Meteorologia Agrícola

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    Processos e padrões de transferência de energia e da disponibilidade hídrica para a palma forrageira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-18) Pereira, Poliana de Caldas; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/9759144977849612
    A palma é uma espécie muito cultivada no Nordeste brasileiro para fins de alimentação animal, em especial no semiárido, onde a baixa disponibilidade hídrica, alta temperatura e solos com pouca fertilidade dificultam o cultivo de outras plantas forrageiras. O seu bom desempenho, nesses ambientes, deve-se ao metabolismo fotossintético MAC (Metabolismo Ácido das Crassuláceas), que induz a planta a modificações morfológicas e de trocas de massa e energia ao longo do ano como resultado das condições meteorológicas, afetando, assim, a interação planta-ambiente. No presente estudo, investigou-se os processos e padrões dos fluxos de radiação, energia e água, e suas partições no sistema solo-palma-atmosfera em resposta à variação sazonal do regime hídrico e evolução do crescimento da espécie Opuntia stricta (Haw.) Haw. O experimento foi conduzido no período de 10 de dezembro de 2015 a 09 de dezembro de 2016, no município de Floresta, no estado de Pernambuco. Uma torre micrometeorológica foi montada para coleta de dados a partir de sensores eletrônicos. Os fluxos de calor latente (LE) e sensível (H) foram estimados pelo método do balanço de energia com base na razão de Bowen e o controle da evapotranspiração analisado por de água no solo (CAS) e seu o escoamento foram obtidos para mensuração do balanço de água no solo (BWS). Dados biométricos e o índice de área do cladódio (IAC, m 2 m -2 ) foram obtidos. Os dados experimentais foram agrupados e analisados em períodos denominados: "seco", "chuvoso", "transição seco-chuvosos" e "transição chuvoso-seco". Consstatou-se que a sazonalidade da maioria dos componentes dos balanços de radiação e energia esteve retenção de energia no sistema, com uma elevada média do saldo de radiação (13,38 MJ m -2 dia -1 ) e baixa taxa da radiação refletida (2,77 MJ m -2 dia -1 ), resultando em um baixo valor de albedo (14%). O IAC influenciou significativamente na dinâmica da radiação fotossinteticamente ativa que chega abaixo da cultura (RFAb), proporcionando a menor média desse componente (2,29 MJ m -2 dia -1 ) quando houve a maior taxa desse índice, o que aumentou, nessa época, a fração da radiação fotossinteticamente ativa interceptada (73%). A baixa disponibilidade hídrica da região e os distintos valores de IAC das diferentes épocas de disponibilidade hídrica fizeram com que a maior parte da energia disponível do balanço de energia fosse para o calor sensível (50%), vindo em sequência o calor latente (38%), o calor no solo (10%) e o estoque de energia na biomassa e armazenamento no dossel da cultura, além do armazenamento no dossel da cultura (1%). Além disso, o CAS acompanhou o comportamento da precipitação, com média 0,06 m 3 m -3 . Esse fator influenciou no comportamento dos componentes do BAS, uma vez que a água disponível foi mais utilizada para o armazenamento no solo e consumo pela cultura, apresentando taxas de evapotranspiração real (ETr) baixas (272,4 mm ano -1 e 0,74 mm dia -1 ). Já para os mecanismos controladores da evapotranspiração, verificou- se que os valores da resistência de superfície (r s ) apresentaram-se elevados nas épocas de menores níveis pluviométricos e o contrário para a resistência aerodinâmica (r a ). O fator de de precipitação, a cultura estava mais mais próximos de um. Em contraste, apresentou valores próximos de zero nas demais épocas, indicando que a cultura estava "acoplada com a atmosfera".
