a uma época de amostragem, realizada a cada 14 dias a partir do transplante. As mudas foram transplantadas no espaçamento de 1,0 x 0,6m. Inicialmente, a planta foi conduzida com duas hastes e, após a segunda colheita de frutos maduros, passou a ser conduzida com quatro hastes, que foram monitoradas verticalmente com fitilho. A cultura foi conduzida obedecendo às práticas culturais vigentes. Aos 224 dias após o transplante (DAT) para a estufa, as plantas de pimentão apresentaram altura de 91 cm, área foliar de 9056 cm 2 . planta -1 , 189, 79 e 109 g.planta -1 de matéria seca do fruto, caule e folhas, respectivamente, e apresentaram taxa de crescimento absoluto com valor máximo de 4,11 g.m -2 . dia -1 . A taxa de crescimento relativo foi maior aos 28 DAT. A taxa assimilatória líquida atingiu o máximo de 70,99 mg.dm -2 .dia -1 aos 56 DAT. A razão de área foliar foi máxima, 24,8 dm 2 .g -1 , aos 28 DAT. A produtividade de frutos maduros atingiu 51.960 kg.ha -1 ou 232 kg.ha -1 .dia -1 de permanência da cultura na estufa, sendo 92,8% de frutos comercializáveis. Houve maior concentração de frutos na classe 12, sendo que tais frutos apresentaram o peso médio de 236 g. Os frutos das classes 18, 15 e 10 tiveram pesos médios de 400, 329, 153 g, respectivamente. A ordem decrescente de acúmulo de nutrientes na parte aérea do pimentão foi: K, N, Ca, Mg, P, S, Fe, B, Cu, Zn e Mn, que atingiram os valores máximos de 247; 193; 114; 42; 23; 23; 1,2; 0,31; 0,29; 0,27 e 0,26 kg.ha -1 , respectivamente. Os valores máximos da taxa de absorção de N, P, K, Ca, Mg e S na parte aérea foram 98,2; 33,5; 88,0; 41,7; 20,0 e 11,5 mg. planta -1 .dia -1 e de Fe, Cu, Zn, Mn e B foram 384; 309; 112; 147 e 252 ì g. planta -1 .dia -1 , respectivamente.Item Adubação nitrogenada e molíbdica na cultura da soja, em Viçosa e Coimbra, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 1998-12-21) Santos, Lucio Pereira; Vieira, Clibas; http://lattes.cnpq.br/5086882830684538Avaliaram-se, em dois municípios da Zona da Mata de Minas Gerais, os efeitos das adubações nitrogenada e molíbdica sobre a cultura de soja (Glycine max (L.) Merrill). Quatro experimentos foram conduzidos em campo, sendo dois em Coimbra e dois em Viçosa. Neles, combinaram-se as doses de 0, 40, 80 e 120 kg/ha de N (aplicação em cobertura) com 0, 40, 80 e 120 g/ha de Mo (em aplicação foliar). Compararam-se também as aplicações de Mo nas folhas aos 27 dias após a emergência e nas sementes por ocasião do plantio. Os resultados mostraram que: 1) as adubações nitrogenada e molíbdica não afetaram o número de dias da emergência até o florescimento nem o grau de acamamento por ocasião da maturação; 2) de modo geral, tanto a aplicação de Mo como de N aumentaram o teor de N total nas folhas; 3) de modo geral, o índice de nitrato foi elevado mais pela adubação nitrogenada que pela molíbdica; 4) a altura das plantas aumentou tanto pela adubação molíbdica como, principalmente, pela nitrogenada; 5) a altura da primeira vagem aumentou com a adubação nitrogenada e diminuiu com a adubação molíbdica; 6) de modo geral, o “stand” final foi pouco afetado pela aplicação de N e Mo; 7) de modo geral, a adubação com N e, principalmente, com Mo foi favorável à produção; 8) o teor de proteína bruta nas sementes foi, geralmente, aumentado pela aplicação do Mo e, às vezes, pela do N; 9) a dose mais favorável de Mo em aplicação foliar variou de 80 a 100 g/ha, e 10) não ocorreram diferenças apreciáveis nas características quando a mesma dose do micronutriente foi pulverizada nas folhas ou aplicada às sementes por ocasião do plantio.Item Agregação de amostras de um Latossolo Vermelho- Amarelo em resposta à aplicação de alcatrão vegetal(Universidade Federal de Viçosa, 2002-12-20) Guedes, Ítalo Moraes Rocha; Costa, Liovando Marciano da; http://lattes.cnpq.br/7797265989685138O trabalho visou avaliar o efeito de incubação de horizontes A e C de um Latossolo Vermelho-Amarelo com alcatrão sobre seu estado de agregação e a toxicidade do alcatrão sobre a microbiota do solo por meio de respirometria. Utilizaram-se amostras de solo provenientes de horizontes A e C de um Latossolo Vermelho-Amarelo destorroadas e passadas em peneira de 2,00 mm. No ensaio de incubação, os tratamentos foram representados por duas doses de alcatrão, 15 g e 45 g de alcatrão por quilograma de solo, além do tratamento testemunha (sem alcatrão). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em um esquema fatorial 3 (doses de alcatrão) x 2 (horizontes) com 3 repetições. No experimento de respirometria avaliou-se a toxicidade do alcatrão sobre a atividade microbiana do solo. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com parcelas subdivididas. A separação dos agregados foi feita utilizando-se um agitador com peneiras de 4,76 – 2,00 – 1,00 e 0,50 mm. A análise de estabilidade de agregados foi feita utilizando-se o oscilador mecânico Yoder. O carbono orgânico total do solo foi determinado quimicamente pela oxidação do material orgânico com dicromato de potássio em bloco digestor. Para o horizonte A, houve formação de agregados > 2,00 mm independentemente da presença ou não de alcatrão e isto foi confirmado pela análise estatística dos resultados. De maneira diferente, nas amostras do horizonte C em que foi adicionado o alcatrão, houve formação de agregados. A estabilidade de agregados > 2,00 mm no horizonte A foi alta, ao contrário do que ocorreu no horizonte C. Nos dois horizontes observou-se que a estabilidade de agregados dos tratamentos que receberam alcatrão não diferiu do tratamento testemunha. Houve aumento no grau de floculação do horizonte A com o acréscimo de alcatrão, o que não ocorreu no horizonte C. A adição de alcatrão ao solo promoveu aumentos nos teores de carbono orgânico em ambos os horizontes, embora no horizonte C o aumento tenha sido proporcionalmente maior. A evolução de CO2 diferiu entre os horizontes, tendo sido maior no horizonte A, em que a dose 15 g de alcatrão/kg de solo foi superior às outras, não havendo diferença entre doses no horizonte C. A menor dose de alcatrão serviu de fonte de carbono à microbiota no horizonte A, enquanto as maiores doses foram tóxicas aos microrganismos. No horizonte C, independentemente da dose de alcatrão utilizada, a atividade microbiana foi muito pequena.Item Alterações da vitalidade do solo com o uso de preparados homeopáticos(Universidade Federal de Viçosa, 2004-07-16) Andrade, Fernanda