Meteorologia Agrícola

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/170

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 16
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Processos e padrões de transferência de energia e da disponibilidade hídrica para a palma forrageira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-18) Pereira, Poliana de Caldas; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/9759144977849612
    A palma é uma espécie muito cultivada no Nordeste brasileiro para fins de alimentação animal, em especial no semiárido, onde a baixa disponibilidade hídrica, alta temperatura e solos com pouca fertilidade dificultam o cultivo de outras plantas forrageiras. O seu bom desempenho, nesses ambientes, deve-se ao metabolismo fotossintético MAC (Metabolismo Ácido das Crassuláceas), que induz a planta a modificações morfológicas e de trocas de massa e energia ao longo do ano como resultado das condições meteorológicas, afetando, assim, a interação planta-ambiente. No presente estudo, investigou-se os processos e padrões dos fluxos de radiação, energia e água, e suas partições no sistema solo-palma-atmosfera em resposta à variação sazonal do regime hídrico e evolução do crescimento da espécie Opuntia stricta (Haw.) Haw. O experimento foi conduzido no período de 10 de dezembro de 2015 a 09 de dezembro de 2016, no município de Floresta, no estado de Pernambuco. Uma torre micrometeorológica foi montada para coleta de dados a partir de sensores eletrônicos. Os fluxos de calor latente (LE) e sensível (H) foram estimados pelo método do balanço de energia com base na razão de Bowen e o controle da evapotranspiração analisado por de água no solo (CAS) e seu o escoamento foram obtidos para mensuração do balanço de água no solo (BWS). Dados biométricos e o índice de área do cladódio (IAC, m 2 m -2 ) foram obtidos. Os dados experimentais foram agrupados e analisados em períodos denominados: "seco", "chuvoso", "transição seco-chuvosos" e "transição chuvoso-seco". Consstatou-se que a sazonalidade da maioria dos componentes dos balanços de radiação e energia esteve retenção de energia no sistema, com uma elevada média do saldo de radiação (13,38 MJ m -2 dia -1 ) e baixa taxa da radiação refletida (2,77 MJ m -2 dia -1 ), resultando em um baixo valor de albedo (14%). O IAC influenciou significativamente na dinâmica da radiação fotossinteticamente ativa que chega abaixo da cultura (RFAb), proporcionando a menor média desse componente (2,29 MJ m -2 dia -1 ) quando houve a maior taxa desse índice, o que aumentou, nessa época, a fração da radiação fotossinteticamente ativa interceptada (73%). A baixa disponibilidade hídrica da região e os distintos valores de IAC das diferentes épocas de disponibilidade hídrica fizeram com que a maior parte da energia disponível do balanço de energia fosse para o calor sensível (50%), vindo em sequência o calor latente (38%), o calor no solo (10%) e o estoque de energia na biomassa e armazenamento no dossel da cultura, além do armazenamento no dossel da cultura (1%). Além disso, o CAS acompanhou o comportamento da precipitação, com média 0,06 m 3 m -3 . Esse fator influenciou no comportamento dos componentes do BAS, uma vez que a água disponível foi mais utilizada para o armazenamento no solo e consumo pela cultura, apresentando taxas de evapotranspiração real (ETr) baixas (272,4 mm ano -1 e 0,74 mm dia -1 ). Já para os mecanismos controladores da evapotranspiração, verificou- se que os valores da resistência de superfície (r s ) apresentaram-se elevados nas épocas de menores níveis pluviométricos e o contrário para a resistência aerodinâmica (r a ). O fator de de precipitação, a cultura estava mais mais próximos de um. Em contraste, apresentou valores próximos de zero nas demais épocas, indicando que a cultura estava "acoplada com a atmosfera".
