Sincronização de estro em cabras leiteiras com D-cloprostenol em diferentes intervalos

Abstract

Este estudo avaliou a eficiência de duas administrações de d-cloprostenol em diferentes intervalos para sincronizar o estro e a ovulação em cabras cíclicas. No ensaio 1, 32 cabras receberam duas doses de 30 μg de d-cloprostenol em intervalos de 7,5 (T7,5, n = 16) ou 11,5 dias (T11,5, n = 16) e foram monitoradas quanto ao estro e à dinâmica folicular ovulatória. No ensaio 2, os mesmos tratamentos foram realizados (T7,5, n = 40 e T11,5, n = 38) para determinar o início do estro e taxa de gestação após inseminação artificial (IA). No ensaio 1, os exames ultrassonográficos foram feitos a partir da segunda dose, a cada 12 h até a detecção da ovulação, sete dias após o início do estro para detectar o corpo lúteo e para o diagnóstico da gestação 40 dias após. A IA foi realizada com sêmen congelado/descongelado com base no início do estro. No ensaio 1, a resposta ao estro (90,6%, 29/32) foi semelhante (P> 0,05) em ambos os grupos. O diâmetro do maior folículo na segunda dose foi maior (P = 0,01) em T7,5 do que em T11,5 (7,0 vs. 5,7 mm), enquanto os parâmetros ovulatórios foram semelhantes (P> 0,05) entre os grupos. No ensaio 2, a maior concentração (P <0,001) do início do estro (T7,5 = 83,3% e T11,5 = 50,0%) ocorreu após o segundo dia (36 a 48 h). O intervalo para o estro foi inferior (P < 0,01) para T7,5 (40,1 ± 1,5 h) em comparação com T11,5 (48,4 ± 2,1 h). A taxa de gestação tendeu (P = 0,0836) a ser maior para T7,5 (71,4%, 40/56) que para T11.5 (55,6%, 30/54). Em conclusão, ambos os protocolos permitiram IA em tempo flexível, resultando em alta sincronização de estro e taxas de gestação em cabras leiteiras cíclicas. Palavras-chave: PGF2α. IA. Sincronia. Ultrassonografia. Ovulação. Cabras.This study evaluated the efficiency of two administrations of d-cloprostenol at different intervals to synchronize estrus and ovulation in cyclic goats. In trial 1, 32 goats received two doses of 30 μg d-cloprostenol at 7.5 (T7.5, n=16) or 11.5-day (T11.5, n=16) intervals and were monitored for estrus and ovulatory follicular dynamics. In trial 2, the same treatments were conducted (T7.5, n=40 and T11.5, n=38) to determine the estrus onset and pregnancy rates after artificial insemination (AI). In trial 1, ultrasound exams were done at the second dose, every 12 h until detection of ovulation, 7 days after estrus onset to detect the corpora lutea, and for pregnancy diagnosis 40 days after. AI was performed with frozen-thawed semen based on the estrus onset. In trial 1, the estrus response (90.6%, 29/32) was similar (P>0.05) in both groups. The diameter of the largest follicle at second dose was higher (P=0.01) in T7.5 than in T11.5 (7.0 vs. 5.7 mm), while the ovulatory parameters were similar (P>0.05) between groups. In trial 2, the highest (P<0.001) concentration of estrus onset (T7.5=83.3% and T11.5=50.0%) occurred after the second day (36 to 48 h). The interval to estrus was inferior (P<0.01) for T7.5 (40.1±1.5 h) compared to T11.5 goats (48.4±2.1 h). The pregnancy rate after AI tended (P = 0.0836) to be higher for T7.5 (71.4%, 40/56) than T11.5 (55.6%, 30/54) goats. Both protocols allowed flexible-time AI, resulting in high estrus synchronization and pregnancy rates in cyclic dairy goats. Keywords: PGF2α. AI. Synchrony. Ultrasonography. Ovulation. Goats.