Maria Coutinho de; Casali, Vicente Wagner Dias; http://lattes.cnpq.br/5368464341683494O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de indicadores de vitalidade do solo às homeopatias. Foram adotados indicadores físico- químicos, microbiológicos e vegetais. Assim, as variáveis avaliadas foram: diâmetro médio ponderado e diâmetro médio geométrico dos agregados formados, capacidade de retenção de água do solo, condutividade elétrica, carbono orgânico total, microbiana, quociente respiração microbiana, microbiano carbono da biomassa e quociente metabólico. Dentre os indicadores vegetais avaliou-se o número de dias até o início da germinação das sementes, número de plantas emergidas, número de espécies, média ponderada do grupo de altura, massa da parte aérea vegetal fresca e seca, índice de abundância em função da diversidade e massa das espécies, sendo também descritos sintomas visualizados na parte aérea dos vegetais. Foram também obtidas e descritas bioeletrografias do solo sob os diversos tratamentos homeopáticos. As homeopatias selecionadas originaram de sais orgânicos e elementos minerais comuns em solos e em processos biológicos vitais. Os experimentos foram conduzidos em Duplo-Cego , sendo adotada a escala decimal de diluição e diversas dinamizações. O solo utilizado foi coletado na camada de 0-5 cm de profundidade, no Arboreto-Plantas Medicinais da UFV, em Viçosa, MG, estando a área em processo de revegetação natural há mais de 10 anos. O solo foi responsivo às homeopatias e respectivas dinamizações, sendo as respostas também diferenciadas em função do tempo e freqüência de exposição do solo aos tratamentos. Considerando o solo experimentador sadio, as respostas indicam patogenesia, ou a ação primária da homeopatia. Por outro lado, cabe a hipótese das respostas indicarem similitude sendo, portanto, resposta secundária ou a reação da auto-organização do solo ao estímulo homeopático. Ao ser contrastada a resposta à homeopatia do solo do Arboreto com outros solos provenientes de diferentes manejos, foram verificados comportamentos variados em função da interação homeopatia e vitalidade do experimentador, sendo o tempo de verificação das respostas dependente do estado de vitalidade do solo. Deste modo, quanto mais em equilíbrio o solo, ou quanto menos intoxicado mais rapidamente expressou alterações detectadas pelas variáveis analisadas. As homeopatias demonstraram potencial de interagir com o metabolismo construtivo do solo, podendo interferir nos processos de mobilização e de imobilização de nutrientes, na eficiência microbiana, na dinâmica da água e na estruturação física do solo. A ciência da homeopatia é aplicável ao solo sendo recurso promissor à agricultura orgânica-ecológica.Item Alterações morfo-anatômicas, físicas e metabólicas em bananas ‘Prata Anã’ induzidas por danos mecânicos(Universidade Federal de Viçosa, 2005-10-03) Maia, Victor Martins; Salomão, Luiz Carlos Chamhum; http://lattes.cnpq.br/5049379267975838A quase totalidade da produção brasileira de bananas é voltada para o mercado interno e, geralmente, é colhida, manuseada e transportada de forma deficiente e inadequada, contribuindo para perdas substanciais na fase pós-colheita, que são de grande importância do ponto de vista econômico e nutricional. Com os objetivos de avaliar as alterações físicas, bioquímicas, fisiológicas, morfológicas e anatômicas em bananas ‘Prata Anã’ danificadas mecanicamente por diversos processos, determinar as causas de perdas pós-colheita ao longo da cadeia de comercialização e otimizar as condições de manejo pós-colheita visando minimizar o efeito de injúrias mecânicas, foram montados cinco experimentos. No primeiro identificaram-se os tipos e a intensidade de dano mecânico após a colheita da banana produzida no município de Verdelândia, MG, e embalada em caixas de papelão, madeira e plástico, em cinco etapas da cadeia de comercialização. No segundo caracterizaram- se as alterações morfológicas e anatômicas nas regiões injuriadas de bananas submetidas aos danos por corte, abrasão, impacto e compressão. No terceiro verificaram-se os efeitos de áreas e tipos de dano mecânico sobre as características pós-colheita da banana. No quarto e no quinto, determinaram-se as alterações físicas e metabólicas induzidas por estresse mecânico em bananas mantidas em condição ambiente (25,4 oC e 82 % de UR) e em câmara fria (15 oC e 89 % de UR), respectivamente. Considerando os efeitos dos danos mecânicos por corte, abrasão, impacto e compressão sobre as características físicas, metabólicas, anatômicas e morfológicas da banana ‘Prata Anã’ foi observado que os danos por corte, abrasão e impacto numa área de 20 cm2 resultaram em maior perda de massa fresca total acumulada e diária em relação aos demais tratamentos. O dano por impacto numa área de 20 cm2 proporcionou antecipação do pico climatérico respiratório. Além disso, os frutos submetidos aos danos por corte, abrasão, impacto e compressão apresentaram sintomas morfológicos e reações anatômicas em resposta ao dano mecânico. Todos os tipos de dano mecânico aumentaram o extravasamento de eletrólitos em relação à testemunha ao longo do período de avaliação. O dano por impacto antecipou o pico climatérico e o amadurecimento, além de prejudicar a conversão de amido em açúcares solúveis totais na polpa. A atividade das enzimas polifenoloxidase e peroxidase na casca foi bastante aumentada pelas injúrias de impacto e abrasão. Dentre os quatro tipos de dano mecânico estudados, bem como a intensidade aplicada, também foi observada que existe uma tolerância da banana ‘Prata Anã’ ao dano por compressão, quando ele ocorre no fruto ainda verde. Ao comparar os processos de perda de massa fresca acumulada e diária, degradação de amido e conseqüente formação de açúcares solúveis totais na polpa, evolução do índice de cor da casca, produção e pico de CO2, atividade da polifenoloxidase e peroxidase na casca dos frutos de um mesmo tratamento, mantidos em condição ambiente e em câmara fria constatou-se que aqueles mantidos em condições ambiente apresentam maior intensidade e velocidade dos fenômenos. Portanto, a manutenção dos frutos a 15 oC e 90 % de umidade relativa do ar pode reduzir os efeitos deletérios do dano mecânico, com ressalvas ao teor de açúcares solúveis totais, que se mostrou abaixo do adequado devido à lentidão da hidrólise do amido, mesmo com os frutos atingindo índices de