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Enraizamento de miniestacas e ecofisiologia de mudas de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis submetidas a diferentes intensidade de radiação solar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-25) Pedroso, Elias José; Ribeiro, Aristides; http://lattes.cnpq.br/7444422795948449
    No sistema de produção de mudas clonais de eucaliptos propagadas por miniestaquias, a etapa de enraizamento é uma das mais sensíveis e, por isso, com maior potencial de ganhos. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito de diferentes níveis de radiação solar na etapa de enraizamento pela correlação com aspectos ecofisiológicos de mudas de eucalipto durante todo o ciclo de produção de mudas, envolvendo as etapas iniciais enraizamento, sombreamento e durante a etapa de crescimento a céu aberto. O experimento foi realizado no viveiro de Pesquisa Florestal da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. O período corresponde a estação de verão nos meses de janeiro a abril de 2016. O primeiro experimento avaliou cinco níveis de radiação solar dentro da casa de vegetação, proporcionado pelo uso de malhas redutoras tipo Aluminet® disponíveis no mercado com capacidade de atenuação de 35, 50, 65 e 80 % da radiação solar e foram testados dois clones comercias híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, denominados de clone A e clone B. O Segundo experimento avaliou o efeito das mudas enraizadas em diferentes níveis de radiação solar, na etapa de crescimento, medindo algumas variáveis ecofisiológicas, como trocas gasosas (fotossíntese, transpiração e condutância), número de estômatos, medidas do teor de antocianina e pigmentos fotossíntéticos e biomassa seca. Os ganhos de enraizamento com maiores níveis de sombreamento são mantidos durante todo o ciclo de crescimento das mudas para os dois materiais genéticos estudados. A produção de antocianina durante a etapa de enraizamento foi maior em plantas enraizadas em condição de elevada irradiância solar. Isso indica que a síntese desse flavonoide é um mecanismo de proteção à fotoinibição utilizado pelos híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, sendo isso mais evidente no clone B. Os dois materiais são anfiestomáticos, contudo, o clone B apresenta maior quantidade de estômatos na parte superior da folha que o clone A. Foram propostos modelos para a estimativa da atenuação da irradiância e da temperatura para as malhas Aluminet® comerciais.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análise temporal do efluxo de CO2 e desenvolvimento de Brachiaria brizantha cv. Marandu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Cursi, Andressa Gazolla; Justino, Flávio Barbosa; http://lattes.cnpq.br/8416638136168139
    A sazonalidade influencia as variações no estoque de carbono no solo e no crescimento das pastagens, tornando-se importante associar a variação temporal na emissão de CO2 pelo solo, o crescimento de plantas e as variáveis climáticas, de modo obter-se subsídios para auxiliar nas decisões de manejo. Objetivou-se neste trabalho analisar a variação sazonal do efluxo de CO2 e sua relação com as temperaturas do ar, do solo e precipitação de Brachiaria brizantha cv. Marandu. Foram avaliadas duas estações- Verão/Outono e Inverno/Primavera, de janeiro a dezembro de 2014. A respiração do solo foi medida de um analisador de gás ao infravermelho (LC pro+, ADC). Foram medidas a temperatura do solo, matéria seca e a área foliarpara análise de crescimento. Os dados de precipitação e temperatura do ar foram obtidos em estação meteorológica. A média anual do efluxo de CO2 foi de 2,076 ± 0,5μmol.m-2s-1. Entretanto, houve emissão diferencial de CO2 do solo, com diferenças sazonais que variam entre 0,34 a 8,52 μmol.m-2s-1 nos meses de julho e dezembro, respectivamente. A temperatura do solo apresentou baixa correlação com o efluxo para os dois períodos avaliados (P≤0,05). No inverno, o aumento transiente de variação do efluxo de CO2 foi altamente correlacionado com a precipitação, (P≤0,05). Aumentos na biomassa e no IAF contribuíram para as variações do efluxo. Os dados mostraram que existe influência diferencial das variáveis climáticas em função da época do ano sobre a respiração do solo cultivado com B. brizantha. A precipitação foi o fator de maior influência para incremento do efluxo de CO2 do solo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Uso da terra e balanço de água em unidades hidrológicas edafoclimáticas distintas no Rio Grande do Sul