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    Evapotranspiração e crescimento de clones de palma forrageira irrigada no Semiárido brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-26) Pereira, Poliana de Caldas; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Silva, Sérvulo Mercier Siqueira e; http://lattes.cnpq.br/0654495217313534; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/9759144977849612; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8
    O objetivo deste estudo foi quantificar a evapotranspiração e o crescimento de clones de palma forrageira irrigada durante o primeiro ano produtivo do segundo ciclo da cultura (março de 2012 a fevereiro de 2013). O experimento foi conduzido em Serra Talhada PE, localizada no Semiárido brasileiro. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com três repetições, em arranjo fatorial (3x3), no qual as parcelas foram compostas por três condições de disponibilidade de água, resultantes da aplicação de uma lâmina fixa (L: 7,5 mm) em três frequências (F: 7, 14 e 28 dias), e as subparcelas por três clones de palma forrageira (IPA: IPA Sertânia; MIU: Miúda; e OEM: Orelha de Elefante Mexicana). Foi realizado, durante o período de junho de 2012 a fevereiro de 2013, o monitoramento do conteúdo de água no solo com auxílio de uma sonda capacitiva (Diviner 2000@ SentekPty Ltda. Austrália), no intervalo médio de três dias. Dados diários dos elementos meteorológicos foram obtidos a partir de uma estação automática, visando determinar a evapotranspiração de referência (ETo) pelo método de Penman-Monteith, parametrizado no Boletim 56 da FAO. Por meio desses dados e de propriedades físico-hídricas do solo, foi realizado o balanço de água no solo (BAS) a cada 14 dias, sendo que os componentes foram acumulados, posteriormente, em nove períodos de 28 dias. Por resíduo do BAS, estimou-se a evapotranspiração real da cultura (ETr) para determinação da relação ETr/ETo. Após 150 dias do primeiro corte, foram realizadas oito campanhas biométricas, com intervalos de trinta dias cada, para análises morfológicas da planta e dos cladódios. Com esses dados, foram determinadas as taxas morfogênicas ao longo do tempo para o ciclo dos clones. Todos os dados foram comparados pela análise de variância e pelo teste de médias de Tukey, ao nível de 5% de significância. A evapotranspiração e os demais componentes do BAS apresentaram diferenças significativas entre os clones e condições de irrigação ao longo do tempo. Entretanto, para os valores acumulados ao longo do ciclo, apenas o fluxo de água no solo do clone IPA, na condição F14 (-66,5 mm), diferenciou-se dos demais clones, apresentando o valor mais alto de fluxo. A ETr média da palma forrageira irrigada, durante o período de análise foi de 1,5 mm dia-1 para uma demanda atmosférica média de 5,1 mm dia-1. A relação ETr/ETo dos clones apresentou baixa magnitude nas condições impostas (ambiente em conjunto com a irrigação), proporcionando valores de 0,27±0,12; 0,30±0,14 e 0,29±0,12 para a IPA, MIU e OEM, respectivamente. Constatou-se que as condições de disponibilidade de água avaliadas também não afetaram significativamente (P>0,05) a maioria dos valores absolutos e relativos das variáveis de crescimento dos três clones. Quando se compararam os diferentes clones, independentemente da condição de disponibilidade de água, observou-se que, em termos de valores absolutos, a OEM apresentou as maiores médias. Na avaliação ao longo do tempo, houve evolução significativa do crescimento dos clones nos últimos meses do primeiro ano produtivo. Porém, isso ocorreu devido aos eventos de precipitação pluviométrica, que em conjunto com a aplicação dos tratamentos de irrigação, promoveram maiores incrementos nos clones OEM e IPA, nessa ordem, atingido 70% e 60% da taxa total para a altura, e 37,0% e 45,3% para a largura da planta. Assim, conclui-se que as diferentes condições de disponibilidade de água no solo não influenciaram a evapotranspiração e o crescimento dos clones de palma forrageira. Todavia os clones OEM e IPA tiveram os melhores desempenhos de crescimento em relação ao MIU, que foi o que apresentou o menor crescimento sob condições irrigadas do Semiárido brasileiro.