cor da casca próximos a 7. Esses baixos valores dos teores de açúcares solúveis totais na polpa dos frutos, assim como os altos valores dos teores de amido, permitem pressupor que alguns processos de amadurecimento não se completaram totalmente em função das condições de armazenamento a baixa temperatura. Em relação à ocorrência e intensidade dos danos mecânicos por corte, abrasão, impacto e compressão, ao longo da cadeia de comercialização, verificou-se que a porcentagem de frutos, área da casca e porcentagem da área da casca danificados aumentaram ao longo da cadeia de comercialização de bananas ‘Prata Anã’. O uso da caixa de papelão proporcionou redução na incidência e intensidade de dano mecânico em bananas ‘Prata Anã’ em relação aos demais tipos de embalagem. O dano por abrasão foi o de maior incidência em todas as etapas da cadeia de comercialização. O dano por compressão apresentou grande importância relativa no varejo.Item Amostragem de Leucoptera coffeella e de suas vespas predadoras no cafeeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2003-06-03) Oliveira, Ivênio Rubens de; Picanço, Marcelo Coutinho; http://lattes.cnpq.br/2616236037450207Os planos usados na amostragem do bicho mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) foram desenvolvidos a partir de unidade amostral que pode não ser a ideal, além de não considerarem fatores da planta que o influenciam. Então foram desenvolvidos dois estudos. O primeiro objetivou a determinação da unidade amostral ideal para L. coffeella e vespas predadoras (Hymenoptera: Vespidae) em cafeeiros em formação e em produção. O segundo objetivou determinar planos convencionais e seqüenciais de amostragem deste inseto-praga e destes inimigos naturais em lavouras nos mesmos estádios avaliados no primeiro estudo. Em cafeeiros em formação a amostragem de L. coffeella e de vespas deve ser realizada nos pares de folhas posicionados nos 6o e 5o nós, respectivamente, de ramos plagiotrópicos primários localizados no terço mediano do dossel, na face leste das plantas. Em cafeeiros em produção a amostragem de L. coffeella e de Vespidae pode ser realizada nos terços mediano e basal do dossel. Em ambos os terços, a amostragem do bicho mineiro e de suas vespas predadoras deve ser realizada nos pares de folhas posicionados nos 3o e 5o nós, respectivamente, na face oeste das plantas. No terço mediano, a amostragem de L. coffeella deve ser realizada nos ramos plagiotrópicos primários e a de vespas, nos ramos plagiotrópicos secundários. No terço basal, tanto a amostragem do bicho mineiro, como a de suas vespas predadoras, deve ser feita nos ramos plagiotrópicos secundários. Dentre os planos convencionais, tanto para cafeeiros em formação como em produção, só foram praticáveis os de contagens de minas de L. coffeella. São requeridas 49 amostras/talhão para amostragem convencional do bicho mineiro no terço mediano de cafeeiros em formação, e, 60 amostras/talhão no terço mediano de cafeeiros em produção. Os planos de amostragem seqüenciais do bicho mineiro e de Vespidae, tanto em cafeeiros em formação como em produção, foram praticáveis exigindo-se normalmente de 5 a 24 amostras/talhão para tomada de decisão baseada na praga e 7 a 28 amostras/talhão para a tomada de decisão baseada na população do predador. Além disso, esses planos geraram, em mais de 90% das situações, tomadas de decisão adequadas ao manejo do bicho mineiro, com economia de mais de 80% do tempo e custo de amostragem, em relação aos planos convencionais mais praticáveis.Item Análise biométrica de clones de cana-de-açúcar obtidos por diferentes sistemas de acasalamento(Universidade Federal de Viçosa, 2002-04-30) Castro, Rogério Donizeti de; Barbosa, Márcio Henrique PereiraAs variedades de cana-de-açúcar têm sido obtidas tanto por meio de acasalamentos biparentais como por policruzamentos. Entretanto, são poucos os relatos na literatura sobre as estimativas de parâmetros genéticos e os resultados da seleção confrontando os diferentes sistemas de acasalamento. As sementes foram derivadas de 15 famílias provenientes dos acasalamentos biparentais, policruzamento e autofecundação e foram semeadas em casa de vegetação. Após aproximadamente 20 a 30 dias as plântulas foram transplantadas individualmente para campo espaçadas no sulco a 0,50m. As mudas para instalação do experimento foram obtidas na soca, em fevereiro de 2000. Neste mesmo mês, o experimento foi implantado no Campo Experimental Fundão, próximo ao aeroporto, pertencente à Universidade Federal de Viçosa. Cada unidade experimental foi constituída de um sulco de 2m de comprimento, espaçados 1,40m entre si. Em cada unidade, foram plantadas 36 gemas. O delineamento empregado foi o de blocos aumentados, com as variedades RB855536 e SP80-1816 como tratamentos comuns em todos os blocos. Foram avaliados os caracteres: número de colmos, peso médio de colmos, Brix, comprimento médio de colmos, diâmetro médio de colmos, tonelada de colmos por hectare, tonelada de Brix por hectare e produção estimada de colmos em kg. A partir das análises intrablocos, foram obtidas as médias ajustadas dos tratamentos regulares e essas foram utilizadas para compor duas novas análises de variância. O teste F foi significativo para todos os caracteres, indicando variabilidade genética entre os sistemas de acasalamento. As médias do acasalamento biparental não diferiram estatisticamente das médias do policruzamento. As médias das famílias obtidas por autofecundação para os caracteres Brix e número de colmos não apresentaram diferença acentuada em relação aos outros sistemas de acasalamentos. Já para os outros caracteres há evidências de elevada depressão endogâmica. As estimativas das variâncias genéticas e herdabilidades para os sistemas de acasalamentos foram de magnitudes semelhantes. A variância genética dentro de família representou grande parte da variância genética total para todos os caracteres, exceto para TCH, para o qual a variância genética entre famílias representou 78% da variância genética total. A herdabilidade da família foi maior do que a herdabilidade de clone para quase todos os caracteres.Item Análise comparativa de cafeeiros (Coffea arabica L.) em sistema agroflorestal e monocultivo na Zona da Mata de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2001-09-26) Campanha, Mônica Matoso; Finger, Fernando Luiz; http://lattes.cnpq.br/0443286008669758Na busca de novos