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Klippel, Andréia Hollunder; Ribeiro, Aristides; http://lattes.cnpq.br/9136804674163194
    Objetivou-se discriminar o uso do solo em duas bacias, por meio da classificação de imagens de satélite, e a partir disso, gerar mapas da evapotranspiração. A área de estudo compreende as Bacias Hidrográficas do Rio Baixo Jacuí e Rio Santa Maria localizadas no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram adquiridas imagens do satélite LANDSAT 8 OLI para a elaboração dos mapas de uso da terra. Foram utilizadas seis classes de uso da terra, sendo elas: plantio florestal, mata nativa, corpo d’água, arroz, solo exposto e pastagem/cultivo agrícola. Foi realizada a classificação supervisionada pelo algoritmo de Máxima Verossimilhança (MAXVER) e acurácia do classificador foi analisada por meio do índice kappa. A evapotranspiração potencial foi corrigida levando-se em consideração fatores de acordo com o uso do solo. Os mapas de classificação do uso do solo, apresentaram índice Kappa, de 0,84 e 0,91 para as Bacias de Baixo Jacuí e Santa Maria, respectivamente. A classe cultivo florestal para bacia de Baixo Jacuí apresentou cerca de 1179,41 km 2 , enquanto que na deSanta Maria esse valor foi 264,2 km 2 . A classe que apresentou maior área, nas duas bacias, foi agrícolas. A área classificada como mata nativa foi muito superior em Baixo Jacuí, se comparada à área, contendo a mesma classe, na bacia de Santa Maria. Em relação à classe Corpos d’água, a bacia de Santa Maria apresentou 287,67km 2 e Baixo Jacuí 257,5 km 2 . A área cultivada com arroz foi de 923,9 Km 2 , cerca de 5,33% da área total da na Bacia de Baixo Jacuí. Já na bacia de Santa Maria, esse valor foi de 369,03 km 2 . A distribuição espacial da evapotranspiração se modificou após a correção nas duas bacias, considerando os usos da terra. A classe corpo d’água apresentou um aumento, após a correção da evapotranspiração, por outro lado a classe de pastagem e cultivos agrícolas, foi a que teve maior redução nos valores da evapotranspiração, devido ao valor do kc ter sido menor. As imagens de satélite escolhidas, juntamente com as amostras de treinamento selecionadas, proporcionaram um bom desempenho para o método de classificação empregado, ao conseguir distinguir as diferentes classes de uso do solo objetos de estudo deste trabalho.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Propagação clonal de eucalipto em ambiente protegido por estufins: produção, ecofisiologia e modelagem do crescimento das miniestacas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Oliveira, Aline Santana de; Ribeiro, Aristides; http://lattes.cnpq.br/8403587301186316
    O gênero Eucalyptus possui grande importância em plantios florestais comerciais que visam a produção de papel, celulose, madeira e carvão, por apresentar crescimento rápido e ser muito adaptado às condições edafoclimáticas do Brasil. Uma das tecnologias que vem sendo utilizadas na propagação do eucalipto em minijardim clonal é o uso de estufim. O emprego do estufim promove alteração do ar atmosférico próximo ao dossel das cepas alterando a temperatura e umidade do ar, irradiância solar e a concentração de CO 2 . Este trabalho teve como principal objetivo realizar um estudo comparativo entre o uso dos estufins em minijardim clonal e o manejo tradicional, no comportamento ecofisiológico, produtivo e na qualidade de minicepas de um híbrido de eucalipto (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis). O trabalho foi realizado no viveiro de pesquisas pertencente à Universidade Federal de Viçosa, no período de junho de 2014 a julho de 2016. Foram monitoradas variáveis meteorológicas (temperatura e umidade relativa do ar, radiação solar), biométricas (biomassa fresca, biomassa seca, área foliar, diâmetro do colo e altura) e fisiológicas (fotossíntese, transpiração, condutância estomática, relação Ci/Ca), nos dois tratamentos. Resultados mostraram que a temperatura nas parcelas com estufim foi 10,6 % superior no período frio e 13,0 % no período quente, em relação à temperatura observada nas parcelas sem estufim. A concentração de gás carbônico nas parcelas com estufim apresentou maior amplitude, em ambos os períodos climáticos. Na maioria das coletas a quantidade de estacas produzidas pelas cepas conduzidas sob o estufim foi superior à das produzidas sem o estufim, sendo esse aumento mais acentuado no período quente, tendo sido observado um aumento de 82 % nas parcelas sem estufim e 132 % nas parcelas com estufim. Foi possível observar um aumento de produção de estacas de 29 % nos meses mais frios e 65 % nos meses mais quentes. Além disso, sob maior temperatura foi observado tendência de aumento da altura e distância entre os pares de folhas consecutivos e menor diâmetro do colo, área foliar e biomassa das estacas, porém, com maiores taxas de enraizamento. Nesse tratamento também foi verificado menores A e maiores gs, E e Ci/Ca, além de maior eficiência quântica. A soma térmica necessária para a produção de estacas em cepas de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis conduzidas em jardim clonal foi igual a 61 graus-dia nas parcelas sem estufim e 76 graus-dia nas parcelas com estufim, tendo os modelos obtidos para estimativa das variáveis biométricas em função dos graus-dia acumulados apresentado índices estatísticos satisfatórios. O uso do estufim no minijardim clonal de eucalipto pode ser uma técnica promissora para aumentar a capacidade produtiva do minijardim.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Efeitos do estresse salino no crescimento e na evapotranspiração de cultivares de cana-de-açúcar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-11) Toledo, João Vitor; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/6698808632715962
    Muitos estudos têm demonstrado que a cana-de-açúcar possui elevada produtividade quando submetida a condições ambientais ideais, como altas temperaturas, elevados níveis de radiação solar e adequada disponibilidade hídrica. Porém, avaliações da resposta da cultura em condições salinas são escassas na literatura. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos do estresse salino no crescimento e na evapotranspiração de cultivares de cana- de-açúcar. O experimento foi conduzido em uma casa-de-vegetação do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, usando o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x4, no qual o primeiro fator consistiu de cultivares de cana-de-açúcar e o segundo de níveis de salinidade. As cultivares utilizadas foram a RB867515, RB855453, RB92579 e RB928064, sendo cultivadas sob quatro níveis de salinidade estabelecidos pela adição de 0, 50, 100 e 150 mM L-1 de Cloreto de Sódio (NaCl) à solução nutritiva. Os valores correspondentes da condutividade elétrica foram 3, 6, 10 e 13 dS m-1, respectivamente. O modelo de crescimento sigmoidal foi ajustado aos valores observados de estatura dos colmos, demonstrando que a cana-de-açúcar alcançou 250, 243, 239 e 221 cm sob 3 dS m -1 no final do período experimental, respectivamente para as cultivares RB867515, RB92579, RB855453 e RB928064. No entanto, plantas cultivadas sob 13 dS m-1, cujo o nível de salinidade foi imposto pela adição de 150 mM L -1 de NaCl à solução nutritiva, apresentaram valores reduzidos da taxa de elongação do colmo em relação aos obtidos sem a adição de NaCl, com reduções de 53% para a cultivar RB928064 e de 47% para as demais. A salinidade da solução nutritiva promoveu reduções em todas as variáveis morfológicas ao final do experimento (p<0,05). Quando comparadas com a RB92579 e RB928064, a cultivar RB867515 apresentou valores significativamente maiores para as variáveis massa fresca do colmo e volume total de internódios. Verificou-se que o aumento da concentração de NaCl na solução nutritiva diminuiu linearmente a evapotranspiração de todas as cultivares de cana-de-açúcar (p<0,05). Avaliações do uso de água sob reduzida nebulosidade mostraram as maiores taxas e os maiores declínios da evapotranspiração entre os níveis de salinidade, com 48,5 g planta-1CE-1. Sob altas demandas de água pela atmosfera, as taxas de evapotranspiração da cultivar RB867515 foram as únicas a não serem afetadas significativamente quando o nível de salinidade aumentou de 3 para 6 dS m-1. Os resultados indicaram que o período entre 11:00 e 14:00 horas é o mais apropriado para avaliações do efeito da salinidade em diferentes cultivares de cana-de-açúcar. Além disso, foi observado que a cultivar RB867515 apresentou melhores respostas de crescimento e menor decréscimo da evapotranspiração sob os níveis de salinidade impostos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Simulação dos impactos do aumento do CO2, temperatura do ar e precipitação na produtividade da Brachiaria brizantha utilizando o modelo InLand