conhecimentos acerca de sistema agroflorestal com café (Cojiíea arabica L.), este trabalho teve como objetivos analisar comparativamente cafeeiros sob sombreamento (SAP) e cultivados a pleno sol (SOLT) e avaliar a interferência potencial de alguns fatores na produção de café no SAF . Para isso, por um período de 19 meses, na Zona da Mata mineira, foi determinado em plantas de café, nos dois sistemas: o crescimento vegetativo, pelo número de nós, de folhas, tamanho e área foliar por ramo; o desenvolvimento reprodutivo, pelo número de nós produtivos, de botões florais e de frutos nos diferentes estádios de desenvolvimento (Chumbinho, verde, início de maturação, cereja e seco); a incidência de pragas e doenças (broca-dos-frutos, bicho-mineiro, cercosporiose e ferrugem); o estado nutricional; a produção e a produtividade. Foram quantificadas a queda e o teor de nutrientes nas serrapilheiras e realizada analise de rotina e determinação de umidade nos solos em cada sistema, além do monitoramento da temperatura do ar. O componente arbóreo do SAP foi caracterizado e seu crescimento acompanhado. Verificou-se que, no SAF, a sombra promovida pelas 133 árvores de 26 espécies, reduziu a amplitude térmica neste sistema, que apresentou em média, temperatura máxima de 2,6ºC abaixo daquela registrada no SOLT. Todas as amores obtiveram ganho em crescimento, sendo Casuarina sp., Eugenia uniflora, Licania tomentosa, Hovenia dulcis and Mangifera indica as mais abundantes. Nos dois sistemas, o periodo de maior crescimento vegetativo do cafeeiro coincidiu com o período de chuvas e temperaturas mais altas (primavera/verão). Os cafeeiros no SAF apresentaram menores crescimento de ramos e emissão de folhas, mas mostraram menor desfolha e, em média, folhas de maior tamanho; e iniciaram seu processo produtivo mais cedo, com menor número de nós produtivos e botões florais, refletindo em menor quantidade de frutos na colheita. A incidência do bicho- mineiro e broca-dos-frutos foi pequena nos sistemas, porém a lavoura sombreada foi mais infestada pela cercosporiose e ferrugem. Em ambos os sistemas, os cafeeiros apresentaram teores foliares adequados de N, Ca, Mg, Zn, Cu, Fe e Mn, baixos de P e K e alto de S e B. Maiores teores de nutrientes foram encontrados na serrapilheira do SOLT, exceto Ca e Zn, no entanto, o SAF contribuiu com 6,l><103 kg.ha".ano'l de serrapilheira ao sistema, enquanto que o sistema a pleno sol, com 4,5><103 kg.ha'].ano", O SAF apresentou maior teor de umidade na camada de 20-40 cm do solo, além de valores de pH, Ca, Mg, K, Zn, V acima, e de Al, m e CTC a pH 7, abaixo daqueles mostrados pelo SOLT. A produção média dos dois anos, de 40 seha'l de café em coco do cafezal solteiro, foi superior a de 8,6 sc.ha'l de café em coco do cafeeiro em sistema agroflorestal. Analisando apenas os cafeeiros no SAF, constatou-se que o desenvolvimento vegetativo do cafeeiro apresentou alta correlação positiva com a produção, destacando o número de folhas. A quantidade e qualidade da serrapilheira tende a influenciar a produção de café, observando que maior teor de manganês na mesma interferiu negativamente. As pragas e doenças mostraram-se pouco interferentes, enquanto que o estado nutricional da lavoura cafeeira foi fator relevante tanto para o crescimento como para produção. O número de folhas, de nós e a presença de frutos na planta interferiram e foram afetados pela condição nutricional da lavoura, sendo que cafeeiros com menor teor de cobre ou maior de zinco e nitrogênio nas folhas, tenderam a crescer mais e serem mais produtivos. AS características do solo no horizonte mais superficial (O-ZO cm) estiveram mais correlacionadas com a produção de café, que aquelas obtidas na profundidade de 20-40 cm, observando que a saturação de bases (V) e os teores de Ca, Mg e K da primeira camada do solo estiveram significativa e positivamente correlacionados com a produção. O solo ainda afetou o crescimento vegetativo do cafeeiro, o estado nutricional da lavoura e o teor de nutrientes. na serrapilheira. O crescimento do cafeeiro foi favorecido pelo maior teor de K, P e umidade na camada de 0-20 cm do solo, e pela redução do teor de A1 na camada de 20-40 cm. O estado nutricional das plantas de cafe, destacando o teor de P, sofreu influência positiva do teor de umidade, de matéria orgânica, pH e CTC dos solos, que influenciaram também a concentração de nutrientes na serrapilheira.Item Análise das características etnobotânicas e etnofarmacológicas de plantas medicinais na comunidade de Lavras Novas, Ouro Preto - MG(Universidade Federal de Viçosa, 2004-10-29) Almassy Júnior, Alexandre Américo; Casali, Vicente Wagner Dias; http://lattes.cnpq.br/3503505739847214As pesquisas etnobotânicas e etnofarmacológicas são hoje importantes ferramentas de registro e documentação dos usos empíricos de plantas medicinais em comunidades tradicionais, gerando conhecimento útil ao desenvolvimento de novos medicamentos, à conservação da biodiversidade e a valorização do saber e da cultura local. Entretanto, em trabalhos recentes, pesquisadores tem concluído que fatores de transformações sociais e econômicas podem influenciar as características do conhecimento tradicional e sua forma de transmissão dentro da comunidade, influenciando nos resultados obtidos por levantamentos etnocientíficos. O objetivo deste trabalho foi analisar as características etnobotânicas e etnofarmacológicas da comunidade de Lavras Novas (Ouro Preto MG), que tem sido submetida a intensas transformações econômico-sociais durante a última década em decorrência da crescente atividade turística. As metodologias empregadas foram observação participante e entrevistas semi-estruturadas realizadas com 22 informantes- chave. Foi verificado que para os nativos da comunidade existe associação entre o sagrado e uso de plantas medicinais, sendo que é comum a interpretação de que a ação terapêutica destas é potencializada pela prática das orações. Em 10 anos, houve queda no uso de plantas medicinais cultivadas e aumento no uso de espécies espontâneas coletadas. Cerca de 73% dos informantes afirmaram encontrar dificuldades de repassar o conhecimento tradicional sobre as plantas medicinais aos membros mais jovens da comunidade, o que tem levado a perda do hábito de cultivo dessas espécies e conseqüente desaparecimento de algumas delas na localidade. Conclui-se que o turismo exerce, nessa comunidade, impactos sociais, econômicos e culturais, porém não é possível valorar que esta influência seja completamente negativa, em relação ao tradicional uso de plantas medicinais, já que é comum o fato de turistas adotarem o recurso terapêutico dos remédios tradicionais, elaborados pelos moradores, em caso de necessidade. O impacto negativo do turismo em relação à utilização das plantas diz respeito à dificuldade de transmissão do conhecimento tradicional entre as gerações, já que os jovens do local, estão valorizando menos os elementos tradicionais da cultura lavranovense e mais os exemplos dos turistas. Além disso ocorre a perda do tradicional hábito do cultivo de plantas medicinais inclusive pela redução de área disponível nos quintais dos moradores, transformados em quartos ou casas de aluguel. Conclui-se também que as informações etnobotânicas e etnofarmacológicas, quando obtidas em determinados intervalos de tempo, podem ser indicadoras do grau de manutenção ou degradação do conhecimento tradicional de comunidades rurais.Item Análises biométricas em café conillon (Coffea canephora Pierre)(Universidade Federal de Viçosa, 1999-05-20) Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Sediyama, Tocio; http://lattes.cnpq.br/7561487411080800Este trabalho teve como propósito a obtenção de um conjunto de informações genéticas, capazes de oferecer subsídios importantes para o adequado planejamento e execução de programas de melhoramento genético do café Conillon (Coffea canephora Pierre). Para isso, as seguintes análises biométricas foram realizadas: estimação de parâmetros genéticos e ambientais; correlações fenotípicas, genotípicas e de ambiente; repetibilidade do caráter produção de grãos; análise discriminante para classificação de genótipos; e análise da divergência genética, na qual foram utilizados diversos métodos multivariados. Utilizaram-se dados relativos a um conjunto de características, algumas das quais avaliadas em apenas uma repetição, obtidas a partir de um experimento conduzido em blocos ao acaso, com 80 tratamentos e quatro repetições, a partir do qual foi possível a obtenção das variedades EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e EMCAPA 8131, as primeiras variedades clonais da espécie, obtidas e recomendadas no Brasil. As elevadas estimativas dos coeficientes de determinação genotípicos (H2) para todos os caracteres considerados nesta etapa, bem como a tendência dos valores obtidos nas estimativas das correlações genotípicas em superar, em magnitude, aqueles verificados nas correlações fenotípicas, indicam a predominância dos componentes de variação genéticos em relação aos ambientais. A seleção de indivíduos para o caráter produção de grãos, com base em quatro colheitas, ofereceu uma acurácia, estimada pelo coeficiente de determinação (R2), variando entre 65,32 e 81,59%, dependendo do método de estimação utilizado. A classificação original dos genótipos apresenta grande concordância com aquela obtida através da análise discriminante, com taxa de erro aparente de apenas 6,25%. Os genótipos ES 22, ES 25 e ES 92, pertencentes, respectivamente, às variedades EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e EMCAPA 8131, mostraram-se como os mais divergentes do grupo, sendo os dois primeiros os mais indicados para programas de cruzamentos visando a obtenção de híbridos heteróticos, considerando-se conjuntamente a divergência genética e o desempenho individual destes. Verificou-se a existência de expressiva dissimilaridade genética entre os genótipos componentes de cada variedade clonal estudada, indicando a adequada composição destas, com clones distribuídos em vários grupos dissimilares. Foram discutidas as implicações destas e outras informações no estabelecimento de programas eficazes de melhoramento genético para a espécie.Item Aplicações de soluções homeopáticas em Achillea millefolium L. (Asteraceae): abordagem morfofisiológica(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-22) Arruda, Viviane Modesto; Casali, Vicente Wagner Dias; http://lattes.cnpq.br/8485150224469596O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de soluções homeopáticas sobre o crescimento, produção de princípios ativos e anatomia foliar de plantas Achillea millefolium L. (milfolhas). Os rizomas foram plantados em vasos mantidos sob telado. As características de crescimento avaliadas foram: altura, número de folhas, comprimento e largura da maior folha, comprimento e largura da menor folha, número de brotações massa fresca e seca da parte aérea e raiz. Foram caracterizadas as respostas morfológicas, o teor de tanino, teor de clorofila a e b, razão clorofila a/b e teor de flavonóides. A hipótese de patogenesia e de plantas sadias foi considerada no primeiro ensaio, mediante a aplicação de Sulphur 3CH, que exerceu influência no teor de tanino em função da época de aplicação. No segundo ensaio foram utilizados Natrum muriaticum, Kali carbonicum, Silicea, Sulphur 3CH e a testemunha (água). Os preparados homeopáticos exerceram efeito pouco expressivo nas variáveis de crescimento altura, número de folhas, comprimento e largura da menor folha, mas causaram acúmulo de matéria seca da parte aérea. O teor de tanino e clorofila a e b foram influenciados pelas homeopatias. O teor de flavonóides foi oscilatório de acordo com os preparados. Os descritores anatômicos foram: espessura da epiderme, área de parênquima paliçádico, de parênquima incolor, de colênquima e de feixes vasculares, além da área total da epiderme. A aplicação das soluções homeopáticas exerceu efeito na produção de metabólitos secundários, embora a organização anatômica não tenha sido alterada.Item Aprimoramento de um protocolo para propagação in vitro de videira Vitis aestivalis (Michx.) cv. Norton(Universidade Federal de Viçosa, 2003-12-11) Parizzotto, Alexandre; Motoike, Sérgio YoshimitsuO presente trabalho teve por objetivo aprimorar o protocolo para multiplicação in vitro de videira Vitis aestivalis (Michx.) cv. Norton, sendo dividido em três etapas: seleção de formulações salinas; definição de doses de BAP; e teste do DMSO. As formulações MS, MS 50%, C2D, C2D 50%, B5, NN e Knudson C foram testadas em meio de cultura contendo 4 μM de BAP. Às formulações C2D e C2D 50% foram testados diferentes níveis de BAP (0, 2, 4, 8 e 16 μM), num fatorial 2 x 5. O DMSO foi testado em dois experimentos, constituídos de três tratamentos: 2 e 4 μM de BAP dissolvido em 2 e 