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-16) João, Gila Abílio; Imbuzeiro, Hemlley Maria Acioli; http://lattes.cnpq.br/1890073857403128
    As pastagens desempenham papel fundamental na pecuária brasileira, pois representam praticamente a base da produção de carne bovina. Devido a sua importância neste setor há necessidade de se realizarem estudos que prevejam a resposta das pastagens ás alterações climáticas previstas para meados do século XXI. Desta forma objetivou-se avaliar os cenários de aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) atmosférico e temperatura do ar na produtividade da Brachiaria brizantha considerando mudanças na magnitude da precipitação, utilizando o Modelo Integrado de Processos Superficiais (InLand) no modo single point. Os dados utilizados nas simulações foram obtidos na Fazenda Nossa Senhora (FNS) em Rondônia para o período de 1999 a 2001. A validação do modelo foi avaliada de acordo com a raiz do erro quadrático médio (RMSE), erro absoluto médio (MAE), viés médio (MBE), índice de concordância de Willmott (d), teste t para dados pareado, gráficos de dispersão, cumulativo e de escala diária. Os resultados do modelo tiveram alto grau de ajuste aos dados observados, representando satisfatoriamente a variabilidade diurna do saldo de radiação (Rn), fluxos de calor sensível (H) e latente (LE), produtividade primária bruta (GPP) e troca líquida de CO2 no ecossistema (NEE). Nos cenários simulados, o aumento da concentração de CO2 incrementou a produtividade da Brachiaria brizantha, contrariamente ao verificado com o aumento da temperatura do ar, que resultou na redução nos valores de produtividade. Quando combinados os cenários de aumento da concentração de CO2, temperatura do ar e variação da precipitação em ±50%, não houve alteração da tendência do decréscimo dos valores de produtividade provocada pelo aumento da temperatura do ar, sendo a diminuição mais crítica nos cenários com redução da precipitação e mitigados pelo aumento da precipitação. Os resultados das simulações indicam que o efeito das forçantes relacionadas à mudança climática (aumento da concentração de CO2 atmosférico e temperatura do ar) e ao desmatamento (mudanças na precipitação e umidade relativa do ar) é de redução na produtividade da Brachiaria brizantha em Rondônia.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Fontes e destinos de vapor de água na Amazônia e os efeitos do desmatamento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-17) Sumila, Telmo Cosme António; Costa, Marcos Heil; http://lattes.cnpq.br/1161757772782517
    O oceano Atlântico Tropical é a mais importante fonte de umidade da América do Sul (AS), resultante da ação dos principais sistemas meteorológicos que atuam na região. Contudo, a fonte e o destino no transporte de vapor de água na AS é fortemente influenciada pela floresta Tropical Amazônica. Assim, há necessidade de entender os impactos locais, regionais e globais do desmatamento da floresta amazônica no clima, na agricultura e na geração de energia hidrelétrica. Neste estudo, aplicou-se o método de conservação de massa (bulk-method), para identificar as fontes e os destinos do vapor de água que contribuem para a precipitação nas regiões economicamente relevantes, e os efeitos dos diferentes níveis de desmatamento na floresta amazônica. Os dados utilizados neste trabalho são de 6 cenários de desmatamento do experimento numérico de Pires & Costa [2013]. Os resultados mostram que a contribuição de vapor de água que entra pelo limite Oeste da bacia do Rio Xingu tende a reduzir com o aumento dos níveis de desmatamento. No trimestre Setembro, Outubro e Novembro (SON) há uma tendência de redução marcante da precipitação média mensal na região do Xingu seguindo o aumento das áreas desmatadas, onde os valores das anomalias atingem -86, -79 e -81 mm/mês correspondentes aos cenários de F20, F40 e F60 de desmatamento respectivamente. Esta redução da precipitação varia de 42 a 45% da precipitação total média mensal da bacia do Rio Xingu. As anomalias de precipitação no trimestre Dezembro, Janeiro, Fevereiro (DJF) foram de -42, -31 e -27 mm/mês para F20, F40 e F60 de área desmatada respectivamente. Estas reduções de precipitação correspondem a intervalos de 8 a 13% em relação a 321 mm/mês de precipiração total média mensal da região. Na bacia do Rio Madeira, há uma tendência de entrada de cada vez mais vapor de água na direção norte-nordeste (N-NE) e menos entrada de vapor de água na direção sudeste-leste (SE-E), sugerindo que com aumento dos níveis de desmatamento os ventos alísios (VA) de N-NE tendem a aumentar de intensidade enquanto que, os ventos alíseos de SE-E tendem a enfraquecer. No trimestre SON, os valores das anomalias foram de -19, -21 e -27 mm/mês correspondentes aos cenários de F20, F40 e F60 de desmatamento respectivamente. Estas reduções da precipitação variam entre 10 e 16% em relação a precipitação total média mensal (198 mm/mês) da bacia do Rio Madeira. Além disso, observou-se que o vapor de água evapotranspirado nas regiões do Acre, Rondônia, norte da Bolívia e noroeste do Mato Grosso, sob a influência dos Jatos de Baixos Níveis da América do Sul (JBN), adquirem uma maior redistribuição do alcance continental, se comparadas com áreas de vapor de água evapotranspirada de regiões não influenciadas por este sistema. No semestre de SON-DJF, há cada vez menos vapor de água proveniente da região ao sul da bacia do Rio Xingu sendo transportado para o sul da América do Sul (Paraguai, Uruguai e norte da Argentina). Os resultados aqui apresentados, nos indicam que, embora o desmatamento aumente o potencial convectivo, a disponibilidade de água é marcadamente reduzida, fazendo com que haja uma forte tendência de redução da precipitação e evapotranspiração com o aumento de áreas desmatadas. O complexo, e não-linear, mecanismo de retroalimentação no sistema Solo-Planta-Atmosfera poderia diminuir ou intensificar as mudanças climáticas antropogênicas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Modelagem hidrológica em microbacias de eucalipto e pastagem no Alto Rio Doce
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-28) Barbosa, Vítor Hugo Breda; Ribeiro, Aristides; http://lattes.cnpq.br/4845989077383281
    Toda mudança de uso do solo provoca alterações no balanço de energia e da água, no entanto, ainda não se conhece, no Brasil, o impacto desta expansão (pastagem para eucalipto). Minas Gerais é o estado com maior área de floresta plantada do país, o aumento da expansão dos plantios de eucalipto se deu em áreas ocupadas por pastagem, devido aos custos mais baixos. As áreas de pastagens, principalmente as que apresentam maiores taxas de degradação do uso do solo, modificam a estruturam da camada superficial. Esta alteração da propriedade física, associada com fatores do relevo, propicia processos de diminuição do tempo da água na bacia de estudo, aumentando o escoamento superficial e diminuindo a infiltração de água no solo. Já florestas plantadas regularizam as vazões. Neste contexto, o presente trabalho analisou a influência da dinâmica de uso do solo comum na implantação de cultivos comerciais de eucalipto sobre os recursos hídricos atravésde dados observacionais e modelagem hidrológica. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a revisão bibliográfica, a pesquisa documental, e a coleta de dados em campo. O trabalho foi realizado para o ano de 2014 em 2 microbacias localizadas no leste de Minas Gerais, uma cultivada com plantio comercial de eucalipto e outra localizada com solos degradados sob pastagem. A floresta é composta por híbridos de eucalipto grandisx urophyllaaos 2 anos de idade. A microbacia com pastagem é cultivadas com Brachiariadecumbens há mais de 30 anos. Os dados micrometeorológicos foram coletados por sensores instalado no interior da microbacia de pastagem e para a microbacia de eucalipto, foi utilizado dados da estação meteorológica próxima do local. A vazão do curso d’água foi medida por um linígrafo do tipo Thalimedes instalado em um vertedouro triangular na saída de cada microbacia. As características do relevo das microbacias foram extraídas do modelo digital de elevação fornecido pelo satélite da Shuttle Radar TopographyMission –SRTM versão 3, em resolução de 30 m, tratado para remoção da influência da vegetação e preenchimento de descontinuidades. O modelo digital de elevação foi interpolado para a resolução 2x2 metros. A evapotranspiração foi estimada pela equação de Penman-Monteih pela resistência estomática do dossel. O estudo da vazão foi realizado no período do ano de 2014, com base na