4 mL de DMSO, respectivamente; 2 e 4 μM de BAP dissolvido em HCl 1N; e 2 e 4 μM de BAP dissolvido em HCl 1N, com adição de alíquotas de DMSO correspondentes ao primeiro tratamento. O delineamento estatístico foi o de Blocos Casualizados, com seis repetições, nas três etapas. A unidade experimental consistiu de um frasco de cultivo com cinco explantes. O meio de cultura foi constituído de 10 mL L-1 de vitaminas de Staba, 100 mg L-1 de mio-inositol, 30 g L-1 de sacarose, com pH ajustado para 5,70 ± 0,01, acrescido de 10 g L-1 de ágar. Distribuíram-se 30 mL de meio em frascos de vidro de 320 mL, diâmetros externo e interno de 68 mm e 65 mm, e 125 mm de altura, fechados com tampa de polipropileno e filme de PVC, que foram esterilizados em autoclave à 121oC e 1,5 atm, por 20 minutos. Em câmara de fluxo laminar, os explantes foram inoculados verticalmente no meio de cultura. Os frascos foram dispostos em sala de cultura à 27 ± 2oC, umidade relativa de 60 a 70 %, fotoperíodo de 16/8 horas e irradiância de 90 μmol m-2 s-1. A avaliação foi feita aos 30 dias, quanto ao peso fresco de calo, número e comprimento de brotos. As formulações salinas C2D e C2D 50% foram as melhores, destacando-se C2D com maior taxa de multiplicação, brotosm alongados e reduzido peso fresco de calo. A taxa de multiplicação aumentou linearmente nestas formulações, sendo os maiores comprimentos de brotos, 12,10 mm e 7,80 mm, respectivamente, obtidos com 6,14 μM e 5,13 μM. Níveis elevados de BAP reduziram a qualidade dos brotos, aumentando o índice de hiperhidricidade. A dissolução de BAP em DMSO aumentou significativamente o número de brotos. A presença do DMSO como componente do meio de cultura aumentou tanto a massa fresca de calo para ambas as doses, quanto o número de brotos para 4 μM de BAP. O comprimento ideal de brotos na multiplicação in vitro de videira é de, no mínimo 10 mm, para tanto recomenda-se 12,5 μM de BAP para o cv. Norton, nível no qual são obtidos 5,63 brotos/explante, com reduzida formação de calo.Item Assimilação de CO2 em plantas de Sphagneticola trilobata (L.) Pruski tratadas com preparados homeopáticos(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Silva, Mara Rosane Batirola da; Casali, Vicente Wagner Dias; http://lattes.cnpq.br/2017500114793118O conteúdo da tese teve como objetivo avaliar a resposta da planta medicinal margaridinha (Sphagneticola trilobata (L.) Pruski), à preparados homeopáticos, quantificada pela assimilação de CO2. Os preparados homeopáticos testados foram: Apis mellifica nas dinamizações 1CH, 2CH, 3CH e 4CH, Aconitum, Arnica montana, Cactus grandiflorus, Crataegus oxyacantha, Digitalis purpurea e Gelsemium sempervirens na dinamização 1CH, no decorrer de 10 minutos. Sulphur e Apis mellifica 6CH no decorrer de 20 minutos. Os experimentos foram conduzidos na casa de vegetação e no Laboratório de Homeopatia do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG. Na instalação e análise dos experimentos, utilizou-se o esquema em parcelas subdivididas no delineamento em blocos casualizados. A taxa de assimilação de CO2 foi determinada pelo equipamento IRGA. Foi feita a análise de variância, a análise de regressão e teste de médias dos dados, utilizando o programa estatístico SAS 8.0. As aplicações dos preparados homeopáticos causaram alterações na taxa fotossintética em plantas de margaridinha. As plantas tratadas com Apis mellifica 1CH, 2CH, 3CH e 4CH, apresentaram maior taxa fotossintética em relação à testemunha já nos primeiros minutos de determinação. Aconitum, Arnica, Cactus, Crataegus, Digitalis e Gelsemium causaram na assimilação de CO2 respostas análogas às respostas nos humanos. Estas homeopatias aumentaram a fotossíntese líquida e diferenciaram da testemunha. Nas plantas tratadas com Sulphur houve tendência de menor assimilação de CO2, sendo considerada patogenesia. O tratamento com Apis mellifica 6CH, aumentou a assimilação de CO2, exceto no minuto 17o, todavia o padrão de ritmo fotossintético foi mantido. Os resultados demonstraram que cada preparado homeopático interfere na assimilação de CO2 de forma diferenciada em função do tempo.Item Atividade da nitrato redutase, composição mineral e caracteres da planta de trigo associados à aplicação de molibdênio, à peletização e à inoculação das sementes com Azospirillum brasilense(Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-18) Coelho, Maurício Antônio de Oliveira; Rocha, Valterley Soares; http://lattes.cnpq.br/5320717135645919Este estudo objetivou avaliar, em dois cultivares de trigo irrigado, os efeitos da inoculação, peletização das sementes e aplicação de Mo em cobertura sobre a atividade da nitrato redutase (ANR), compo sição mineral e características agronômicas. Um experimento, em condições de campo, foi conduzido no Departamento de Fitotecnia (DFT) (Estação Experimental Diogo Alves de Melo), de junho a outubro de 1999, sendo outro experimento, em vasos, conduzido em casa de vegetação do DFT e na mesma época. O experimento de campo foi constituído de 16 tratamentos, dispostos num esquema fatorial 2 x 2 x 2 x 2 [dois -1 cultivares (EMBRAPA-22 e BR-26), Mo (0 e 90 g.ha ), peletização (presente e ausente) e inoculação com Azospirillum brasilense (presente e ausente)], no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. O experimento em vasos foi constituído de 18 tratamentos, num esquema fatorial, acrescidos de duas -1 parcelas [(EMBRAPA-22 + 90 g.ha de Mo + peletização + inoculação - P e - S) e -1 (BR-26 + 90 g.ha de Mo + peletização + inoculação - P e - S)], no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. Avaliaram-se a ANR em quatro estádios da cultura, o teor de macro e micronutrientes na parte aérea e nos grãos e -1 características radiculares e agronômicas. A aplicação de 90 g.ha de Mo e a inoculação das sementes aumentaram significativamente a ANR, nas quatro épocas avaliadas (28, 48, 68 e 88 dias após a emergência das plântulas). Ocorreu redução -1 na atividade da enzima com o avanço do ciclo da cultura. A aplicação de 90 g.ha de Mo e a inoculação das sementes com Azospirillum brasilense aumentaram a matéria seca, o comprimento e área radiculares e os teores de nutrientes das plantas, além de diminuírem o diâmetro radicular destas. A matéria seca e o comprimento e área radiculares e os teores de nutrientes foram superiores no -1 cultivar EMBRAPA-22. A aplicação de 90 g.ha de Mo, assim como a inoculação de Azospirillum brasilense, aumentou a altura das pl antas, a produção de grãos, a biomassa seca e o peso de mil grãos, nos dois experimentos realizados.Item Atividade da redutase do nitrato e teores de nutrientes e de açúcares em variedades de cenoura fertilizadas com doses de nitrogênio(Universidade Federal de Viçosa, 2003-07-31) Paula, Laércio Boratto de; Pereira, Paulo Roberto Gomes; http://lattes.cnpq.br/7710147528351524Com o objetivo de avaliar a atividade da enzima redutase do nitrato, teores de nutrientes e de açúcares nas variedades de cenoura Nantes e Brasília, estas foram cultivadas com doses crescentes de N. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com três ou quatro repetições. No primeiro experimento em casa de vegetação, usaram-se cinco doses de N: 0, 100, 200, 300 e 400 mg/dm3. Os teores de nitrato e N-org na parte aérea aumentaram linearmente com as doses aplicadas nas duas variedades. Na raiz, observou-se comportamento quadrático, evidenciando possível mecanismo de regulação de absorção do nitrato. A atividade da redutase desse nutriente não diferiu entre as variedades e respondeu linearmente às doses; os teores de K, Ca e Mg foram maiores em ‘Nantes’. No segundo experimento, em casa de vegetação, empregaram-se quatro doses de N: 0, 150, 300 e 450 mg/dm3, em quatro repetições. Os maiores teores de nitrato na raiz foram obtidos na variedade Brasília, estatisticamente comprovados nas doses de 150 e 300 mg/dm3. O aumento de nitrato na raiz foi linear, e, na parte aérea, ajustou-se o modelo quadrático, com o teor máximo obtido na dose estimada de 337,5 mg/dm3 de N. A atividade da redutase do nitrato não diferiu entre variedades. Na ‘Nantes’, houve maiores teores de K, Mg e de açúcares redutores, enquanto a ‘Brasília’ exibiu maiores teores de açúcares solúveis totais e não-redutores. No experimento de campo, foram utilizadas sete doses de N: 0, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 kg/ha e quatro repetições. A variedade Nantes apresentou, na análise de variância, maior peso de matéria fresca na raiz. Os teores de macronutrientes e da atividade da redutase do nitrato não diferiram entre as variedades. Os maiores teores de K e de açúcares redutores encontrados em ‘Nantes’ podem ajudar a justificar a menor presença de nitrato em razão de sua substituição parcial na função osmótica.Item Atividade do sulfentrazone em solos sob plantio direto e convencional(Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-26) Werlang, Ricardo Camara; Silva, Antônio Alberto da; http://lattes.cnpq.br/0352532318445346Foram avaliados neste trabalho, em quatro experimentos: a sorção do sulfentrazone em constituintes da fração argila de solo; a sorção e o potencial de lixiviação do sulfentrazone em solos brasileiros; o efeito da cobertura morta do solo na lixiviação de sulfentrazone em diferentes solos; e a persistência do sulfentrazone em solos com diferentes sistemas de manejo, visando entender o destino desse herbicida no ambiente. Concluiu-se que, dos principais constituintes da CTC de solos tropicais estudados neste trabalho, a caulinita (argila silicatada de baixa atividade), a ferridrita (óxido de ferro amorfo) e a goethita (óxido de ferro cristalino) são os que menos contribuem na sorção do sulfentrazone, e os ácidos húmicos (constituinte da matéria orgânica), hematita (óxido de ferro cristalino) e bauxita (óxidos de alumínio) são os principais responsáveis pela sorção deste herbicida. Constatou-se também que o sulfentrazone pode ser considerado lixiviador, intermediário ou não-lixiviador, dependendo do solo considerado. Esse herbicida apresentou potencial de lixiviação diferenciado entre os solos estudados, sendo a escala de predisposição à lixiviação a seguinte: Argissolo - Viçosa (ARG) > Latossolo Roxo Capinópolis (LR-CP) > Latossolo Vermelho-Amarelo João Pinheiro (LVA) > LR Sete Lagoas (LR-SL). Quanto à persistência no solo, verificou-se que ela é afetada pelo seu sistema de manejo, sendo maior naquele submetido ao sistema de plantio convencional, quando comparado com o sistema de plantio direto. Em análise globalizada dos quatro experimentos, concluiu-se que a eficiência do sulfentrazone no controle de plantas daninhas, bem como seu impacto ambiental, depende das características físico-químicas dos solos, do teor de matéria orgânica e do sistema de manejo adotado.Item Atividade microbiana após aplicação de herbicidas utilizados no cultivo do feijoeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2005-10-21) Santos, José Barbosa dos; Silva, Antonio Alberto da; http://lattes.cnpq.br/1948250121809916A demanda por informações sobre o impacto causado por herbicidas de médio efeito residual no solo motivou o estudo de indicadores microbiológicos que possibilitassem medir o distúrbio provocado à microbiota do solo após a aplicação desses produtos para o controle de plantas daninhas, dando ênfase à cultura do feijoeiro. Dessa forma, foram conduzidos três experimentos com o objetivo geral de verificar o impacto provocado pelos herbicidas fomesafen e fluazifop-p-butil, isolados ou em mistura pré-formulada, largamente utilizados no manejo das plantas daninhas na cultura do feijoeiro, sobre a atividade dos microrganismos do solo. No primeiro experimento, realizado em campo, ao longo do cultivo do feijoeiro, em dois sistemas de plantio – convencional (SPC) e direto (SPD) – avaliaram-se, após a aplicação dos herbicidas mencionados, a respiração basal da microbiota do solo, o carbono da biomassa microbiana (CBM), o quociente microbiano (qMIC), o quociente metabólico (qCO2), a porcentagem de colonização de raízes do feijoeiro por fungos micorrízicos e, ao final do ciclo, o rendimento de grãos. No segundo experimento, a partir de amostras de solo representando SPC e SPD, verificou-se, em laboratório, o efeito da adição de diferentes concentrações dos mesmos herbicidas, isolados e em mistura pré-formulada, sobre a respiração basal da microbiota do solo, CBM e qCO2. No último experimento, avaliou-se o crescimento das estirpes de Rhizobium tropici BR 322 e BR 520, utilizadas como inoculantes na cultura do feijoeiro no Brasil, em meio de cultura, adicionado dos principais herbicidas utilizados ao longo do ciclo do feijoeiro (bentazon, s-metolachlor, imazamox e paraquat, além do fluazifop-p-butil e do fomesafen). De maneira geral, os indicadores microbiológicos avaliados ao longo do ciclo do feijoeiro se mostraram