vazão mínima diária, média e máxima. A modelagem do balanço hídrico foi realizada na escala diária, considerando como a principal entrada de água a precipitação pluvial e as principais saídas a evapotranspiração e a lamina de escoamento superficial. O desempenho do modelo de balanço hídrico foi avaliado pela água disponível no solo medidos em campo pelo método gravimétrico e pelo déficit de saturação calculo pelo modelo TOPMODEL. A partir dos dados obtidos, conclui-se que a distribuição da precipitação em relação a média mensal para a área de estudo esteve dentro da normal climatológica para o ano de 2014, verificando-se 98,9 % da chuva esperada para a região de Cocais (MCE) e 98,2% da chuva para a região de Santa Cruz (MPD) ; para ambas as microbacias, foram encontradas para os meses de abril a setembro o período de estiagem e para os meses de outubro a março o período de estação chuvosa; a evapotranspiração real do eucalipto foi maior que a pastagem, sendo encontrada maior evapotranspiração real de 2,12 mm dia -1 para a MCE0,95 mm dia -1 para MPD; a microbacia de pastagem possui menor declividade que a microbacia de eucalipto; na modelagem hidrológica foi encontrado maior condutividade de água no solo para a microbacia de eucalipto comparado a microbacia de pastagem; a microbacia de pastagem apresentou maior taxa de escoamento superficial que a microbacia de eucalipto; a microbacia de eucalipto apresentou como importante regulador de vazão, mantendo o fluxo base contínua e praticamente homogêneo entre os meses do ano, enquanto verificou-se grandes variações nas vazões da microbacia de pastagem; o modelo TOPMODEL não foi capaz de simular de forma adequada o armazenamento de água no solo para ambas as bacias, necessitando de ajuste dos valores modelados.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Efeito da mudança na cobertura do solo na vazão média anual na bacia do rio Xingu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-10-29) Benezoli, Victor Hugo; Imbuzeiro, Hemlley Maria Acioli; http://lattes.cnpq.br/9945932605515160
    O desmatamento nos biomas Floresta Amazônica e Cerrado no Brasil comprometem a qualidade dos sistemas ambientais, tais como a fauna, a flora e a hidrologia. Diversos estudos mostraram que a substituição da vegetação natural de uma bacia hidrográfica por espécies exóticas ou por monocultivos alteram a vazão de longa duração. Esse trabalho tem como objetivo estudar os efeitos no regime de vazões causado pela alteração na cobertura vegetal natural da bacia hidrográfica do rio Xingu. Para a obtenção de séries longas de vazão, foi utilizado o modelo InLand para simular o balanço de água na superfície e o modelo THMB para o cálculo da vazão. Dois bancos de dados foram testados para serem usados como forçantes climáticas dos modelos, sendo um de base diária e o outro mensal. A validação do modelo foi feita através da comparação entre os dados medidos em estações fluviométricas com os resultados das simulações utilizando regressão linear, erro na vazão de longa duração, viés médio (MBE) e raiz do erro quadrático médio (RMSE). Também foram feitos histogramas com frequência do erro mensal do modelo para determinar se o viés é baixo. As simulações abrangeram o período de 1951 a 2000, sendo as séries divididas em duas partes de 15 anos no início e no fim da série (1951 a 1965 e 1986 a 2000, respectivamente). Também foram comparadas as simulações onde havia a presença de desmatamento na bacia e onde a área encontrava-se completamente preservada para verificar se existe diferença significativa entre as séries, em que momento as séries divergem e o comportamento da diferença entre as séries e a evolução do desmatamento. Os resultados mostraram que, em média, a vazão aumentou num intervalo de 20 a 30% para todos os pontos analisados e a precipitação aumentou em menos de 5%, insignificante a 99% de confiança. Além disso, a fração de precipitação que é convertida em escoamento variou de 0,19 a 0,27 no período de 1951 a 1965, para 0,23 a 0,33, mostrando que houve redução na proporção de conversão da precipitação em evapotranspiração entre os períodos. Também houve diferença significativa (p < 0,01) entre as vazões simuladas com e sem presença de desmatamento na bacia, mostrando os valores da série da diferença aumentam com o incremento no desmatamento, sugerindo que o desmatamento cause alteração na vazão de longa duração.