sensíveis à ação dos diferentes herbicidas testados, além de demonstrarem o menor impacto negativo do SPD sobre a microbiota do solo em comparação ao SPC. O qCO2 que estima a eficiência da microbiota do solo em utilizar o carbono da matéria orgânica, evidenciou que a aplicação dos herbicidas testados causou maior impacto negativo quando sobre o solo do SPC. Com o aumento da concentração do fomesafen, observou-se diminuição da microbiota do solo, sendo mais prejudicial na mistura comercial. A partir dos resultados da tolerância das estirpes de rizóbio aos herbicidas, verificou-se que o paraquat promoveu maior inibição do crescimento, seguido pelo fomesafen. Entre as estirpes, BR 520 apresentou maior tolerância à maioria dos herbicidas testados.Item Avaliação bioenergética de sorgos biomassa, sacarino e forrageiro(Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Batista, Vanessa Aparecida Pereira; Pimentel, Leonardo Duarte; http://lattes.cnpq.br/6112402445974711Visando atender à crescente demanda por bioenergia (bioeletricidade e bioetanol), o setor su- croenergético busca alternativas para ampliar a produção de biomassa por unidade de área. Nesta perspectiva o sorgo [Sorghum bicolor (L.) Moench] é visto como matéria-prima promis- sora, pois trata-se de uma planta C4, de ciclo curto, com grande potencial de produção de bio- massa por unidade de área. Existem diversos tipos agronômicos com elevada produtividade de matéria seca por unidade de área e tempo, como o sorgo biomassa, o sacarino e o forrageiro. Entretanto, acredita-se que o real potencial de uso desta cultura ainda não tenha sido explorado adequadamente no setor bioenergético, devido à falta de conhecimento das características des- tes materiais. Deste modo, objetivou-se com este trabalho realizar uma caracterização do po- tencial produtivo e bioenergético de três grupos agronômicos de sorgo (sorgo biomassa, sorgo sacarino e sorgo forrageiro) em duas épocas de corte. Para isso, realizou-se um experimento inédito, discutido neste trabalho em dois capítulos. Capítulo 1: As cultivares de sorgo foram semeados no campo, sendo avaliados em duas safras consecutivas (safra principal e rebrota). Ao final do ciclo de cada variedade foram realizadas avaliações agronômicas (duração do ciclo, altura de plantas, produção de massa fresca e massa fresca /ha e participação das partes na biomassa total das plantas), estrutural (composição lignocelulósica) e bioenergética (poder ca- lorifico superior) da planta de sorgo, afim de caracterizar a produção de energia potencial (GJ) por unidade de área de cada cultivar e estudar o melhor uso destes matérias no setor bioenergé- tico. Verificou-se que o potencial de produção de massa fresca total é maior na safra para todas as cultivares, e as cultivares BD 7607 e BRS 716 (sorgo biomassa) apresentaram as maiores produções de biomassa, 110 e 108 t/ha respectivamente. A produtividade das cultivares na re- brota foi pouco significativa devido às condições climáticas desfavoráveis. Foi verificado tam- bém que o poder calorifico superior foi maior nas folhas para todas as cultivares em relação aos outros componentes das plantas e que as cultivares que apresentaram maior produção de massa seca/ha, pertencentes ao grupo do sorgo biomassa (BD 7607 e BRS 716), consequentemente também apresentaram maior produção de energia/ha. No segundo capítulo, foi avaliado a pro- dução quantitativa e qualitativa dos açúcares produzidos no colmo apenas das cultivares per- tencentes ao grupo do sorgo sacarino, em duas épocas de corte (safra principal e rebrota). Para isto foi realizada a extração do caldo e posteriormente foi determinado o teor de açúcares totais (sacarose, glicose e frutose) em cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Foi verificado que a quantidade de açúcares (açúcares totais) produzidos não varia em função dos ciclos, po- rém a taxa de extração diminui na rebrota o que pode resultar em menores rendimentos indus- triais por tonelada de matéria-prima processada. Também, observou-se que a qualidade dos açúcares varia de acordo com a cultivar e estádio de desenvolvimento da planta. Conclui-se que a quantidade de energia produzida por cada tipo de sorgo é diretamente influenciada pelo seu desempenho agronômico e pela composição estrutural. A composição quantitativa e qualitativa dos açúcares presentes no caldo das cultivares de sorgo sacarino variam em função da época de corte e da cultivar.Item Avaliação da sustentabilidade em agroecossistemas: um método fitotécnico(Universidade Federal de Viçosa, 1999-05-24) Nolasco, Fabio; Casali, Vicente Wagner Dias; http://lattes.cnpq.br/3643252363818109Foi desenvolvido o método de itinerário fitotécnico (MITEC), multicriterial, interativo e informatizado, para avaliação da sustentabilidade, bem como para redução da subjetividade no diagnóstico e desenho de sistemas de produção (SP) personalizados. Ele é capaz de calcular o potencial relativo de sustentabilidade (PRS) de opções fitotécnicas em confronto, a partir de uma fórmula de ponderação com oito coeficientes. Este cálculo é executado por sistemas especialistas inseridos no programa, a partir de parametrizações de caráter temporal e hierárquico, feitas pelo agricultor, pela comunidade, pelo técnico e por banco de dados. Para isto, são definidas as condições de cenário e parametrizadas as funções de sustentabilidade, os fatores de produção e a disponibilidade de recursos materiais e humanos. Para experimentar o método, foi conduzido um experimento fatorial 2 x 5 x 4 (dois níveis profissionais, cinco tipos de perfis paradigmáticos e quatro tipos de SP), no delineamento em blocos ao acaso, com três repetições (agricultores). As avaliações foram feitas com cada extensionista junto a três produtores de inhame (Colocasia e sculenta Schott), selecionados entre nove entrevistados da sua área de ação, que possuíam diferentes níveis de preocupação com o campo social, ambiental ou econômico. Em cada unidade de produção foram definidos quatro SP: do agricultor (SPA), do técnico sem o método (SPT), do técnico com o método (ITECT) e do MITEC (ITECM). O método foi significativamente eficiente na avaliação e agregação de PRS aos diferentes SP. Comprovou- se a redução de subjetividade, não havendo diferença significativa entre o PRS médio dos ITECT em relação à média dos ITECM, independente- mente do nível profissional e do perfil paradigmático.